Resenhas - Abuso

Sanchez 08/04/2023

Pqp
Não tenho como expressar a necessidade de dizer pro mundo todo que isso aqui precisa ser lido. Relatos duros, revoltantes de nos indignar não só com os abusadores mas com tudo que se segue ao abuso em diversas situações e desdobramentos. As piores reações de pessoas que deveriam proteger as vítimas, seja física e emocionalmente mas também juridicamente, se tornam a pior parte dessa violência. Levam vítimas a odiarem mais essa pessoas do que os próprios abusadores. Embora as mulheres não sejam os únicos tipo de vítimas, somos a maioria. Tentar entender a raiz dessa violência misogina é difícil demais. Na maioria das vezes os perpetrados nem mesmo sabem porque fizeram o que fizeram. A verdade é que na cabeça deles parece simplesmente existir a crença de que podiam. A cultura do estupro é exatamente isso, está tão intrínseca na sociedade que muitas vezes nem somos capazes de identificar uma situação de abuso. Foi extremamente triste, e esclarecedor. MAIS DO QUE RECOMENDO. Gostaria que chegasse principalmente aos homens essa leitura, mas tenho a certeza que pra nós mulheres ela também é de absurda importância.

estantedajessica 04/05/2021

ABUSO, A Cultura do Estupro no Brasil, Ana Paula Araújo
??Livro forte, pesado mas extremamente necessário!

Durante toda a Leitura tive que parar, respirar fundo, enxugar as lágrimas, soltar alguns palavrões, tomar um paracetamol (me deu dor de cabeça), meu estômago revirou, separei vários trechos que queria citar aqui, só então percebi que seriam muitos. Então separei apenas esse:

"O termo cultura do estupro começou a ser usado nos anos 1970 e define um conjunto de comportamentos e ideias qie desvalorizam a mulher e, em última instância, levam à sociedade a naturalizar a violência sexual. Começa quando ensinamos às crianças que os meninos precisam ser fortes, até mesmo agressivos, enquanto as meninas precisam ser delicadas. Toda atitude considerada como fraqueza é chamada de "coisa de mulherzinha", e o feminino vira ofensa. Meninos e meninas crescem achando que homens são superiores, inclusive por serem mais fortes fisicamente, e essa ideia equivocada vai se estendendo pela vida afora. O desrepeito está no dia a dia de todas nós, e se traduz em piadas machistas, salários menores, "mãos-bobas" no metrô, e meninas agarradas à força nas boates ou dentro de casa. Essa ideia de que a mulher é inferior e pode ser tratada como objeto está por trás dos crimes contra a mulher."

??Apenas leiam, se puderem! Vamos reconstruir uma sociedade mais consciente, justa, igualitária, segura. Eu não quero ter medo por ser mulher!

E NUNCA A CULPA É DA VÍTIMA!

Obrigada Ana Paula Araújo por tanto, suas palavras finais me tocaram o coração! Durante todo o livro imaginei como deve ter sido difícil pra você! Obrigada! E também tenho minha experiência triste com um assediador, mas que não definiu minha vida!

Bre Ni 11/06/2021

Necessário
Um livro difícil de ler, mas necessário. Todos deveriam ler.
Ele nos faz sentir desconfortáveis, pois nos traz sem recortes a realidade vivenciada por muitos no Brasil. Nos mostra as características do abuso em nossa sociedade, que muitas vezes são tratados com vista grossa.
Gosto muito do livro pois ele traz dados, histórias, reflexões e entrevistas. Ele traz entrevistas com pessoas que sofrem com abuso e com as pessoas que cometem. Isso é muito importante para que a gente consiga traçar o crime desde sua origem além de desmistificar alguns achismos da sociedade.
O livro me fez pensar em como é difícil para as vítimas viverem com esse trauma, e em como a jornalista Ana Paula Araújo teve que ter muita sensibilidade para colocar tudo isso no papel.
Mesmo com um tema tão denso, a jornalista conseguiu organizar as informações de uma forma muito fluida. Recomendo.

Simone MK 10/11/2020

#PrecisamosFalarSobreAbuso
Leitura mais que necessária, obrigatória! Excelente trabalho da autora, que com linguagem clara e acessível, conseguiu discorrer sobre um tema difícil e carregado de preconceitos. A leitura é fluida, mesmo com estatísticas e dados sobre a legislação. Os relatos são estarrecedores, de embrulhar o estômago, e, por isso mesmo, o debate é tão urgente e necessário.

