Resenhas - Lavagem Cerebral

Rapha 15/06/2023

Um Problema de Solução Quase Impossível
É inegável que esse viés do mundo universitário existe, como o Ben Shapiro comprovou com as quase intermináveis citações de professores iludidos ao longo do livro.

Houve momentos em que concordei bastante com o posicionamento do Ben, como na parte em que ele fala dos movimentos sociais na faculdade. Contudo, acho que ele forçou um pouco em outras situações, subestimando a capacidade de tomada de decisão por conta própria de alunos em alguns tópicos discutidos (vide a vida sexual de cada um).

A parte que mais gostei, evidentemente, foi a de explicação para o viés: a faculdade parece seguir a filosofia de ir contra comportamentos padronizados da sociedade (ainda que alguns pareçam corretos), incutindo e estimulando os alunos a se rebelarem também.
Isso sem falar na arrogância do corpo docente. Não são todos os professores, mas são poucas as exceções.

De certa forma, gostei da proposta de solução de redirecionar a verba privada de faculdades radicais àquelas que prezam pela equanimidade (e sem verba pública), além de reforçar a qualidade destas últimas através de veículos de comunicação para tentar quebrar esse paradigma de que "se a faculdade tem nome, ela é melhor". Dessa maneira, tentaria forçar uma adequação de faculdades a um ponto ideológico de visões equilibradas.

Minha ressalva é que se isso for feito de forma errada, o único efeito vai ser aumento de polarização. A forma errada é com a criação de instituições também parciais, só que para o outro lado. Aliás, acho que isso seria o mais provável de acontecer.

O Brasil também tem um enorme viés político nas universidades para chamar de seu, mas aqui eu não enxergo solução. Vitimismo e demonstrações inócuas de virtuosismo moral para chamar a atenção de quem pensa igual a você e para depreciar quem pensa diferente regem o nosso país faz tempo.

Destaco, por fim, os comentários sarcásticos do Ben após alguns posicionamentos inacreditáveis de professores alucinados. Temos um senso de humor parecido.

Romeu Felix 25/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Lavagem Cerebral Como as Universidades Doutrinam a Juventude", de Ben Shapiro, apresenta uma análise crítica sobre a forma como as universidades norte-americanas vêm lidando com questões políticas e sociais, especialmente no que diz respeito à liberdade de expressão. O autor argumenta que o ambiente acadêmico se tornou um local cada vez mais hostil a ideias e opiniões divergentes daquelas propagadas por uma suposta "agenda progressista", que busca impor uma visão de mundo particular e limitar o debate saudável de ideias.

Shapiro faz uma análise de como a doutrinação ocorre nas universidades, apresentando exemplos concretos de casos em que estudantes são perseguidos e punidos por expressar opiniões que vão contra o que é considerado politicamente correto. Ele defende que a liberdade de expressão é essencial para o desenvolvimento do pensamento crítico e para a construção de uma sociedade livre e democrática, e que a limitação dessa liberdade pode ter consequências graves para a democracia e para a própria academia.

O autor também aborda temas como feminismo, multiculturalismo e a chamada "cultura do cancelamento", que consiste em boicotar pessoas e ideias consideradas ofensivas ou prejudiciais a determinados grupos. Ele apresenta argumentos contrários a essas ideologias e propõe uma discussão mais ampla e plural sobre as questões que envolvem a vida acadêmica e a sociedade como um todo.

Conclusão:
O livro "Lavagem Cerebral Como as Universidades Doutrinam a Juventude" é uma obra crítica e provocativa, que apresenta uma análise sobre a liberdade de expressão e a pluralidade de ideias nas universidades norte-americanas. Ben Shapiro defende a importância do debate saudável e da livre expressão para o desenvolvimento do pensamento crítico, e aponta para o perigo da limitação dessa liberdade em um ambiente acadêmico que busca impor uma visão de mundo única. A obra é recomendada para quem se interessa por temas relacionados à liberdade de expressão, democracia e vida acadêmica.
Por; Romeu Felix Menin Junior.

Mel 26/06/2022

Não leria de novo?
Apesar de o assunto ser importante e de ser um fato a Lavagem Cerebral que ocorre mas universidades, Ben Shapiro exagera a mão nas críticas e descamba para um texto revoltado na maior parte do livro. Carece de moderação nas opiniões. Entretanto o capítulo de conclusão é bem razoável, propondo soluções plausíveis a longo prazo e, principalmente, enfatizando a importância da educação que vem da própria família para evitar que o estudante universitário compre facilmente as ideias esquerdistas.

