The Spy Who Came in from the Cold

The Spy Who Came in from the Cold John le Carré




Resenhas - The Spy Who Came In From the Cold


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Rick-a-book 13/08/2021

A segurança de permanecer no frio
Há-que se ter em mente que não existe realmente algo que possa ser chamado de literatura populista. Se foi ou é vendável, há a indicação de popularidade em um determinado nicho, e isso não é necessariamente ruim. Paulo Coelho é ruim? Talvez não, mas eu não leio com o mesmo ardor de quando tinha 15 anos, primeiro porque nem ao menos acho que aquilo possa ser chamado de literatura e segundo por que tenho -20% de interesse em auto-ajuda, mas esta é apenas a minha opinião, que eu não espero que seja compartilhada por ninguém. O caso é, se vende, não quer dizer que seja ruim ou mal feito. Cresci vendo minha mãe lendo John le Carré e sentindo uma espécie de asco. As amigas dela liam, todos os adultos naquele tempo liam os livros dele. Eu apenas negava aquela existência quase onipresente. Até que ela desapareceu por completo e, como não poderia deixar de ser, reapareceu, como que por mágica. Não vou perder nada lendo, então, vamos lá, disse a mim mesmo, sabendo que perdi um bocado lendo histórias de magos, alquimistas, valquírias e pessoas sentadas em pedras chorando perto dum rio ou algo assim quem se importa.
O espião que veio do frio é uma obra e tanto. Tem todo o detalhamento de uma obra de literatura de alto nível, mais os personagens claramente delineados, mais o embasamento histórico e uma ação real ao ponto de me deixar ofegando no sofá, quando normalmente só as histórias da Anaïs Nin me fazem ofegar.
Le Carré compôs uma obra capaz de transportar qualquer leitor com um pouco de imaginação e background histórico até os anos 60, quando o mundo estava se dividindo em blocos e espiões eram mais comuns do que padeiros ou açougueiros. Ele consegue - in media res - explicar a situação atual e o fundo histórico do zero, e não soar nem educativo e nem pedante. É como começar a ler a Divina Comédia pelo Paraíso e ver a explicação do Purgatório e do Inferno entre uma linha e outra. Há uma tangível sensação de "mais por menos", como se você estivesse lendo um livro com três histórias ao mesmo tempo, onde uma não atrapalha a outra e todas se conectam no final. Gênio.
O final é do tipo "bom, não poderia ser de outro modo" o que dá uma sensação mista de "Ah, sim, só que não", como quando o time adversário faz um gol contra numa partida de caridade. Mas a verdade é que o livro deixa impressões fortes e sentimentos dificilmente contidos, ainda mais no diálogo final entre o personagem principal e seu par romântico, quando diz que somos apenas detalhes desimportantes, inseridos em um mundo e em um sistema grade demais, complexo demais para ser entendido, para ser modificado.
O mundo é frio e sair dele representa um risco maior do que tentar cruzar o muro de Berlim de bicicleta sem a documentação exigida.
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Marco 28/03/2016

Not what I was expecting...but certainly more
Never have I ever read any spy novel, but the day came when I caught myself looking at my bookshelf and thinking, "Man, I want to read some espionage". In that moment, I realized what I needed was not in my shelf. I did not know where to begin with, so I started googling and researching into great spy novelists and found John LeCarré.
John was a real spy in Cold War Britain and that got my attention, for the fact that the descriptions and the story would be very factual. So I decided for 'The spy who came in from the cold', which was the book that gave him international fame and I couldn't regret my decision.
My intention was to read some spy novel filled with action, but thats the one thing The spy who came in from the cold is not. At first, as the book was flowing slowly, I got a little upset because of the lack of the action, which was what I was looking for. The book was a spy drama and not a spy action. However, the story of the melancholic spy Alec Leamas got me as I started to compassionate with his delusions and sorrows.
The book invites you to learn about the true reality of a spy. Not the one that you see in the movies in a million dollar suit and surrounded by women with an ear-to-ear smile on his face. The spy from the real world, (or at least based on one) with fears and regrets, with no money or friends, the spy who must starve or lie neglected on the streets if his current mission requires so.
With his experience as a spy, John Lecarré creates a complex and intricate story (also reflexive as it invites the reader to meditate on some controversial questions) about a spy who is above all things a human being, and must fight his defects to fulfil his duties and finally come in from the cold.
It is also a great novel for anyone interested on the cold war and how it affected the life of Europeans, since the author was in Germany at that time, and stared at the Berlin Wall as he wrote the book.
I recommend this book to anyone who likes espionage novels, to anyone who likes cold war history, to anyone curious about how was the life of a real spy and even to you that like me, never had read a spy novel before.
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