Lázarus

Lázarus Georgette Silen




Resenhas - Lázarus


70 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Jaqueline 21/04/2012

Você se recorda do último livro da saga Crepúsculo, "Amanhecer", onde a humana Bella engravida do vampiro Edward Cullen e logo após o parto é transformada em uma bebedora de sangue? Pois Lázarus, livro da escritora paulista Georgette Silen que fez parte da book tour do Selo Brasileiro, segue mais ou menos este caminho - salvas as devidas diferenças, é claro.

Jovem viúva, Laura Benson Vargas é uma museóloga brasileira que recebe a proposta de emprego dos seus sonhos: ser curadora do Bristol The City Museum of Art and Gallery, na Inglaterra. Filha de pai inglês, mas criada no Brasil, Laura começa uma nova vida no sudeste da Inglaterra ao lado de Cinthia, sua filha adolescente, e de amigos de longa data como os irmãos Georgina e David, um professor universitário que sempre nutriu fortes sentimentos por ela e Jeannete, a doce e prestativa mãe dos dois e esposa de Ben.

Ao chegar à cidade de sua família, Laura logo se informa sobre uma série de misteriosos crimes que vem apavorando a população e provocando o frisson da mídia: corpos encontrados sem sangue, sobreviventes que não conseguem se recordar de nada além da sensação de pavor. Mal sabe Laura que lendas e mitos sobrenaturais são muito mais do que simples histórias populares!

Trabalhando para a toda poderosa Clementine Fevré, a diretora do museu, nossa protagonista acaba conhecendo Robert, o belo e charmoso irmão de sua superiora. Não preciso ir muito longe na descrição do romance entre os dois: sim, trata-se de mais uma história sobre vampiros. Porém, antes que você comece a franzir o nariz, saiba que a história de Gerogette Silen consegue se destacar dos muitos outros romances sobrenaturais disponíveis por aí ao apostar em História, terror e mistério sem se afogar no clichê “humana e vampiro se amam e querem ficar juntos para sempre”.

Isso acontece, primeiramente, porque na trama de Lázarus a história dos vampiros tem profundidade: aqui, os vampiros existem há milênios e suas presenças foram largamente registradas nas mais diversas culturas. Além disso, existe também toda uma ordem dentro deste mundo fantástico, formado por tipos distintos de bebedores de sangue. Na hierarquia de Lázarus temos os chamados vampiros “puros”, os mestiços e os metamorfos, ou seja, humanos que são transformados em vampiros. Ao contrário da saga açucarada de Stephenie Meyer, as explicações biológicas para o vampirismo são muito bem apontadas neste livro, permitindo uma compreensão bastante lógica da coisa, sem contar umas boas doses de investigações tecnológicas e científicas.

Afora isto, existe também a parte histórica do mundo vampírico, marcada pelos termos do Consensus Ominus, um tratado assinado em 1464 e desde então mantido entre os diversos clãs vampiros espalhados pelo mundo. A Ordem de Urare e o Conselho funcionam como instituições que regulam os clãs desde o final do século XV, em um comando mantido por descendentes de Domenico, o primeiro Mathesis (ou “mestre supremo”) da Ordem, cargo atualmente ocupado por Avelar, grande “vilão” deste romance, que trabalha com unhas, dentes e muita ambição para destruir o clã Di Fevere, “família” que Laura passa a fazer parte.

A grande sacada de Georgette é a figura do Lázarus, ou “o elemento divino”, algo supostamente irreal até mesmo para os vampiros. Seria spoiler explicar do que se trata, mas fica o aviso: a história ganha uma nova perspectiva a partir do surgimento do ser que dá nome ao livro. Laura se vê obrigada a continuar levando sua vida “com um toque do sobrenatural” dentro de si. O enredo do livro é muito envolvente, mesmo pecando no ritmo com que a história se desenvolve. A impressão de que a narrativa é detalhada demais foi uma constante – às vezes eu achava a história muito arrastada, com páginas e mais páginas descrevendo situações puramente rotineiras enquanto fatos marcantes e dramáticos aconteciam muito rapidamente e sem um maior desenvolvimento imediato.

Pesando prós e contras, esta história bastante lenta se consagra positivamente graças ao esforço e talento da autora ao conduzir uma trama densa que poderia facilmente se perder em detalhes e personagens de segundo plano. O final merece destaque, indo totalmente contra o esperado e garantindo uma avaliação muito boa entre os diversos títulos nacionais publicados pela editora Novo Século, que desta vez caprichou na revisão do texto e fez um bom trabalho também no plano gráfico do livro, passando já na capa toda a ideia de mistério e perigo que ronda as páginas de "Lázarus".

>>Resenha publicada no site www.up-brasil.com
comentários(0)comente



douglaseralldo 05/10/2010

10 Considerações sobre Lázarus, ou como nem sempre é fácil a vida de um vampiro
1 – Para as meninas que lêem o blog podem ter a certeza que em cada passagem do livro, o romance está impregnado de sentimentos como amor, paixão, sedução, e ciúmes... Dá primeira a última página...

2 – Já os meninos mais afoitos por ação e pancadaria não se assustem com as primeiras páginas numa introdução onde o romance prevalece sobre o suspense, pois quando os vampiros começarem a atacar, meus amigos, será revelações atrás de revelações... E muito sangue jorrará...