Caroline Dama 17/05/2022

Ben Shapiro escreve muito bem, mas esse é um livro com muitas páginas para não muita novidade. Vou me explicar.
Nos primeiros capítulos já entendemos o quanto as universidades são de esquerda e quanta doutrinação há nesse meio, ele divide os capítulos por temas e traz muiita informação sobre aquilo, o que acaba sendo meio repetitivo.
No final, algumas páginas apenas são dedicadas para a solução do problema.

Particularmente achei a leitura meio cansativa, mas tem bastante informações úteis e você consegue ter uma visão geral dos movimentos de esquerda nos EUA como um todo, não só nas universidades.

Pedróviz 11/02/2022

Necessário
O "pior" desse livro é que ele fala de coisas reais. Chega a ficar enjoativo ler tanta informação sobre a decadência da educação superior nos EUA, que de formadora de profissionais e cientistas, úteis à sociedade, passou a doutrinadora de exércitos de militantes a serviço de agendas perversas. O livro permite conhecer o estrago que a revolução cultural anda fazendo no mundo e ajuda a entender o mal que atingiu o Brasil.

Reginho 29/10/2021

O domínio progressista
O livro tem um viés 100% americano, por conta do autor ter estudado em UCLA. É importante saber isso, pois alguns termos e situações não se aplicam ao Brasil. Entretanto, o conceito geral é muito similar ao que é feito no nosso país hoje. Professores militantes cujas metas são impedir o desenvolvimento e autocrítica dos alunos. O livro aborda temas como: Meio-ambiente, as minorias, guerra etc.

Cris 30/08/2021

Lavagem Cerebral
De forma sucinta e bastante prática Shapiro nos apresenta, com muitas ironias (é verdade), dados e fatos a respeito das universidades dos Estados Unidos e como os alunos são doutrinados por um sistema que, como os tentáculos de um polvo, vai tomando conta de tudo, por debaixo dos panos, sem que ninguém perceba (ou até percebam, embora prefiram omitir-se - ou assim o façam de forma deliberada!).
Apesar de tratar exclusivamente de casos ocorridos nos EUA, com seus relatos podemos transportar essa doutrinação e as consequências apontadas para o nosso Brasil de hoje, sem dúvidas, e refletir a respeito.
Ao final, esperava um livro um pouco mais profundo, mas ele não tinha este objetivo.
Vale a pena, para sabermos até onde o ser humano é capaz de ir na busca incessante pela doutrinação absoluta.

Amanda.Carvalho 28/07/2021

Lavagem cerebral
Gostei bastante do livro. O Ben Shapiro escreve de forma leve e simples, fazendo com que a leitura seja agradável, apesar de o assunto ser, muitas vezes, de dar revolta. Ao menos agora sei que Brasil e EUA são bem parecidos quando se trata do meio universitário.

Rutinha100czs 08/07/2021

Esse livro é essencial!
Descortina muito bem aquela tese de que a universidade é o melhor lugar para o jovem descobrir quem é.

Aline 12/06/2021

Lavagem Cerebral?
O livro é bastante focado nas universidades estado-unidenses no início dos anos 2000. Por isso, várias coisas ali (como os capítulos e capítulos dedicados à visão esquerdista sobre o 11 de setembro, os Árabes e o antisionismo) não são válidas, acredito eu, ao Brasil. Nossa realidade universitária é bastante diferente. Entretanto, surpreendentemente existem mais pontos de convergência do que eu gostaria de admitir.

As universidades brasileiras, muitas vezes as instituições públicas (nos EUA, as universidades citadas são, em grande parte, particulares), apresentam sim um certo viés esquerdistas. Porém, creio que isto não ocorra apenas nas universidades, mas em toda instituição de ensino.

A escrita do autor é bastante fluida. Ele é sagaz e deliciosamente sarcástico (acredito que por isso eu tenha gostado do livro). Os pontos a que se opõe são apresentados por meios de diversas (muitas mesmo!) citações de membros universitários de todo o país.

Ainda que o livro seja focado nos EUA, a lição final é válida para qualquer país, em qualquer momento:

Questione os motivos do seus professores. Aprenda a pensar. A verdadeira marca da educação é aprender como pensar.

@lendocomaline

Valeria.Pinheiro 06/06/2021

O autor fala sobre como as universidades americanas, sob fachada de educação superior, doutrinam a juventude. Também fala sobre as diversas formas que é feita essa lavagem cerebral e como é exposto apenas um lado da história. Um ponto muito bom é que no final do livro o autor trás soluções aos problemas apresentados.