Elisangela.Bueno 11/11/2020

Um soco no estômago
Uma leitura clara e objetiva. Infelizmente uma realidade mundial e ao mesmo tempo tão escondida da sociedade.

alekele_ 25/11/2020

Precisamos falar sobre abusos
Além de analisar os mais variados tipos de violência contra a mulher, a autora demonstra que os abusadores não escolhem hora ou lugar, muito menos se importam com as roupas que a mulher está usando.
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Ana Paula reforça que "o ponto-chave aqui, entretanto, é que, em vez de as mulheres serem encarregadas do fardo de denunciar e se proteger, os homens é que devem mudar de atitude. (...) é preciso conversar com os homens para desconstruir essa cultura. São os homens que têm de parar de propagar esse tipo de atitude, e não as mulheres que têm de evitar usar saias, calças jeans e decotes e sair apenas com roupas largas - como se isso adiantasse. Os homens é que precisam parar de assediar as mulheres. É preciso que eles se conscientizem a respeito da necessidade de uma total mudança de conduta social. Não podemos mais aceitar o machismo estrutural enraizado na cultura e considerar essas atitudes comuns. Esse não é um comportamento aceitável, normal e
não pode mais ser tolerado".
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Pura verdade, não é?!
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Sei que neste livro foram relatados casos pesadíssimos de violência, os quais muitas vezes me deixaram extremamente enjoada, tamanha a atrocidade praticada. Entretanto, acho importantíssimo que todos leiam este livro (homens e mulheres), para que finalmente entendam que os abusos existem e não devem mais ser tolerados.

Pollyanna.Rigon 02/12/2020

Enciclopédia sobre assédio e cultura do estupro no Brasil
Ana Paula Araújo escreve sua pesquisa de quatro anos de uma forma honesta, dolorosa e necessária.
O livro trás histórias e números que nos deixam sem chão, principalmente no papel de mulher que poderia facilmente ser a protagonista de uma dessas histórias ou um desses números.
Além de fontes impressionantes de informações que alimentam o livro, ela aborda o abuso de homens/meninos, o que não é um assunto tão comum.
O final do livro conta com duas partes que pra mim foram a cereja do bolo: um capítulo sobre questões legais e direitos da vítima e outro com indicações de quem acionar em casos de abuso e também ONGs que dão vários tipos de suporte.
O livro é incrível e com certeza merece a leitura.

Déinha 03/12/2020

Livro que todo homem e mulher deveriam ler !!!
Eu teria mil coisas pra falar sobre esse livro. Como ele e? brutal e doloroso, mas apesar disso, como ele e? um documento, um copilado de casos inacredita?veis que deixa claro como a cultura do estupro existe no Brasil. Como essa obra e? necessa?ria em tempos como esses. Como Ana Paula Araújo e? uma fortaleza por te?-lo escrito.

Mas com da audiência do caso da Mari Ferrer, eu so? tenho vontade de chorar.

Em 2018, mais de 60 mil mulheres foram estupradas no Brasil. E esse nu?mero gigante e? apenas cerca de 10% dos casos, pois a maioria tem medo de denunciar.

Mas como ter coragem em um pai?s que contrata jogador de futebol condenado em primeira insta?ncia? Que estuprador - branco e rico - e? absolvido por falta de prova em caso com vi?deos, se?men e exame da vi?tima? Que menina de 10 anos precisa entrar na justic?a pra conseguir realizar um aborto do tio abusador, direito previsto POR LEI ha? 80 anos?

Estupro e? o u?nico crime em que a vi?tima e? que sente vergonha e precisa provar que e? vi?tima. E em dias como esses, ser mulher no Brasil e? ainda mais difi?cil e doloroso. Eu sinto muito, @maribferrer. Sinto muito mesmo. Tu na?o esta? sozinha.

ESTUPRO: crime sexual.
ESTRUPO: tumulto, ruído.

Estupro:
" Por que é um crime ainda tão comum no Brasil? Por que a vítima muitas vezes é tão - ou mais- julgada pela sociedade do que o próprio criminoso? (...)

O estupro é uma violência que não escolhe lugar, classe social, circunstância nem horário. Mais do que o desejo sexual, o estupro tem a ver com poder, com a dominação do mais fraco pelo mais forte."

Bia 15/12/2020

Esta é uma obra necessária e muito bem escrita, que nos faz questionar sobre a cultura do estupro no Brasil e como esse ato ainda acaba se voltando contra a vítima, como se ela fosse a culpada. Além disso, apresenta informações, dados e relatos de muitas pessoas que sofreram abuso, as que foram acolhidas e as que foram ridicularizadas pela sociedade, deixando claro a falha do sistema judicial com as vítimas. Nesse sentido, aqui você encontra uma visão séria e cheia de empatia sobre um assunto que precisa ser tratado com mais seriedade pela sociedade e, principalmente, por àqueles que deveriam amparar as vítimas.

