Resenhas - Quincas Borba

Sophia.DaAvila 06/09/2023

Dei boas risadas! O linguajar me faz rir? não tem muito o que falar, é um típico livro de época brasileiro.

Isabela 30/08/2023

Feliz que minha primeira experiência com o Machado deu-se com esta obra! Autêntica e perspicaz ao retratar a indolência e ganância humana.
Estou maravilhada com a genealidade e ironicidade machadiana.

Ao vencido, minhas condolências. E ao vencedor, o privilégio que já é o dado.

Luis Raimundini 26/08/2023

Começo dizendo que não li, ou ao menos não lembro de ter lido, Memórias Póstumas de Brás Cubas, o que não me atrapalhou em nada a leitura de Quincas Borba. Ao contrário, só fiquei com mais vontade de descobrir quem foi essa personagem e sua filosofia que conecta as duas histórias.

Li a obra como pesquisa para um projeto teatral, portanto foi um prato cheio a forma como Machado de Assis descreve os pensamentos de suas personagens nesse livro, fazendo-os soar tão ridículos, na maior parte das vezes, mas tornando possível ter empatia e entender as motivações de suas ações.

Giovanna.Takahashi 23/08/2023

Ao vencedor?
Confesso que não tinha a menor pretenção de gostar deste livro, mas agora, tendo-o concluído, faltam-me palavras para expressar o quanto esta obra me emocionou! Definitivamente, é uma ilustre joia da literatura brasileira que merece ser lida, apreciada e amada à sua peculiar maneira.
Machado nos presenteia mais uma vez com sua perspicácia, seu humor ácido e sua recôndita, porém emotiva, solidariedade pela alma humana; solitária peregrina, órfã dos sonhos e dos amores, que vaga sem rumo por esse mundo egoico e falacioso; cemitério dos loucos? e dos sonhadores?

Ao vencedor, minha mais digna pena.
Ao vencido, minha mais sincera compaixão.

-G. Takahashi

andrielle 22/08/2023

Ao vencedor as batatas!
Quincas Borbas constrói uma narrativa perfeita da ascensão e queda de Rubião, um pobre professor que se torna um rico capitalista após herdar toda a fortuna de seu falecido amigo Quincas Borbas, mas não o confunda com o Quincas Borbas cachorro, esse já não era filósofo.
O livro mostra todas as características realistas machadinas de forma extremamente clara, mostrando o claro interesse, inteiramente econômico, que os amigos de Rubião tinham sobre ele. Como pode o grande Rubião, que recebia abertamente inúmeras pessoas em sua luxuosa casa acabar na mísera completamente sozinho? Rubião este que jamais ignorou a necessidade de qualquer amigo, e de maneira extremamente ingênua emprestou e gastou seu dinheiro em extravagância.

Machado de Assis escancara a verdadeira essência da sociedade burguesa: egoísta, manipuladora e movida por puro interesse. Aliás, não há palavras melhores para descrever o casal Palha, gananciosos e individualistas a um ponto de se aproveitarem da paixão de Rubião por Sofia, ideia dada pelo próprio marido, que ao perceber logo no começo a ingenuidade de Rubião vê uma grande oportunidade de finalmente alcançar a ascenção e prestígio social que deseja, ganância que fica cada vez mais óbvia na própria Sofia, uma pessoa vaidosa e narcisista que detém plena consciência de sua sensualidade e poder sob Rubião.

Mas não pense que Rubião é apenas um pobre coitado na história, sua generosidade deu lugar muitas das vezes a seu enorme desejo de grandeza, ideias claramente alimentadas por seus falsos amigos, mas Rubião passa a sonhar cada vez mais alto, vê-se cada vez mais superior, mais rico e nobre quando na verdade não só sua riqueza passa a definhar, mas sua própria mente também. Rubião vira prisioneiro de seu delírio de grandeza, louco, como assim foi Quincas Borbas.

Curioso é a forma que o próprio Quincas Borbas parece prever, ou talvez avisar, Rubião de seu futuro, a famosa frase "ao vencedor as batatas" faz uma analogia a sociedade burguesa brasileira, sendo nada mais que uma dança de espadas pela ascenção, onde o mais forte derrota o mais fraco. Neste caso, acredito que as batatas seriam o dinheiro, o prestígio, o luxo.

No fim, o único a continuar fiel a Rubião até seu último suspiro é o Quincas Borbas cachorro, o único desprezado pela mão de Rubião.

