A Ilustre Casa de Ramires

A Ilustre Casa de Ramires Eça de Queiroz




Resenhas - A Ilustre Casa de Ramires


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Sophia 15/04/2024

Só vestibal msm...
Assim não é um livro ruim, mas eu odiei, e olha que eu costumo defender os livros que a escola coloca pra gente ler! Mas esse não dá, é muito chato, não dá pra entender nada. Ainda bem que teve a peça do livro no meu colégio!
*DICA PRA VESTIBULANDOS* Caso não saiba a cia letra jovem faz peças de teatro de Livros que caem no vestibular!!! As peças são muito boas e divertidas.
Insta deles: @cialetrajovem

É isso, se não precisarem ler esse livro não leia ???
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JAlia 14/04/2024

Interessante?
Olha eu sinceramente achei um livro bem difícil de ler tanto pela escrita demasiadamente descritiva tanto pelos saltos temporária que ocorrer. ( tive que até acompanhar a leitura com um audiobook para tornar a compreensão do enredo mais fácil kkk)
A princípio eu li esse livro só por causa dos vestibulares e assim?.. embora tenha me dado uma baita ressaca?.. eu gostei do contexto e dos acontecimentos acho que o que estragou a experiência de leitura foi mesmo a complexidade de escrita.
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rayssadioli 22/03/2024

Há duas histórias sendo contadas simultaneamente no livro. Isso porque o personagem principal, Gonçalo, está, no decorrer do romance, escrevendo uma novela, que se dá basicamente pela inspiração de um escrito de seu tio, ou seria plágio a palavra mais adequada?

Tal novela (criação de Gonçalo) tem Tructesindo como protagonista, alguém que também foi um Ramires. Esse personagem busca um assassino na tentativa de vingar Lourenço, seu filho que morreu.

Gonçalo é um dos personagens mais complexos que já conheci. Através desse protagonista, Eça de fato conseguiu personificar seu país, Portugal. Essa relação entre o personagem e Portugal foi uma das coisas de que mais gostei no livro. Fica notório, conforme o leitor avança na leitura, o quão contraditórias são as atitudes de Gonçalo, que é, basicamente, um arquétipo nacional português, como mencionado anteriormente.

O caráter frágil de Gonçalo é também bastante perceptível. Isso pode ser visto, por exemplo, no arrendamento, que a princípio havia sido firmado com Casco, mas, quando Pereira oferece mais por tal arrendamento, Gonçalo logo fecha com Pereira, sem nem ao menos conversar com Casco antes, e, posteriormente, esse episódio culmina em uma grande confusão, em que Casco fica como ?vilão? da história. Além desse exemplo, por meio da relação de Gonçalo e André Cavaleiro, podemos perceber que o protagonista também é bastante interesseiro.

Algo que torna essa leitura mais enriquecedora é relacionar com o contexto histórico que Portugal passava na época em que o romance foi escrito, além do período em que a novela escrita por Gonçalo se passava. Ademais, acho que buscar entender mais sobre as fases do autor pode auxiliar bastante a compreender o romance, já que foi o que aconteceu comigo.

Em relação à minha experiência, apesar de ter valido a pena a concretização dessa leitura, eu tive bastante dificuldade, principalmente no início (que foi bastante confuso para mim). Mas, conforme eu avançava, a minha compreensão do romance ia melhorando, de modo que consegui acompanhar com facilidade depois de aproximadamente 20%. Minha dificuldade de entendimento foi mais significativa nos momentos em que a novela de Gonçalo era exposta (minha vontade de abandonar era enorme kkk?).

Assim, apesar de ser um ótimo livro, em que a genialidade do autor fica evidente, não é algo que eu leria novamente, uma vez que minha experiência não foi tão agradável quanto eu pensei que seria. Porém, agora que o terminei, fico feliz pela Fuvest tê-lo adicionado na lista de leitura obrigatória, já que meu a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o autor e essa obra, que, embora não tenha sido agradável no momento, ficará na memória pela riqueza da narrativa e dos personagens bem elaborados.
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rafa esquizo 08/03/2024

