Gramatura Alta 09/01/2021
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Jeremy Camp é um dos cantores gospel mais conhecido dos Estados Unidos e também no mundo afora. Sua carreira é cheia de hits, sucessos e também desafios. No livro ENQUANTO ESTIVERMOS JUNTOS, teremos um recorte muito forte da sua vida, que narra seu envolvimento com Melissa, sua noiva que moldou toda a vida do rapaz daqui para frente. No livro vamos caminhando por toda a vida de Jeremy, com narração do próprio, que nos leva inicialmente para a sua difícil infância. Vindo de uma família extremamente humilde, o rapaz precisou amadurecer rápido ao lidar com a fome e com as instabilidades no lar. Seu pai foi por muito tempo viciado em drogas e álcool e isso quase ceifou a sua vida. A conversão do mesmo veio para mudar não só a vida dele, como a vida de todos na família. A espiritualidade se tornou muito forte nessa família, coisa que eles nunca abandonaram.
Em seguida temos Jeremy indo seguir seus sonhos, ele tinha muito potencial para o futebol universitário, mas o rapaz acaba escolhendo o caminho da música e da fé, ambas coisas que lhe interessavam demais. E é na faculdade que ele acaba conhecendo Melissa, nascendo assim, mutualmente, um sentimento. Mas as coisas começam a complicar, quando Melissa descobre ser portadora de um câncer em estágio avançado. Depois de muito sofrimento, oração e cirurgias, a moça acaba entrando em recessão, passando um tempo livre da doença.
Os jovens se casam, mas durante a lua de mel, Melissa volta a sentir dores e ao ir fazer exames, ela descobre que o câncer se espalhou e que agora não há mais o que se fazer. Esse acontecimento que, de início, parecia ter vindo para destruir a vida de ambos, foi superado com muita fé e oração. Mesmo no leito de morte, a jovem não perdia a esperança e acreditava piamente que tudo vem com um significado. Ela parte pouco tempo depois de dar entrada no hospital, fincando apenas cem dias casada com Jeremy. E durante o pior momento de sua vida, Jeremy sente o chamado de Deus para compor aquele que seria o seu maior sucesso, a música que mudou a sua vida, a canção “I Still Belive”, composta em apenas 10 minutos.
O livro é uma biografia narrada pelo próprio autor e é possível sentir a dor do mesmo ao passar novamente por esses momentos tão difíceis. Jeremy passa muita fé e espiritualidade em tudo o que faz ou fala, deixando a leitura extremamente emocionante em diversos momentos. É de fato um livro que pode ser chamado de deprimente, mas o autor sente e mantém a esperança e nunca se vitimiza. Ele passa por todos os estágios da dor de maneira sólida, nada aqui é apelativo.
Mas a vida continua e é muito bonito ver que Jeremy ainda continua divulgando toda a mensagem bonita de fé e esperança que envolve seu relacionamento com Melissa. Ele agora tem uma família com filhos e esposa e continua divulgando mensagens de amor a Deus e parece estar extremamente feliz.
A trama é extremamente bem dividia em capítulos com mais ou menos dez, quinze páginas, narrados com clareza e sem melodrama. O livro caminha literalmente por toda a vida do autor, seu lado familiar recebe grande destaque no começo, e no final temos uns bastidores interessantes sobre a produção do filme que se baseou neste livro e que estreou em 2020.
No final, nós temos uma biografia muito bem escrita e emocionante. Os relatos são fortes e podem ser gatilhos para quem viveu ou conhece quem, infelizmente, passou pelo câncer. Mas também é uma história bonita de fé e espiritualidade. Para quem gosta do gênero ou é fã do cantor, a leitura é indispensável.
Já no filme, temos o total destaque no relacionamento de Jeremy com Melissa. Com literalmente tudo o que vimos nas palavras ganhando vida na tela. Faltou dar conteúdo para Jeremy, que no filme já começa indo para a faculdade e conhecendo a moça. Não temos nada sobre a sua difícil infância e toda a conversão envolvendo seu pai que era usuário de drogas. Isso tudo foi de extrema importância na construção do caráter do rapaz, mas infelizmente ficou de fora do filme. Mas a trama em si não é ruim, temos um bonito romance trágico que passa bastante do sentimento que a história real emana para o espectador.
Estrelado por K. J. Apa, protagonista da série “Riverdale” e Britt Robertson, do filme “Tomorrowland”. A escolha do casal já é uma das melhores coisas do longa, pois realmente ambos emanam muita química juntos, não há arficialidade aqui. Britt está em um de seus melhores desempenhos, passa muita dor e esperança com seu olhar e manda muito bem no drama. Já K. J. é um protagonista extremamente carismático e boa pinta, aquele tipo de personagem agradável que a gente quer ser amigo.
A produção é muito bonita e dá para ver que rolou um investimento pesado na história. É uma mistura de “Um Amor Para Recordar” com “A Culpa é das Estrelas”, mais uma pitada de música gospel. É dirigido pela mesma dupla que comandou outro drama gospel interessante, chamado “Eu Só Posso Imaginar”, então se você gostou desse, vai curtir ENQUANTO ESTIVERMOS JUNTOS também.
Resenha escrita pelo Rafael para o blog.
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