Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther

Karlesy 03/05/2024

Arrebatada!
Amo quando retiro clássicos da estante e termino essas maravilhas com a frase: é, não é à toa que um clássico é sempre um clássico ?
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Em 1774, Goethe mergulha em uma narrativa autobiográfica sobre as dores do amor impossível. A experiência de ter o coração partido em uma época de vida que o jovem ainda não está bem equipado emocionalmente pra dar conta da frustração. Acompanhamos por pouco mais de um ano, a jornada de um jovem e a luta contra afetos intensos e confusos
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Este também é um livro que narra o processo de desmonte da saúde mental, a presença de conflitos existenciais, assim como a denúncia de hipocrisias do comportamento humano habitual. Sofri, refleti e me emocionei ao me despedir de Werther. Não tive outra escolha, a não ser aceitar a decisão desse jovem sonhador em viver seu grande amor em outra vida, talvez! ?
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"Se você me perguntar como são as pessoas daqui, só o que posso te responder é: como em qualquer outro lugar. O ser humano tem mesmo algo de uniforme. A maioria das pessoas passa grande parte de seu tempo se esforçando para viver, e o pouco tempo de liberdade que lhes sobra causa tamanha angústia que elas fazem de tudo para se livrar dele. Oh, destinação humana."
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O típico livro: me destruiu, 5 estrelas! ?

João Paulo CP28 02/05/2024

O suicídio construído a partir de um romance impossível
"Ah! meu caro, se o esforço já significa fortaleza, por que a exaltação há de ser fraqueza ?"

Goethe propõe uma interessante discussão que remete ao princípio do romantismo no século XVIII. Em meio ao crescimento de ideias burguesas advindas do humanismo e do renascimento cultural, produções ultrarromânticas passaram a discutir distintos aspectos dos sentimentos humanos.

Nesta obra, Werther questiona como o seu sofrimento "espiritual" não é visto tal qual uma enfermidade física, que demanda cuidados e, se não tratada, pode não ser suportável e levar às mais sombrias consequências.

Tal qual é dito no livro, homens serenos e pacatos pouco compreendem o estado do desaventurado. A personagem questiona, nesse sentido, se seria aceitável pedir para uma pessoa que sofre de uma grave doença, esperar, resignadamente, os sintomas passarem, da mesma forma que comumente se faz o mesmo pedido para alguém que sofre por amor.

Todavia, não se tem uma discussão sobre a valorização da saúde mental para a garantia de um bem-estar íntegro do indivíduo, consciente dos possíveis danos psicossociais intrínsecos à convivência humana. Do contrário, aqui a racionalidade é negada e tem-se uma verdadeira ode ao sentimentalismo e às vontades individuais, fato este que explica a influência da obra para os jovens da época.

À parte disso tudo, a obra conta, em seu início, com exemplos e passagens românticas que despertam bons e aconchegantes sentimentos, dos quais lembranças e suspiros são dificilmente evitados.

riskkai 01/05/2024

Eu ainda nao acredito no final. Eu simplesmente estou sem reação, um dos melhores livros q li esse ano.

Clarissa130 01/05/2024

?É certo que nada no mundo torna o homem mais necessário do que o amor?

Tinha curiosidade por esse livro desde os tempos de ensino médio, quando ouvi falar pela primeira vez sobre o ?Efeito Werther?, fenômeno que relaciona o surgimento de comportamento suicida com relatos de suicídio veiculados pela mídia. De tanto comentar sobre o efeito, senti a necessidade de conhecer o polêmico personagem cujo suicídio acabou sendo replicado por inúmeros jovens da época.

Werther é um personagem muito bem construído do ponto de vista psicológico. Durante a leitura, conseguimos identificar aspectos de instabilidade emocional marcante, sua idealização amorosa e, na medida da impossibilidade da realização amorosa, identificamos traços melancólicos que sinalizam a trágica ideação e o destino do personagem.

Com a leitura do posfácio da edição, fica claro que Goethe modificou características do livro e atenuou alguns pontos da história após a onda de suicídio associada ao personagem. Apesar desses ajustes, a história criada no século XVIII segue seu papel marcante na literatura, com trechos brilhantes sobre autoconhecimento, paixão e adoecimento psíquico.

Muito bom!

Mariana113 29/04/2024

Linguagem de amor: existir
Comecei a ler este livro por indicação de um menino que eu gostava, e não esperava realmente me interessar pela história quando folheei pela primeira vez. Com Werther, tive alguns momentos de reflexões sobre a paixão tanto pela vida, si mesmo ou alguém pra admirar. Estar apaixonado, quando penso no protagonista é uma linha tênue entre os sentimentos de amor, alegria e angústia como divisores de água na vida do ser humano. De certo modo, me vejo parecida com o personagem, crio muitas coisas por trás de lentes cor de rosa e falta percepção lógica. Mas toda pessoa apaixonada é abobalhada pelo ser amado.

Hilton 29/04/2024

O livro nos mostra as correspondências entre um jovem que se deixa levar pelas emoções, Werther, e seu destinatário, que pouco sabemos sobre. Werther nos apresenta muito bem o raciocínio de um típico romântico vivendo apenas por uma mulher, isso de forma autêntica. Essa autenticidade criou uma empatia entre eu e ele, e me deixou arrasado ao observar seu declínio.

