Resenhas - Literatura e Sociedade

allenylson.ferreir 18/02/2024

Antonio candido dispensa comentários. esta edição reúne seus ensaios literários-sociólogicos, como o título deixa evidente. para os estudantes da nossa literatura, é uma obra indispensável.

Manu5 25/01/2024

Que luta terminar esse livro
Esse livro foi uma decepção, fala mais de sociedade do que de literatura, o autor fala muito sobre alguns autores, achei que seria uma coisa mais abrangente mais não é. Esse livro serve pra quem quer estudar certos anos na literatura nacional ou escola literária.

NatalNaLua 20/12/2023

Literatura e Sociedade
Só tenho que agradecer a minha professora de sociologia por ter feito seminários no final do semestre e ter colocado o Candido como um dos Sociólogos para estudo, que livro incrivel, que autor incrivel. Achei que ia ser uma leitura chata de faculdade, mas aprendi demais e irei levar muita coisa comigo dessa leitura, além da excelente nota de apresentação.

Dd/Ju 23/04/2023

Provavelmente não vai responder suas perguntas, mas...
Como eu disse, não vai te responder muitas perguntas, mas vai te dizer muita coisa. Desde dos precursores da literatura até sua formação propriamente dita, a relação do conjunto autor-público-obra e mais dois artigos no fim para completar. Sem dúvida ótimo para conhecer literatura, na questão das "bases" da mesma, mas de fato, se quer conhecer literatura leia, é legal ler literatura e não sobre literatura. Mas se estiver precisando de bases para uma crítica literária este livro é A REFERÊNCIA.

Ella.Ribeiro 29/03/2023

Interessante
O livro é completo, interessante e apresenta uma linguagem mais voltada para o artigo. É legal e apresenta várias curiosidades, mas infelizmente não mostrou o que eu precisava.

Ítala Morgana Leite 04/03/2023

Importante!
Estou cursando um mestrado em Letras, e claro, não há um curso em Letras que não exija leituras de Candido, um dos maiores teóricos do país.
Livro muito bom, gosto da escrita do autor, que é simples e ao mesmo tempo abarca assuntos complexos e importantes.

Alice.Mandaj 19/01/2023

LIVRO NECESSÁRIO
Antônio Cândido é um dos melhores - isso é um fato, esse livro ajuda a compreender tanto a importante da literatura e do leitor quanto da história e construção da nossa literatura nacional.
Esse livro deveria ser lido desde a escola, é uma maneira muito mais profunda de compreender a importância da literatura brasileira e conhecer muitos nomes que ajudaram a construir a cultura do nosso país.

Lena 26/07/2021

Complicado porém esclarecedor
Eu li este livro para utilizar como bibliografia para uma monografia analítica que vou escrever sobre a obra ?O Voo da Guará Vermelha?. O livro tem um vocabulário muito complicado, o que me cansou muito durante a leitura, mas admito que as informações que esse livro me trouxe serão essenciais para a composição do meu texto.

Mariele 16/02/2021

Cansativo
Achei que o livro me traria informações novas ou inovadoras, porém, achei o mesmo do mesmo. Se você tem conhecimentos aprofundados sobre literatura, não perca seu tempo.

Wagner 22/05/2016

CONGREGAM OS HOMENS

(...) A literatura, porém é coletiva, na medida em que requer uma certa comunhão de meios expressivos (a palavra, a imagem), e mobiliza afinidades profundas que congregam os homens de um lugar e de um momento - para chegar a uma "comunicação".

CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. São Paulo: Publifolha, 2000. pp 127.

Mariane Bach 15/02/2016

Comentário "Literatura e Sociedade"
O livro, cuja primeira publicação é de 1965, compõe-se de ensaios de Antonio Candido, os quais tratam de história literária, aspectos sociais envolvidos no processo literário, relação escritor-obra-público, crítica, sociologia etc. É uma obra muito interessante, como geralmente são os escritos de Candido. Algumas partes, no entanto, para mim não foram tão cativantes, pois tratavam sobre obras que ainda não li, como o “Caramuru”, na qual o autor se detém por um longo tempo, mas, de qualquer forma, provocou a curiosidade de lê-la. Surpreendi-me com a quantidade de assuntos abordados ao longo do livro, e achei que a leitura, realmente, valeu à pena, pois agregou conhecimentos novos e reforçou muito do que eu já havia visto nas aulas de Literatura na universidade, especialmente sobre os períodos literários. Além disso, gostei muito das reflexões sobre o escritor e o público, as diferenças entre literatura primitiva e erudita, a arte em geral. Indico o livro para estudantes de Letras e para todos que se interessam pela literatura brasileira e sua relação com a sociedade.