3 – Georgette não simplifica a metamorfose de um ser humano em vampiro, e a personagem Laura Vargas descobre a duras penas as implicações deste acontecimento, tanto no âmbito físico, como no político...

4 – O aprendizado como vampira de Laura, a reunião do conselho, e por fim, o descritivo concílio acontecido em Amsterdã reunindo todas as etnias das criaturas da noite e seu ambiente tenso é ponto alto do romance...

5 – A escritora usa de um artifício raro, o uso de diversos narradores, o que nos permite ver o mesmo acontecimento por vários olhos, que interligam os fatos e a narrativa, onde os personagens muitas vezes se desconhecem, mas o leitor esta a par de tudo que acontece...

7 – Avelar é na narrativa sem dúvida alguma o humano, que mesmo sem saber inveja e deseja a vida dos vampiros. É um vilão, mesmo assim cativante e ardiloso personagem;

8 – Maia personifica a imagem masculina para as vampiras: Bela, sexy, enigmática, poderosa e sedenta por sangue...

9 – Lázarus apresenta mais que uma história, na saga de uma única personagem: Laura atravessa todos os estágios como humana e vampira, e por fim nos deixa curioso por saber mais sobre sua jornada: Eterna...

10 – E por fim Lázarus, a estranha criatura que dá nome ao título, cujo encontro com Laura gera interesse dos humanos e dos vampiros, e a torna uma fugitiva solitária num mundo nem tão vasto assim, não é nem o meio, e nem o fim da história, mas sim o início de uma aventura bem maior. Maior até mesmo que a metamorfose de nossa heroína em vampira, pois suas complicações são mais no campo dos com quem ela convive que sobre quem ela realmente é...
comentários(0)comente



Danilo Barbosa Escritor 25/10/2010

Adeus, vampiros adoçados que brilham no sol que se juntam a mocinhas adolescentes que não sabem o que quer. Georgette Silen foi muito criativa na criação de Lázarus, um livro que não sei vou conseguir em definir em poucas palavras, mas com certeza, já está entre os meus favoritos!
Laura Vargas é uma mulher madura, que sabe o que quer e se concentra em seu trabalho e cuidar de sua filha adolescente. Desde jovem, não perde tempo em coisas frívolas como o amor (não se permite amar desde que ficou viúva muito jovem) e quer o sucesso na sua vida profissional acima de tudo.
Ao aceitar um cargo de alta importância no interior da Inglaterra, em um dos mais conceituados museus do mundo, ela não hesita em deixar São Paulo e ir para a terra de seu pai, Bristol.
Lá, revê velhos amigos, antigas paixões de infância e diante de tantas mudanças, ainda fica balançada por Robert, o romântico e "aparentemente" perfeito irmão de sua chefe e tem de conviver com o ciúmes intenso de David, seu amigo de infância que a ama desde a infância.
Até que uma série de assassinatos horríveis na cidade envolvem Laura numa sucessão de acontecimentos. Ela não sabe mais no que confiar, na razão ou naquele instintivo arrepio na espinha que nosso lado sensitivo não hesita nos dar. E ela começa a perceber que Robert não é tão perfeito assim. Ele esconde algo que pode mudar sua vida por completo...

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/09/lazarus.html
comentários(0)comente



Carla 06/05/2012

Lázarus [Sonho de Reflexão]
PRIMEIRO VOLUME DA SAGA "LÁZARUS"

Pela primeira vez, uma leitura sobre essa tema tão frequente no mundo literário surpreendeu-me de tal maneira, porque houve um fato inédito (só direi uma palavra "reversão". Agora fica a critério da sua imaginação), que ainda não vi isso em nenhum livro sobrenatural que já tenha lido e achei bárbaro a autora ter explorado isso.

Achei de uma criatividade estupenda, porque Georgette foi genial e inovou nesse tema com uma mistura de novas raças de vampiros contendo todos os ingredientes presentes nos temas fantásticos sobrenaturais, especialmente os clássicos, e criou personagens cativantes, assustadores, cruéis e, como não podia deixar de ser, alguns deles poderosos! Achei o enredo envolvente desde o princípio, porque aqui a mitologia acerca dos vampiros não passa de uma mentira, porque eles podem estar entre nós!!! Só lendo o livro mesmo para saber do que estou falando. (risos).

Achei genial o título, mas não vou revelar o seu verdadeiro significado, porque senão perde toda a graça da história, porque ele é a chave de todo o mistério que ronda a trama.

O enredo é dividido em três livros, com vários capítulos. Cada parte conta as fases da vida da personagem e suas decisões e escolhas que afetariam toda a sua vida. Sempre há uma prévia em cada parte e, no decorrer da leitura, ficamos na expectativa do que houve e por que aquilo aconteceu. Isso é mais um ponto positivo, que mexe com as nossas emoções. (risos). A narrativa transcorre em primeira pessoa, sob a visão de vários personagens. Adorei as histórias paralelas, que são tão fascinantes quanto o enredo em si e você fica ansiando por mais, o que é exasperante! (risos).

Aos 33 anos, Laura Vargas está de mudança para Bristol, na Inglaterra, onde vai trabalhar como museóloga, onde assumirá o cargo de curadora de arte. Aos dezesseis anos, Cinthia, sua filha, é uma aborrescente determinada e temperamental.