Marcela 28/04/2024

O valor de um bom livro
Finalmente li esse livro, que há tantos anos eu queria! Primeiro que leio do Goethe e causou excelente impressão. A gente acaba lendo muita porcaria hoje em dia, e quando lemos um livro bem escrito, com história que envolve, que faz refletir sobre muitos assuntos e depois queremos procurar sobre o contexto, isso deve ser valorizado.

Bianca 25/04/2024

Os Sofrimentos do Jovem Werther
A história me prendeu bastante, sou muito fã de histórias escritas em cartas e gostei muito da forma como o escritor conseguiu transmitir toda a angústia do personagem para elas.
Achei o livro bem deprimente, mas isso não é ruim pois esse era exatamente o objetivo do livro.
Se tem algo que eu não gostei, foi a leitura que o Werther faz da tradução de um trecho de dos cantos de Ossian, porque mesmo entendendo o propósito dessa parte existir, senti que meio que quebrou o ritmo da narrativa.
No geral achei um livro bom, que vale a pena a leitura

miguelsousa_ 23/04/2024

Facada no coração
Acabei de ler e me pegou bonito.
que werther já era um cara nitidamente afetado (alguns de seus traumas são comentados no livro) que conheceu a Charlotte e infelizmente aconteceu o que aconteceu
na nossa vida estamos sujeitos a isso tudo, infelizmente nosso amigo werther não teve o melhor final, isso porque ele era um cara intenso e que depositava tudo nos seus amores e paixões.
quando isso foi transferido pra charlotte e depois ele perceber que não tinha chance, tudo desmoronou pra ele, nada fazia mais sentido. ele tentou voltar pra cidade natal, mas nada resolvia. e o final não podia ser outro, espero que em outra vida ele tenha a oportunidade de amar alguém que ame ele na mesma intensidade (e que não seja comprometida).

talvez devêssemos viver a nossa vida menos intensamente, não precisamos colocar 100% de nossa energia em tudo, porque, como aconteceu com o jovem, tudo pode ser esgotado rapidamente e quando esgota, a queda é feia.

doctorchemicalx 23/04/2024

Me identifico muito com o werther devo me preocupar?
Brincadeiras a parte eu amei esse livro, sou apaixonada por romantismo e genuinamente me identificava com muitas das reflexões morais do werther (obviamente menos a parte dele ??

otavio185 23/04/2024

Dividindo entre os 3 principais personagens:

Albert: Sempre muito respeitoso com o Werther mesmo sabendo de suas intenções, e ao mesmo tempo nunca reclamou da relação dele com sua esposa, werther a fazia feliz e ele compreendia isso.

Werther: Sinceramente o bobo da história. Sabia que Lotte era comprometida e mesmo assim colocava seus sentimentos a frente de uma relação esperada moralmente e até de sua vida. Personagem muito inteligente e muito ligado com a natureza(harmônico), gostei desse ponto.

Lotte: A minha visão, ela sempre preferiu Alberd doq Werther. Em nenhum momento ela expressa dúvida em relação a isso. Sua amizade com ele era verdadeira, porém tinha um interesse egoísta no meio, já que ela sabia da existência do seu interesse amoroso nela e mesmo assim continuava certas horas dando indícios de retorno ao desejo de Werther.

No final, ela sabia que não poderia levar essa amizade muito longe, pelo fato de ser casada e ter um amigo maluco nela, mas não tomou essa decisão rápido o suficiente para evitar todo o sofrimento de Werther, tal pq ela apenas ganhava tendo um marido ótimo e um gado que glorificava ela. No fim, ela mesma entregou a arma para que seu suicídio fosse concluído, que na minha opinião demonstra mais ainda seu egoísmo.

falei muito mal delakkk, mas isso nn significa que ela era uma péssima pessoa, muito pelo contrário. Apenas acho que ela não pensou no resultado de ficar alimentando as expectativas de werther

Boruto da Rita Lee 22/04/2024

"Às vezes não posso compreender como o outro pode amá-la, permiti-se amá-la, ousa amá-la, quando eu a amo de maneira única, tão profunda, tão plena; quando nada conheço, nada sei nada tenho senão a ela!". O caba se matou por amar demais, quero um assim ??.

Marcella350 22/04/2024

Primeiro Goethe
Werther é romantismo e amor puro e não retribuído para alguns, para mim, é um stalker doentio. Adorei a leitura e essa perspectiva que obtive.

Breno205 21/04/2024

É fod
Caraio mano o cara lá de 1700 sentindo uns negocio que eu já senti também é muito assim mesmo coitado do cara a gente não escolhe quem a gente ama tem umas reflexões assim que dá pra pensar. Não tá fácil pra ninguém.

olívia 20/04/2024

Os sofrimentos do jovem Werther
Goethe simplesmente escreveu um livro sobre uma paixão profunda incrível!!

Cada detalhe do livro, cada sentimento, cada atitude do Werther ancaixou perfeitamente com a trama. Sem contar a riqueza de detalhes de cada momento do personagem, que faz parecer que o leitor está vendo a cena e sentindo as mesmas coisas.
Apesar de o fim ser extremamente previsível e, inclusive, no primeiro livro você vê até os detalhes do que está para acontecer ao final, em nenhum momento há a perda de interesse na obra, e muito menos o sentimento de história encerrada.

Se eu fosse um homem, eu nunca ia querer me apaixonar depois desse livro kkkkkkkkkkkkkkk