Rosana 06/02/2016

É um livro de leitura compreensível, exceto pelas referências (que não são poucas) e nomes de outros escritores, os quais não conheço que tornam um pouco mais difícil assimilar os fatos ditos. É composto por ensaios do escritor e autor do livro, Antônio Candido. Os ensaios são divididos em duas partes: na primeira parte, podemos notar como aspecto geral que o autor apresenta de que maneira os fatores humanos atuam concretamente nas artes e na literatura, a relação entre estes com os fatores sociais. Nela encontram-se os títulos “Crítica e sociologia”, “A literatura e a vida social”, e “Estímulos da criação literária sobre os quais irei comentar brevemente, respectivamente. No primeiro, Candido indaga o papel da crítica considerando a obra, relevando sobre elementos que passam a ser a ele internos enquanto a Sociologia se preocupa com os condicionamentos externos. A obra vista como objeto vai causar uma estrutura social particular. No segundo o autor explica fatores sociais que condicionam a vida literária, dos mais consideráveis aos menos, valores sociais, estruturas sociais etc. No terceiro, Candido fala da vida literária em sociedades primitivas e civilizadas.
Na segunda parte, temos como aspecto geral praticamente o mesmo da primeira parte, no entanto sob uma perspectiva de sociedade totalmente e somente brasileira. Nesta parte encontram-se os seguintes títulos “O escritor e o público”, “Letras e ideia no período colonial”, “Literatura e cultura de 1900 a 1945”, “A literatura na evolução de uma comunidade”, e “Estrutura literária e função histórica” dos quais irei tecer comentário breves: No primeiro, o autor relata a relação entre escritor e o leitor, como condição da produção de literatura no Brasil. Essa relação vai assumir uma posição social que muda ao longo do tempo, envolvendo aspectos como o grau de desenvolvimento de indústrias editoriais, e as ligações dos escritores com dirigentes. No segundo, se fala de uma tradição literária no Brasil que ocorre durante a vida colonial, em que se pode observar duas vertentes literárias: a primeira está ligada a literatura portuguesa e à justificação ideológica da colonização, tomando elementos religiosos e da transformação das letras da metrópole para a colônia. A segunda se caracteriza pela influência do Iluminismo, aparecendo em nossa literatura elementos como a confiança na razão e no progresso, partindo daí a extração de nativismo, nacionalismo e a defesa da independência política. No terceiro o autor se concentra na dialética entre localismo e cosmopolitismo, princípio que estrutura a constituição e desenvolvimento de nossas letras. Candido explana sobre os principais momentos do processo, falando sobre a gênese do Modernismo. Em outras instâncias aparece uma explanação sobre a evolução do trabalho intelectual e outras etapas do pensamento social no Brasil. No quarto, o autor busca assinalar qual a relação das formas históricas de associação entre escritores na cidade e de São Paulo, fazendo uma diferenciação entre elas, com a relação com o movimento da sociedade como um todo. No quinto e último ensaio é possível perceber a conexão que o autor quer construir entre os fatores históricos-sociais e orientação estética: O autor toma a obra “Caramuru” do Frei José de Santa Rita Durão, como obra específica de comentários. Ele defende a hipótese de que, após meio século de sua publicação, a obra foi a primeira que ajudou para que se formasse uma consciência literária autônoma, que surge junto com o Romantismo em seu auge no Brasil. Para comprovar sua hipótese, o autor busca elementos no próprio texto, de forma organizada, para fazer com que a obra cumpra as funções que se quer, mesmo em outro contexto e momento histórico.

Marina Hion 13/08/2013

É uma obra necessária para estudantes de literatura e aqueles interessados em ter um panorama completo da literatura brasileira e sua relação com a sociedade.
Antonio Candido, como sempre, acessível e de extrema importância para quem pretende conhecer melhor a cultura nacional.
Altamente recomendado.

Rangel 13/02/2013

A função social da literatura
O livro "Literatura e Sociedade" de Antônio Cândido é um estudo de relação entre a obra e seu condicionamento social, que vincula a obra literária em si com o ambiente depois da conclusão estética. O aspecto da realidade de valor e significado deriva das operações formais, uma fusão de texto e contexto, quando se trata da literatura, na sua interpretação dialética íntegra, de fatores externos e convicção de estrutura independente, que se combinaram. O externo, que é o social, não é a causa, mas elemento que desempenha na estrutura interna. O tratamento externo dos fatores é legítimo pela sociologia da literatura, o que então equivale o valor da obra, o condicionamento da pesquisa da estatística, com gênero e classes (preferências, origens sociais do autor, relação entre obras ideias, influência da organização social, econômica e política). É uma disciplina de cunho científico, assumido pela crítica sobre orientação estética. Lukács menciona o marxismo nos aspectos políticos e econômicos da literatura, que é o significado para estrutura da obra. Os fatores que atuam na organização interna constitui a estrutura peculiar. O fator social determina a matéria, que são o ambiente, os costumes, os traços grupais e ideias, que servem de veículo para conduzir a corrente criadora, como elemento que constitui o essencial da obra como obra de arte. A análise crítica procura elementos responsáveis pelo aspecto significado da obra pra formar o todo indissolúvel. A referência a lugares, modos, usos, manifestações de grupos ou classes, como expressão de conceito de vida, que é definir o caráter sociológico de um estudo. As condições sociais são referência para compreender e indicar de entender o significado. Na análise, deve-se levar em conta o elemento social para identificar a matéria do livro e expressão de uma época ou determinada sociedade, enquadramento histórico, também fator da própria construção artística, do nível explicativo ao ilustrativo, a dimensão social como fator da arte e aspectos periféricos da sociologia. O elemento social interfere na economia, psicologia, religião e linguística na obra e visão do autor, apesar que este tem seu elemento de preferência como componente na estruturação da obra. O problema da análise é que pode haver equívoco da verdade básica pela precedência lógica e empírica, ou seja, a integridade e a autonomia da obra. As modalidades de estudos sociológicos em literatura são: 1) a tradicional (conjunto da literatura, período, gênero e condições sociais, a origem geral, sequências históricas e panorama da época); 2) a comum (verificar medidas da obra que espelha ou representa a sociedade, descrevendo aspectos e tende à sociologia); 3) a sociológica (relação da obra com o público, sem destino, sua aceitação e reciprocidade); 4)função social do escritor (sua posição de relacionar com a produção da obra e com organização da sociedade); 5) a do intuito ideológico marcado (investiga a função política das obras e dos autores); 6) a da investigação hipotética das origens (literal em geral nos seus determinados gêneros). A teoria histórica sociológica da literatura é a que desloca da obra para elementos sociais, que formam sua matéria, circunstâncias do meio e função na sociedade, entrelaçamento de vários fatores sociais. A influência do meio social sobre a obra de arte, um que complementa o outro. A arte é expressão da sociedade e a literatura é também um produto social. Enfim, a arte social da literatura é de dois sentidos: a ação e os fatores. O livro de Antônio Cândido é muito bom, um clássico que merece ser lido tanto no aspecto literário, como político e sociológico.

Silvia Andrade 16/02/2011

Para falar de “Literatura e Sociedade” é preciso voltar ao ano de 1959, ano que vinha à luz das publicações nacionais o livro “Formação da Literatura Brasileira”, estudo do professor Antonio Candido sobre as principais obras e autores do Arcadismo e Romantismo. Nesse livro, o crítico explica seu sistema literário, mais especificamente a tríade formada por autor-obra-público. Em “Formação da Literatura Brasileira”, Candido prende-se no Arcadismo e no Romantismo, por ver nesses dois movimentos o início de nossa Literatura Nacional.
Em 1965, com “Literatura e Sociedade”, o autor retoma o seu sistema e salienta a importância do ambiente na tríade. Candido fala do valor da interpretação social de obras literárias, ressaltando que essa interpretação social não deve anular a interpretação estética, isto é, o externo (meio) não deve sobressair-se ao interno (a obra em si).
Ainda em “Literatura e Sociedade”, o crítico retoma o Arcadismo e o Romantismo (séculos XVIII e XIX), todavia vai além; esquadrinha os autores, as obras, todos de relevante importância de nossa literatura, até a geração de 45 (século XX). Questionamentos sobre nossa formação literária e nossa independência são expostos no estudo. Para Candido, é no Arcadismo que começa a produção literária nacional. Segundo ele, antes só tínhamos apontamentos de literatura. É com os árcades que as coisas da terra, a descrição, a cor local começam a surgir em nossa literatura. Mas não é só isso, há também um interesse em contar nossa história. Exemplos disso são as poesias épicas “O Caramuru”, de Santa Rita Durão e “O Uraguai”, de Basílio da Gama, dois autores admirados pelos românticos , que enxergam neles a possibilidade de continuação do tema nacional. Já na primeira metade do século XX, os modernistas são de grande importância pelo vasto trabalho de pesquisa folclórica, por apresentarem maior liberdade na escrita poética e ficcional e, principalmente, por serem um “abre-alas” literário às futuras gerações, principalmente a de 45.
Para não estender muito, em resumo, Candido aponta três fases de culminância literária: a árcade, a romântica e a modernista. A primeira por iniciar a literatura de cunho nacional, a segunda por dar continuidade e a terceira pelo desprendimento, pela despreocupação de se parecer com Portugal.