Laura sempre foi focada em seu trabalho de mestrado, em sua filha com seus namoricos e hormônios de adolescente, além de outras preocupações. Apesar do medo, ela tem uma enorme expectativa, porque está deixando toda a sua vida em São Paulo, no Brasil, para mergulhar de vez nessa oportunidade.

Bristol era a cidade natal de seu pai, um engenheiro inglês, que apaixonou-se à primeira vista por sua mãe, uma brasileira, que pintava e esculpia, além de ser apaixonada por histórias de artes e museus. O amor entre os dois foi transcendental. Laura herdou de sua mãe o gosto pela história da arte em si, de seu pai e de sua avó a coragem, a determinação, porque não voltava atrás em sua decisão, perseguindo um ideal mudando totalmente de vida.

Após a morte da avó paterna, Laura recebeu a casa como herança, onde a adorável Jeanete, uma senhora sexagenária, tomava conta do lugar. Ela sempre tinha palavras gentis, um sorriso nos lábios e um brilho divertido no olhar. Era uma pessoa ativa, com uma força que superava em muito a sua fragilidade. Casada com Ben, trabalhou a vida inteira para a família de Laura e agora serve a esta com todo o carinho de mãe, porque sempre foi superprotetora. Seu marido sempre foi debilitado devido aos problemas de saúde, o que fez com que ela se tornasse forte, criasse os dois filhos, David e Georgiana, com muito esforço e sacrifícios até a universidade. Orgulhava-se deles e isso era recíproco. Georgiana estava especializando-se em psicologia pediátrica e David lecionava história medieval na universidade.

Laura tinha um grande carinho por essa família, especialmente por David que era um dos seus melhores amigos. Da mesma idade, alto, olhos e cabelos castanhos-escuros cortados bem curtos e uma voz calorosa e gentil. Ela adorava conversar com ele, porque considerava-o como um irmão e sentia-se à vontade em sua companhia.

Ela é uma workaholic e adoraria ser reconhecida pelo seu potencial de trabalho e pesquisa, o que era assustador e, ao mesmo tempo, um grande desafio. Mas em meio a tudo isso, ela está com medo, insegura, estressada e nervosa com tudo isso que sua mudança está provocando, porque sua chefe, a diretora do museu, Clementine Fevré, impressiona pela sua classe, beleza e pelo currículo invejável. É uma grande inovadora e intimida a todos pela personalidade influente e pela sua imponência.

Um dia, ao ler uma reportagem no jornal, uma fotografia chama a atenção de Laura:

(...), um homem num elegante smoking, cabelos curtos, mais alto que ela, olhando ligeiramente para o lado, (...). Com esse ligeiro desvio seu rosto assumia uma posição de semiperfil que o tornava muito atraente. O queixo era ligeiramente quadrado, o nariz delicado, os traços pareciam combinar entre si com harmonia e exibia uma masculinidade clássica. (...).

Pág. 34


Desde a morte do marido, ela fechou-se para o amor, porque tinha a sua vida. Sua filha e sua carreira eram prioridades, porque tornou-se mãe jovem, perdeu seus pais e seu marido no mesmo período.

Era exigente, independente, responsável, ativa, com uma filha adolescente, mas era uma mulher de fibra, até que um dia, em um evento grandioso de uma exposição, cruza em seu caminho o irresistível, lindo, charmoso e romântico Robert para desolação e ciúmes de seu melhor amigo de infância, David, que sempre nutriu uma paixão secreta por ela.

(...) me fez ficar paralisada em observação. (...), trajando um elegante smoking, estava o mesmo homem da fotografia que eu vira no jornal. Alto, com a pele branca realçada pelo escuro do traje, os mesmos cabelos escuros repartidos para o lado, o mesmo queixo firme e traços clássicos. (...). Fiquei presa pela sua presença, um sentimento estranho dominando meu corpo, sensações diferentes se sucedendo. (...).

Foi nessa hora que seus olhos castanhos, (...), me encontraram. (...).

Págs. 51-52


A presença do francês e arquiteto Robert, que gosta do mercado de antiguidades, era inebriante e envolvente, porque era o único homem que fez com que ela repensasse toda a sua vida nesse sentido.

Enquanto há um clima de romance no ar, há uma série de assassinatos ocorrendo na cidade, porque há um serial killer, modus operandi estilo "Jack, o Estripador", à solta em Bristol.

(...) A polícia ainda não tem muitas pistas, mas ele age de maneira metódica. Foram cinco crimes nos últimos meses. Geralmente as vítimas são encontradas com marcas nos pulsos, no pescoço ou em outras partes do corpo, como se tivessem sido cortadas com precisão, e perdem muito sangue. Duas vítimas sobreviveram graças a telefonemas anônimos, mas elas não conseguem se lembrar de nada do que aconteceu. É como se tivessem a memória apagada por causa do choque.

Pág. 35

Senti um arrepio ao perceber, mais por instinto, que não estava sozinha. Ouvi o som baixo e entrecortado de sua respiração. Assim que meus olhos se acostumaram com a escuridão notei que havia uma forma nos arbustos sem folhas. Alguém que observava! E não era só isso. Aquela figura, que eu não podia distinguir as feições, observava-me com os olhos de um vermelho intenso, brilhantes.

