Fúria Lupina - Brasil

Fúria Lupina - Brasil Alfer Medeiros




Resenhas - Fúria Lupina


26 encontrados | exibindo 16 a 26
1 | 2


Leitor Cabuloso 11/12/2012

http://leitorcabuloso.com.br/2012/11/resenha-furia-lupina-brasil-um-uivo-imponente-que-faz-pensar-o-que-e-civilizacao/
Saudações, caros leitores! Vampiros e lobisomens são dois dos grandes ícones das histórias de terror e em suas raízes carregam unanimemente um jeito que mescla mistério e pavor, emoção que é inspirada em todos aqueles que interferem em suas vontades, além de muitos outros elementos, e o livro de hoje pode ser considerado uma meditação acerca do mito do lobisomem em suas origens, as várias leituras que já foram feitas e qual o sentido que abriga em seu cerne, afinal os mitos sempre carregam algo nas entrelinhas, isso é o que concede a cobiçada “imortalidade”. Começar essa leitura foi como mergulhar em um mar esperando encontrar um baú cheio de ouro e vocês querem saber o que consegui achar em minha busca? Convido-o a sentar-se e esquecer tudo o que está acontecendo na selva de pedra, prometo não lhe tomar mais tempo que o necessário, e vou dar o meu relato sobre “Fúria Lupina: Brasil”.

Primeiro, saliento que este é um romance principalmente sobre o típico conflito de homem e fera, apesar de outros temas serem desenvolvidos paralelamente, portanto, se você prefere histórias em que os homens-lobos sejam bestas sem um norte, sinto muito em lhe informar, mas aqui o que é elaborado é mais complexo e talvez não agrade ao seu paladar literário. Contudo, se você busca uma experiência de terror, simulado obviamente, e uma generosa dose de ação: você está lendo sobre o livro certo!

De certa forma, todo o livro busca validar um pensamento: “A natureza lupina liberta. A natureza humana destrói.” Nesse momento, provavelmente, estou sendo indagado da seguinte maneira: “Então a obra, dentro de seu contexto ficcional, procura defender que o melhor a fazermos é assumirmos um modo de vida animalesco?” Então eu replico com outra pergunta: “Mas o que vem a ser uma ‘forma de vida animalesca’?” Esse nosso breve diálogo serviu-me para introduzir a questão de um dos principais pensamentos que os lobisomens criados pelo Alfer nos suscitam, ou seja, a pergunta sobre o que é ser animal e o que é ser humano, seria isto uma condição puramente biológica? A realidade nos prova que não, pois quando um humano comete atos hediondos (assassinatos, por exemplo) frequentemente nos referimos a ele como um monstro, algo que não mais é semelhante a nós mesmos. Fico profundamente feliz como leitor quando tenho a oportunidade de, a partir de obras bem elaboradas, refletir acerca de questões tão fundamentais para a sociedade, mas que são ignoradas no dia-a-dia da chamada vida moderna.

O autor também não se contenta em nos retratar a camada mais superficial dos lobisomens, a sua aparência que faz pessoas congelarem somente ao vislumbrarem a silhueta ou correrem como se o próprio inferno estivesse em seu encalço (poucos são os corajosos que entram em um embate), como normalmente vemos na maioria dos filmes (muito ruins, por sinal), mas também conduz uma descrição minuciosa de suas emoções e pensamentos, permitindo que o leitor sinta-se na pele dos lobos. Não é de se estranhar esta característica no texto, uma vez que os lobisomens são os grandes protagonistas, apesar de uma das colunas da história ser um humano, muito inescrupuloso e sádico, aliás.

