Resenhas - Filha do Fogo

Lais Porto (@umaleitoranegra) 10/09/2020

Filha do fogo
Filha do fogo é o primeiro livro de contos da escritora Elizandra Souza, porém não é a primeira vez que tenho contato com essa escrita de Elizandra, a felicidade de ler Cadernos Negros é essa, o conto Afagos já li em um dos volumes do Cadernos Negros, comecei a ler o conto e fiquei pensando “já li esse conto antes rsrs”, que felicidade perceber mais uma vez que a série Cadernos Negros possibilita a divulgação da escrita negra, e felicidade maior é ver os autores desses escritos alçando voos maiores em publicações individuais.

Filha do fogo é uma delícia de ler, são contos curtos de rápida leitura, é possível ler em um único dia, mas não se engane, não significa que não é uma leitura que te prende, te cativa, te faz pensar sobre tudo que se passa nas linhas e vidas dos personagens retratados.

O livro segue uma sequência cronológica, apresenta mulheres como protagonistas da infância até a fase adulta, isso pra mim foi incrível, pois adoro uma leitura mais organizada, assim Elizandra nos fala sobre mulheres negras diversas, em fases diferentes, em situações múltiplas e em relações variadas.

Essa escrita é de extrema importância para refletir o quanto nossa vida é bem maior que a violência do racismo, existe o racismo nos atravessando, mas não é ele o centro das nossas vidas, Elizandra relata em alguns contos as consequências dessa violência, mas também discorre sobre outros aspectos que nos constroem, como a religião, a relação com os mais velhos, a relação afetiva amorosa, a relação com os estudos, nossas relações vão muito além que as prisões do racismo.

Acompanhando o perfil no instagram Literatura Negra Feminina vejo que a autora vem compartilhando provérbios e falas que os mais velhos reproduzem, esses ensinamentos que eles compartilham conosco e que não aprendemos em nenhum outro lugar, esses ensinamentos também vi no livro, nas histórias das mulheres filhas do fogo, esse movimento mostra a importância de sempre aprendermos com os nossos mais velhos.

Bom, o livro e a leitura é tudo isso que mencionei, não vou falar mais pra não dar spoiler rsrs Super recomendo que vocês procurem conhecer a escritora Elizandra Souza, suas obras tanto de poesias quanto de contos e que fortaleçam a literatura negra produzida de forma independente e autônoma.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/

Inaiara.LAbo 07/11/2020

Os contos pedem uma pausa entre um e outro, até que você absorva o que leu pelo menos. Gostei bastante de todos, mas foi em "Disritmia" que mais me vi. É uma leitura tranquila que aborda diversos mundos negros: de afetos, militâncias, identidade, autoestima, religião, ancestralidade.

Joane 01/02/2024

Um livro que quero ter sempre comigo!?
Filha do Fogo é um livro que nos proporciona sentimentos reflexivos e conflitantes. Onde Elizandra fala sobre relações e relacionamento conosco e com nossos pares, sobre o amor e o cuidado, sobre empoderamento, sobre racismo e outros temas. Um dos meus contos favoritos se chama "afagos" onde acompanharemos a vida de Dara. Um conto delicado que fala sobre racismo e empoderamento da beleza da mulher negra. Dara, que significa"a mais bela" vai passar por situações pesadas de racismo, ao ponto de passar a alisar o cabelo e somente após conhecer uma pessoa que vai passar a perceber a sua beleza natural.

Tathi (@Doidosporserieselivros) 03/04/2024

Visceral
Olá queridos amigos leitores! Hoje venho falar com vocês sobre minha última leitura finalizada, um livro de contos da autora , jornalista e poeta @elizandra_mjiba , que nos traz histórias de protagonismo negro, que nos obrigam a refletir e vivenciar a cultura, religião e o preconceito de forma a exercitar nossa empatia enquanto nos emocionamos com as jornadas de personagens tão reais.

?????????? ? Como aquele preto era lindo! Pele bem retinto, sorriso perfeito perfeito, e umas tranças enraizadas até altura dos ombros que chamaram a minha atenção.?

Os contos reúnem narrativas que nos mostram o racismo velado, os ditos que repetimos sobre as pessoas negras que reforçam estereótipos, e perpetuam mentiras, e a grande ignorância que temos, na maioria das vezes, em relação as religiões de matriz africana.