No segundo seguinte, o tempo de uma batida do coração, a estranha forma desapareceu como uma brisa, ao mesmo tempo que eu voltava rapidamente para a entrada do prédio, quase sem fôlego.

Pág. 53


Com esses eventos, segredos inesperados vem à baila com grande suspense de tirar o fôlego recheado de personagens misteriosos, perigosos e, alguns deles, adoráveis, com muita ação e adrenalina, até que um dia Laura descobre que nem todos são aquilo que aparentam ser e, depois de muitas surpresas, tem que tomar uma difícil decisão fazendo uma escolha para salvar a vida dos que ama e daqueles que tornaram sua família, porque eram a sua estabilidade, o seu porto seguro.

Adorei os diversos diálogos e situações humoradas entre Laura e sua filha Cínthia, que muitas vezes era de uma petulância. (risos). Só para vocês degustarem um pouquinho, deixo abaixo um pequeno trechinho:

- Nossa, mãe, se ele aparecer não deixa de pedir o telefone, ele é muito gato - suspirou ela.

- Ora, veja só como você está me saindo, sim senhora! Desde quando preciso de um conselho amoroso de uma pivetinha? - brinquei com ela - Além do mais, não vejo por que ele se interessaria por alguém como eu. (...).

(...)

- Escuta aqui, mãe, você pode falar que sou uma pivete ou qualquer coisa parecida, tudo bem. Mas pelo menos eu não fico fingindo, feito criança, que não me interessei por alguma coisa quando na verdade me interessei, sim. E isso é exatamente o que você está fazendo. E aquele cara estava paquerando você! Dava para ver que ele não tirava os olhos - ela esperou um pouco e acrescentou - Até o David ficou com ciúmes, vi isso.

(...)

Pág. 58-59


Adorei uma passagem de Shakespeare...

(...)

"Lázarus" está mais do que recomendado a todos os que apreciam gêneros literários fantásticos e sobrenaturais, além de um enredo adulto, sem nenhum clichê acerca dos vampiros, com ação, suspense, muitos mistérios, suspeitos, romance e emoção na dose certa.

(...)

Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/
comentários(0)comente



Alba 29/12/2010

Resenha feita por mim, no Psychobooks!
Filha de um inglês com uma brasileira, Laura viveu sua vida entre indas e vindas do Brasil à Inglaterra. Museóloga formada e recém-viúva, recebe uma oferta única de ser curadora no “City Museum & Art Gallery” para trabalhar com a rígida diretora geral Clementine Sophie Fevré, e é lá que conhece Robert.

Eu fiquei encanta com Robert, Georgette soube descrevê-lo muito bem através dos olhos de Laura. Realmente um protagonista intrigante. David é confuso… Um amigo de infância que sempre a amou e que não consegue conter o ciúmes ao ver a “amiga” se envolver e encantar por outro homem.

Cíntia, filha de Laura, é a adolescente típica. Avessa a mudanças e sempre com a expressão de tédio no rosto.

Com um serial-killer solto que sempre ataca à noite e deixa suas vítimas exangues e com uma expressão de terror no rosto, Laura fica entre a preocupação pela filha e a intriga do que podia estar causando tudo isso. Até que vem a revelação.

Seu encontro com “Lazarus”, sua transformação e a perseguição que ela passa a sofrer após isso, é confusa e nos deixa com a incerteza de não saber em quem acreditar e com o gostinho de quero mais no final do livro.

O livro é todo contado em primeira pessoa, mas ao mesmo tempo dá uma ideia geral de tudo o que se passa na história. Não ficamos presas apenas na visão de uma pessoa. Acho isso importante, não é legal ver toda história pelo prisma apenas de um personagem, ainda mais quando se tem a mania de preferir os vilões =D (já falei isso por aqui!)

O nome escolhido para o personagem “Lázarus” achei de uma genialidade ímpar, o link que se faz com Lázaro – personagem biblíco que foi ressucitado por Jesus Cristo – é evidente em toda a leitura, Georgette cita a bíblia durante todo o livro,e achei a idade escolhida para a transformação de Laura superoportuna e significativa. 33 anos. (Era a intenção, Georgette, ou viajei?)

Gostou? Quer ler mais? Acesse o blog:

http://www.psychobooks.com.br/2010/12/lazarus-georgette-silen.html
comentários(0)comente



Juny K. 23/05/2011

RESENHA: "Lazarus" (Georgette Silen)
Disponivel em http://www.dear-book.net/

_____________________________________________________

Ta ai mais um livro que me surpreendeu! Tive dificuldades no inicio, pois há muita introdução a vida de Laura e a sua mudança para Bristol (Inglaterra) e como estava lendo junto com outros livros acabava deixando sempre de lado. Até que coloquei uma meta de parar as leituras paralelas e dar a devida atenção a “Lazarus” e não em arrependi.

É um livro de vampiros diferente de todos que já li. Há um misto de mitologia, história e ciência, onde há várias raças e clãs de vampiros, muito distintos. Há um pacto feito durante a Idade Média, entre os vampiros e a “Ordem”, que é uma organização que no inicio era parte da Igreja administrada por Domenico e hoje em dia é chefiada pelos seus descendentes. A estória é dividida em 3 partes: Travessia, Metamorfose e Conversão.