A Torre
Esse livro me trouxe vários sentimentos, é uma leitura que se inicia bem complicada, de dificil entendimento, no entanto, ao decorrer da obra você se acostuma com a escrita do Eça de Queiroz e ela se torna mais fluida.
Nós acompanhamos a história de um fidalgo chamado Gonçalo Ramires, com uma linhagem nobre que vem desde a criação de Portugal, assim como acompanhamos a Novela que ele está escrevendo, intercalando as duas narrativas, com vocabulários e complexidade totalmente diferentes, que é justamente o que dificulta a leitura em certos momentos.
Constantemente, o fidalgo é posto diante de situações capazes de desafiar a própria indole e caráter, nós temos uma visão introspectiva dos dilemas em que ele é posto, desafiando-o para ver até que ponto ele se submete para alcançar o que deseja, retrata com exatidão o desespero de uma nobreza decadente ao final do século XIX.
Vemos também as vontades dessa nobreza em reviver e reafirmar suas origens antigas, em como a torre que cada vez mais se tornava irrelevante, se torna o nome da novela de Gonçalo, como uam tentativa de trazer novamente o reconhecimento aos Ramires.
A destreza com que Eça escreve esse livro é magnifica, um grande destaque dentre suas obras, que acaba se tornando uma aula de história acerca do periodo em que ela se passa.
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Lau Pinheiro 08/02/2024

4°da fuvest!!!
Quando vi esse nome da lista de leituras obrigatórias já lamentei, pensando o quanto eu ia sofrer com essa leitura e ficar estagnada nela, e por isso que já coloquei como uma das primeiras leituras para não dar ruim mais pra frente quando eu estiver com matéria acumulada até as pontas dos cabelos, mas QUE ENGANO!

ao começar a leitura vi o gonçalo como um rubião 2.0, e pensando que iria sofrer de novo com um personagem sem personalidade e enfadonho, me vem eça de queirós e me faz um completo oposto: um personagem divertido e com pensamentos muito relevantes a serem refletidos e analisados. não quero aqui ofender meu querido machado de assis, que é autor de um dos meus livros favoritos da vida (memórias póstumas) mas achei quincas borba extremamente maçante, enquanto a ilustre casa de ramires foi uma leitura muito divertida e faço essa comparação específica para me adiantar ao que a fuvest pode cobrar, visto que a história de gonçalo e rubião caminham aí lado a lado (ambos desejam ingressar na política, ambos rodeados de uma sociedade interesseira, ambos donos de uma herança e por aí vaí).

a linguagem no começo vai incomodar, mas assim como qualquer livro faz. é ler para se acostumar, e o problema fica resolvido.
as páginas sobre o livro do gonçalo realmente são mais chatinhas, por se referir a atos de guerra e terem MUITAS discrições geográficas e ambientais, mas até essa parte me manteve cativada e no final me vi enojada pelo final que teve o tal do lopo de baião.

enfim, gostei muito, e grande parte disso provém de eu ter me surpreendido tanto!!
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Larissa 24/01/2024

No começo do leitura não estava gostando, não estava entendendo nada, mas ao avançar consegui compreender melhor e passei a gostar. A dificuldade desse livro, acho, que pode ser por causa das trocas da narração entre a vida das personagens e o livro do Gonçalo. Depois de ter entendido essas trocas consegui usufruir mais da obra.
No geral, gostei muito do livro e li como se fosse uma novela kkkk, eu ri em alguns momentos.
Recomendo ler com calma esse livro para entender as trocas, que falei antes.

Acho que foi o único livro de Eça que gostei kk.
Essas trocas deve ter também em A Relíquia, outra obra dele, como não conseguia interpretar isso acabei não gostando do livro.
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Karen 28/12/2023

Não é para qualquer um, mas vale completamente a pena
Admito que comecei a ler o livro apenas porque me encantei com o autor. Acho Eça de Queiroz espetacular. Ainda no ensino médio comecei a ler A Cidade e as Serras, mas o livro acabou estragando. Anos depois, em 2022, tiver o prazer de retornar a lê-lo, com numa estória que nunca tinha ouvido falar: A Relíquia. Me apaixonei pela obra e fiquei com vontade de ler mais coisas do autor. Foi assim que cheguei à A ilustre casa de Ramires. Meu marido me deu de presente porque foi a uma feira do livro e eu disse para trazer qualquer livro de Eça de Queiroz para mim.

