Herdeiras do mar

Herdeiras do mar Mary Lynn Bracht




Resenhas - Herdeiras do Mar


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Renata 24/08/2021

Mistura de sentimentos
Herdeiras do mar nos trás uma leitura, por muitas vezes, dolorosa, o que justifica as várias pausas dadas a cada capítulo narrado, e extremamente necessária.
?É nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades cometidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram. Devemos lembrá-las para que os erros do passado não se repitam. Livros (?) são essenciais para nos ajudar a nunca esquecer, enquanto também nos ajudam a prosseguir em paz? (p. 296).
incêndio literário 24/08/2021minha estante
Tô querendo muito ler




Tiago Mendes 06/06/2021

Herdeiras do Mar
Quando falamos em 2ª Guerra Mundial, a primeira coisa que nos vem à cabeça é o que aconteceu na Europa, principalmente na Alemanha. Porém, temos que lembrar que outras coisas também estavam acontecendo ao redor do mundo. “Herdeiras do Mar”, da Mary Lynn Bracht, é importante pois nos lembra disso.

Em 1910 ocorreu a ocupação japonesa na Coreia, que durou até o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Os historiadores estimam que, durante esse período, entre cinquenta mil e duzentas mil mulheres e meninas coreanas foram sequestradas, enganadas ou vendidas como escravas sexuais para o uso dos militares japoneses durante a colonização da Coreia pelo Japão. Dessas milhares de “mulheres de consolo”, pouquíssimas estão vivas hoje, e menos ainda conseguem contar sua história para o mundo.

“Herdeiras do Mar” conta a história de duas irmãs, Hana e Emi, que viviam na Ilha de Jeju, na Coreia, durante a ocupação japonesa. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo, ou seja, uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo a tradição de seus antepassados, garantindo o sustento de toda a comunidade. Tudo corre bem, até que, para salvar sua irmãzinha Emi de um destino terrível, Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria.

Hana se torna, então, uma "mulher de consolo". Com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra.

“Herdeiras do Mar” é um livro denso, pesado, doloroso e verdadeiro. A escrita da autora é maravilhosa, e é impossível não se apegar à história e aos personagens. Apesar da temática pesada, a leitura é incrivelmente fluida, porque o leitor fica com muita vontade de saber como a história termina. Esse é um livro necessário e muito importante para que não esqueçamos a história dessas mulheres, que saibamos tudo que elas passaram e o quanto elas sofreram, para que isso não se repita novamente.

Gatilhos do livro: violência física e psicológica, cárcere, estupro e pedofilia.

Nota: 5 estrelas
Gênero: ficção histórica

Quotes:

“O medo é uma dor tangível pulsando através de seus membros como choques elétricos. Medo do futuro desconhecido. Medo de nunca mais voltar a ver seus pais. Medo de que sua irmã fique sozinha no mar. Medo de morrer numa terra estrangeira.”

“‘A pena é uma forma de gentileza’, diz Keiko com a voz magnânima. ‘Cada uma de nós merece pena, mas ninguém nessa terra abandonada tem a compaixão de nos dedicar esse tipo de gentileza. Então estamos presas aqui nessa humilhação, sendo torturadas dia após dia. Não nos resta nada a não ser compartilhar entre nós a menor gentileza que tivermos.’”

“A guerra é terrível, brutal e injusta e, quando termina, é necessário que haja pedidos de perdão, reparações e que a experiências dos sobreviventes seja lembrada.”
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@juliaavictorino 23/04/2021

Incrível e doloroso
Herdeiras do Mar é uma leitura angustiante que aborda os horrores sofridos por diversas mulheres durante a ocupação japonesa da Coréia na Segunda Guerra. Muitas foram sequestradas ou vendidas como escravas sexuais pelo exército japonês. Para algumas sobreviventes, além dos traumas físicos e psicológicos, devido a cultura da pureza e sociedade patriarcal do país, acabaram sofrendo em silêncio dentro suas casas, sem liberdade para falar sobre seus sofrimentos.