O livro conta a trajetória de Laura Vargas, uma museóloga (que tem mãe brasileira e pai britânico) que após o sucesso com as suas pesquisas no Brasil acaba recebendo um convite para trabalhar no famoso “Museum of Art and Gallery” de Bristol. Ela e sua filha, Cinthia, vão para Inglaterra, ficam na casa que era da avó de Laura e tem a ajuda dos amigos da família de longa data: Jeanete (que é como uma mãe para Laura), Ben, Georgina e David.

Laura começa a trabalhar no museu e fica muito admirada com a postura de sua chefe, Clementine, uma mulher com muita presença. Nesse meio tempo surgem várias noticias no jornal sobre ataques de um serial killer em Bristol, que mata suas vitimas com cortes na garganta e as deixa praticamente sem sangue.

Numa exposição do Museu, Laura tem uma visão perturbadora no jardim, ao ver atrás dos arbustos um par de olhos vermelhos a encarando. Pouco depois, ela conhece Robert, o irmão de Clementine, um cara muito sexy e romântico, e esse é o inicio de um grande amor.

Você pode pensar que é mais um livro de vampiro que gira em torno do romance, mas ao decorrer do livro você percebe que esse assunto é secundário, que há muito mais ênfase na ação, na possibilidade de uma guerra.

Os vampiros em “Lazarus” contam com a tecnologia, há um soro para ajudar a controlar os seus instintos. E a raça é dividida entre puros (seres muito antigos que já nasceram como vampiros), metamorfos (transformados por puros ou outros metamorfos) e mestiços (metade humanos e metade vampiros, que são filhos de puros ou metamorfos).



" – Se somos seres amaldiçoados? Não sei. Pertencemos ao céu ou ao inferno? Os seres humanos têm esse mesmo privilégio da dúvida – sua voz assumiu um tom de ensinamento. – Creio que isso depende daquilo que fazemos com o que nos foi dado."



Na segunda parte é apresentada uma ameaça de guerra, provocada pelo atual líder da Ordem, Avelar, um cara totalmente sem escrúpulos, que faz de tudo para colocar os clãs uns contra os outros, para alcançar seus objetivos. Muitas coisas acontecem, diversas revelações e mistérios. O livro é muito rico em detalhes mitológicos, na terceira parte conhecemos o que é o “Lazarus”, quais são seus poderes e suas conseqüências.

A revisão do livro é muito boa, coisa rara ultimamente nos livros nacionais e até mesmo em algumas traduções. Minha única critica é que há apenas uma linha que separa “novos sub capítulos” da estória e não há um titulo identificado o narrador, embora a maioria das vezes seja a visão de Laura, no decorrer do livro temos trechos narrados por Kate, Cíntia, Robert, Avelar e etc, o leitor acaba tendo que ler boa parte para descobrir mais a frente quem é que está falando, muitas vezes isso só possível quando é citado algum nome.

Laura é uma protagonista que convence, é forte, persistente, faz de tudo para alcançar seus objetivos e proteger aqueles que ama. Robert é o cara ideal: maduro, sexy e romântico, que manda flores todos os dias e seduz a cada gesto ou palavra. Eles terão que enfrentar muitos obstáculos para conseguirem ficar juntos.



"Sua boca se aproximou devagar, olhos presos nos meus, e então se uniu a minha. O contato fez um arrepio subir de minha coluna ao meu pescoço e o calor se espalhou por todo o meu corpo. O beijo era terno, suave, enquanto nossas bocas se moviam no mesmo rimo e meu coração acelerava ainda mais. A intensidade foi aumentado. Meus braços circundaram seu pescoço e os deles apertaram delicadamente a minha cintura, puxando meu corpo gentilmente para o seu.

Não havia mais tempo ou espaço. Nem frio nem vento. Passado e futuro deixaram de existir para mim. Só havia aquele momento e minha mente queria guarda-lo na memória exatamente desse jeito."



As personagens secundárias têm papeis decisivos na estória e cativam bastante, a trama não gira em torno apenas de Laura, há muito mais em jogo; dou destaque a todos do Clã Di Fevere, David, Cínthia, Kate, Solomon, Jeanete.

O final é uma grande deixa para o próximo livro, pois ainda há muitas coisas a serem esclarecidas. Laura toma atitudes muito dignas para proteger aqueles que ama. Mal posso esperar por essa continuação! Se você quer ler um livro de vampiros diferente, com foco na ação, ciência e mitologia, não perca “Lazarus”!
comentários(0)comente



Psychobooks 29/12/2010

Filha de um inglês com uma brasileira, Laura viveu sua vida entre indas e vindas do Brasil à Inglaterra. Museóloga formada e recém-viúva, recebe uma oferta única de ser curadora no “City Museum & Art Gallery” para trabalhar com a rígida diretora geral Clementine Sophie Fevré, e é lá que conhece Robert.

Eu fiquei encanta com Robert, Georgette soube descrevê-lo muito bem através dos olhos de Laura. Realmente um protagonista intrigante. David é confuso… Um amigo de infância que sempre a amou e que não consegue conter o ciúmes ao ver a “amiga” se envolver e encantar por outro homem.

Cíntia, filha de Laura, é a adolescente típica. Avessa a mudanças e sempre com a expressão de tédio no rosto.

