Resenhas - Herdeiras do Mar

Lari 14/06/2024

Um livro muito difícil emocionalmente de ler, a gente sofre junto com as duas irmãs, a autora consegue passar a temática de uma forma que parece que fazemos parte daquela história, estamos lá vivendo tudo isso! simplesmente maravilhoso!

Cleber 14/06/2024

LC de junho no literature-se
Cuidado, este livro contém gatilhos, muitos gatilhos... E foi assim que fui apresentado para ao livro e para a LC da Mell no literature-se. Não aguentei esperar , tive que largar a mão da Mell e terminar, o livro é muito bom.

As vezes penso que algumas pessoas não deveriam ser identificadas como ser humano e sim como um ser demoníaco. Que outro animal seria capaz de cometer tantas atrocidades como um ser assim?
O livro fala sobre as atrocidades infligidas na vida das mulheres consolo, termo que é um eufemismo usado pelos japoneses já que a grande maioria das vítimas ainda eram crianças e adolescentes que sofreram a escravidão sexual perpetradas por soldados, crianças e adoscentes esquecidas pela sociedade, mesmo após o término da guerra ou das guerras.
Fica impossível não se indignar com tamanho sofrimento.
A autora soube trazer à tona, de forma incisiva e com uma escrita linda e até poética, todo o sofrimento e a esperança das vítimas e os horrores da guerra.
Que histórias assim jamais se repitam e que fiquem apenas no papel.

Luana 13/06/2024

Gosto muito de livros que contam sobre o passado da Coreia. Esse em especial é como uma aula de história sobre a cultura das Herdeiras do Mar, conhecidas como haenyeos, e as atrocidades que o Japão cometeu contra milhares de meninas e mulheres. É um livro com uma história pesada e triste mas vale a leitura.

Raquel 13/06/2024

Resiliência/Resistência
Como sobreviver quando tudo que havia de bom lhe é roubado?
A história de Hana e Ema é inspirada na história das muitas "halmoni"(avós) que nasceram e viveram durante os anos de guerra que a Coreia enfrentou, seja sendo subjugada pelo Japão ou na sua própria guerra.

É uma história muito triste, e, as personagens muitas vezes voltam às memórias de sua infância para poder fugir, pelo menos em pensamento, dos horrores a que foram submetidas.

Difícil não sentir asco ou chorar com tanta perversidade.

Apesar de falar de pessoas coreanas, essa história de aplicaria a qualquer povo que teve suas mulheres sequestradas e escravizadas em tempos de guerra.

Thaisa96 13/06/2024

Um livro que durante a história eu senti incontáveis emoções.
Amor por Hanna, por Emmi, alegria em raros momentos.
É uma realidade apresentada "difícil" de engolir. Me causou tanta raiva.
A narrativa é muito bem feita, as descrições são na medida exata, eu pude ver e sentir todas as cenas.
Tem alguns gatilhos principalmente para nós mulheres, abuso sexual, abuso de poder, desmerecimento da mulher, mas é um livro necessário para que nós nunca esqueçamos que nós somos e não o que querem que sejamos.

Juh 11/06/2024

Acompanhar a história de Hana e Emiko é uma experiência incrivelmente dolorosa. O conteúdo da leitura é intrigante e nos mantém completamente ligados o tempo inteiro.

A narrativa de sequestro, estupro, violência e toda a sorte de abusos nos coloca frente ao que o ser humano tem de pior. Ao ler Herdeiras do mar, lembrei-me de uma passagem de Areias do Imperador de Mia Couto:
"A diferença entre a Guerra e a Paz é a seguinte: na Guerra, os pobres são os primeiros a serem mortos; na Paz, os pobres são os primeiros a morrer.
Para nós, mulheres, há ainda uma outra diferença: na Guerra, passamos a ser violadas por quem não conhecemos."

Mesmo diante de toda dor, uma irmã sempre representa para a outra um ponto de esperança no horizonte, a utopia a ser seguida, ainda que o encontro entre elas nunca volte a ocorrer.

A estrutura textual com capítulos intercalados focados em cada uma das irmãs torna a narrativa interessante e fluida.

Victória 11/06/2024

Favoritado ??
Fazia tempo que não lia um livro para me tirar tantas emoções, me fazer torcer e sofrer com os personagens. Certos momentos doem demais, pessoas com gatilhos em abuso sexual, devem tomar cuidado. Acompanhar Hana e Emi na jornada de suas vidas me trouxe muitas reflexões, mas a que mais me marcou é uma fala da Emi " As pessoas hoje em dia parecem satisfeitas em buscar a felicidade na vida. Isso é algo que a sua geração nunca compreendeu, que a felicidade é um direito básico. " Isso me faz pensar no sofrimento que tantas pessoas passaram e passam em tempos de guerra, em como suas vidas tem tão pouco valor nas mãos de pessoas poderosas que colocam seus ideais e objetivos acima de vidas inocentes. Me faz pensar em como é importante sermos gratos e aproveitar a oportunidade que temos de buscar a felicidade, mesmo que em coisas simples.