Demorei muito para começar a entender a história. Li mais ou menos 100 páginas completamente perdida e sem entender o que Eça estava querendo dizer. O vocabulário é complexo e denso principalmente nas partes que remontam o passado. A culpa de não entender foi minha. Sempre gostei de ler antes de dormir e com sono é quase impossível entender o que está escrito

A ilustre casa de Ramires exige do leitor algo que a nossa sociedade atual não está mais habituada a fazer: persistir. Sim! É necessário persistir e se deixar levar pela trama ainda que não pareça fazer sentido. Eça é muito detalista e conhece o português, descrevendo perfeitamente cada cenário. Quando digo perfeitamente, não faço aqui uma hipérbole. Na estória contada dentro trama principal, Eça usa o nome correto de cada tipo de armamento, armadura e estrutura de guerra medieval. Como eu sempre gostei de filmes medievalistas, a imaginação funcionava mesmo sem saber muito bem o que era exatamente. Porém, para mim, esse foi o maior desafio do livro.

A trama principal não tem um vocabulário tão pesado quando a estória contada pelo personagem principal, Gonçalo Mendes Ramires. Só que ela demora para ficar cativante. o ápice do livro ocorre no último terço dele. Nas duas primeiras partes tudo é muito monótono, parece uma disputa plítica chata e sem emoção. Tudo muito estável e sem graça. Mas é exatamente por isso que o livro fica bom.

***SPOLIER***

Eça não tem qualquer pretensão de ser completamente surpreendente. Mesmo quando há a possibilidade de ser, com a traição de Gracinha e o furor que Gonçalo sente, tudo fica debaixo dos panos e "passa". Como na vida real. Até mesmo no momento mais cruel da vingança de Trutesindo Ramires após a morte de seu filho, sua vingança não é barulhenta e estardalhante. A morte cruel é silênciosa e calma. O livro todo segue esse ritmo.

***FIM DO SPOLIER***

Eu compreendo que Eça buscou mostrar a vida o mais próximo do que realmente é. Alguns pequenos momentos de sentimentos intensos, mas que depois a vida retoma o seu ritmo normal e os problemas são da proporção que damos a eles. Como enchergamos e nos importamos com aquilo que temos que lidar.

***SPOILER SOBRE O FIM DO LIVRO***

O final para mim é realmente muito bom. Eu, que particularmente buscava algumas respostas sobre o que é esse ser "nacional". Tenho algumas indagações sobre o que é ser brasileiro. E sabia que nesse livro Eça de Queiroz retrata a nacionalidade portuguesa de sua época. Está escrito tanto na contracapa quanto na aba. E ele faz isso com primazia. Posso até discordar de que as caracteristicas que ele atribui a Gonçalo Ramires sejam as mesmas que a nação de Portugal representa, porém a ideia como ela é elabora, me fascinou. A própria lentidão do livro, aquela coisa chata e sem graça, os defeitos da covardia, as virtudes da bondade, um ser complexo e contraditório, um saudosista que romantiza seu passado, mas que quando se depara com a crueldade dele, fica cansado e desgostoso. Eça trabalhou com maestria a capacidade de trazer a profundidade do que é ser humano e transformar isso em características de uma nação.

*** FIM DO SPOLIER SOBRE O FIM DO LIVRO***

Isso foi enriquecedor para minha alma. Quando terminei de ler, parecia que um mundo de possibilidades estava aberto na minha frente. A minha compreensão sobre o outro e sobre uma nação foi ampliada.

No exato momento em que terminei de ler, meu marido me perguntou "você sente que evoluiu depois de ler esse livro?" e indubitvelmente eu respondi que sim. Porque é isso que esse livro faz. De uma forma ou de outra, você cresce ao terminar de lê-lo.
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(lidos só 2021 em diante) 27/12/2023

Ler isso parece assistir Discovery Channel falando de uns municípios aleatórios. Em mandarim.
Não entendi NADA. Cheguei até a página 140 sofrendo. Demorado demais. E não sabia nem quem era o protagonista. Confuso. Ou eu que sou um burro. Tudo bem.

A única cena que entendi foi uma que ele subiu em cima do cavalo.

De resto não entendi nada. Achei cansativo, um tédio, mais chato do que assistir culto da universal na televisão. Juro por Deus.

Talvez quem goste e entenda esse livro seja gênio. E tudo certo.