Roberta 13/04/2021

Lavagem cerebral
?A verdadeira marca da educação é aprender como pensar. Engolir tudo o que o professor diz não ensina a pensar - mas ensina a pensar o que o professor quer que o aluno pense. Trata-se de pura e simples doutrinação.? ?

Rafael.Aguilar 08/04/2021

As engrenagens da doutrinação
Antes de ler um livro, eu procuro ler antes a avaliação dos leitores sobre a obra. Não que eu tenha necessidade da aprovação alheia, não é isso. Mas eu considero o tempo como algo muito valioso para se perder com obras ruins.

Ao ler as avaliações deste livro, me surpreendi com alguns comentários muito negativos, os quais afirmavam que o autor estaria delirando ou mentindo descaradamente. Considerei bastante suspeitos estes comentários e resolvi arriscar. Hoje compreendo que aqueles ?críticos? não chegaram a ler sequer um capítulo do livro.

De fato, podem-se fazer algumas críticas pontuais à obra (e eu mesmo faço), como por exemplo: a ausência de informação prévia de que todos os exemplos se referem às universidades americanas; a falta de uma explicação profunda sobre como as coisas chegaram a este ponto; ou uma certa repetição de temas durante os capítulos. (Ressalte-se: são críticas pequenas e que não atrapalham em nada o aproveitamento da obra).

O que não pode se dizer, todavia, é que esta obra é fruto de um delírio ou de uma conspiração do autor. Ben Shapiro mencionou uma lista gigantesca de bibliografia, centenas de professores e uma variedade impressionante de temas. Ao falar sobre algo específico (o combate explícito ao cristianismo, por exemplo), ele menciona fatos concretos, como eventos, punições e citações de professores universitários - de modo a não deixar qualquer dúvida acerca da doutrinação.

Outro ponto importante e muito focado pelo autor é o contraste entre o ambiente universitário americano e os valores da média da população. São utilizados muitos dados e estudos estatísticos. Não há como ignorar, por exemplo, que a porcentagem de alunos que não acreditam em Deus é muito maior ao final da faculdade, assim como a porcentagem daqueles que votam em partidos de esquerda.

É uma obra que, talvez, exigirá certa paciência, em razão da grande quantidade de citações. Mas que fornecerá certamente uma grande bagagem para quem quer entender melhor o funcionamento da doutrinação nas universidades.

Thayane Oliveira 22/02/2021

O livro vale a pena
É um livro muito interessante. Revela a condição das universidades nortes americanas, que se inclinam para a esquerda e acabam por impedir o livre pensamento.

Igor Almeida 27/01/2021

Primeiro livro que leio do autor. Antes disso, havia visto apenas pequenos vídeos isolados, tão coerentes que me fizeram buscar por algo a mais. Aqui, o objetivo é mostrar como as universidades fazem "lavagem cerebral" nos alunos. Que existe um monopólio de pensamento nas universidades (brasileiras pelo menos) é óbvio, mas não imaginei que também fosse tão forte (e totalitária) nas americanas. Particularmente eu gostei da leitura, apesar de não concordar integralmente com a visão de mundo do autor (é inevitável).

Pensando no indivíduo que nunca pisou numa universidade e não conhece de perto a militância de esquerda que ocorre por lá, a obra não vai servir muito. Infelizmente, o livro inteiro é apenas mostrando exemplos de esquerdismo dentro do corpo docente, discente e das próprias instituições. Exemplos isolados (compilados, no caso) não convencem ninguém se não forem devidamente justificados. Cito um: em determinado trecho, o autor cita que professores ensinam sistematicamente que é correto taxar grandes fortunas e que um número crescente de estudantes compram essa ideia e passam a defendê-la também. E morre nisso. Ele parte do pressuposto que essa ideia é absurda e que o leitor sabe e concorda com isso. Mas por que essa ideia ruim? Quais seriam as consequências reais, além do que é defendido na teoria, se ela fosse posta em prática? Algum país já tentou e deu errado? Nada... Nem mesmo um resumo. Pra quem nunca ouviu falar de outro ponto de vista além do que é rotineiramente ensinado (justiça social, equidade, etc), é muito fácil, ao ler esse trecho, pensar que o professor estaria apenas defendendo seu ponto de vista, não enxergar onde está o erro nisso tudo e seguir lendo sem interesse algum. Sendo que o problema passa longe de ser o professor defender seu ponto de vista...

Em suma, é um livro de exemplos. Pra quem já conhece, é realmente interessante e dá pra passar raiva com os exemplos de censura unilateral, mas nada diferente do que já ocorre no Brasil. Pra quem não conhece, infelizmente não acredito que vá fazer alguém refletir e mudar de opinião.