Um dos contos que me chamou a atenção foi ? Antes que as Águas da Cabaça Sequem? em que a autora traz um diálogo sobre dreads e tranças que você com certeza já deve ter ouvido de algum tolo por aí.
Nesse conto há a preocupação de trazer ao leitor a verdade de que o cabelo negro é maravilhoso, e que devemos empoderar as meninas para não se adequarem ao ?padrão? e alisarem seus cabelos ( por pressão externa) tratando essa característica tão única delas como algo a se envergonhar.

?????????? ? Dizem que as crianças só querem doces. Jani não seguia essa regra. Ela pensava no arroz, no vatapá, no caruru, no Xinxim de galinha e desenhava nos pensamentos suas mãozinhas negras mergulhando na cumbuca.?

Outro conto que foi um dos meus favoritos é ? Quando a Lua não está cheia, as estrelas ficam mais Brilhantes? em que conhecemos uma jovem jornalista negra que recebe um tratamento preconceituoso ao presumirem que por ser negra ela estaria em uma função subalterna.

?????????? ? Vá estudar menina! deposita mais realidade nos sonhos, só estamos de passagem e não a passeio?

Todos os contos presentes no livro são incrivelmente intensos, e apesar de esse ser meu primeiro contato com a escrita da autora, tenho certeza de que lerei tudo que ela publicar ou tiver publicado a partir de agora.

Filha do Fogo está disponível em formato físico e digital na Amazon.

Aline.Goettems 11/04/2024

Uma obra que mergulha profundamente nas experiências de mulheres negras, oferecendo uma visão poderosa e poética de suas vidas, desafios e triunfos. Cada conto é uma jornada única, apresentando protagonistas que enfrentam os paradigmas e as injustiças de uma sociedade hierárquica e muitas vezes opressiva.

A autora, que também é uma voz negra feminina, tece histórias carregadas de intensidade e significado, proporcionando não apenas entretenimento, mas também reflexão e autoconhecimento. Ao longo do livro, somos levados a refletir sobre questões de identidade, amor, cura e resistência, através das experiências das personagens que se destacam pela sua força e resiliência.

A habilidade de Elizandra em criar narrativas envolventes é evidente, e sua escrita é permeada por uma sensibilidade que ressoa com o leitor. Cada conto é uma flor que desabrocha, revelando camadas de significado e emoção, que por vezes tocam suavemente e outras vezes cutucam feridas profundas, convocando-nos para uma jornada de autodescoberta e transformação.

Filha do Fogo é mais do que apenas uma coletânea de histórias; é um convite para explorar as profundezas da experiência humana, celebrando a diversidade, a resiliência e o poder da narrativa como uma ferramenta de cura e transformação. Este livro é uma leitura essencial para aqueles que buscam se conectar com histórias autênticas e inspiradoras que ecoam além das páginas.

hy.lancaster 11/04/2024

Contos de cura
12 histórias com o fortalecimento das pedreiras de babá Xangô e os ventos tempestuosos de yabá Iansã ecoando nas palavras que contam sobre ancestralidade nos costumes e cultura de pessoas que, ficcionais, também são realidade e vivência de muitas nessas terras do mundo.

É uma leitura de resgate: ela permeia nossas narrativas, nossos antepassados na calmaria do cotidiano, nos erros sentenciados de algumas estradas, no atropelo que demarca a cura. Quando a gente fala de se conectar às raízes é sobre essa ligação com o sagrado que está em nós e que se resplandece para além do banal e justamente nele.

Uma vez, meu Exu me falou sobre algo sobre isso; sobre a gente esperar demais a grandiosidade das coisas e abandonar o singelo do agora. Porque a gente sempre espera encontrar a força e o ardor da vida no que é vistoso aos olhos do mundo; mas ... nós também somos o mundo.

As histórias são um percurso; num encontro que encontra a curandeira; numa família com laços frágeis e enganosos que se vê com a confiança quebrada, na angústia de bem se ver sendo preta e mulher, sendo resistência em lugares que não nos querem, na ânsia de se enxergar com importância.

Existem centelhas nas histórias que falam à mulher e à existência preta e ancestral e que dá boas-vindas às histórias de que somos feitas.

