Saulo115 29/04/2020
Perspicácia...
"... Vale a pena fazer a si mesmo algumas perguntas: Não há nenhum tempo para reaver? Não do seu trabalho, da sua atividade física, da sua família ou amigos, mas daquele prazer que não lhe dá tanto prazer assim, das conversas vazias no clube, das peças medíocres, dos fins de semana não tão agradáveis ou das viagens que não valem tanto a pena?
Você sabe dizer não aos ociosos? Consegue resistir a tentação de agradar pessoas cuja preguiça não precisa de assistência? Sabe diferenciar gentileza de fraqueza, sem se recusar a fazer um favor, mas se recusando a se fazer de idiota? Você é escravo do telefone? Você sabe reunir os fragmentos de tempo para que não se percam? Sabe o valor dos minutos?
Um dos Lamoignons tinha uma esposa que sempre o deixava esperando alguns minutos antes do jantar, [...] depois de um tempo, ocorreu-lhe que oito ou dez linhas poderiam ser escritas durante esse intervalo, e então pediu que colocassem papel e tinta num local conveniente para esse fim. Com o tempo, pois os anos são curtos, mas os minutos são longos, desses breves momentos de meditação resultaram vários livros.
A humanidade pode ser dividida entre a multidão que odeia esperar, porque se sentem entediada, e os poucos indivíduos que gostam, porque isso lhes dá tempo para pensar. Estes últimos lideram o resto, é claro."