Com um serial-killer solto que sempre ataca à noite e deixa suas vítimas exangues e com uma expressão de terror no rosto, Laura fica entre a preocupação pela filha e a intriga do que podia estar causando tudo isso. Até que vem a revelação.

Seu encontro com “Lazarus”, sua transformação e a perseguição que ela passa a sofrer após isso, é confusa e nos deixa com a incerteza de não saber em quem acreditar e com o gostinho de quero mais no final do livro.

O livro é todo contado em primeira pessoa, mas ao mesmo tempo dá uma ideia geral de tudo o que se passa na história. Não ficamos presas apenas na visão de uma pessoa. Acho isso importante, não é legal ver toda história pelo prisma apenas de um personagem, ainda mais quando se tem a mania de preferir os vilões =D (já falei isso por aqui!)

O nome escolhido para o personagem “Lázarus” achei de uma genialidade ímpar, o link que se faz com Lázaro – personagem biblíco que foi ressucitado por Jesus Cristo – é evidente em toda a leitura, Georgette cita a bíblia durante todo o livro,e achei a idade escolhida para a transformação de Laura superoportuna e significativa. 33 anos. (Era a intenção, Georgette, ou viajei?)

Gostou? Quer ler mais? Acesse o blog:

http://www.psychobooks.com.br/2010/12/lazarus-georgette-silen.html
comentários(0)comente



Gabi Lima 07/02/2012

Lázarus conta a história de Laura Vargas, uma brasileira, que se muda para Bristol, Inglaterra, junto com sua filha Cinthia para trabalhar no museu de lá. Assim que chega, descobre que tem um assassino que suga o sangue das vítimas e deixa pescoço e pulsos totalmente rasgados. Isso a assusta, mas não a faz ir embora.

Na noite da primeira exposição que ela ajuda a organizar ela conhece...

Veja o resto da resenha em: http://livrofilmeecia.blogspot.com/2012/02/resenha-lazarus.html
comentários(0)comente



Melian 25/06/2011

Resenha - Blog Mell Books
Eu divido a história em duas partes, antes e depois da transformação de Laura, antes da transformação é um romance cheio de mistério, depois da transformação as coisas ganham mais ação e eu gostei bastante disso ^^
Mas Laura tem uma segunda transformação o que torna o livro uma perseguição.
E é nessa parte que o livro acaba!
Você percebe que faltam poucas folhas para o livro acabar e pensa " não vai dar tempo! Será que não vou saber o que aconteceu?" E a resposta é não, você não vai saber o que aconteceu.
O livro começa com Laura fugindo, ela está no Brasil se escondendo e o livro acaba do mesmo jeito!
Frustrante p/ mim que estava doida para saber o que ia acontecer depois!
Já conversei com a escritora e já descobri que haverá um proximo volume, sim respirem! terá continuação! rs
Em breve teremos noticias do proximo lançamento que dará continuidade a essa história.
A história corre bem, cada hora com seu elemento, assim como a escritora promete na sinopse, o livro tem de tudo um pouco.
Os personagens são muito interessantes e bem construídos, logo no inicio do livro desconfio de Robert, e provo estar certa depois. rs
Gostei muito da personagem de Clementine, é uma mulher forte, inteligente, vivida e que nos deixa com aquela de "Quero ser assim quando crescer".
Agora um personagem que realmente dá raiva, dá nos nervos é o lider da ordem (Mas que ordem?? É Spoiler não vou dizer XD), Avelar me lembra Snape no inicio de Harry Potter, aquele personagem que você deseja socar! rs Mas ele é pior que Snape, muito pior, depois você descobre isso.
E é nessa trama de vampiros, ordem, clãs, objetos de arte, ataques por criaturas de olhos vermelhos, e malicia da parte do lider da ordem que esse livro se desenvolve, para quem gosta desses elementos não pode nem deve deixar de ler!

Link: http://mellbooks.blogspot.com/2011/06/resenha-lazarus-georgette-silen.html
comentários(0)comente



Mirela L. 10/03/2011

Resenha que fiz para o Inteiramente Diva
“Dito isso exclamou com voz forte: ‘Lázaro, vem para fora!’ O que estivera morto saiu, com as mãos e os pés amarrados com faixas e um pano em volta do rosto. Jesus então lhes disse: ‘Desamarrai-o e deixai-o ir”

Lázarus – Página 17

Começo dizendo que é maravilhoso escrever resenha de um livro que gostamos muito, não é?! Espero que eu consiga passar realmente o que senti quando li esse livro e a altura do grandioso trabalho de Georgette Silen. Mas antes de divagar pouquinho sobre a obra, gostaria de deixar dois super beijinhos: um para Rê do blog Guria que Lê, pois foi através dela que conheci esse livro encantador e outro para Georgette pela sua simpatia de sempre e por ter aceitado parceria conosco! :**

Laura Vargas é uma museóloga brasileira, que após a defesa de sua tese de mestrado, recebe uma proposta irrecusável para trabalhar como curadora no Museu de Arte em Bristol, Londres. Mãe de Cínthia, uma adolescente super simpática de dezesseis anos e viúva, Laura tem uma vida calma e recatada voltada principalmente para o trabalho e bem-estar da sua filha. Lá em Londres as duas se estabelecem na casa da sua vó e reencontram pessoas muito queridas: Jean, Ben, Georgiana e seu amigo e tambem primo de infância David. Durante uma exposição no Museu, Laura encontra pela primeira vez, Robert Frevé *suspira*, irmão de Clementine, sua chefe. Um homem extremamente cortêz, lindo, galante, sedutor, enigmático,…, um verdadeiro príncipe encantado.