Filha do Fogo, de Elizandra Souza
Ed. Global, 2023
Leitura Coletiva 2024

site: https://www.instagram.com/p/C5ZNpHzvpIK/?img_index=1

leiturasdaursula 12/04/2024

Sobre identidade e aceitação
Cada conto deste livro é um mergulho profundo nas complexidades da vida, revelando desafios, decepções e conquistas de mulheres que desafiam as normas sociais vigentes. ?? Meus contos favoritos foram: Afagos e Disritmia! Eu me identifiquei muito com a história sobre cabelos, que é muito mais sobre identidade e respeito!
Oz contos abordam sobre negritude, identidade, afetos, r@cismo. Com uma narrativa intensa e marcante, Elizandra traz à tona memórias afetivas de uma população muitas vezes negligenciada pela literatura, proporcionando uma leitura que ressoa no âmago de quem lê ???
Do prefácio emocionante de Dinha ao poético texto de quarta capa assinado por Sérgio Vaz, cada palavra deste livro é como uma chama que aquece e ilumina. ?? Prepare-se para se perder nas páginas deste livro e emergir transformado, pois a escrita de Elizandra Souza é uma flor que, ora perfumada, ora espinhosa, nunca deixa de encantar. ??
Só teve 1 conto que não gostei tanto... mas é isso, livros de contos são sempre surpresas, mas recomendo!

Fernanda M. 13/04/2024

Filha do Fogo: 12 contos de amor e cura
Quando eu era criança, volta e meia sentia uma fraqueza no corpo e minha mãe me levava pra ?rezar?. A benzedeira pegava um raminho de planta no chão e começava uma oração que eu não entendia. Mas aquela reza me melhorava.

Quando saía da rezadeira, já estava animada e parecia saudável de novo, até que em duas ou três semanas, tudo começava a se aquietar dentro de mim. E eu era novamente levada para minha litúrgica forma de cura. Haja raminho!

Quando comecei a ler Filha do Fogo, quis ser fogo também, muito embora seja de terra. Mas não dá para se revirar do avesso e passar a ser fogo, ar ou água. É preciso ser o que se é e fazer o melhor que a gente consegue.

Esse livro é uma fonte de histórias de identificação independentemente do seu elemento. É do começo ao fim, representatividade para quem é uma pessoa racializada, principalmente se você for uma mulher negra.

A cada conto o seu peito se encherá de amor como em uma boa reza contra ?mau olhado?; em algum momento terá um gosto amargo, como todo bom chá. Excelente para curar ressacas literárias.

Vai se sentir como na primeira vez em que se vai ao céu, como a dona da Cumbuca? e antes que as águas da cabaça sequem, e tenha os afagos que merece, quando a lua não estiver cheia, brilhará mais que todas as outras estrelas.

Um livro com voz forte e presente, que ecoa hoje e ecoará pelo tempo, sempre que encontrar um coração aberto para escutá-la. Contos curtos, com linguagem simples tratando de temas muito importantes e indispensáveis em dias de luta, como são estes de agora!

É sempre bom ler mulheres, principalmente se essas mulheres têm tanto a dizer! Elizandra foi uma grata surpresa que me foi apresentada no começo deste ano e segue sendo amuleto nesta vida! Apenas leiam e descubram!

Carla 14/04/2024

Este livro foi sem dúvida uma leitura incrível, um dos melhores do ano com toda certeza.

Este foi o meu primeiro contato com a escrita da Elizandra e estou ansiosa para ler outros livros de sua autoria. Este livro encanta, envolve, enriquece, te cativa, não há como lê-lo e ser a mesma pessoa que antes. Filha do fogo é um livro bem rápido de se ler (não que seja uma leitura fácil), mas é incrível a forma como ela trás a escrita negra em todos os contos.



"Fechei meus olhos, sentindo o vaivém... O cajueiro soltava as folhas como se estivesse emocionado... O vento acariciava o meu rosto... Me sentia completa e livre no meu balanço. Eu estava no céu!"