O conceito de civilização também é posto em xeque, pois os humanos que vemos são, em sua maioria, pessoas de pouco caráter e capazes de ações egoístas e cruéis sem qualquer remorso posterior, enquanto os lobos costumam exibir uma estrutura social extremamente unida e baseada em cooperação, capaz até de perdoar as maiores ofensas dos humanos, desde que elas não ponham em risco as vidas deles. Isso me lembrou o romance “O Chamado Selvagem” de Jack London em que Buck, uma cria de um São Bernardo com uma Pastora Escocesa, é forçado em uma jornada que culminará em seu encontro com a sua herança genética, seu lado mais primitivo e exuberante de vida, mas sempre permeado por um senso de coletividade, honra e nobreza. Definitivamente, concluímos que uma sociedade com maquinas sofisticadas não implica em pessoas melhoras e antes de queremos ser referência em riquezas matérias, deveríamos trabalhar os nossos valores. Nesse sentido, aprendemos muito com o jeito rústico dos lobos.

O Alfer Medeiros não deixa de lado o nosso folclore, mesmo o centro das atenções sendo um mito mundial, e usa algumas das figuras mais conhecidas de nossa nação, como: Curupira, Saci, Boto e, uma que eu não conhecia, o Corpo-Seco. A participação deles é brevíssima, porém exercem uma importância fundamental na trama. Adorei esta singela homenagem, pois o nosso país tem riquezas culturais, basta que mentes hábeis segurem estas coisas e trabalhem em seus devidos campos artísticos, assim como ocorreu neste livro. Acreditem, depois dessa leitura vocês nunca mais vão zombar do Saci! Querem saber o motivo desta minha declaração? Somente vão descobrir ao adquirirem o livro.

A obra é alicerçada em diferentes pontos (personagens) que nos possibilitam formar uma visão abrangente do mito dos lobisomens e suas diversas interpretações (literárias e cinematográficas), além de deixar a narração dinâmica. Estas peças realmente não demonstram uma ligação muito forte inicialmente, porém com um compasso harmônico, tudo vai sendo orquestrado para nos presentear com um desfecho em que as partes se unem para formar algo de sentido maior que qualquer um pensou anteriormente. Como a história se passa ao longo de algumas décadas, cada detalhe torna-se coerente, pois a construção da mente dos personagens e suas ocasionais mudanças de temperamento ou como enxergam o mundo tornam-se plausíveis. Ao fecharmos o livro, concluímos que até nós mesmos carregamos um lobo dentro de nós, aquela consciência que às vezes consideramos rudimentar, mas que nos sussurra sempre que cometemos uma infração, propositalmente ou não, contra o nosso planeta ou um semelhante, ou quando sentimos uma ligação poderosíssima com alguém, seja uma pessoa conhecida há anos ou alguém que nunca vimos. Enfim, o lobo é aquele nosso instinto em preservar o que está ao nosso redor, zelar pelos nossos semelhantes e pesarmos nossas atitudes com uma visão clara. Quanto às falhas, isso é fruto de nosso lado mais soberbo, aquele que se gaba de um título tão vago e que constantemente não é analisado (ser racional), este lado da moeda se chama natureza humana. Seria sadio ouvirmos mais o nosso “lobo interior”.

Para finalizar, comento que a diagramação e a revisão estão perfeitas, não há qualquer coisa do que reclamar. As letras possuem um tamanho bom para leitura, o que torna as páginas brancas, que são mais cansativas para a leitura, perfeitamente suportáveis (páginas brancas e letras pequenas, não colaboram na leitura). O livro é dividido em oito capítulos, iniciados por uma ilustração em preto e branco de um lobisomem uivando para a lua, sendo cada capítulo dividido em subcapítulos e estes em várias partes, os capítulos, assim como os subcapítulos, recebem nomes que adquirem sentido com os eventos subsequentes, mas nenhum deles chega a ser um spoiler, menciono isso porque já teve livros em que os capítulos possuíam nomes e eles revelavam além do que é necessário. A Madio Editorial fez um ótimo trabalho, meus parabéns. Depois desta avaliação, dou cinco selos cabulosos e digo: comprem este livro!
comentários(0)comente



Ednelson 04/12/2012

Análise:

“Ao final da metamorfose, uma poderosa criatura levanta-se da posição fetal em que se encontrava. Uma grande cabeça de lobo move-se para a direita e para a esquerda, saboreando avidamente o que a noite tem a oferecer.”
—Pág. 11.