Deve ser obra só pra MESTRES da literatura. E não estou de deboche. Tô falando sério.

E também deve ser livro para mestres da Geografia de Portugal.

Parece um livro escrito só para a gangue do Eça de Queirós entender algo.

Terminar isso seria tortura. Fá-lo-ia só se recebesse dinheiro em troca.

Lavoura Arcaica (gosto) perto disso aqui é MOLEZA de se compreender tudo.
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Suely Cristina 18/12/2023

Portugal
Leitura obrigatória da FUVEST 2025, exige bastante concentração e dedicação do leitor. Além de já ter uma linguagem difícil por se tratar de uma obra realista de Eça de Queiroz, o protagonista Gonçalo Ramires ainda escreve um romance dentro do romance, com uma linguagem ainda mais difícil. Lemos então duas histórias: uma que se passa no século 19 e outra que se passa no século 12, em que Ramires conta a história de seu avô, numa narrativa épica, com um vocabulário dificílimo, impossível de se inferir pelo contexto.
É importante compreender a relação do personagem Gonçalo Ramires com a própria história de Portugal, uma nação que teve um passado glorioso, mas que depois entrou em decadência.
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Isa Bom O 04/12/2023

Muito bom, recomendo
Romance escrito no final do século 19 por Eça de Queirós.O protagonista Gonçalo Mendes Ramires é o último fidalgo representante de uma nobre família portuguesa. É um fidalgo que precisa se adaptar aos novos tempos de Portugal, se dividido entre os valores do passado e presente, traduzindo o sentimento português diante da nova ordem social que se impôs no período.

Primeira Parte

Gonçalo administrava a casa da família Ramires, enorme por sinal, em Santa Irinéia, mas vai pra Lisboa por causa de uma hipoteca. Lá encontra José Lúcio Castanheiro que ia lançar uma revista quinzenal chamada ?Mais da literatura e de história?, com a missão de ressurgir o sentimento português. Nisso esse amigo pede pra Gonçalo escrever uma história sobre sua renomada família. Para Gonçalo essa ideia convinha porque ele tentava uma carreira política e participar de uma revista com homens eruditos e até conselheiros de estado era uma vitrine para ele, então ele aceita. Ele acaba adaptando um texto escrito por seu tio que contava a história da família.

O caseiro bebia muito, jogando pedras na janela e Gonçalo o despede, pois o contrato de arrendamento acabava cedo. Assim o lavrador José Casco propôs a Gonçalo arrendar as terras, fazendo um trato com um aperto de mãos.

Em relação política, Gonçalo odiava o governador da província de Oliveiras (André Cavaleiro) e brigava toda hora por isso. Dizia até de sua mulher, que era a mais bela da região e não entendia porque. O que Gonçalo odiava no André Cavaleiro não era o político, e sim o homem que desprezava a anos. Suas famílias eram vizinhas e eles eram amigos. André ia para a torre dos Ramires para paquerar a irmã de Gonçalo e todos achavam que ele ia pedir sua mão quando se casasse, mas na realidade, ele foi pra Lisboa ser deputado (Gracinha ficou muito triste e seu irmão prometeu vingança). No final Gracinha casou com Barolo.

Dia seguinte Gonçalo começa escrevendo a história. A história de seu tio (Trutesinho) iniciava com a confiança que o rei tinha nele. Quando em uma guerra o rei foi deposto, seu rio ficou entre a lealdade do rei antigo ao rei novo, botando seu filho para obter informações sob ambos governantes.

Depois foi atender Pereira, que queria arrendar a torre que já estava na mão de José Casco (pelo trato de mão) e pagaria melhor, mudando o negócio.

Gonçalo vai ver o deputado e sua esposa Ana no cemitério e falam sobre como os Ramires tem poder lá. Ana fala de Titó Ramires, deixando uma má impressão. Depois ele vai visitar sua irmã em Oliveiras porque era aniversário dela e vê André Cavaleiro em uma carroça, ficando bravo. Gonçalo encontra Barreto e Titó e falam sobre como ganha bem um governante e Gonçalo fala mal de André. Nisso as irmãs ricas fofoqueiras escutam mas Gracinha vai atende-las. Gonçalo aproveitou que estava na província de Oliveira e assinou o contrato de arrendamento com Pereira e volta para casa.