Em todos os contos, as mulheres são protagonistas, desde a infância até chegar na fase adulta e em diversas situações, eu como mulher cis branca, a leitura deste livro me fez refletir sobre a vida, A Eliza (já estou criando apelidos), relata aspectos como violência, racismo, religião, cresças, vidas amorosas, estudos, militância, identidade, ancestralidade. É incrível a forma como ela conseguiu juntar todos esses temas em contos fluídos e de maneira tão sucinta

Todos os contos são incríveis, mas o meu preferido foi “O tênis de Obary”, onde podemos entender como metáfora o sapato apertado com a nossa própria vida.

Todos os personagens são tão reais, todos os contos são intensos, trazendo mais a fundo a experiências vividas por mulheres negras, nos mostrando uma jornada de autodescoberta e transformação. Este é um livro que recomendo a toda sociedade como um todo.



"Enquanto escrevemos, lidamos com a iminência do fim do mundo: a desconfiança baseada apenas na cor da nossa pela, o preterimento nas relações afetivas, em detrimento de padrões de beleza mais próximos aos caucasiano, e o apagamento de nossas existências por meio da cegueira seletiva que acomete toda a nossa sociedade e invisibiliza as conquistas e qualidades da população negra em nosso país"



O projeto gráfico deste livro está de tirar o folego, a diagramação, a capa, as ilustrações, tudo está magnifico, lhe convidando a emergir de corpo de alma nesta leitura tão bela.

site: https://dose-of-poetry.blogspot.com/2024/04/resenha-129-filha-do-fogo-elizandra.html

Larissa 15/04/2024

Os contos são muito bem escritos e senti que cada um deles tem uma representatividade e são histórias com uma conexão sem igual.

Uma narrativa sobre mulheres pretas com uma conexão que você não encontra facilmente por aí.

Um livro cheio de significado e valores que vai te conquistar desde a primeira página.

Tinho Silva (@cafecomlivrossp) 15/04/2024

Tecendo Vidas: Contos de Amor e Cura na Experiência Negra Feminina
Elizandra Souza
Filha do fogo: 12 contos de amor e cura [2023; 112 pág]
Global Editora

Dentro do universo criado pela autora, as experiências cotidianas das pessoas negras são habilmente exploradas, revelando tanto suas lutas quanto suas vitórias. O protagonismo feminino e negro emerge como uma característica marcante desta obra, com Elizandra Souza construindo um cenário rico em personagens femininas complexas e diversas, que enfrentam obstáculos com coragem e determinação.

Cada conto revela uma sensibilidade única, combinada com uma reflexão sobre as intersecções da experiência negra. A autora entrelaça habilmente momentos de dor, como retratado em “Com Tradição”, com momentos de alegria, como em “A primeira vez que fui ao céu”, e de desafio e superação, como encontrados em “Disritmia” e “Antes que as águas da cabaça sequem…”. O conto “Afagos”, com sua abordagem refinada, aborda uma temática ainda muito cara para a população negra: os cabelos. Assim, como peças de um quebra-cabeça, a autora constrói um retrato multifacetado da experiência negra.

Os contos também celebram a importância da ancestralidade e a riqueza da cultura africana e afro-brasileira, manifestando-se nos nomes das personagens, em gestos carregados de significado e em passagens que evocam as religiões de matriz africana. Esses elementos enriquecem a trama, estabelecendo uma conexão poderosa entre as personagens e suas raízes em suas jornadas de autodescoberta e crescimento.

Em síntese, ao abordar diversos temas, a autora nos convida a explorar as complexidades e riquezas das vivências negras, especialmente da mulher negra, enquanto ressalta o poder do afeto, do amor próprio e da autodeterminação na busca pela cura interior. São que histórias inspiram esperança e nos fortalecem, demonstrando que, mesmo diante das adversidades, o amor e a cura são conquistas plenamente alcançáveis. Recomendo muito a leitura.

site: https://www.instagram.com/p/C5oCQrjLSoG/

Flávia Nunes 16/04/2024

Uma antologia com 12 contos que envolvem a voz feminina, a voz da mulher negra, ancestralidade, vive?ncias, autoestima e mais?
E? tocante, envolvente e real.

Me ganhou no primeiro conto, que me trouxe lembranc?as da minha infa?ncia la? no si?tio com minha vozinha e se tornou favorito no conto O te?nis de Obary.
Me fez chorar em Afagos.
Me fez rir em Muita trovoada e? sinal de pouca chuva.