Saudações, caros leitores! Vampiros e lobisomens são dois dos grandes ícones das histórias de terror e em suas raízes carregam unanimemente um jeito que mescla mistério e pavor, emoção que é inspirada em todos aqueles que interferem em suas vontades, além de muitos outros elementos, e o livro de hoje pode ser considerado uma meditação acerca do mito do lobisomem em suas origens, as várias leituras que já foram feitas e qual o sentido que abriga em seu cerne, afinal os mitos sempre carregam algo nas entrelinhas, isso é o que concede a cobiçada “imortalidade”. Começar essa leitura foi como mergulhar em um mar esperando encontrar um baú cheio de ouro e vocês querem saber o que consegui achar em minha busca? Convido-o a sentar-se e esquecer tudo o que está acontecendo na selva de pedra, prometo não lhe tomar mais tempo que o necessário, e vou dar o meu relato sobre “Fúria Lupina: Brasil”.

Primeiro, saliento que este é um romance principalmente sobre o típico conflito de homem e fera, apesar de outros temas serem desenvolvidos paralelamente, portanto, se você prefere histórias em que os homens-lobos sejam bestas sem um norte, sinto muito em lhe informar, mas aqui o que é elaborado é mais complexo e talvez não agrade ao seu paladar literário. Contudo, se você busca uma experiência de terror, simulado obviamente, e uma generosa dose de ação: você está lendo sobre o livro certo!

De certa forma, todo o livro busca validar um pensamento: “A natureza lupina liberta. A natureza humana destrói.” Nesse momento, provavelmente, estou sendo indagado da seguinte maneira: “Então a obra, dentro de seu contexto ficcional, procura defender que o melhor a fazermos é assumirmos um modo de vida animalesco?” Então eu replico com outra pergunta: “Mas o que vem a ser uma ‘forma de vida animalesca’?” Esse nosso breve diálogo serviu-me para introduzir a questão de um dos principais pensamentos que os lobisomens criados pelo Alfer nos suscitam, ou seja, a pergunta sobre o que é ser animal e o que é ser humano, seria isto uma condição puramente biológica? A realidade nos prova que não, pois quando um humano comete atos hediondos (assassinatos, por exemplo) frequentemente nos referimos a ele como um monstro, algo que não mais é semelhante a nós mesmos. Fico profundamente feliz como leitor quando tenho a oportunidade de, a partir de obras bem elaboradas, refletir acerca de questões tão fundamentais para a sociedade, mas que são ignoradas no dia-a-dia da chamada vida moderna.

O autor também não se contenta em nos retratar a camada mais superficial dos lobisomens, a sua aparência que faz pessoas congelarem somente ao vislumbrarem a silhueta ou correrem como se o próprio inferno estivesse em seu encalço (poucos são os corajosos que entram em um embate), como normalmente vemos na maioria dos filmes (muito ruins, por sinal), mas também conduz uma descrição minuciosa de suas emoções e pensamentos, permitindo que o leitor sinta-se na pele dos lobos. Não é de se estranhar esta característica no texto, uma vez que os lobisomens são os grandes protagonistas, apesar de uma das colunas da história ser um humano, muito inescrupuloso e sádico, aliás.