Depois desse encontro, Robert passa a ser presença constante na vida de Laura, e ela decide dar mais uma chance ao seu coração, após a morte do marido. Logo ela se vê presa numa paixão avassaladora, que trará algumas consequências para si. Lázarus é dividido em 3 partes (livro um, dois e três), e em todos os três, a principal narradora é Laura, mas Georgette também nos alegra com o ponto de vista de outros personagens, da mesma cena ou não, proporcionando ao leitor uma visão melhor (achei essa ideia SUPER fantástica).

Lembrei bastante de Twilight durante a leitura, mas com certeza Georgette deixa bem claro a sua visão inovadora no mundo dos Vampiros, com uma pitadinha de romance alegre *adulto* que deixam o romance irresistível! Também gostei bastante do toque policial, do suspense, que deixa o leitor curioso e tentando deduzir fatos que ocorrem durante a história, pois nada é o que aparenta, sempre nos surpreendemos a cada página virada. O final do livro me deixou com DPL rs. Preciso, urgentemente de continuação *-* Ah, e eu achei a capa do livro linda e e estética muito legal *-*

Além de Lázarus, teremos mais três livros pulando, Panacéia necessito para ontem, Nênia e Zênite.

Gostaria de deixar os parabéns, mais uma vez, para os escritores brasileiros que estão arrasando. E você, Georgette, arrasou MESMO. Parabéns pela escrita bem construída! Para mim, Lázarus é uma leitura extremamente recomendada! ;)

“Assim pelos olhos, o amor atinge o coração: pois os olhos são os espiões do coração. Os olhos o fazem florescer: o coração o amadurece: Amor, fruto da semente pelos três plantada.”
Lázarus – Página 209

comentários(0)comente



Lili 12/10/2011

Amei a história. E olha que eu não sou fã de histórias de vampiros. Mas Georgette Silen conseguiu criar uma história muito bacana e que prendeu minha atenção do começo ao fim.
Eu só fiquei atrapalhada com a sequência da história, onde Georgette mistura presente e passado, mas fora isso me encantei com a história. Afinal, é uma história de vampiros mais madura. O que me agradou muito. E também é um livro onde acontece muita aventura, com um toque de romantismo. E eu amo aventura e suspense.
Georgette Silen tem uma narrativa fluida, bem gostosa de acompanhar. A única coisa que não gostei muito foram os capítulos excessivamente longos. Eu particularmente prefiro capítulos curtos. Mas mesmo assim lí muito rápido pois queria chegar logo ao final. Porém, tive uma triste surpresa: o livro tem continuação, snif. Eu não sabia, pois não havia indicação alguma, aí pesquisando no skoob descobri o nome dos livros seguintes: Panacéia, Nênia e Zênite. E agora não vejo a hora de poder ler esses livros!

Recomendo a leitura deste livro, pois mais uma grande autora brasileira se destaca no cenário literário!

Se quiserem ler mais resenhas acessem: http://leiturasdeeliane.blogspot.com
comentários(0)comente



Juliano 11/01/2011

Lázarus - resenha
Há certos elementos necessários para se fixar os olhos, deglutir as palavras e se envolver com a história de um livro. Dentre esses elementos pode-se destacar o bom texto, a fluência das palavras, a criatividade e, acima de tudo, um enredo que prenda a atenção do leitor. Lázarus, de Georgette Silen (Editora Novo Século) consegue sintetizar tudo isso, de forma a oferecer uma leitura prazerosa.

O livro, publicado no ano de 2010, revela a história da museóloga Laura Vargas que, recebe um convite para ser curadora em um museu na Inglaterra, na cidade de Bristol. Ela aceita a oportunidade e se muda com a filha adolescente, Cinthia. E, com a mudança, a trama se desenvolve com maestria, oferecendo ao leitor uma saga com vampiros e outros seres sobrenaturais, que mesclam seus seus poderes e influências no mundo mortal, sem serem percebidos pela sociedade.

O livro contém doses balanceadas de romance, sempre permeadas por suspense e mistérios sobrenaturais. Desde que se muda para Bristol, Laura, logo de cara, já recebe a notícia que a cidade tem um “serial killer”, que deixa suas vítimas sem sangue. A partir deste ponto, a museóloga começa a tomar conhecimento de que vampiros não são apenas um mito: vivem em sintonia com a sociedade e respondem a uma Ordem, de forma a não criarem conflitos (não tão nítidos) com a humanidade.

O nome Lázarus, que dá título ao livro, se explica no decorrer da trama. Se atrever a contar o que significa, é acabar com o diferencial do livro. Livro que, por sinal, é bem criativo e cheio de suspense, exigindo fôlego do leitor para dar braçadas num mundo secreto, onde vampiros e humanos travam uma luta pela estabilidade – e pelo poder. Sempre o poder.

