Marezinha 15/04/2016Na verdade, fiquei na dúvida sobre o que escrever a respeito desse livro. Iniciei a leitura por conta da minha futura dissertação de mestrado que fala a respeito do universo da cultura japonesa, de forma que esse livro tem valor inestimável para mim. Li em um dia e meio, a leitura certamente me prendeu. Mas...
Não sei muito bem como avaliar. Me pareceu uma leitura datada - sem dúvida. Dos anos 2000 até hoje muito já se transformou no universo otaku, principalmente com a aceitação cada vez maior por parte do Ocidente, além das facilidades proporcionadas pela web 2.0.
Também me causou certa antipatia pela identidade otaku. O autor busca relacionar o Otaku com a vida consumista, produtivista e capitalista do Japão, mas, a meu ver, ficou mais a sensação de que otakus são tarados do que transgressores. Talvez os casos escolhidos não tenham sidos os melhores, não sei.
Apesar de concordar com as críticas que Barral tece ao seio da sociedade japonesa, nada me fez simpatizar com a figura do otaku. E isso, para mim, foi uma perda.