O conceito de civilização também é posto em xeque, pois os humanos que vemos são, em sua maioria, pessoas de pouco caráter e capazes de ações egoístas e cruéis sem qualquer remorso posterior, enquanto os lobos costumam exibir uma estrutura social extremamente unida e baseada em cooperação, capaz até de perdoar as maiores ofensas dos humanos, desde que elas não ponham em risco as vidas deles. Isso me lembrou o romance “O Chamado Selvagem” de Jack London em que Buck, uma cria de um São Bernardo com uma Pastora Escocesa, é forçado em uma jornada que culminará em seu encontro com a sua herança genética, seu lado mais primitivo e exuberante de vida, mas sempre permeado por um senso de coletividade, honra e nobreza. Definitivamente, concluímos que uma sociedade com maquinas sofisticadas não implica em pessoas melhoras e antes de queremos ser referência em riquezas matérias, deveríamos trabalhar os nossos valores. Nesse sentido, aprendemos muito com o jeito rústico dos lobos.

O Alfer Medeiros não deixa de lado o nosso folclore, mesmo o centro das atenções sendo um mito mundial, e usa algumas das figuras mais conhecidas de nossa nação, como: Curupira, Saci, Boto e, uma que eu não conhecia, o Corpo-Seco. A participação deles é brevíssima, porém exercem uma importância fundamental na trama. Adorei esta singela homenagem, pois o nosso país tem riquezas culturais, basta que mentes hábeis segurem estas coisas e trabalhem em seus devidos campos artísticos, assim como ocorreu neste livro. Acreditem, depois dessa leitura vocês nunca mais vão zombar do Saci! Querem saber o motivo desta minha declaração? Somente vão descobrir ao adquirirem o livro.

A obra é alicerçada em diferentes pontos (personagens) que nos possibilitam formar uma visão abrangente do mito dos lobisomens e suas diversas interpretações (literárias e cinematográficas), além de deixar a narração dinâmica. Estas peças realmente não demonstram uma ligação muito forte inicialmente, porém com um compasso harmônico, tudo vai sendo orquestrado para nos presentear com um desfecho em que as partes se unem para formar algo de sentido maior que qualquer um pensou anteriormente. Como a história se passa ao longo de algumas décadas, cada detalhe torna-se coerente, pois a construção da mente dos personagens e suas ocasionais mudanças de temperamento ou como enxergam o mundo tornam-se plausíveis. Ao fecharmos o livro, concluímos que até nós mesmos carregamos um lobo dentro de nós, aquela consciência que às vezes consideramos rudimentar, mas que nos sussurra sempre que cometemos uma infração, propositalmente ou não, contra o nosso planeta ou um semelhante, ou quando sentimos uma ligação poderosíssima com alguém, seja uma pessoa conhecida há anos ou alguém que nunca vimos. Enfim, o lobo é aquele nosso instinto em preservar o que está ao nosso redor, zelar pelos nossos semelhantes e pesarmos nossas atitudes com uma visão clara. Quanto às falhas, isso é fruto de nosso lado mais soberbo, aquele que se gaba de um título tão vago e que constantemente não é analisado (ser racional), este lado da moeda se chama natureza humana. Seria sadio ouvirmos mais o nosso “lobo interior”.

Para finalizar, comento que a diagramação e a revisão estão perfeitas, não há qualquer coisa do que reclamar. As letras possuem um tamanho bom para leitura, o que torna as páginas brancas, que são mais cansativas para a leitura, perfeitamente suportáveis (páginas brancas e letras pequenas, não colaboram na leitura). O livro é dividido em oito capítulos, iniciados por uma ilustração em preto e branco de um lobisomem uivando para a lua, sendo cada capítulo dividido em subcapítulos e estes em várias partes, os capítulos, assim como os subcapítulos, recebem nomes que adquirem sentido com os eventos subsequentes, mas nenhum deles chega a ser um spoiler, menciono isso porque já teve livros em que os capítulos possuíam nomes e eles revelavam além do que é necessário. A Madio Editorial fez um ótimo trabalho, meus parabéns. Depois desta avaliação, dou cinco selos cabulosos e digo: comprem este livro!