Segunda Parte

Gonçalo vai andar de cavalo pelo seu terreno e um homem passa rindo e esbarrando em seu cavalo, ficando enfurecido. Depois disso chega uma carta de Castanheiro dono do jornal falando que ia espalhar cartazes sobre a revista, divulgando assim a obra de Gonçalo.

Ele começa o segundo capítulo falando uma história romântica sobre a filha de seu tio. Dona Leolante amava um bastardo de família inimiga que acaba prendendo seu irmão Lorenzo.

Depois José Casco cobra Gonçalo sobre o aperto de mão que servia como um tratado de honra quebrado pelo Ramires e quase o agride com um cajado. Gonçalo vai prestar queixa desse caso na cidade para seu amigo administrador e descobre que o deputado Sanches morreu, sendo sua chance, e descobre que para isso deveria fazer as pazes com André.

Ele assim vai ao encontro de André Cavaleiro para falar que foi ameaçado de morte pedindo por justiça, se resolvendo com ele e telegrafando sobre para um responsável prender o lavrador. André fala da vaga de deputado para Gonçalo, que ele o ajudaria. Depois recordaram o passado e fizeram as pazes, então Gonçalo recebe uma carta falando que o ministro o aprovou.

Gonçalo volta a novela para publicar antes de ser eleito. Ele é interrompido pela mulher de José Casco que estava chorando na cozinha com todos os filhos pela prisão de seu marido lavrador. Nisso Gonçalo diz que vai pedir pra libertar seu marido e que ia cuidar de seu filho com febre até que a chuva passasse. No dia seguinte, Gonçalo recebe uma carta das irmãs fofoqueiras dizendo que ele vendia a honra da irmã pela vaga de deputado, já que o Cavaleiro rondava a casa dela.

Alguns dias depois, Gonçalo vai pra casa de André Cavaleiro em outra cidade. Cavaleiro faz a seguinte proposta: Ir a Oliveira falar com o marido de Gracinha para falar sobre política. Barrolo diz que vai apoiar Gonçalo na vida política e que fica feliz com essa nova tríplice aliança. Nisso eles fazem um jantar com Gracinha, Barrolo, Cavaleiro, Gonçalo e a Prima Maria Mendonça, que no final vira de negócios para uma conversa de amigos. Aí Maria Mendonça fala pra Gonçalo que uma nobre senhora está interessada por ele.

Dias depois Gonçalo voltou pra torre e João Casco vai pedir perdão pela ameaça e agradece imensamente pelos cuidados com seu filho doente.

Gonçalo estava andando atrás de voto e encontrou novamente o rapaz que o esbarrou no cavalo. Esse homem faz uma careta agressiva pro fidalgo e gargalhava. Gonçalo não o conhecia.

Já em casa, Gonçalo recebeu um bilhete de Maria Mendonça, que passava uns dias com a viúva de Sanches e pediu permissão para visitar o cemitério, dando informações detalhadas. Nisso Gonçalo acha que é ela a moça interessada que sua prima citou no jantar e vai ao encontro delas. A má impressão que Gonçalo tinha da viúva desapareceu (citado na 1 parte do livro).

Gonçalo volta a escrever a novela e fala sobre a cena que Lobo de baião, o rival da casa dos Ramires, vai até a torre e oferece a vida de Lourenço Ramires em troca do casamento com a Dona Leolante. Nisso ele vai pra Oliveiras pra enviar os capítulos para Lisboa e encontra no caminho um dos viscondes mais importantes da região. O visconde diz que Gonçalo terá seu voto e que confia muito nele como homem, pois ele salvou a neta dele que estava pegando uma bola em cima de uma janela e podia se acidentar, em troca ela deu um cravo.

Gonçalo já em Oliveiras vai em um mirante e vê a Gracinha com o André Cavaleiro juntos, ouve gemidos e sai correndo, voltando para casa.

Terceira Parte

Desde a tarde do mirante, Gonçalo nunca mais se comunicou com Barrolo ou sua irmã, parecia sentir nojo de tudo que vinha da casa deles. No final mandou os capítulos finais da novela por um empregado e se culpava por ter permitido a relação da irmã com André, além de depender politicamente e economicamente (tinha dividas que o pai de Gonçalo deixou) de Cavaleiro mesmo desonrando sua irmã novamente. Então Gonçalo pensa em casar-se com a viúva do Sanches inteiro e não depender mais de André Cavaleiro.