A narrativa intercala a perspectiva das duas irmãs: a de Hana no passado durante a guerra e a de Emi no presente lidando com a culpa que sente pelo rumo que sua vida e a de sua irmã tomaram.

Amei o livro, mas a leitura foi bem difícil por conta do conteúdo. É cruel e aflitivo; muitas vezes tive que parar, respirar e digerir o que li.

Achei incrível a qualidade de escrita da Mary Lynn Bracht, sendo esse, inclusive, seu livro de estreia! É importante lembrar, assim como a autora pontua, tanto ao longo do livro quanto em sua nota final, a importância de não deixar que as atrocidades cometidas pelo homem se percam na história. Elas servem como alerta para que as futuras gerações não cometam os mesmos erros do passado. Não pulem a nota da autora, vale muito a pena ler!
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Beatriz2371 11/11/2020

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Uma Leitura em que parei muitas vezes para reflexão, onde meu coração chorou pelas mulheres, pelas guerras.
História linda de amor entre dias irmãs e que me mostrou um lado da guerra entre Japão e Coreia que eu não conhecia.
E que após a leitura, fiquei tão impactada que fui buscar mais sobre o assunto.
Que História Minha Gente!


... " ... Se ainda estão falando sobre nós, não vamos desaparecer... "

... " ... Você, delicado? Você não conhece o sentido dessa palavra. Vocês nos chamam de cachorros. A sua estirpe, os soldados, homens, todos vocês são as piores criaturas que infestam esta terra. Vocês trazem consigo ódio, dor e sofrimento aonde quer que vão. Eu desprezo todos vocês. " .... E com essa parte sabemos o quanto essa leitura é impactante e importante.

E sim as mulheres merecem seu reconhecimento pelo sofrimento na guerra. É nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades cometidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram. Devemos lembrá-las para que os erros do passado não se repitam.
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Andressa.Corina 20/08/2022

Acho que nenhuma resenha é capaz de expressar o que senti lendo esse livro.
É tão triste ver a realidade que muitas mulheres e crianças passaram na 2° Guerra Sino-Japonesa que posteriormente se torna parte da 2° Guerra Mundial, e em como até hoje os japoneses tentam apagar da história as atrocidades que fizerem.
Esse livro tem muitos gatilhos mas é muito necessário, para termos uma pequena noção da realidade e não deixar que sejam esquecidas as história das "mulheres de consolo".


Frase da Nota da Autora:

"Em março de 2016, eu viajei a Seul para ver a Pyeonghwabi (a Estátua da Paz) em pessoa pela primeira, e possivelmente última, vez. Para mim foi uma espécie de peregrinação viajar para o outro lado do mundo para pôr os olhos no símbolo que representa, a meu ver, o que durante a guerra foi um estr*po não apenas das mulheres e meninas coreanas, mas de todas as mulheres e meninas ao redor do planeta: Uganda, Serra Leoa, Ruanda, Mianmar, Síria, Iraque, Afeganistão, Palestina e tantos outros. A lista de mulheres que são estr*padas em tempo de guerra é longa e vai continuar crescendo a menos que nós incluamos o sofrimento das mulheres em tempo de guerra em livros de história, que recordemos em museus as atrocidades cometidas contra elas e que lembremos das mulheres e garotas que perdemos com a construção de monumentos em sua honra, como a Estátua da Paz."


P.S. Fiquei chateada pq a página 271veio errada, nela tava a página 261, tive que procurar em sites essa página ? ainda bem que no final achei.
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Lana 09/11/2022

Herdeiras do mar sem dúvidas é um dos livros mais tristes e emocionantes que eu já lê. Ele nos mostras uma parte da história da guerra que por muitos é desconhecida, o livro contém cenas bem pesadas. O final é emocionante, eu tô chorando a horas e não consigo tirar essa história da cabeça, super recomendo a leitura.
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Lilian 21/03/2021

