Resenhas -

Cesar.Aguiar 15/04/2024

Todos saímos do Capote, de Gógol - Fiódor Dostoiévski.
A verdade é que se encontra sempre pessoas a emprestar importância a coisas que não têm nenhuma.

- Mais de uma vez no curso da sua existência ele arrepiou-se queles que o mundo considera pessoas honestas?

manu 10/04/2024

Li pra faculdade por obrigação e gostei. triste a história e gostei da reviravolta dele "roubando" o casaco do chefe no final. muito bom.

arslais 22/03/2024

Esse livro tem uma pegada mais tristes. Aqui Gógol faz uma crítica à burocracia, a sociedade que se preocupa com a aparência e questões do trabalho. Uma vida que muitas vezes não é vivida?

Marianna 21/03/2024

Legalzinho, no começo não estava tão legal, mas foi ficando melhor, durante boa parte do livro sentir pena dele, coitado sofria, e quando teve um pouco de felicidade, morreu por isso, achei o final um pouco inesperado, mas deu um tchan a mais na história, gostaria que ele tivesse vivido uma vida mais feliz

Claudia.livros 18/02/2024

Esse conto é um suspense muito bem elaborado, de uma sagacidade impressionante. É, talvez, o conto mais conhecido de Gógol, que foi tão lido e relido por toda uma geração de escritores do século XIX. Os nossos ídolos russos (Dostoiévski, Tolstói, Turguêniev e outros tantos, beberam dessa fonte). Como disse Joseph Frank na biografia de Dostoiévski: "Em 1843 , vários fatores confluíram para transformar o mundo literário russo. Um deles foi a publicação, em 1842, de Almas mortas, de Gógol, e de seu conto 'O capote'"

Enquanto conta sua história, permeada de exemplos de arrogância e vaidade dos funcionários públicos de seu tempo (Gógol era implacável com eles, rs) ele nos diverte com as trapalhadas a que submete seu protagonista Akaki Akakiévitch e sua desesperada busca por seu capote novo.

Gógol nos apresenta, como sempre, tipos da sociedade russa bem representados em seus personagens: os típicos burocratas, os chefes vaidosos e os trabalhadores submissos lutando com as dificuldades financeiras.

Um conto genial, mostrando todo o humor sarcástico de que Gógol era capaz.

Livro disponível no Kindle Unlimited

Patricia Milani 06/02/2024

Nem sei o que dizer desta leitura, fiquei sem palavras quando o capote se foi...
Pobre personagem principal quando parecia que ia ter um pouco de felicidade está é tirada de suas mãos.

Nicole 01/09/2023

História interessante e comovente
O conto é muito interessante. Ele só queria reformar seu capote antigo que já estava praticamente se desmanchando, segundo a visão do alfaiate. O personagem principal trabalha muito para que possa, enfim, conseguir um capote novo, sendo neste momento, notado por seus colegas, ganhando até um festa pela aquisição do capote. É bem interessante como se debate a solidão, a invisibilidade social, a valoração de bens e cargos por parte da sociedade. Indico bastante a leitura!

Maria675 12/04/2023

Conto curto mas com uma grande mensagem
Este conto foi meu primeiro contato com as obras do Gogol. Eu nunca soltei tantas gargalhadas como no decorrer desse livro, parece que quanto mais sério é o semblante ou o cargo dos personagens envolvidos, mais cômico Nikolai se esforça para deixar.
Muito se crítica nesse livro como as pessoas são materialistas, visto que, quando o Akáki compra outro capote, as pessoas do seu trabalho - que antes faziam bullying por usar roupas velhas - começam a respeitá-lo e até mesmo se solidarizar com o fato dele ter sido roubado.
O "nosso personagem importante" foi também um grande exemplo de como o homem é corrompido pela luxúria e status, foi necessário o próprio Akáki vingar-se dele para que ele mudasse seu comportamento com seus funcionários.
Quanto ao plot, não estava esperando, um fantasma roubou Akáki, consequentemente o matando e fazendo com que ele também vire um ?

Consumidora de Histórias 04/02/2023

Adorei!
Publicado originalmente em 1842, o conto narra a história de Akaki Akakiévitch, um homem simples e modesto de meia idade que mora em São Petersburgo e trabalha no serviço publico russo copiando documentos com muita dedicação mas sem nenhuma ambição. Além disso, morava sozinho, não tinha amigos e servia de chacota para os colegas de trabalho, que não tinham o menor respeito com Akaki.

Um dos motivos das brincadeiras de mau gosto era por causa do capote velho que Akaki usava para proteger do frio rigoroso de Petersburgo e constantemente levava ao alfaiate para remendar seu velho casaco. A vida seguia assim, até que um belo dia Akaki percebeu que seu casado precisava urgentemente de um novo remendo. Então o levou ao alfaiate que sempre arrumava o capote puído, no entanto o alfaiate recusou fazer um novo remendo, mas ofereceu em fazer um novo casaco para Akaki.

Após muita relutância Akaki concordou em fazer um novo capote simples, pois custaria caro e Akaki teria que economizar de todas as maneiras possíveis, até no próprio jantar para pagar o alfaiate. Com muito esforço e sacrifício conseguiu juntar o dinheiro necessário para outro casaco. Assim que o novo capote ficou pronto Akaki passou usa-lo e tornou-se alvo de muito orgulho para ele. Até seu status dentro no trabalho melhorou, pois seus colegas de trabalho o elogiava e Akaki foi convidado para uma festa do seu chefe.