Talita324 13/06/2024

Revoltante, porém que livro!
Que trabalho primoroso!
Como a própria autora cita no final do livro, não foi fácil terminar, foi pesado, mas é revoltante constatar como a mulher ainda é desrespeitada!
Ainda há muito o que evoluir!

Raoni Pereira 31/12/2020

Leitura imprescindível
No senso comum tende-se a buscar no estuprador um transtorno psicológico, e por meio da obra observa-se que uma pequena parcela (1%) apresenta alguma patologia psíquica severa. Ou seja, por meio de entrevistas com os acusados percebe-se a consciência ao realizar o ato criminoso e em sua grande maioria são pessoas próximas as vítimas, como: familiares, professores, líderes religiosos, entre outros.

Como a própria autora expõe no livro: o estupro é o único crime em que a vítima que sente a culpa. Por meio de discursos como: "que roupa ela vestia?","por que estava fora de casa a essa hora?", "Quantos parceiros ela já teve?", "Ela se insinuou pra mim", percebe-se que infelizmente na nossa cultura tende-se a isentar o criminoso e responsabilizar a vítima.

Norma 11/01/2021

Só quem é culpado por um estupro é o estuprador.
A autora repete muitas vezes essa frase durante o livro. Pois uma das coisas que mais nos enoja ao ler as declarações é essa mentalidade construída por uma sociedade sexista que tende a relativizar o estupro.
É triste ver que a falta de empatia, inveja, a competição, a necessidade de auto afirmação se sobrepõem à noção de justiça e solidariedade humana. "O problema não está na vítima, mas na índole daqueles que a julgam".
Livro imprescindível a todos, homens e mulheres, ou seja, a todos aqueles que vivem em sociedade, visto que um dos requisitos para a formação de uma nação são: o respeito, a solidariedade e empatia e o direito igualitário a todos.
Aos pais para que percebam que os ensinamentos e formação de uma criança é a base de um ser humano ético, digno e justo. Ensinem aos seus filhos a respeitarem as mulheres, que não existe coisas ( roupas, brinquedos e discurso )de meninos e de meninas. Não os ensinem que as mulheres são "florzinhas" e que "homens não podem chorar".
Você pode chorar ou não conseguir dormir depois de alguns capítulos, mas leia. Certamente você não será o/a mesma(o) no final da leitura.
Não dá para apagar, nem mudar a violência de quem sofreu estupro, abuso, já que tudo é violento, cruel, desumano e horrível, mas temos que seguir em frente, " não é ignorar todo o sofrimento, mas a vida precisa ser maior que esse fato". Perdoar não é esquecer, você não é débil mental, e ficar remoendo. Perdoar é não sofrer demais ao falar, " perdoar é principalmente não se deixar contaminar e perder a chance de ter outra vida", viver uma outra e nova história.

Manu 14/01/2021

Esse livro é muito necessário.
Esse livro é um choque da realidade em que vivemos, ver aquelas histórias, todas reais, eu ficava sem acreditar que aquilo realmente aconteceu com uma pessoa. É a cultura no estupro no nosso país e cada dia que passa os casos vão aumentando, o medo de denunciar continua e muitos acham que o que fez não foi nada, aquela velha expressão que muitos diz ?deu porque quis.?

Angelica.Shihara 18/01/2021

Abuso
Como é triste nos aprofundarmos em leituras sobre este assunto. Doeu em mim ler esses poucos relatos e me causou muita revolta saber que a lei banaliza tanto os crimes de violência sexual.
Sou advogada na área da família e pouco sei sobre a área criminal, na faculdade aprendemos a teoria e temos a impressão de que tudo funciona, mas não, nada funciona.
Nós mulheres precisamos nos unir mais, precisamos defender umas as outras e parar com julgamentos preconceituosos desferidos diariamente contra outras mulheres, seja uma conhecida, uma artista ou alguém das redes sociais. Tenhamos mais empatia, sejamos mais unidas!
Abuso é um livro essencial, tanto para termos mais noção da realidade que muitas mulheres enfrentam no Brasil, quanto para instruirmos e orientarmos nossas filhas e filhos.
Uma leitura pesada, porém essencial e mais do que necessária.

Luciana.Viveiros 21/01/2021

NECESSÁRIO
Absurdamente impactante, principalmente ao ter a consciência de que tudo relatado nessas páginas são casos REAIS!
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