Escrevo no: http://leitorcabuloso.com.br/
comentários(0)comente



Renato Dieckson 04/10/2011

Fúria Lupina – Brasil - Autor e Obra

Alfer Medeiros é um autor sensacional, que envolve a cada novo parágrafo, deixando a expectativa do que encontraremos na próxima pagina.
Fúria Lupina nos remete a um universo totalmente incrível, um misto entre a ficção do lobisomem com o tão vivo folclore brasileiro e de maneira espetacular envolve até a ultima página.
No mais, detalhes seria impossível colocar mais algumas descrições que não esteja presente nas demais resenhas, desde que possa destacar, o autor é espetacular e Fúria Lupina, nos mostra o grande potencial de Alfer Medeiros, um nome que tem muito por marcar na literatura nacional. Guardem esse nome e aguardem.
comentários(0)comente



blyef 09/02/2011

A natureza lupina liberta... A natureza humana destrói!
Leia também aqui: http://towerofreading.blogspot.com/2010/11/resenha-natureza-lupina-liberta.html#more


Fúria Lupina: Brasil é o romance de estréia do escritor Alfer Medeiros no universo da literatura fantástica nacional. A idéia surgiu através de uma música que o autor compôs para sua banda de horror punk - chamada Horror Office -, Howling to the Moon, uma das primeiras letras que ele escreveu para a banda. Abordando a lenda do lobisomem como se fosse pela ótica do próprio, as idéias do autor não pararam por aí e deram origem ao primeiro livro da série Fúria Lupina.

A história contada em Fúria Lupina - Brasil tem como cenário locais como: Joanópolis - a capital do lobisomem, a capital paulista, o pantanal mato-grossense e até a selva amazônica e mostra a lenda do lobisomem sob uma óptica totalmente diferente da habitual. Esqueça as bestas-fera, os monstros, os homens amaldiçoados e a irracionalidade lupina. Em Fúria lupina - Brasil, ser lupino é uma dádiva, e o termo lobisomem é uma ofensa. A única irracionalidade e crueldade conhecida é a dos homens que, ante o desconhecido, manifestam seu medo infligindo dor nos que eles veem como ameaça, como diferentes.


Caroline é uma mulher-loba que vem de uma longa linhagem lupina que habita a cidade de Joanópolis, dotada de habilidades excepcionais desde cedo, ela se revela uma verdadeira fêmea alfa.

Dante, por sua vez, é resultado da união entre uma mulher e um padre. Perdendo a mãe ao nascer, o garoto é rejeitado pela família e passa a ser criado por sua madrinha, crescendo envolto por uma aura misteriosa, alguns segredos lhe são revelados por uma criatura mística quando ainda era criança, e no decorrer da sua vida as palavras da criatura ainda o persegue.

O projeto Alcatéia Global, do qual Caroline faz parte, tem como missão proteger e ou ao menos identificar todos os lupinos ao redor do mundo, enquanto os ecoterroristas liderados por Berserkr cuidam da natureza de um modo nada ortodoxo, mas considerado direto e efetivo, atacando e exterminando a chaga que se estende desde os mares gelados até a nossa selva amazônica, os caçadores e desmatadores, que recebem sua sentença através da única lei que realmente parece reger a humanidade: a do olho por olho e dente por dente.


Em uma trama cheia de ação e sangue, onde o autor aborda desde crises existenciais e batalhas em um único ser ao descaso com o ambiente e questões morais que envolve um grupo considerável de pessoas, Fúria Lupina - Brasil prende a atenção do começo ao fim. Dono de uma leitura fácil e contagiosa, o livro conta com personagens peculiares, que não causam apenas uma sensação ou emoção no leitor, mas várias ao mesmo tempo Emoções que vão do amor à compaixão, até o ódio e o nojo, criando um filme na imaginação de quem o lê, sem direito à pausas ou descanso, com um susto e um sobressalto a cada parágrafo.