Aprendendo sempre
O livro conta uma parte da história asiática que eu não conhecia, especialmente a parte sobre o sofrimento das mulheres
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beanztriz 10/06/2021

solucei de chorar, é tudo tratado de forma muito delicada e bem escrita. me emocionei em diversas partes do livro e senti a necessidade de ficar uns dois dias sem ler, pois me tocou e mexeu muito comigo. pude aprender muito também com essa leitura, a autora é sensacional.
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Isadora1232 11/11/2021

Crisântemos brancos, flores que dão título original ao livro ("White Chrysanthemum"), são, na Coreia, símbolo do luto - o que, por si só, diz muito sobre a obra.
Em determinado momento, uma das narradoras, Emi, se pergunta o que veio primeiro: o símbolo de luto ou o símbolo de poder, representado pelos crisântemos amarelos do emblema imperial japonês.

Tendo como pano de fundo a Coreia, alternando capítulos entre o período da Segunda Guerra Mundial e o presente, o livro tratará sobre uma parte da história por nós ignorada: a das chamadas "mulheres de consolo" - eufemismo para escravas sexuais que, vítimas de ardil ou sequestro, eram retiradas de seus lares e passavam a trabalhar em bordeis militares durante a guerra. No processo, retiram-lhes tudo, até seu nome.

"Herdeiras do mar" é um livro cru, doloroso, pra se ler do início ao fim com um nó na garganta, mas que dá voz às mulheres excluídas da história oficial. Por isso mesmo, um livro necessário, para que sua história nunca seja esquecida.

“Todas as guerras são crimes contra as mulheres e meninas do mundo"
Joao 11/11/2021minha estante
Nossa, essa temática é muito pesada. Sobre esse contexto, eu gostei de "Grama", obra lançada em quadrinhos.
Mas já vi esse livro por aqui e me interessei.
E parabéns pela resenha, Isadora!


Isadora1232 11/11/2021minha estante
Obrigada, João! É uma leitura pesada mas vale a pena. Uma história necessária e muito bem escrita. Não conhecia esses quadrinhos, vou já adicionar na lista. Obrigada pela indicação!


Alê | @alexandrejjr 15/02/2022minha estante
Isa, tenho a impressão que esse livro faz na ficção o que "A guerra não tem rosto de mulher" faz na não ficção: coloca em evidência um passado que jamais pode ser esquecido pelo presente. Parece um livro interessantíssimo, principalmente pra nós, ocidentais.


Isadora1232 16/02/2022minha estante
Alê, olha a coincidência, comprei ontem "a guerra não tem rosto de mulher" pra dar de presente pra uma amiga. Tenho enorme curiosidade de ler, parece ser incrível! Ótima reflexão, acho que esse esse paralelo tem tudo a ver mesmo. Que bom que essas obras tão cada vez mais difundidas por aqui, pq realmente é a história que não pode ser ignorada




Yago 19/09/2021

Não tenho palavras
É tanto sofrimento e tanto gatilho, que fica difícil emitir um comentário sobre esse livro grandioso. Só posso sugerir que leiam.
Mas a evidência é que guerra só traz sofrimento e nunca é o caminho (como se já não soubéssemos disso).
.ká 19/09/2021minha estante
ansiosa por essa leitura!! * *




Lilly 17/08/2020

Cativante
Livro super bem escrito, capaz de te fazer mergulhar no mundo dos personagens e viver com eles suas aventuras e dores em cada página.

Por outro lado, o vínculo que criamos com os personagens torna a leitura emocionalmente densa e visceral, devido à riqueza de detalhes com que as crueldades são contadas.
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Manuela.Caldas 23/08/2020

Devastador
Herdeiras do mar é daqueles livros que, por mais duros que sejam, não conseguimos parar de ler. Uma aula de história!
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Amands 07/05/2021

Incrível e necessário
Esse é um livro muito forte, principalmente se você for uma mulher.
A escrita é bem fluída, mas a temática é pesada, não achei muito, mas tô acostumada com esse tipo de tema, então não sou um bom parâmetro.
A importância de um livro abordando esse lado da guerra que quase ninguém conta é gigante e o sentimento de indignação pela falta de um reconhecimento próprio até hoje, também é imenso.
Senti muita raiva, desesperança e tristeza, mas também senti um pouco de esperança, apesar de que em vários momentos ela era esmagada por acontecimentos posteriores, consegui permanecer com ela até o final.
Livro muito profundo que aborda vários sentimentos e posições das pessoas e famílias afetadas com a existência dessa barbaridade que é o sequestro de meninas e mulheres para servirem como "mulheres de consolo".
Sinto que tenho muito mais para falar, mas não consigo formular. Se depois de ler a sinopse você acha que aguenta, mesmo com o gatilho de estupro, leia. Leia e recomende. Precisamos falar desse assunto.
Parabéns para a autora pela inciativa e pela busca. Livro incrível. Melhor do ano até agora.

(Li para o clube de favoritos da Pam)
Mª Júlia 07/05/2021minha estante
Esse livro é incrível, me emocionei diversas vezes durante a leitura.


Amands 07/05/2021minha estante
Siim! Eu também




Stephanie.Sarah 22/09/2021

"Mulheres de consolo"
Herdeiras do mar nos conta a trajetória de duas irmãs coreanas (Hana e Emi) que cedo, seguem os passos de sua mãe, uma haenyeo, e também se tornam mulheres do mar(mergulhadoras), profissão que é para elas tanto uma atividade lucrativa quanto uma tradição da qual sentem muito orgulho em seguir.
Acontece que um certo dia, em um de seus mergulhos Hana, para salvar sua irmã de um destino cruel, se deixa ser capturada por um soldado japonês e é enviada a região da Manchúria para servir de “mulher de consolo”. O livro todo desenvolve-se sob o ponto de vista de Hana e Emi. Ao longo da estória vamos descobrindo o que de fato ocorreu às irmãs durante todos esses anos de separação.
Apesar de ser uma obra ficcional a autora baseou-se num dos eventos mais marcantes da história.
Toda a estória é construída sobre o cenário de ocupação da Coréia pelo Japão e os crimes sexuais cometidos contra as mulheres/meninas coreanas que cedo eram retiradas a força (sequestradas) de seu convívio familiar para seguir um destino do qual não tinham qualquer controle e desejo em seguir.
Foi uma leitura instigante, mas extremamente pesada, carregada de gatilhos, as cenas são descritas com bastante detalhes, o que fez com que por diversas vezes precisasse parar para digerir, mas a escrita da autora foi algo que ajudou muito para que a leitura pudesse fluir.
Para um livro de estreia, a autora se superou e fez com que a leitura para mim fosse muito além do simples entretenimento, mas uma fonte de conhecimento. A história das mulheres de consolo não se encontra em nenhum livro passado nas escolas, portanto é algo novo e até então desconhecido por muitos.
Herdeiras do mar foi uma leitura incrível e a escolha de ler em conjunto não poderia ter sido melhor. É um livro que nos desperta tantas sensações (tristeza, revolta..) que é impossível de guardar só para si. É uma estória que deve sim ser compartilhada e jamais esquecida. É mais que uma estória baseada em fatos reais, mas um verdadeiro tributo as mulheres coreanas vítimas de abusos sexuais.
Nas palavras da autora Mary Lynn Bracht “a guerra é terrível, brutal e injusta e, quando termina, é necessário que haja pedidos de perdão, reparações, e que a experiência dos sobreviventes seja lembrada”.





site: https://www.instagram.com/book_friends21/
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Gabi 20/06/2020

Delicado e Emocionante
Essa leitura vai ficar gravada no meu coração pela eternidade. A autora escreveu essa obra em uma delicadeza enorme, sendo que é um tema pesado e de muita crueldade e violência que você fica impressionado. A história de duas irmãs coreanas, Hana e Emi, que viveram uma vida difícil e opressora em tempos de guerra, cada uma lutando sua própria batalha e inferno na terra. Chorei no final da leitura. Recomendo demais essa leitura pra quem quer sair um pouco da realidade e pra pensar que em tempos de guerra cada ser humano mostra o seu melhor e o seu pior.
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