LT 15/05/2020
Olá! Como estão? Seguem em quarentena?
Bem, no tempinho que lhes sobrar, que tal se aventurar por Havisham? Clica aí e vem comigo!
Essa é aquela série deliciosa, que faz você esperar ansiosamente pelo próximo livro, ainda mais quando o próximo livro vai nos apresentar a origem de tudo isso. É isso mesmo, Senhoras e Senhores, o próximo volume de Os Sedutores de Havisham vai trazer a história do Marquês, aquele que todos chamam de louco mas que pode ser a pessoa mais sã dessa história toda. A autora deixa essa bomba em uma nota no final do livro, nos informando que esse não é o último e que o próximo nos trará a história de um maluco apaixonado. Se amei saber disso? Tanto amei que comecei a resenha dividindo a informação com vocês.
Amei pois vamos poder entender a intensidade do sentimento que fez a vida de um homem tão amoroso e humano "parar", amei por não ter de me despedir desses personagens todos, pois sim, mesmo que de leve a gente reencontra personagens que nos conquistaram nos volumes anteriores, eles reaparecem aqui e fazem valer a pena a aparição. São personagens marcantes, então a gente se diverte e se emociona com suas aparições.
Bem, agora vamos falar dos personagens centrais dessa história!
Locksley teve uma infância difícil, uma vida marcada por perdas e ganhou de presentes irmãos que a vida lhe trouxe por conta de perdas pessoais para essas pessoas. Fora um menino que aprendeu a temer o amor, que esse o levaria a loucura e que deveria evitá-lo, no entanto, diante da sua posição na sociedade, deveria, quando adulto, garantir um herdeiro. Lock, então, decidiu fechar seu coração para sempre. Não se enganem, ele se tornou e sedutor e tanto e usou e abusou disso, todavia, se fechou para o amor. Assim como ele, seus irmãos, pois é assim que eles se sentem e isso é o que importa, aprenderam o mesmo, só que ao decorrer da vida, um a um foram se entregando e abrindo seus corações para o amor, será Lock capaz disso ou a perda da mãe e a loucura do pai o fecharam para sempre? É esse o desafio de Lorraine ao escrever a história desse enigmático, nem tão enigmático assim, Visconde.
Lock é um personagem incrível, uma pessoa maravilhosa, bondosa e amorosa com todos, ainda que mantenha seu coração fechado ele sabe amar. Só não quer o amor amoroso, digamos assim - risos.
Já seu Pai, tem uma visão da vida que ninguém imagina que ele possua e deseja para seu filho de sangue, o mesmo que seus filhos de criação conseguiram: se abrir, se entregar, viver e amar plenamente. Ele é, como eu já imaginava, uma Pai INCRÍVEL para todos os 4 sedutores. Sem modéstias e do tipo que fala o que quer e o que acha que precisa, na sua idade, como diz ele, ele pode. hahaha. É um personagem que me conquistou só de ser mencionado desde o início da série e poder conhecê-lo mais a fundo nesse volume foi delicioso. O Marques tem a dose certa de tudo, de sabedoria, de amor, de humor, de complexidade e de loucura, afinal de contas, o mundo é dos loucos. Confesso que desde o início da leitura eu esperava por um desfecho X e Lorraine não me decepcionou, ainda que me tenha tocado profundamente e me cravado um sentimento de dor.
Portia, essa é aquela personagem forte mas que tem receio de o ser como um todo, porém, faz parte de sua personalidade e ela faz aquilo que acredita que precisa fazer. Precisei me lembrar diversas vezes de que ela não era submissa, mas de que precisava estar por conta da época na qual vivia. Só que as vezes a vida nos leva através de caminhos tortuosos para onde precisamos estar e eu gosto de pensar que, mesmo na época na qual a história é retratada, que na vida real existam pessoas como as retratadas em Os Sedutores, que permitiam as mulheres serem quem elas são de verdade. Eu não sei nem como dizer o que senti com o segredo de Portia, quando ele foi revelado, e no que isso se transformou na minha mente e coração de leitora quando tudo foi revelado e pela forma com que se deu. Ah, caramba, foi doloroso de todas as formas com que você possa imaginar e faz a gente se colocar no lugar dela e lhe entender.
Senti raiva tanto de Portia, antes de conhecer totalmente os seus motivos, quanto de Lock por suas grosserias, apesar de sua personalidade gentil. Só que no fim das contas, as vezes a vida se encarrega de nos colocar onde precisamos estar e cabe a nós encararmos a dor e decidir o que fazer com ela. Quem sabe antes de conhecer o amor, Lock precisava sentir a dor para compreender a seu pai e a vida como um todo, para que, no futuro ele possa se abrir independente de para quem? Quem sabe... Descubram lendo!
Eu posso estar sendo repetitiva, aliás, sei que estou quando digo isso, mas na maioria dos romances de época a gente sabe qual vai ser o desfecho, no entanto, a forma com que tudo se desenrola até chegarmos lá é o que realmente importa e nos conquistas. No entanto, o desfecho de A marquesa de Havisham me deixou com um gosto de dualidade com seu desfecho, doçura e amargura, alegria e dor. Bem, como disse, descubram lendo!
[QUOTE] "Como foi que sua mãe morreu?"
"Eu a matei" (...) "Durante o parto. Por quê você acha que ele me batizou de Killian?"(...)
Ela arregalou os olhos. (...)"Estou certa de que é apenas uma coincidência. Ele não seria tão cruel com uma criança, a ponto de chamá-la de "kill", que, em inglês, significa matar." [...]
E que venha o início de tudo para fechar a série com chave de ouro, não espero nada menos do que isso.
Até mais ver!
Resenhista: Ana Luz.
site: https://livrosetalgroup.blogspot.com/