Se tem personagens que me conquistaram ao longo da história, foram eles: Fênix, Caroline, a peeira, Dante e Berserkr e, se tem personagens que só me fizeram rir, foram Ted Guent e o ridículo Joe Vansing, ambos metidos a militares e caçadores cujas atitudes causam náuseas e ódio no decorrer da trama. No mais, é um livro que vale a pena ter e ler, principalmente porque as aventuras não param por aí.

by Blyef @towerofwords/Tower of Reading (http://towerofreading.blogspot.com)
comentários(0)comente



Psychobooks 01/12/2011

Como o próprio nome do livro revela, essa é uma história de lobisomens! Mas cuidado, eles acham ofensivo serem chamados assim, então para sua própria segurança e conservação dos membros intactos, aconselho que os chamem de homens-lobos.

Alfer criou um mundo onde a transformação de homens em lobos é inserida entre as lendas que conhecemos sobre esses seres.

Ao contrário das lendas em que homens se transformam em feras e sua natureza animal domina os sentidos humanos quando transformados, e também divergindo do controle absoluto que algumas histórias dão para os homens sobre a forma animal, o autor preferiu que seus homens-lobos aprendessem a controlar seus instintos quando transformados; e querem saber? Até hoje achei essa forma de explicação a mais racional dentre todas elas.

Conhecemos os Lobos em 1977, data do nascimento de nossa protagonista – Caroline. A menina nasce em Joanópolis, cidade do interior de São Paulo. No seio de sua família, a natureza lupina é abraçada com orgulho. Caroline logo se revela uma alfa.

São três as naturezas lupinas apresentadas durante a narrativa: Alfa – destinada a chefiar; Beta – logo atrás do Alfa, tendo que acatar suas decisões e o ômega, que são homens (ou mulheres) que têm a natureza lupina mas que por algum motivo não a desenvolveram completamente. Guardem o nome “Monica Chavez”, uma ômega bem perversa e que tem papel fundamental na trama.

Alfer dividiu o livro em subcapítulos, cada um marcando uma época – o livro se passa entre 1977 e 2010 – e sob a perspectiva de diversos personagens.

Durante o transcorrer do enredo dá pra visualizar o embate iminente. Acompanhamos 5 frontes diferentes:

Green Death – Berserkr e Fênix são os “alfas” dessa organização radical. Com uma consciência ecológica que deixa o “Green Peace” no chinelo, esse bando de lobos está pronto para fazer sua própria justiça custe o que custar. Se não gosta de sangue, as caçadas dos partidários do Green Death não foram feitas para você…

Joanópolis – essa é a Alcateia de Caroline. Nessa cidade há quatro famílias que tomam conta das redondezas. É aqui que, durante a adolescência, a mulher-lobo aprende a lidar com seu instinto animal e se destaca como alfa. Sua vida toma um rumo mais concreto quando vai à São Paulo estudar e conhece o grupo “Alcateia Global”.

Joe “Hell” Vansing – um sádico caçador americano que topa por um acaso com um homem-lobo no México. A partir desse dia os lobisomens são sua caça preferida, com a ajuda de seu amigo e companheiro de sadismo Ted Guent, formam um grupo de caça. Cada página estrelada por esses dois é repleta de sangue! Quanto ao nome do antagonista… Confesso que não me agradou nem um pouco. Aqui o autor faz uma clara alusão ao famoso “Van Hellsing” e eu não parava de confundir os nomes.

Mato Grosso – Aqui nasceu Dante, o sétimo filho de uma mãe de seis filhas que tinha um caso com um padre. Dante se transforma em homem-lobo e tem que aprender sozinho a controlar os seus instintos.

Amazônia – Do meio para o final do livro, a floresta é palco dos acontecimentos que são o clímax da história. Aqui também conhecemos Nazaré, a sétima filha de seis filhos, uma autista peeira (nome que se dá a quem tem o dom de falar com os canídeos). Falei que ela é autista? *.* Não preciso nem dizer que a personagem virou meu xodó, né? S2

Alfer nos conduz muito bem durante todo o enredo do livro. Acredito que algumas partes poderiam ter ficado mais enxutas. Temos, por exemplo, várias demonstrações de como os homens-lobos são seres justos, mas que cobram sangue quando necessário.