Fildalgo desistiu de escrever e encontrou com Titó, que disse para não casar-se com a viúva de Sanches pois ela teve um amante enquanto era casada (não é mulher de respeito).

Depois ele sai e encontra um menino sentado numa porta e na janela da casa, o rapaz que o intimidou já duas vezes (esbarrando com a arma e fazendo careta). O rapaz pergunta ao menino porque ele estava conversando com Gonçalo, Gonçalo briga com o homem e ele retruca dizendo ser um Ramires de merda. Depois de dar um chicotada neles, Gonçalo descobre que o homem é um valentão chamado Ernesto e ordena para que prenda os dois homens.

Barrolo visita Gonçalo com Gracinha pelo seu sumiço e mostra uma carta das irmãs fofoqueiras sobre as traições de Gracinha, pedindo para que Gonçalo a guarde (Barrolo não acredita). Assim Gonçalo visita a irmã no quarto, mostra a carta e diz que ela precisa ter cuidado, que não deve mais fazer isso e que Barrolo não acreditou.

Um funcionário chega então depois na sala quando todos estavam dizendo sobre o Ernesto. Que ele roubava, agredia moças e crianças e que brigava com todo mundo, mas ele estava passando muito mal da chicotada, ficando com a boca torta e sem orelha. O menino fugiu. As pessoas da vila começam a idolatrar Gonçalo e a criar mitos sobre a situação.

As visitas vão embora e Gonçalo retoma seu trabalho, falando da perseguição de truquezinho Ramires e Lobo de Baião, que terminou com uma morte dolorosa na mata por sanguessugas.

Visconde vão parabenizar Gonçalo por bater no valentão e diz que não havia dúvidas que ele venceria as eleições. Depois recebe uma carta da prima falando sobre sair com a viúva de Sanches mas ele nega.

Depois acontece um jantar com Gracinha, Barrolo, Gonçalo e Cavaleiro em que é anunciado que Gonçalo receberia o título de Marques de Tercheto, porém o Fildalgo não aceita essa nomeação já que era muito novo e devia assumir essa posição alguém velho, como o rei.

No dia da eleição, Gonçalo ficou sozinho em sua casa meditando sobre sua vida. No fim do dia, a vila o declarava deputado, mas fidalgo ficou sozinho vendo a torre de sua casa iluminada. Nisso ele resolve subir nela e vê tudo e todos, se sentindo especial. Ele compreende que era popular, tinha se agarrado a Cavaleiro para roubar votos que lhe dariam de graça as pessoas que o admiravam. Essa desconfiança em si mesmo foi o que estragou sua vida, a mesma desconfiança que semanas antes o geraram medo. O que um homem precisava pra ser eleito de Deus se ser deputado não era? Precisava apenas do claro entendimento das realidades humanas. Assim Gonçalo pensa que sua vida devia seguir agora pelo trabalho que fizesse devolver a essa gente e a ele mesmo o prazer da vida.

No final a novela da torre de Ramires foi aclamada por todos como uma reconstituição moral do velho Portugal heróico. E em meado de janeiro, Gonçalo parte para Lisboa para ocupar seu lugar de deputado, compra grandes terras na África e hipoteca a torre. Ele embarca num navio pra África e volta depois de 4 anos para se casar-se com a neta do visconde ricasso que salvará da bola.
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LetAcia716 01/12/2023

Muito bom, demorei um pouco pra me acostumar com a linguagem, mas de resto é perfeito...............
Karen 19/01/2024minha estante
Esse livro não é considerado obra prima de graça. Ele realmente é difícil, não é pra qualquer um. Porém ele me marcou de tal forma... Uma profundidade imensa e uma das cenas mais cruéis que já li, com todo respeito às crônicas de Gelo e Fogo, mas a cena do rio é espetacular




K.N 22/11/2023

Bom
É uma boa história, porém só li porque era preciso. A história só faz sentido depois do 3 capítulo e você começa a ficar ansiosa pelos próximos capítulos para ver o que irá acontecer em alguns momentos.
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Mariano 29/10/2023

O livro seria bem menor se o Gonçalo e o Cavaleiro simplesmente aceitassem que gostavam um do outro desde o início e não ficasse de rolo com a gracinha
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