Piloto de guerra

Piloto de guerra Antoine de Saint-Exupéry




Resenhas - Piloto de Guerra


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raquel1317 20/01/2024

Os pensamentos de um piloto de guerra**
Resetei essa leitura iniciada no ano passado. Não me arrependo, mas também não o releria.

No contexto da 2° Guerra Mundial, Antoine Exupéry, o piloto e, como bem sabemos, o autor, desenvolve em 28 capítulos, quase que desconexos entre si, o certeiro pensamento: a guerra é uma doença! no decorrer da leitura nos deparamos não só com críticas à guerra e à França, mas também com reflexões pessoais de Antoine que inclusive é o narrador.

Nunca se sabe com certeza em qual cenário estamos haja vista que grande parte se passa nos pensamentos e lembranças de Antoine. Ele traz reflexões profundas e, por vezes, sentimentais, contraditoriamente de maneira apática. Afinal, todos já estão tomados e habituados a desesperança inextrincável ao contexto!

O livro é bom, mas a falta de uma marcação início-meio-fim, alguns trechos com termos específicos da aviação e a recusa em usar pronomes a fim de enfatizar o nome de quem executa certas ações torna a leitura enfadonha em dados momentos.

No mais, as reflexões trazidas juntamente a uma outra perspectiva da guerra agregam bastante.
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Maria20590 18/01/2024

Gostei muito
Particularmente me interesso muito pela aviação e foi o que me fez começar a ler o livro. Mas não esperava encontrar os relatos de uma pessoa que viveu a guerra dos homens e de si mesmo, ao longo do livro acompanhamos ele em uma trajetória de pensamentos e fantasias que no final o leva para o próprio julgamento de suas crenças e valores. Gostei muito da narrativa e de como esse livro se conectou comigo.
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Rebeca517 22/12/2023

Pátria, guerra, reflexões
O livro é uma espécie de auto reflexão que o autor tem sobre os acontecimentos decorrentes da guerra, enquanto o mesmo se encontra em uma missão "mortal", debates sobre a guerra, patriotismo segue durante todo o livro.
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Carolina 29/04/2023

Amor é sacrifício / Os valores cristãos de Saint-Exupéry
Saint-Exupéry conta a história de quando sai em uma missão da qual tem parcas chances de sobrevivência. A narrativa que atravessa a sua convocação, preparação, partida, voo e finalmente a chegada em Arras, seu destino, onde é alvo de bombardeio, é perpassada por sonhos, memórias e reflexões, que vão se misturando às circunstâncias e acontecimentos.

O desde o início fracassado e sem sentido voo para Arras, do qual Saint-Exupéry e os companheiros tem a sorte de retornar com vida, é no final das contas, uma experiência transformadora. Perde-se a guerra, mas ganha-se o Homem [com H maiúsculo].

O Homem é uma consciência transcendente que enxerga a unidade da humanidade em meio às diferenças individuais.

"Em minha civilização, aquele que difere de mim, longe de me lesar, somente me enriquece. A nossa unidade, para além de nós, alicerça-se no Homem. É o que se passa com as nossas discussões noturnas, no Grupo 2/33, que, longe de prejudicarem a nossa amizade, antes a amparam, porque ninguém tem a intenção de ouvir o seu próprio eco ou observar-se em um espelho."

O Homem não age de maneira conformista, ele é livre - mas o que o move é o amor, ele só é livre porque ama. E ele só ama porque transcende, porque excede os limites normais até algo superior, sublime. Esse algo é a medida comum de todos os homens - é Deus.

"A minha civilização é herdeira dos valores cristãos. [...] A contemplação de Deus instituía os homens iguais, porque eram iguais em Deus. E essa igualdade tinha uma significação clara. Porque somente é possível ser igual em algo. [...] Compreendo porque uma igualdade estabelecida em Deus não acarretava contradição nem desordem. A demagogia aparece quando, na ausência de uma medida comum, o princípio da igualdade abastarda-se em princípio de identidade. [...] Compreendo agora a origem da fraternidade entre os homens. Os homens eram irmãos em Deus. Somente se pode ser irmão EM alguma coisa. Se não houver laço que os una, os homens encontram-se justapostos, não ligados."

A ação primeira do Homem que ama é o sacrifício.

"Enquanto minha civilização apoiou-se em Deus, logrou salvar essa noção de sacrifício que enraizava Deus no coração humano. O Humanismo negligenciou o papel essencial do sacrifício; pretendeu elevar o homem pelas palavras e não pelos atos."

Sem o sacrifício não há amor nem fraternidade.

"A partilha não assegura a fraternidade, que somente no sacrifício adquire o seu verdadeiro significado. Adquire sentido na dádiva comum a alguma coisa mais vasta do que nós. Entretanto, ao confundir essa raiz de toda existência verdadeira com um apoucamento estéril, reduzimos a nossa fraternidade a não ser mais do que uma tolerância mútua."

O princípio da fraternidade é oposto ao princípio da identidade.

"Odiarão, portanto, aquele que difere deles, já que não dispõem de nada com o que se confundir acima de si mesmos. Todo costume, toda raça, todo pensamento estrangeiro significarão necessariamente uma afronta para eles."

O Homem não está focado nos interesses (direitos), mas sim nos dons (deveres).

"A nossa Comunidade, tal como a nossa civilização a tinha construído, não era, em absoluto, a soma dos nossos interesses, mas a soma dos nossos dons."

O mistério do amor, da fraternidade e da própria existência está em doar-se, em sacrificar-se pelo próximo.

"No momento de partir, quis receber em vez de dar. Vã pretensão a minha. É preciso dar antes de receber, e construir antes de habitar. Fundei o amor pelos meus nessa dádiva de sangue, da mesma forma que a mãe assenta o seu amor no leite que doa. Nisto está o mistério. É preciso começar pelo sacrifício para alicerçar o amor. O amor, depois, pode solicitar outros sacrifícios e empregá-los em todas as vitórias. O homem deve dar sempre os primeiros passos; deve nascer antes de existir."

Assim, Saint-Exupéry conclui suas reflexões, oriundas da própria missão sacrificada, e na qual o Piloto de Guerra encontrou o sentido mais profundo de sua existência.

Obs.: Postei muitas citações belíssimas do livro no grupo "Históricos de Leitura - CCR" aqui no Skoob.
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Guto 18/03/2023

A confusão de um moribundo.
O livro é, provavelmente, o mais confuso que já li, sem nexo, sem ordem, sem temporalidade...

A impressão que tiver é que vc pode ler os capítulos na ordem que quer e chegar na mesma conclusão.

Se fosse uma ficção poderia jurar que a qualquer momento descreveria a morte do protagonista e tudo eram devaneios de um último suspiro de vida de um combatente atingido em guerra.

As últimas 30 páginas mais ou menos me pareceram ter mais conteúdo, mas mesmo assim desconexos e algumas vezes não concordo com o autor...
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Vitor173 25/11/2022

Devaneios e reflexões
Meu único contato com o autor havia sido O pequeno príncipe, um dos meus livros favoritos da vida. Eu sabia que iria gostar da escrita dele, mas não sabia que tanto. Se em O pequeno príncipe já consegui refletir sobre tantas coisas da vida, em Piloto de guerra as reflexões são maiores.
Saint-Exupéry tangencia a Segunda Guerra Mundial, conflito no qual ele esteve intimamente envolvido, para abordar temas mais complexos, como a humanidade, o sentimento de pertencimento, a natureza humana, a vida em sociedade e a ordem natural das coisas.
É possível abrir esse livro aleatoriamente numa página, ler uma frase ou parágrafo soltos e obter algo que poderia, facilmente, ser tatuado ou usado como citação. O livro é incrivelmente bem escrito, a tradução (edição da Penguin) foi bastante acertada, não muito complexa, mas mantendo um tom de rebuscamento inerente à obra.
Espero ler outros livros do autor no futuro.
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Stephany 26/09/2022

Esse foi o primeiro livro de Saint-Ex que li na vida. Sempre tive receio de ler O pequeno príncipe por achar ser muito infantil, mas não tem nada de infantil na escrita do Saint-Ex. A história dele é trágica e traz ao livro um sabor muito agridoce, porque na medida que lemos sobre tanta bravura e honra em detalhar as missões praticamente suicidas do esquadrão 2/33, sabemos o fim que cada um daqueles heróis levou ao final da história.
É quase um livro de Filosofia. Saint-Ex traz tantos questionamentos sobre a moral humana, sobre o que é realmente valioso no final das contas. Fico com a sensação que conheci pessoalmente cada um daqueles personagens. Gostaria que ele tivesse vivido o suficiente para saber que não foram os derrotados, mas os que resistiram.
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Fernanda 29/06/2022

Piloto de guerra
Antoine fala de um tema tão cruel quanto a guerra de uma forma leve, mas ao mesmo tempo intensa. "A guerra é uma doença" nas palavras dele. As reflexões que ele faz, sim, ele, o piloto-autor, o piloto-narrador, faz com que o leitor veja e sinta com os olhos e com o coração dele. Após ler esse livro, percebi que faz todo sentido a tristeza e a solidão as quais acompanham o Pequeno Príncipe em sua jornada.
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Rafael Flores 27/03/2022

Não é um livro ruim,mas não é um livro bom. A proposta do livro é destacar as ações do piloto entre os militares. Beirando a um ensaio, o livro de memórias por vezes se perde em divagações do autor. A paciência é um pilar pra motivar o término da cronologia para desfecho da campanha militar. Por outro lado,há uma boa parcela para se entender o imaginário do período de guerra a partir do ponto de vista do narrador.
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Eliza.Beth 10/02/2022

A guerra é uma doença
Que livro surpreendente!
O pequeno príncipe é um dos meus livros favoritos, mas acho que só agora eu posso dizer que conheço Antoine de Saint-Exupéry.

A escrita dele me deixou encantada, e com certeza lerei mais obras dele.

Ele usou de um simples ato da sua vida, um acontecimento de 1 dia, para refletir sobre toda uma vida. Pilotando seu avião, ele nos leva para sua infância, depois nos traz de volta ao avião sendo atingido pelos alemães, depois nos joga num fluxo de reflexões que te deixam mal (se vc é um ser humano decente que acredita q a guerra é uma merda).

Livro publicado durante a Segunda Guerra Mundial, com a França já derrotada e ocupada pelos nazistas, obviamente teve sua venda proibida, mesmo já tendo passado pela censura da época (censura mal feita por sinal pois as críticas aos alemães não são nada sutis).

Não é uma leitura fácil, apesar de não narrar toda a guerra em si, só a parte q ele tinha acesso. Gosto muito da temática, mas sempre é algo que me pega emocionalmente. Porém, leitura muito necessária.
Lembrar para nunca esquecer.
Laura.Novelli 10/02/2022minha estante
Já vou adicionar na lista! Kkk
Adorei a resenha!


Eliza.Beth 10/02/2022minha estante
Obrigada Lau.
Eu gostei muitooooo, espero que goste tbm ??




Alice 11/01/2022

Humanista
?É difícil existir. O homem é apenas um nó de relações e eis que meus laços não valem mais grande coisa.?

?Essa edição tem o grande mérito de ser brilhantemente traduzida por uma pós-doutora em literatura francesa especializada em Saint-Exupéry. O prefácio introduz ao contexto da época em que foi escrito,sendo uma boa aula de História ,e o pósfacio traça uma linha do tempo da vida do piloto-escritor. Ótima edição.?
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Márcia 23/08/2021

Piloto de Guerra - Antoine de Saint-Exupéry
ComPiloto de guerra, Antoine de Saint-Exupéry oferece seu testemunho perturbador da derrocada da França em junho de 1940. O livro foi publicado primeiramente nos Estados Unidos, em fevereiro de 1942, simultaneamente em francês e inglês, com o título de Fligth to Arras. Na França, a obra sai no final de 1942, antes de ser proibida e impressa clandestinamente.

Narrando as missões que cumpriu junto ao grupo de reconhecimento 2/33, Saint-Exupéry descreve a guerra e a humilhação da derrocada da França após o Armistício de 22 de junho de 1940. No comando de seu avião, o piloto evoca suas lembranças e medita sobre o Homem e a Civilização.

Em 23 de maio de 1940, ele tem de sobrevoar a região de Arras para tirar fotos. Tal missão é inútil do ponto de vista militar e tão perigosa que voltar vivo seria um milagre. Mas a França está em guerra e tripulações são sacrificadas “como se jogassem um copo d’água no incêndio de uma floresta”.

Ele pensa em Sagon, ferido num combate aéreo alguns dias antes. No hospital, contava sua desgraça com simplicidade. Um heroísmo ordinário num avião em chamas. O homem se descobre diante do perigo: “Viver é nascer lentamente”.

Com muita altitude, o frio congela os instrumentos de bordo e as metralhadoras. Mas é o único meio de evitar os aviões de caça no encalço, prestes a abatê-lo.

O Exército francês queima as cidades para atrasar a marcha alemã, sem conseguir detê-la. Destroem-se centenas de anos de trabalho e de paciência em troca da eficiência de um tiro. Tudo isso é absurdo. O adversário tem uma tática lógica e eficaz. Como um veneno, seus tanques penetram na zona inimiga e destroem os centros vitais.

Do alto, o piloto vê os cortejos de refugiados. A paz é ordem, a guerra destrói essa lógica. Os homens não são mais homens quando estão no vácuo, quando seus elos foram rompidos, todos abandonados à própria sorte. A derrota, no entanto, não é imputável às vítimas.

O avião desce para tirar fotos. É um alvo. Enquanto atiram contra este, Saint-Exupéry se lembra de sua governanta tirolesa. Na prova de fogo, “o homem não se interessa mais por si mesmo. Somente lhe é imposto aquilo de que é feito”. Saint-Exupéry pensa em seu irmãozinho moribundo. “O que sofre, dizia-lhe ele, não sou eu, mas meu corpo”. As explosões de obuses são cada vez mais próximas. A alegria de estar ainda vivo é renovada a cada instante: “Os que atiram contra nós lá de baixo, sabem que nos forjam?”

As fotos são tiradas, o avião retorna à base, a tripulação está sã e salva. Na base, os pilotos estão às ordens. Amanhã, eles serão os vencidos que deverão calar-se. As sementes devem apodrecer para que nasçam as árvores. Frequentemente, o primeiro ato da criação é uma derrota.

É preciso preservar a França. É preciso preservar essa civilização que “repousa sobre o culto do Homem através dos indivíduos. É preciso restaurar o Homem. É ele a essência de minha cultura. É ele a chave de minha Comunidade”.

Ao final do livro, tem-se a biografia de Antoine de Saint-Exupéry. Sua família, sua juventude, sua trajetória profissional, como ele se tornou um piloto de guerra, até a sua morte de forma trágica. Seu avião foi abatido e os destroços só foram encontrados anos após por um pescador, que encontrou um pulseira com o nome de Saint-Exupéry e sua mulher.
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Willjf 22/05/2021

Em Piloto de Guerra, Exupéry se dedica a narrar sua experiência realizando voos de reconhecimento na fronteira da França com a Bélgica, durante a trágica derrota francesa, na segunda guerra.

Os fatos do livro se misturam com lembranças da infância do autor, que segundo ele, lembrar-se da infância é a única maneira de aliviar o sofrimento da guerra.
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Franklin Moreno 04/04/2021

Do mesmo autor de "O Pequeno Príncipe" em
A grande surpresa que eu tive lendo esse livro foi "como a França foi covarde na segunda guerra mundial". Do tipo "afinei Alemanha, tome meu povo e faça o que quiserem". Tem muitas coisas boas nesse livro, o piloto sempre faz alguns comentários sobre a humanidade ou a pátria devastada da França na segunda guerra, eu só achei meio cansativo o livro e acabei lendo só pra contar como leitura concluída, mas ainda sim, só foi a minha percepção.
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