Luiz Fernando Emediato

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Resenhas - A Grande Ilusão


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Henrique Fendrich 06/09/2019

As grandes ilusões de Luiz Fernando Emediato
Na segunda metade dos anos 80, Luiz Fernando Emediato escreveu no Caderno 2 de O Estado de São Paulo algumas crônicas que posteriormente seriam reunidas no livro “A Grande Ilusão”. São textos, marcados por grande sinceridade, em que o autor se divide entre o lirismo mais pueril e a indignação mais contundente, evidenciando dessa forma os temas que lhe são mais caros.

Eles também mostram uma interessante apropriação do espaço jornalístico pela crônica, coisa que os teóricos da literatura, e atualmente até alguns cronistas, costumam menosprezar. Emediato se posiciona como um cronista de jornal, que está sujeito às manifestações do leitor e com ele interage, a ponto desse diálogo gerar temas para novas crônicas.

Há uma forte identificação com o leitor, e isso a despeito das crenças diversas do cronista (ateu, Emediato recebia muitas cartas de leitores falando sobre Deus). Nem mesmo as duras críticas que fazia à corrupção geravam unanimidade: sempre aparecia alguém querendo encontrar motivações ocultas em suas críticas ao governo.

Vivia-se, àquela época, a frustração com a nova república, após o período militar, e Emediato bradava contra os seus oportunistas, os desvios de dinheiro, a violência policial contra os menos favorecidos e tudo o que fazia parecer que, apesar de toda a luta, a ditadura não havia acabado.

site: http://rubem.wordpress.com
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