A autora passa uma energia surreal, me sinto como se a conhecesse ha? de?cadas e a admiro como a grande mulher que percebo que ela e?. Ela passa uma forc?a, uma energia boa, eu na?o sei descrever ao certo, mas e? como se o livro viesse cheio de energias positivas a cada palavra.
Terminei a leitura com a sensac?a?o de paz.
Amei, amei, amei.

Aline ig @escape.abacharel 17/04/2024

Que livro! Maravilhoso!
Hoje venho trazer pra vocês um livro muito especial, que é Filha do Fogo, um livro de contos sobre o feminino e sobre a negritude.

São doze contos, muito curtinhos, sobre amor e cura, sobre a própria valorização, sobre o amor aos outros mas principalmente o amor-próprio. É o que há de comum entre esses contos.

Adorei toda a cultura e representatividade do livro.

Gostei especialmente do conto "Dona da cumbuca" já que sempre gostei muito do dia do São Cosme e Damião. Ao contrário de Jani, eu era a criança que só queria doce 🍬

"O tênis de Obary" também me chamou a atenção. É uma narrativa inusitada onde acompanhamos a história de uma garotinha negra chamada Obary, mas tudo do ponto de vista do tênis dela, um objeto inanimado mas que nesse conto tem vida.

"Afagos" é um tapa na cara e um conto super necessário que fala sobre os padrões impostos. Imagina eu, que já tenho cabelo liso, lembrando que tbm gosto de alisar ele ainda mais, só pra chegar num padrão. Por que? Se a maioria dos padrões são inalcançáveis. A sociedade cobra certos requisitos e que ainda nos fazem sentir mal. É assim como Dara, a protagonista do conto, se sente.

"Antes que as águas da cabaça sequem..." foi outro tapa na cara da sociedade. Ainda mais tendo em vista os comentários preconceituosos que a protagonista do conto teve que ouvir. Mas ao mesmo tempo que aborda assuntos sérios, o texto é de uma forma poética extremamente linda. Os sonhos... As águas na cabaça... Tudo conversando com as situações que a protagonista passa. Achei incrível!

Queria falar sobre cada um dos contos, mas o espaço para a resenha aqui é curto. Me senti muito impactada pelo "Quando a Lua não está cheia, as estrelas ficam mais brilhantes".

Lembrando que nossa lua é brilhosa sim, mas porque ela está perto de nós, perto da Terra. As estrelas são muito maiores do que nossa Lua, mas ainda assim tem seu brilho ofuscado. Não paro de pensar como isso é uma analogia aos padrões.

Esse é um excelente livro e que recomendo muito. Já estou fazendo minha família inteira ler o livro haha

site: https://www.instagram.com/p/C5WTNAHLYmh/?img_index=1

Gêid 17/04/2024

São mais que Contos, vivências!???
? Escrito por Elizandra Souza, "Filha do Fogo" é um livro de contos profundos sobre força, intimidade, as memórias, lutas, dores e amores que nos leva a personagens guerreiras de mulheres negras, que vivenciam na obra situações complicadas numa sociedade claramente preconceituosa, estigmatizada e racista.

? Destaco o conto "Filha do Fogo" por me fazer lembrar infância e meus pais contando a deles (o que não era fácil), "N' anga: a curandeira" por ensinar tanto sobre vida, morte e crença e o conto "Com tradição" que nos mostra como as mulheres são fortes frente ao que se enfrenta, situações talvez que não exista perdão, mas que para si o perdão é significado de liberdade.

? É um livro que nos ensina muito sobre suportar e ir adiante, e digo que a escrita da Elizandra é impecável e cheia de sensibilidade, também nos fazendo questionar sobre nós. Os contos de amor e cura são como uma aulas para a vida e remédio para a alma, que ao ler essas personagens de mulheres negras você entende que está sujeito como qualquer ser humano a sentir e ver a direção certa para entender a vida, como inspiração diária.

A essas personagens incríveis, Axé!?A todas as mulheres negras que enfrentam essa sociedade cotidianamente, AXÉ!??

Axé!

Mandygrafia 20/04/2024

Escrita leve e com muita conexão com cada narrativa. O livros tem contos em que a autora nos convida a conhecer vidas que trazem emoções que nos transformam como leitores. Vale muito a pena, além de ser uma obra que você consegue ler em uma tarde.