Um livro é muito importante para dar visibilidade às mulheres que sofreram prostituição forçada e o quanto sua história é apagada, como o governo se esforça para esconder essa mancha em sua história. Enfim, esse livro é perfeito de todas as formas.

Victória 10/06/2024

Eu nunca me senti tão mal por personagens quanto nesse livro. Foi muita coisa pra absorver. Gostei muito da reflexão da autora no final de como não é algo que ficou no passado

Niara 09/06/2024

Nenhuma guerra traz nada de bom, nem para os "vencedores"
Livros baseados em acontecimentos históricos sempre me conquistam por completo.
Esse livro me dominou totalmente, apesar de ser tão doloroso.
Mas a forma como é escrito te conquista e te prende, te fazendo devorar a leitura.

As informações e comentários da autora ao final do livro são essenciais, principalmente pra quem não tem muito conhecimento histórico.

Doralice.Ramos 09/06/2024

Perfeito
Esse foi um dos livros mais tristes que eu li. A vida da Hanna foi algo terrível, sofreu tanto, abusos, violência e perda da liberdade. Como alguém pode suportar tanta dor? E a única coisa boa disso tudo é saber que ela mantinha a esperança de fugir a todo instante. Em diversos momentos, eu também tive esperança...

jesssantz 09/06/2024

Impactante
Já tinha tempo que queria iniciar essa leitura. Teve uma promoção do livro e comprei, mas ficou alguns meses na minha prateleira. Aí tive a necessidade de iniciar uma leitura para ler no caminho do trabalho. E, meu deus, que leitura. Tinha capítulos que a cada parágrafo tinha que parar e dar uma respirada para poder continuar. Um livro que conta uma história importante, que o Japão faz esforço para poder apagar. Indico para todo mundo.

Thalita12 09/06/2024

Real, e sem romantização!
A história não contada, está sendo contada agora leiam e tirem o melhor proveito. Não vou mentir pra mim não foi uma leitura fácil, foi ácido e extremamente intenso, e às vezes nós esquecemos que foi uma guerra ?MUNDIAL?. Que muitas pessoas, e principalmente as mulheres sofreram muito, por uma guerra que um lunático começou.

Becca0 08/06/2024

Doloroso ao extremo


Pensei em largar em tantas passagens. Segurei o fôlego em mais outras tantas. Fechei os olhos com tanta força, para ver se desaparecia a dor causada pelas cenas descritas na história. Contudo, conclui. Uma experiência devastadora. Me deparei aqui com um sofrimento dobrado. Imaginava que o foco seria na personagem que é sequestrada e levada a ser uma "mulher de consolo". Porém, a narrativa é dividida entre Hanna e sua irmã, Emi. Acompanhamos os dois pontos de vista. De uma MENINA de 16 anos, que sofre atrocidades indescritíveis e sua irmã, relatando o que sucedeu ao sequestro da irmã. E caraca... É sofrimento por todo lado. A vida de Emi, mesmo ela sendo "salva" pela irmã, que não permitiu que ela fosse levada, foi as duras penas. E tudo isso é relatado ao leitor. Sem meias verdades. Ela exposta, nua e crua.
Mesmo tendo um final "satisfatório", amenizado, o que por sinal é tratado com muito responsabilidade pela autora, que justifica sua escolha, não acalma e não acalenta nossa dor.
É um livro que te deixará devastado.

Yuukinaas 07/06/2024

O livro mais doloroso da minha vida
Indo parar de cara para a minha lista de favoritos,também é um livro que eu nunca mais quero reler. Mas não se engane,leia ele,é necessário para nós não repetiremos nossos erros e atrocidade contra as mulheres. Sendo pela primeira vez um livro onde eu chorei capítulo inteiro com Hana sendo arrasta da sua precoce liberdade para a provavelmente sua eternidade nas mãos de Morimoto. Seus devaneios suas paixões profundas pela família a inibem de toda dor ao seu redor,mas se pudesse,na primeira oportunidade teria se jogado do penhasco. Em muitas partes eu preferia que ela tivesse se matado,seria menos doloroso do que vê-la sofrer inconsequentemente,mas ao chegar no final sou grata por ela não ter agido assim. É um livro que eu nunca irei esquecer,está no meu coração.

Tata 06/06/2024

?Eu sou uma haenyeo. Como a minha mãe, e a sua mãe antes dela, como a minha irmã será um dia, e suas filhas também? Eu nunca fui nada além de uma mulher do mar. Nem você nem qualquer outro homem pode me transformar em menos do que isso.?