Tati Vidal 31/05/2023
Estou apaixonada pela escrita da karina
Sou uma fanática religiosa dos romances de época. Daquelas que se apaixonou por livros de bancas na adolescência e passou a vida lendo os mais variados conflitos da nobreza em várias partes do mundo. Sou fã de Eloisa James, Maya Banks, Elizabeth Hoyt, Lorraine Heath, Sarah Maclean, Tessa Dare, Julia Quinn, Mary Balogh e tantas outras. Elas me divertem e me distraem. Logo, um romance de época tem que ser bem construído com romance, audácia, erotismo e graça pra me conquistar.
Estive sempre atenta as escritoras de língua inglesa e nunca dei atenção aos livros de época escritos por autoras brasileiras. Até arrisquei com Carina Rissi e achei ok, mas apesar de ser de época, não era do naipe dos que gostava. Foi quando ouvi o nome da Karina Heid nos grupos que estou, mas não nego que brasileira escrevendo romance de época não me animava e sempre acho exagerado as resenhas positivas sobre livros nacionais. O nome dos livros então: Lady Audácia? Não me fisgou e deixei de lado.
Até ontem. Sabe aquela ressaca boa que você pega um livro pra ler, começa e trava? Eu estava assim, com três livros inacabados. Li alguém falando da Karina de novo e disse pra mim mesma: Vou dar chance só pra tirar o peso de nunca ter lido um livro da querida. Peguei o livro em torno de meia noite... e não consegui parar.
Simplesmente era impossível. Eu fui sequestrada para Alemanha e fiquei boquiaberta com o que estava sendo apresentada. Uma leitura fluida com tantas camadas que me arrebatou. Um herói de guerra que precisa voltar a ser viril e uma mocinha asmática que deseja ir para África. Esse plot foi muito bem organizado e foi bem escrito. Tive que dormir as três da manhã e acordei louca para ver o que aconteceria, terminei o livro nas nuvens.
Karina é uma excelente escritora e se mantiver a escrita nesse nível, entrará no meu panteão sagrado de autoras de romances históricos.
Emma é uma mocinha voluntariosa e extremamente amável. É difícil não gostar da força dela e entender suas fraquezas. A amizade dela c as irmãs é um deleite, seu pai é forte e cuidadoso e até sua ama tem carisma na forma que protege as pequenas. Consegui me apegar a personagem e agradeci pela autora dá toques feministas e progressistas nela, sem forçar uma situação impossível pra época que o livro se passa. Um dos muitos defeitos que ocorre. A personagem sempre é fruto de sua época, forçar uma situação de nosso século, so a fará caricata, e a escritora fugiu desse problema.
Emma é forte e enxerga a castração feminina que a sociedade impõe e sabe que não se pode lutar contra sem perder sua dignidade e ainda bem que ela não faz.
Já ´Dietrich é minha paixão. Adoro homens viris e fortes que ficam cadelinhos primeiro. Que se apaixona e tenta fugir, mas não consegue e comete os mais arriscados estratagemas para burlar os limites que são impostos contra seu amor. O problema dele é único, não lembro de ter visto isso em outros livros e me diverti bastante com o Pequeno Dieter. Foi maravilhoso ver ele tentando erguer um combalido amigo que precisava apenas de um xodó da amada.
Foi um toque genial na personalidade cativante do alemão. Eu me encantei.
O amor deles cresceu de forma bonita e rápida e pra mim foi perfeito. Estou ansiosa para me entregar e ler o resto da saga e confirmar se a Karina fez um livro bom apenas ou se ela escreve livros ótimos.