Algumas carnificinas no meio do livro acabaram ficando sem propósito. Creio que a intenção era mostrar a natureza dos lupinos, mas isso repetido duas, três, quatro vezes ficou um pouco enfadonho.

Gostei BASTANTE da inserção de outros seres da mitologia brasileira no livro. A caipora da o ar da graça, o Boto, o Mboitatá também (era ela na vala dos mortos, Alfer?) e o SACI!! Adoro o Saci, e sua aparição é superpertinente e bem-colocada.

No todo o livro do Alfer é muito bom! Ele tem um narrativa que prende a atenção e nos deixa ansiosos pela continuação dos próximos capítulos, a forma de escrita me lembrou bastante os livros do Vianco, com aquela pegada de ação o tempo todo. Gosto bastante também da “crueldade” mostrada por ele. Em nenhum momento ele mostra misericórdia por seus personagens, vai a dica: na história de Alfer, nenhum personagem está a salvo de encontrar o seu fim.

O livro tem claramente uma continuação, mas a trama apresentada nesse primeiro volume se fecha completamente, deixando apenas alguns fios soltos para aguçar a curiosidade e aumentar a agonia do leitor enquanto espera o segundo volume. Sadismo puro! =P

“(…)Assim que ouve os passos desesperados da criança com hipertricose, Vansing vira-se, mira e abate o garoto, com um tiro no meio das costas.(…)
- Por que você fez isso com ele?
- Ted, tenho dois motivos. Primeiro: faz meses que não treino com alvo móvel. Segundo: não gosto de ninguém morrendo triste. Por um instante, ele acreditou mesmo que conseguiria escapar – (…)
Página 134.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/03/resenha-sorteio-furia-lupina.html
comentários(0)comente



danilo_barbosa 25/03/2011

A fera está solta
Esqueçam transformações monstruosas sob a Lua Cheia e criatura irracionais sedentas de sangue.
O português de pátria e brasileiro de coração Alfer Medeiros recria o mito do lobisomem para as novas gerações.
Seus seres são pensantes e organizados. Em grupos, como um sistema policial tomam conta de onde vivem e protegem a Natureza dos crimes cometidos pelo homem.
Pois é, aqui os valores se invertem. A brutalidade e irracionalidade cabem a nós, humanos. E a verdade seja dita, desempenhamos este papel muito bem.
Juntando lendas antigas a referências modernas da literatura fantástica, o autor mostra os nossos temidos e amados lupinos, como uma força da natureza, um vínculo especial da terra com aquilo que temos de mais mágico.
O relato começa nos anos 70 (numa cena fabulosa) e segue até este final de década acompanhando a vida de três licantropos: Caroline, uma fêmea que desde pequena foi destinada a ser especial e ter um papel importante nesta batalha contra o bicho homem; Dante, o sétimo filho homem, um pálido e estranho rapaz de uma família religiosa, que acaba sentindo na pele o preconceito e ódio de uma natureza que nem ele mesmo conhece e a norueguesa Fênix, uma mulher perturbada por ver estas transformações como uma grande maldição.
Três pessoas completamente distintas com seus medos e pensamentos, que o destino encarrega de junta-los em uma batalha que mais do que suas vidas pode estar em jogo. Mais do que esta essência lupina que os une, cada passo que derem será para manter e salvar a sua espécime de uma vez por todas.
Fúria Lupina – Brasil (Editora Madio, 320 páginas) é assim. Peças que por um momento parecem não se encaixar, mas Alfer tece habilmente esta colcha de retalhos, nos mostrando um tempo onde a ação impera. A descrição das lutas é fantástica, sem detalhes excessivos e muito sangue á mostra.
Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/i0FRcR
comentários(0)comente



