danilo_barbosa 25/03/2011A fera está soltaEsqueçam transformações monstruosas sob a Lua Cheia e criatura irracionais sedentas de sangue.
O português de pátria e brasileiro de coração Alfer Medeiros recria o mito do lobisomem para as novas gerações.
Seus seres são pensantes e organizados. Em grupos, como um sistema policial tomam conta de onde vivem e protegem a Natureza dos crimes cometidos pelo homem.
Pois é, aqui os valores se invertem. A brutalidade e irracionalidade cabem a nós, humanos. E a verdade seja dita, desempenhamos este papel muito bem.
Juntando lendas antigas a referências modernas da literatura fantástica, o autor mostra os nossos temidos e amados lupinos, como uma força da natureza, um vínculo especial da terra com aquilo que temos de mais mágico.
O relato começa nos anos 70 (numa cena fabulosa) e segue até este final de década acompanhando a vida de três licantropos: Caroline, uma fêmea que desde pequena foi destinada a ser especial e ter um papel importante nesta batalha contra o bicho homem; Dante, o sétimo filho homem, um pálido e estranho rapaz de uma família religiosa, que acaba sentindo na pele o preconceito e ódio de uma natureza que nem ele mesmo conhece e a norueguesa Fênix, uma mulher perturbada por ver estas transformações como uma grande maldição.
Três pessoas completamente distintas com seus medos e pensamentos, que o destino encarrega de junta-los em uma batalha que mais do que suas vidas pode estar em jogo. Mais do que esta essência lupina que os une, cada passo que derem será para manter e salvar a sua espécime de uma vez por todas.
Fúria Lupina – Brasil (Editora Madio, 320 páginas) é assim. Peças que por um momento parecem não se encaixar, mas Alfer tece habilmente esta colcha de retalhos, nos mostrando um tempo onde a ação impera. A descrição das lutas é fantástica, sem detalhes excessivos e muito sangue á mostra.
Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/i0FRcR