Enquanto retornava para casa depois de ter frequentado à festa, Akaki é surpreendido por dois homens e para sua tristeza, os ladrões roubam o novo capote. Ao perder seu tão precioso capote, Akaki volta usar o velho capote e mais uma vez ele vira motivo de chacota e piada dos outros.

O Capote foi meu primeiro contato com a escrita de Gógol e foi interessante. Não sei se estou certa, mas este conto serviu de exemplo para mostrar o retrato de uma sociedade materialista, onde o pobre é extremamente invisível e sem nenhuma importância por causa das condições humanas precárias. Akaki Akakiévitch, graças a Deus que estou escrevendo e não pronunciando o nome inteiro, era aquele funcionário acomodado que ninguém importava com ele. Akaki teve sua presença notada e saudada de igual para igual, porque adquiriu o casaco novo. Infelizmente é uma hipocrisia da humanidade.

Vou deixar para o leitor que tem interesse em descobrir a reviravolta que Akaki foi sujeitado e como termina este conto sensacional com uma narrativa riquíssima, mesmo tendo poucas páginas. Na minha humilde opinião, arrisco dizer que foi uma linda porta de entrada com a escrita de Nikolai Gógol e com a literatura russa. Extremamente recomendado.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2023/02/o-capote-nikolai-gogol.html

dudínea. 04/12/2022

Incrível
Gostei muito do conto, a escrita é muito boa e eu achei o personagem principal incrível. Adorei como o autor descreve a vida dele e as partes onde ele se sente perdido ao ter que socializar.
Só queria que o personagem principal tivesse um final melhor, pois ele merecia. Fora isso, amei o conto.

Gusma 21/08/2022

Gógol tem meu coração
Minhas experiências com a literatura russa ainda não tem sido das melhores, mas Gógol tem sido garantia de boa experiência literária. Eu adorei o estilo da narrativa, ele me faz rir muito, embora não acho que seja um tipo cômico pra todo mundo. Não tinha me afeiçoado ao protagonista num primeiro momento, mas ao ver a vida dele você vai sentindo uma pena pelo pobre coitado. Que vida miserável. Amei o final. A pessoa importante mereceu o susto.

Além disso, é legal ver como o Gógol enxergava e analisava a sociedade, pq mesmo com a disparidade geográfica e temporal, muita coisa no mundo ainda se encontra no mesmo estado patético do qual ele debochava.


"E muitas vezes estremeceria em sua vida ao perceber o quanto há de desumano no ser humano, que grosseria feroz subjaz num ambiente culto, requintado e, meu Deus!, inclusive naquelas pessoas que a sociedade reconhece nobres e honradas."

Tiago Doreia 20/07/2022

Divertido, irônico, ótimo!
O capote

Um conto incrível, na minha opinião o melhor de Gogol.
É interessantíssimo observar como este magnífico escritor consegue colocar dentro de um conto que, à primeira vista é tão cotidiano e superficial, uma análise tão complexa de ser humano e a sociedade que o cerca que este integra.

Um fato cotidiano (a obtenção de uma peça de vestimenta) que tornou-se basicamente a motivação de vida do protagonista.
Este fato deixa claro como a vida de Akaki era desinteressante antes desse evento: sem prazeres, lazer ou relacionamentos. Apenas casa-trabalho/trabalho-casa. Um sujeito de maneiras estranhas, imperceptível, facilmente ignorado no meio onde está, como que pode mágica, começa a ser notado pela utilização de um único objetivo.

Impossível não notar e refletir sobre as questões que Gogol levanta quanto à superficialidade das relações, ao capitalismo e seu endeusamento aos bens materiais, à burocracia nos processos mais simples da vida.

Um ponto muito interessante da obra é o recurso que Gogol faz uso que é quebra da quarta parede, promovendo um diálogo com o leitor em diversos momentos da obra. Fazendo com que nós estejamos sempre avaliando a situação do protagonista.

Outro ponto que vale a pena ressaltar é o humor irônico e sarcástico do autor, característica dos melhores autores russos.
O protagosnista é chamado de herói de maneira tão irônica que arranca risadas.

Um ótimo livro, recomendo!

Tally 22/04/2022

Akaki Akakiévitch tem um nome complicado, mas tem um vida simples e regrada. Vive bem, com poucas regalias e faz o máximo possível para honrar suas dívidas. Quando surge a necessidade de comprar um novo capote, sua vida precisa ganhar novas regras e até mesmo novas restrições.

Eu fiquei muito triste com o rumo dessa história, uma simples mudança que foi momentaneamente feliz e descontraída, toma um rumo trágico. Além de mostrar o quanto as pessoas são frias, não se importam com as outras, mostra também o quanto o ser humano consegue ser desprezível com o próximo, principalmente quando tem um cargo superior.

Bela 22/02/2022

Inusitado
Confesso que os primeiros 3/4 do conto não me prenderam nadinha, mas o final é impressionante! Eu, que adoro uma fantasia, achei que a adição do toque sobrenatural do final deu um gosto a mais para uma história tão simplista sobre um simples capote e o dia a dia de um cidadão russo invisível as olhos de todos. Foi uma grata surpresa.