sentilivros 05/07/2011

resenha de Fúria Lupina
Uau!!! O livro é fantástico. Mistura vários elementos folclóricos ao longo da história, sempre priorizando claro, o Lobo.
Não há somente um personagem em destaque, pelo menos no início...rsrsrs...São histórias que vão se interligando e que tem um final... (leia para saber...hehehehe).
Pra não dizer que não avisei (apesar de na orelha do livro isso já ser avisado), o livro é um pouco violento, com quase nenhum romance e com muita ação. Eu amei conhecer o Dante e a Caroline, personagens fortes, diferentes, que se superam sempre e que têm um lado que os liga desde o primeiro momento.
No livro tudo é descrito sem pudor, mas sem baixarias, tornando o livro uma leitura mais adulta e eletrizante...
Eu adorei tudo, mas confesso que amei a parte que me toca, pois é uma parte da história se passa em Cuiabá (minha cidade) e Dante estudou na UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso (minha uni.), além do autor citar o codinome de Cuiabá - "Cidade Verde", que confesso, hoje já não é tão "romântica" quanto na história.
O livro trata não só a relação dos lobos, mas principalmente dos seres humanos, a meu ver uma "crítica social" principalmente do homem com a natureza.
Enfim, recomendo...



site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2011/07/furia-lupina-alfer-medeiros.html
comentários(0)comente



ArenaFantástica 10/03/2011

ARENA FANTÀSTICA - Resenha: Furia Lupina
Lobisomens! A Fúria está solta e a temporada de caça aberta!
O livro nos leva, desde o primeiro capitulo, a acompanhar a vida de diversos personagens, seu crescimento, sua jornada de auto-conhecimento, seu amadurecimento, e as muitas aventuras, e desventuras, que permeiam suas existências.

Os personagens, que aparentemente não dividem nenhum elo, exceto em alguns casos o “dom” da licantropia, nos envolvem sobremaneira, de forma que, ao meio do livro já temos nossos favoritos e nossos vilões, a gosto do leitor. Entretanto, quando se pensa que as histórias não tem mais como se juntar o autor surpreende e une todos os personagens. A ação, antes segmentada, corre solta e as repercussões das decisões dos personagens nos levam, juntamente a eles, a um final eletrizante.

Conduzido com maestria pelo autor, o livro nos mostra os diversos...

LEIA MAIS EM:
http://arenafantastica.com/2010/10/02/3-em-1-furia-lupina/

OU

arenafantastica.com
comentários(0)comente



barbsm 04/10/2011

Lobisomens num contexto atual! Um dos melhores livros que eu já li! É muito bom ver um livro tão bem escrito numa realidade tão próxima da nossa! E a descrição física dos personagens transformados, a mistura do nosso folclore e da nossa fauna... fiquei encantada!
comentários(0)comente



Stephania Tonhá 07/03/2011

Lobos 100% brasileiros
Como vão leitores? Hoje irei apresentar um livro brasileiro, com enredo, personagens, paisagem e mitos brasileiros. A resenha de hoje é sobre Fúria Lupina Brasil, de Alfer Medeiros.

O nome do autor é um pseudônimo para Alexandre Jorge Ferreira Medeiros. Português radicado em São Paulo desde a infância, professor universitário e escritor. Ele agradece pelos filmes que “emporcalharam” a imagem do lobisomem nos cinemas, pois assim ele resolveu escrever um livro que faz jus a esse ser.

O livro conta com várias histórias paralelas que ao decorrer vão se unindo e tornando uma única. O começo é meio confuso e fiquei meio perdida com os inúmeros personagens, mas é bom se ater a somente três: Caroline, Dante e Fênnix.

para continuar: http://www.sobrelivros.com.br/resenha-furia-lupina-brasil-alfer-medeiros/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



26 encontrados | exibindo 16 a 26
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR