A ilustre casa de Ramires

A ilustre casa de Ramires Eça de Queiroz




Resenhas - A Ilustre Casa de Ramires


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Victoria 26/03/2023

? A ilustre casa de Ramires ?
?Quantos Ramires verá ela ainda, nesta casa, e à sua sombra???

Gonçalo Mendes Ramires retorna a sua cidade natal, Irinéia, no interior de Portugal, após a conclusão do curso de Direito que fez em Coimbra. Oriundo de uma família nobre, o jovem se depara com a falência econômica e moral de sua familia.

No interior, ele se oprime ao reencontrar a monotonia e a mediocridade da vida provinciana. Ele passa a sentir a necessidade de se impor na vida política nacional para assim sair do campo e retornar a ?civilização.?

Paralelamente a isso, ele resolve escrever uma novela ?A Torre de d. Ramires? sobre o seu antepassado, Tructesindo Ramires.

Através dessa obra, ele remonta a história da casa de sua família e também de Portugal. A grande questão é que da propriedade resta apenas os escombros da velha torre, como do glorioso passado português resta apenas a recordação.

Para atingir seus objetivos políticos ele usa de artimanhas e ignora toda sua ética e moral. Por fim, ele começa a ter crises de consciência em relação a sua honestidade e honra e decide abandonar tudo.

O que podemos concluir da análise dessa obra é a intenção do autor de fazer um paralelo entre a vida de Gonçalo Ramires e a história de Portugal. Demonstrando que apesar dos erros cometidos no passado, Portugal ainda pode retornar à sua glória e alcançar a redenção.

?Assim todo completo, com o bem, com o mal, sabem vocês quem ele me lembra?
- Quem?..
- Portugal.?

?
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Wanderreis 22/06/2022

Esquecimento?
No final do capítulo 4, Gonçalves Ramires escreve ao jornal "Gazeta do Povo" uma correspondência com denúncia contra o Governador André Cavaleiro. Depois o autor não revela mais nada sobre qual a repercussão ou consequência disso.
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William LGZ 24/04/2022

No papel era perfeito para mim, já na prática...
Eu realmente não consegui me imergir nem um pouco nesse livro e foi bastante complicado para mim reter as informações dele, acredito que sua linguagem e o jeito como a trama foi desenvolvida, transitando entre passado e presente, foram as principais causas disso.

A experiência só não foi pior porque alguns diálogos e certas situações, todas estas da fase "atual" da obra, conseguiram me divertir um pouco.

Contudo, ao ler resenhas mais especializadas sobre a obra pela internet, vi que superada essas barreiras que me impediram de apreciá-la havia uma excelente história que eu poderia gostar demais caso eu tivesse uma maior maturidade literária.

Por isso, não dei uma nota tão fiel aos meus sentimentos enquanto lia, mas que levou tudo isso em conta além desses fatores pessoais. Eu pessoalmente não sugeriria essa publicação para ninguém, mas deve haver muitos que a aproveitariam bem melhor do que mim mesmo.
ju 24/04/2022minha estante
tenho pavor do Eça de Queiroz! nunca consegui terminar um livro desse homem kkkk


William LGZ 25/04/2022minha estante
Eu entendo perfeitamentr gskshdjdhdjjdhdd


(lidos só 2021 em diante) 27/12/2023minha estante
Idem. Nem terminei de ler.




Fefê 04/03/2021

Uma "Ilustre" leitura
Foi meu primeiro romance lido de Eça de Queirós, era uma dívida que eu tinha para com este grande escritor português, porém, quase me decepcionou. Quase, por que no começo da leitura, até quase a metade do livro, foi difícil prosseguir, sempre com verbetes esdrúxulos e desconhecidos, de um tempo antigo, de uma cultura diferente. Por sorte, continuei pacientemente, e pude perceber, do meio para o fim, a grandiosidade da obra, com um livro sendo escrito e narrado dentro da obra principal. Inclusive com diferença de linguagens, o que já tornaria esta obra grandiosa. Mas além disso, a própria caracterização do personagem principal, o "Fidalgo da Torre", Gonçalo Mendes Ramires, com seus medos e covardices, mas também com sua bondade e amor ao próximo, principalmente aos mais necessitados.
Realmente, fiquei fã do Gonçalo.
Com a decadência da família Ramires, e dos grandes fidalgos de Portugal, ele, apesar de ter seu sustento garantido pelos arrendamentos de suas propriedades ( o que não chegava a ser nenhuma fortuna), resolveu escrever um livro, uma novela que contasse um pouco das façanhas de seus antepassados Ramires, família tradicional e mais antiga que o próprio país Portugal, com o intuito de revitalizar o nome da Casa de Ramires, ao mesmo tempo que impulsionaria a sua entrada na vida política, através da eleição a um cargo de prestígio que sua região poderia lhe proporcionar. Desta feita, havia a atividade de Gonçalo Mendes Ramires escrevendo sua novela de modo a satisfazer seu editor, que constantemente o cobrava deste intento, e seu dia a dia em sua propriedade "A Torre dos Ramires" dentro de seu intento em avançar com o propósito de se eleger a deputado por sua região. São várias situações interessantes que contam um pouco de sua vida decadente de um mundo que não volta mais, como Fidalgo da Torre milenar que passou por grandes lutas durante esse tempo.
Eu avalio duas cenas principais deste livro, como a que, escondido, ele ouve sussurros de dois amantes, sua irmã Gracinha (casada com Barrolo) e seu amigo antigo André Cavaleiro, na mansão de sua irmã, e se preocupa muito, pois foi por sua culpa, ao reatar amizade com o governador civil André, que este pode retomar sua também antiga paixão em Gracinha, agora casada. E a outra cena marcante foi quando o Gonçalo, ao dar sua cavalgada de sempre pela região, encontra um terrível homem mau-caráter, que já o havia insultado em outra ocasião, junto de seu sobrinho e parceiro em maldades, e, em vez de fugir covardemente como seria normal de sua personalinade, resolve enfrentar o perigo e dá uma lição nos dois através de um chicote herdado de seus antepassados.
Há outras cenas fantásticas, como aquela última da novela que estava sendo escrita por Gonçalo, que é a morte do cavaleiro Lopo de Baião, o Bastardo, amarrado nú semi-emergido num lago repleto de sanguessugas. Esta foi a vingança do avô de Gonçalo Ramires, o velho Tructesindo Mendes Ramires, pela morte de seu neto querido Lourenço Ramires pelo próprio Lopo de Baião.
Realmente um grande livro este "A Ilustre Casa de Ramires", pouco conhecido, mas escrito por um grande escritor português em sua fase mais madura.
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Áquila 28/02/2021

Surpreende sem empolgar
Eça é um autor mordaz, sarcástico e perspicaz. Lê-lo sempre diz muito nas entrelinhas.
Já esse livro parece se perder desse caminho e valorizar pontos de vista dos quais zomba ao longo do livro.
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custodiovitoria 06/12/2020

A "Ilustre" Casa de Ramires
"A ilustre casa de Ramires", obra de Eça publicada em 1900, retrata bem o contexto político e social da época, através da construção do personagem Gonçalo Ramires. Gonçalo Ramires, ou o Fidalgo da Torre, representa a nobreza decadente portuguesa, cujas glórias do passado amenizam a situação finaceira em que se encontram. Gonçalo vive do arrendamento de suas terras, que lhe garante uma quantia generosa, caso comparada às camasas sociais mais baixas, todavia muito distante da realidade dos antigos que contemplaram a tradicional Casa de Ramires. Dado sua situação, Gonçalo tem a ambição de adentrar na política e tem a brilhante ideia (nem tão brilhante assim) de escrever um livro narrando os feitos de seus antepassados, usando um poema já escrito.
Desse modo, a obra de Eça possui duas narrativas: a história rotineira e pouco heroica de Gonçalo, e o romance histórico sobre a coragem e bravura de Tructesindo Ramires escrita por Gonçalo.

É justamente essa bravura e coragem dos antigos Ramires, assim retratadas por Gonçalo, que constitui uma crítica interessante do autor. "A ilustre casa de Ramires", apesar de ser uma leitura lenta e com certo nível de complexidade, é uma ótima imersão na História portuguesa. Durante a leitura, é possível perceber claramente o saudosismo de Gonçalo ao transformar a narrativa e personificar Tructesindo. No entanto, após terminar o romance, o personagem percebe que seu romance histórico não reconstroi nada, pelo contrário, cria uma narrativa desumana dos bravos Ramires.

Se os antigos Ramires são idealizados de forma gloriosa por Gonçalo, tal como o passado de Portugal. Gonçalo Ramires, por sua vez, é um personagem bem construído por Eça. Faz uma analogia a decadência de Portugal do início do século XX, assim como os traços do Fidalgo da Torre: terrivelmente incoerente, todavia bom de coração.
Esse faz uma reflexão final com um certo tom melancólico sobre si - semelhante a reflexão de Raposo em "A Relíquia", porém sem o teor religioso.

Em linhas gerais, é uma boa leitura. Por vezes cansativa, mas interessante, principalmente para aqueles que apreciam a História de Portugal.
Kaory 17/12/2020minha estante
Perfeito amiga




Marília 08/11/2020

Foi bom ler este clássico apesar de a leitura às vezes ser um pouco cansativa. Acho que entra também a questão da mudança nos costumes então certas passagens soam estranhas.
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Kaory 22/10/2020

Final surpreendente, personagem cômico!
Ramires é incerto com seu futuro, se mete em várias confusões que chegam a ser cômicas e acima de tudo é humano! A sua incerteza com o futuro e o seu passado glorioso transforma dele uma alegoria impressionante sobre Portugal na sua decadência! Ramires é o próprio Portugal!
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Denise.Martins 21/05/2020

A ilustre casa de Ramires. Eça de Queirós.
Conta a história do fidalgo Gonçalo que resolve escrever em prosa, a história de sua família, que já havia sido escrita em versos por um antepassado. Enquanto escreve, vários acontecimento o fazem repensar e modificar os rumos de sua vida. O final me surpreendeu. A linguagem de Eça de Queirós que utiliza termos da época e de Portugal as vezes torna a leitura um pouco lenta, mas no fim vale a pena. Esse livro nos dá uma bela noção da sociedade Portuguesa da época e nos permite conhecer um pouco a história de Portugal. A utilização da metalinguagem também nos proporciona um ótimo exercício mental.
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Dani Ramos 09/05/2020

Bom livro.
Não é uma leitura rápida e fluída, levei mais dias do que pensei para finalizá-lo, porém é um livro bom que mostra Portugal naquela época e conta a história de um quase falido fidalgo português. Gostei muito do final.
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Fabio Shiva 03/02/2020

Diversão e Arte
Li com grande deleite o soberbo romance da maturidade desse grande autor português, Eça de Queirós. “A Ilustre Casa de Ramires” foi publicado em 1900, na transição do século dezenove para o vinte, e expressa bem o choque entre os valores tradicionais e modernos na figura do protagonista, Gonçalo Ramires, o “Fidalgo da Torre”, membro de uma família que é “mais velha que Portugal” e que agora precisa se valer de recursos pouco heroicos para amealhar fama e fortuna e fazer jus ao prestigioso nome de seus ancestrais.

De Eça de Queirós li “O Crime do Padre Amaro” e assisti à minissérie da Globo inspirada em “O Primo Basílio”. Das duas vezes cheguei ao fim da história levemente nauseado, embora impressionado com a capacidade do autor de retratar as fraquezas e vilezas da natureza humana. “A Ilustre Casa de Ramires” também traz esse olhar ferino e cínico, mas não somente. Vemos o Gonçalo covarde, vaidoso e interesseiro, mas vemos da mesma forma o homem generoso e magnânimo, o amigo fiel e capaz de gestos verdadeiramente nobres. Gonçalo é mais humano e completo que Amaro e Basílio. Por isso considero essa obra superior às outras duas, embora essas sejam inegavelmente grandes e até mais famosas que “A Ilustre Casa de Ramires”, responsáveis pela imagem de Eça como um feroz crítico dos costumes.

De resto, a intensa diversão e o rico aprendizado de testemunhar um mestre da pena em ação. Eça de Queirós esbanja sutilezas e constrói seu drama com absoluto domínio da narrativa. Dois pontos de destaque são: 1) o “livro dentro do livro”, a novela escrita por Gonçalo sobre seus antepassados e cuja trama vai sendo apresentada em paralelo à história principal, de forma esplêndida, e 2) a “cena do mirante”, que constitui o ápice dramático e que é narrada com tanto primor que eu cheguei a sentir em meu próprio peito as intensas e aflitivas emoções vividas pelo pobre Gonçalo. Uma maravilhosa vivência do poder da Literatura!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/02/a-ilustre-casa-de-ramires-eca-de-queiros.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Karen 12/12/2023minha estante
Ainda não acabei o livro, mas já passei da parte do mirante e sou obrigada a concordar com você, Fabio. Quando ele retoma ao livro, eu sequer consegui ler o que estava escrito pois estava na mesma situação que o Gonçalo.




Julio.Argibay 05/07/2018

Portugal
A ilustre casa de Ramires retrata um Portugal antiquado, antigo e orgulhoso. Nesse romance nos defrontamos com uma Casa, que neste caso que dizer uma estirpe, um família aristocrática, e nesse caso, como eh contado, uma das mais importantes desse pais. A estória eh um pouco maçante onde se descortina a rotina familiar, o tédio, a solidão e os anseios políticos de seus moradores, ou parte deles. Há uma grande quantidade de personagens, tantos que eh difícil saber quem eh quem e até quais são aqueles mais importantes para a enredo, lembra um pouco o romance: 100 anos de solidão, não tão épico é claro e sem tantas gerações envolvidas. A linguagem é muito rebuscada, se utiliza palavras pouco conhecidas e usuais, o que dificulta o entendimento e a fluidez, problema do leitor ignorante, eu . Então eh isso, quem quiser se arriscar nesse mundo já perdido no passado distante, siga em em frente e boa sorte....
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Wilton 06/07/2016

Alegoria de Portugal
Com A Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queirós retrata o seu desejo de superar um sentimento bem característico de sua geração: o da decadência de Portugal. Com a personagem Gonçalo, O Fidalgo da Torre, tenta, ao seu modo, contribuir para a recuperação do país. Gonçalo só se reabilita moral e socialmente quando decide abandonar a superficialidade de Lisboa para morar na inculta África. Nas entrelinhas lê-se perfeitamente que, na opinião de Eça, Portugal só se reergueria fazendo a mesma coisa, ou seja, voltar-se às colônias africanas que viviam em estado de abandono. Eça de Queirós cativa o leitor com uma narrativa enxuta e novelesca, despertando em quem lê a vontade de conhecer o que virá no capítulo seguinte. Livro recomendadíssimo.
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