Lucas1429 19/08/2023

Quincas Borba
O livro é gracioso,comenta a história de ilusão amorosa do personagem Rubião ao mesmo tempo que retrata a sociedade e costumes da época além de passagens sobre o surgimento de ideologias totalitárias.O drama de sua vida é perfeito,o ritmo é bom e conta com personagens cativantes,recomendo ao máximo a leitura

Camila1856 19/08/2023

Obra Prima!!!
Ele livro me fez lembrar o quanto a humanidade pode ser ruim, os únicos personagens que realmente me agradaram foi o major e sua filha, que mesmo depois do Rubião ter ficado louco, continuaram o tratando bem, diferente dos outros que só se aproveitaram do seu dinheiro. Com certeza uma das melhores obras do Realismo.

beca 18/08/2023

Queria estar na cabeça de machado de assis pra entender que tara ele tinha com traição, porque em todo livro esse homem metia galha em algum personagem.

lua 18/08/2023

Já li Dom Casmurro, tentei Brás Cubas, mas só Quincas Borba conseguiu me agradar tanto assim.
Não tenho muito o que dizer, Machado é um autor excelente.

Livia 17/08/2023

Impressionante e incrívelmente interessante, sem palavras para descrever oq esse cara consegue transmitir

Hannah 16/08/2023

Uma obra de difícil leitura é extremamente entediante. Porém, tem alguns pontos interessantes, como a visão Realista de Machado, e a filosofia de Quincas. Dentre os personagens não teve nenhum que gostei tanto. É um livro com um repertório interessante, afinal demonstra como o ser humano pode ser interesseiro, e que apenas visa em si. Outro questionamento que o livro nos faz pensar é sobre, o vencedor e o vencido, realmente, nós temos essa visão, ter pena e compaixão pelo perdedor, e apenas glória ao vencedor. Mas não tem como os dois perderem? Ou os dois vencerem? Ou como para vencer você precisa aniquilar o outro, não há como ter o consenso? O ser humano é verdadeiramente egocêntrico e competitivo? E vários diversos tipos de pensamentos.
?Os vencidos apenas compaixão e pena. E aos vencedores, as batatas.?

Vladia Castro 16/08/2023

Quincas Borba (Machado de Assis)
E mais um Machado p conta!!! Temos um humor c crítica aos interesses da sociedade com características bem machadianas!! Rubião, um homem simples, herda uma fortuna de Quincas Borba desde que ele cuide de seu cachorro tb chamado Quincas Borba. Muda p o Rio e vai viver na corte. Enquanto rico e influente, era interessante e convidado p festas. Mas ao ficar louco e pobre torna-se dispensável mesmo para aqueles que lhe diziam ter estima. E como muito disse Rubião: Aos vencedores, as batatas!!!!

Fabricio.Fracaro 16/08/2023

Quincas Borba
Ler Machado de Assis é sempre prazeroso, e nesta história não foi diferente.

Machado escrever de uma forma tão leve e divertida que fica fácil ir de página em página sem ver o tempo passar, os personagens desse livro são profundos e completos, muito humanos.
Rubião é uma pessoa que sai de uma pessoa comum para rica e isso faz com seu mundo mude completamente, ele não sabe lidar com isso, e vai enfrentando cada desafio que o vai levando para um caminho que o futuro do livro irá revelar, Sofia é uma mulher que ama ser desejada mas com seus limites, tudo nesta história é perfeito, vale muito a leitura.

mardou 14/08/2023

Ao vencedor as batatas e a Rubião o descanso.
Quincas Borba é um ótimo livro, repleto de detalhes, momentos cômicos, triste e reais. Resumidamente, o livro trata da história do até então ex-professor Rubião, enfermeiro e discípulo do filósofo Quincas Borba. Com o falecimento de Quincas, Rubião herda os bens e decide mudar-se para o Rio de Janeiro, nesta jornada em rumo ao Rio, o ex-professor e novo rico conhece o casal Cristiano Palha e Sofia. Apaixonado pela beleza de Sofia e pela simpatia Cristiano, o protagonista acaba se envolvendo cada vez mais com o casal.
A trama é muito interessante nesse ponto, uma vez que analisa as relações interpessoais de maneira bastante crítica. Machado trás consigo a maneira de transcrever como muitas das vezes o interesse financeiro é o motivador e mantenedor de relacionamentos. Além disso, há uma crítica ferrenha a outros aspectos da sociedade, como o casamento. O Machado expõe como, em diversas situações, o casamento é promovido apenas por status, e não por amor, esse exemplo é visto em Sofia e Cristiano.
Li este livro com o intuito de me preparar para o vestibular da FUVEST, após fazer algumas pesquisas, percebi que um dos maiores pontos relacionados a esta trama e os vestibulares é o ?ao vencedor as batatas?, pelo que entendi, Machado de Assis queria apresenta um quadro da vida na cidade moderna com suas possibilidades e armadilhas. Para explicar sua teoria, o filósofo evoca uma história sobre duas tribos famintas diante de um campo de batatas, suficientes apenas para alimentar um dos grupos. Com as energias repostas, os vencedores podem transpor as montanhas e chegar a um campo onde há uma grande quantidade de batatas. Então, Quincas Borba finaliza: "Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".
Logo, de maneira bem resumida compreende-se que a frase significa que os vencedores podem desfrutar das batatas nos campos de guerra, simplificando ao máximo o Humanitismo e seu preceito básico de que, na luta pela sobrevivência, quem vence é o mais forte.