Adendo: Lázarus é o primeiro volume da série, que contará com mais três livros: Panacéia, Nênia e Zênite.Mais informações: http://sagalazarus.blogspot.com/
comentários(0)comente



Hellem.Kaline 14/03/2024

Essa foi uma das histórias mais chocantes que li sobre vampiros, tão detalhado, tão real que chega a ser assustador!
é um livro grande e cheio mistérios, ação, romance, poderia facilmente virar uma série muito boa, o final foi surpreendente, não tenho muito o que falar amei a história e fico triste por saber que só vai até o 2° livro, a autora não terminou a saga!
(ela poderia pelo menos escrever um 3° livro para concluir) :(
comentários(0)comente



ana paula 07/01/2011

Fascinante!
Literatura fantástica não é o meu forte, confesso. Mas, aos poucos estou sendo absorvida por excelentes livros nacionais sobre o tema. Um destes, com certeza, é Lazarus. O enredo, a estória, os personagens, as descrições dos lugares que a Georgette estruturou são ótimos. Ela discorre de forma fluída a aventura de Laura, uma jovem mãe, viúva, muito bela, que desde cedo luta para sustentar a filha e manter a família unida. Laura é filha de um inglês e de uma mãe brasileira, ambos falecidos. Ela é convidada a morar em Bristol, Inglaterra, para trabalhar no Museu de Arte de Bristol, onde sua falecida avó paterna lhe havia deixado uma casa. Local este especial para Laura, pois esta passara doce parte de sua infância lá. Trabalhando no museu, ela tem o primeiro encontro com um homem encantador, gentil e cauteloso. Neste interregno, terríveis mortes rondam a área. Além disto, estarei fazendo spolier.
Quero muito ler a Panacéia, continuação de Lázarus,ainda no prelo. Este livro realmente me cativou.
Um livro para ser apreciado não só para os amantes da literatura fantástica, mas por todos aqueles que exijam uma leitura de qualidade!
REcomendo!
comentários(0)comente



Tânia Souza 21/11/2010

Lázarus – Georgette Silen


"Seu hálito gelado e o rosnado estavam próximos do meu ouvido e quando fui gritar senti uma terceira dor, muito pior do que todas as outras, quando ele cravou seus dentes na pele do meu pescoço. Era insuportável, uma mistura de afogamento com falta de ar, com espasmos que pareciam vir dos orgãos internos do meu corpo e meu coração disparou numa velocidade absurda. Os dentes cravaram mais fundo ainda e a dor triplicou. Ouvi os gorgulhos começarem e percebi que ele sugava alguma coisa: meu sangue."


Lázarus é uma história de vampiros. Inevitavelmente, quando penso em vampiros, lembro de uma frase de Umberto Eco que li certa vez sobre o que seria mais difícil de enfrentar: a certeza de um vampiro, ou a suspeita do vampirismo de alguém? Pois é justamente com essa premissa do jogo de esconder e mostrar que a narrativa de Lázarus começa a tomar força.

A narrativa sempre em primeira pessoa, ousada e com diferentes visões sobre um mesmo fato, torna-se um diferencial positivo na obra, nem sempre são necessárias as diferentes versões, mas em alguns momentos, revelam-se uma forma interessantíssima de narrativa. Outro elemento de destaque são as histórias paralelas, algumas são tão fascinantes que deixam vontade de saber mais dos personagens que vão surgindo, cada qual com sua personalidade e vivência pessoal marcante.

No entanto, Lázarus não é somente uma história de vampiros. É uma história de pessoas, de amores, de lugares e épocas, de sentimentos variados, de lutas, vitórias e derrotas. A princípio, os caminhos de Laura - personagem principal desta saga - me parecem entediantes, bonita, esperta, mas de certa forma, apagada. Quando o fantástico se instaura realmente em sua vida, a personagem também se fortalece no contexto narrativo.

O trecho inicial nos apresenta a museóloga que deixa o Brasil para ser curadora de arte no The City Museum of Art and Gallery, em Bristol (Inglaterra). A jovem viúva com uma filha adolescente e amigos que a esperam no exterior, ao chegar em Bristol precisa enfrentar o novo trabalho, a chefe exigente, uma cidade apavorada com um assassino em série, o tédio da filha adolescente, os amigos antigos, colegas de trabalho e um olhar enigmático, que fascina e assusta. E aqui, eu como leitora, me empolguei e os fatos se tornam mais densos. Laura é uma personagem que vai crescendo junto com a narrativa, até envolver de fato o leitor. A autora tem uma pena descritiva bem forte, algumas cenas se tornam memoráveis devido ao realismo presente. Também gosto muito da sequência não-linear de alguns trechos deste romance que mescla alta tecnologia, lendas, suspense, violência, crueldade, amor e outros elementos.

No decorrer dos fatos, persiste uma impressão de que todos escondem algo e, portanto, todos são suspeitos... suspeitos de algo que Laura não consegue definir. Existem segredos, existem mistérios, existem escolhas. E existe Lázarus! Que representa o que realmente podemos chamar de reviravolta na narrativa. Amigos, amores, colegas de trabalho, família. Cada um destes relacionamentos se redimensiona sob o peso da suspeita, do amor, da rejeição, da abnegação, da sede, da paixão, do medo e, no momento certo, da certeza.

Aguardo com ansiedade a sequência de Lázarus!

Resenha de Tânia Souza

comentários(0)comente



70 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR