Depressão

Depressão Izaias Claro




Resenhas - Depressão


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Carla.Parreira 20/10/2023

Depressão
Depressão: causas, conseqüências e tratamento
A depressão é um estado de espírito de melancolia, tristeza ou desespero. A intensidade e a duração deste estado dependem da personalidade, dos fatores que desencadeiam o processo e da situação atual da vida do paciente. Ainda existe também a depressão bi-polar, a qual é caracterizada pela alternância de altos e baixos do comportamento, ou seja, estados de euforia e de melancolia. O livro diz que pessoa alguma, em principio, seja qual for a sua condição, está livre de padecer deste terrível mal. A depressão pode perdurar por toda a encarnação e acompanhar o espírito desencarnado no seu retorno ao mundo espiritual, sendo possível, ainda que o espírito desencarnado e com depressão retorne para uma nova experiência na Terra, trazendo consigo a enfermidade. Analisando de tal modo, considero a depressão um mal muito mais grave do que supunha ser. Segundo os estudiosos do assunto, se uma tristeza perdurar por duas semanas, sem indicio de recuperação, já poderá ser diagnosticada como sendo uma depressão clinica. Sexo, idade, condição cultural, social ou econômica, por si sós, não isentam pessoa alguma da aflição ora examinada. A mulher, porém, revelam as pesquisas, está muito mais exposta a esta enfermidade.
Assim como em qualquer doença, é o espírito quem efetivamente poderá cair em depressão, por conseqüência e por extensão, podendo afetar o perispírito e o corpo orgânico. O depressivo, em regra, é alguém que traz a mente fixada no passado triste e sombrio, comprazendo-se em recordar as experiências menos felizes, as situações que mais o afligiram. Ninguém no mundo pode passar incólume às experiências alegres como também as tristes. Sendo assim, o truque é eleger os júbilos em detrimento das amarguras.
O livro aprofunda um pouco falando sobre a mente: a função da mente consciente é pensar, dirigir, plantar idéias certas na época certa. A função do subconsciente é fazer brotar ou subconsciente, programam as atitudes das pessoas. Assim, quando se toma conhecimento de tal possibilidade, elegemse quais aqueles que devem ser acionados, no campo moral e social, para organizar ou reprogramar a existência. O depressivo é alguém que, como já dito, insistentemente, e de maneira enfermiça, se compraz em pensar no que é negativo, prejudicial. O pensamento negativo, longamente acalentado, termina por conduzi-lo à tristeza profunda. Em meio destes estão os imaturos psicológicos que, sem resistências morais para enfrentar as vicissitudes naturais do processo evolutivo, deixam-se consumir pela revolta ou sucumbem sob o peso da depressão e da amargura. Para piorar, junto a isso vem o orgulho e o egoísmo, os quais geram o sentimento de posse e apego. Dominado por tais sentimentos, havendo qualquer perda do objeto ou ser possuído (ambos os tipos de perda são ilusórios), a pessoa poderá, sem estrutura intima, padecer de depressão. A posse e o apego, portanto, geram um elo de escravidão, porque a pessoa termina possuída por aquilo que julga possuir. Em se falando de perdão, podemos classificar a humanidade em três grupos: o primeiro, de criaturas que, sendo ofendidas, nunca perdoam. O segundo, composto por pessoas que, ao serem ofendidas, não conseguem perdoar de imediato, mas logram perdoar depois. E por fim, o terceiro grupo composto de seres indenes às ofensas, às provocações, que não se magoam mais e nem se permitem influenciar ou ferir pelas ocorrências de fora. O ressentido prefere recalcar o sentimento negativo que alimenta, sentindo uma, duas ou muitas vezes a mesma dor, a mesma tristeza, a mesma amargura. A raiva não extravasada ou liberada no mesmo nível da agressão recebida torna-se cruel adversário do individuo, tomando a forma hostil de ressentimento. Herança das experiências mal suportadas, o ressentimento inconsciente encontra-se encravado no cerne do ser, ramificando-se em expressões variadas e da mesma qualidade perturbadora. Ressuma sempre na condição de melancolia ou como frustração e desinteresse pela existência física, em mecanismo de culpa que não logra superar. O perdão não implica no desaparecimento da falta cometida pelo seu agressor. Ele continuará devedor à frente da Lei e será chamado a contas oportunamente. Que você não se transforme em juiz por causa própria, porque isto poderia arrastá-la a uma vingança, o que seria altamente danoso para o outro e para você. Vingança não é justiça. É extremamente negativo e prejudicial:
1. Se entregar às emoções permitindo que estas nos governem. Isto conduz mais tarde à histeria e às doenças nervosas;
2. repisar o incidente que deu origem à emoção;
3. cultivar o ressentimento contra as pessoas que nos aborreceram, pensando que tal sentimento é realmente devido àquela pessoa ou incidente. Já asseverava Krhisna: o homem de bem deve tombar sob os golpes dos maus como a árvore do sândalo que, ao ser abatida, perfuma o machado que a destruiu!
A criatura erra por ignorância ou por fraqueza moral. Enquanto ignorante, o ser agirá mais ou menos arrastado por impulsos primários, encontrando no erro a oportunidade de aquisição de conhecimento, de experiência, de discernimento, de lucidez. E, mesmo quando adquire um certo conhecimento, enquanto então, através da dor superlativa que advirá da conduta equivocada, desenvolverá ampla experiência. Através das dores que se seguirão aos erros sucessivos, fixará o aprendizado para sempre. Perceberá que a dor é conseqüência da atitude infeliz e que dele unicamente depende, pela conduta melhor, fazer que a dor cesse. O depressivo quando erra tende a tornar-se escravo do gravame praticado. Se se dispusesse, pelo trabalho e pela melhoria intima, a reparar o equivoco, certamente evitaria tal escravidão. Por desinformação ou fraqueza, porém, prefere a autoflagelação estéril no remorso inútil. Mesmo sofrendo, ser-lhe-ia possível a recuperação mais rápida se outra fosse a sua compreensão da vida e do erro. E consentindo a própria ignorância, induvidosamente o suicídio acaba sendo uma das conseqüências mais terríveis da depressão. O suicídio, consoante magistério da doutrina espírita, pode ser direto consciente ou indireto inconsciente. A depressão, portanto, pode ser comparada a um suicídio psicológico, que se dá pela ausência de valor moral para o enfrentamento das vicissitudes. O depressivo não faz opção por si mesmo, optando pela derrocada e vendo no fracasso algo natural ou inevitável.
Diante de tudo isso, é preciso ao depressivo convencer-se de que é a sua condição intima que determinará se isto ou aquilo o arrastará ou não ao estado de tristeza. É por este motivo que as pessoas tendem a se comportar de forma diferente diante de uma mesma ocorrência. Ao compreendermos e aceitarmos esse fato, mais facilmente conseguiremos curar a nós mesmos. Enquanto permanecermos na atitude imatura ou comodista de transferir para o exterior a responsabilidade exclusiva pelo que nos sucede, nossa melhora demorará a chegar, porque, não detectada a causa profunda, nós ficaremos na periferia, na superfície do problema. É preciso estruturar intimamente, capacitando-nos para o enfrentamento das adversidades, não nos permitindo abalar tanto com as ocorrências. É imperioso assumir o propósito de esforçar-nos por manter nossa saúde integral: a do corpo, a das emoções e a da alma. Temos de vencer a nós mesmos, superando-nos e vencendo o meio adverso sempre. Temos de ser humildes e decididos na busca do autodescobrimento. A humildade nos ajudará a desnudar-nos diante de nós mesmos, sem autopiedade. A decisão será fator importante para que não nos desanimemos nessa realização. Para nos autoconhecer é preciso ser perseverante e muito contínuo. O autoconhecimento ensejará o controle dos impulsos e dos hábitos perniciosos. Com esse controle virá o equilíbrio entre o Eu interior e o eu exterior, quando não a supremacia do primeiro sobre o segundo. Com a autodescobrimento, nós teremos o autocontrole. Assim, controlando os pensamentos e as emoções, de conseqüência conseguiremos um controle expressivo das situações que nos atormentam. Também é válido nesse processo autosugestionarmos positivamente.
Adentrando no campo da obsessão, esta pode ser intencional ativa, por meio de vingança, ou inconsciente passiva, sem intenção de prejudicar, decorrente de pura afinidade das partes. A obsessão pode dar-se entre espíritos desencarnados, entre espíritos encarnados, de encarnado para desencarnado, de desencarnado para encarnado e ainda na forma de auto-obsessão, quando o encarnado ou desencarnado, em uma atitude infeliz, estaciona indefinidamente na fixação mental inferior. Na obsessão entre vivos, comumente, pessoas ligadas por sentimentos enfermiços ou necessidades neuróticas, criam laços de dependência que chegam a ser uma perseguição do outro.
A depressão pode gerar obsessão, bem como a obsessão pode gerar e até aumentar a depressão. Alguns estudiosos afirmam que todas as doenças são psicossomáticas, isto é, doenças do corpo geradas por um estado enfermiço da mente. Além disso, muitos têm uma conduta caracterizada pela busca sistemática das questões materiais. Caso isto esteja ocorrendo, fique certo de que o vazio, a frustração e o tédio, logo estarão dominando a sua vida. Persiga um ideal nobilitante e se entregue a ele. Sua existência adquirirá um sentido novo.
?
Eis alguns trechos: ?...A depressão é um estado emocional que pode acompanhar o ser onde quer que ele se encontre, no corpo ou fora dele, podendo-se reencarnar com depressão após ter desencarnado neste estado... Quando uma mente se apresenta em estado de depressão, assemelha-se ela a um terreno cujo abaixamento de nível, formando um buraco, enseja o acúmulo de miasmas pestilenciais, detritos, impurezas, - lixo! ? numa palavra, dando surgimento aos mais variados problemas de saúde, de desequilíbrio... Alegria é também a presença de Deus no coração. Mantenha-se sempre ligada a Ele, não permitindo que o êxito a distraia e nem que o erro ou o fracasso magoe e derrube a sua alma na depressão. Não aguarde a cessação completa do sofrimento para experimentar alegria. O momento é agora. Frua-o, a benefício seu e de todos quantos convivem com você... O homem é as suas memórias, o somatório das experiências que se lhe armazenam no inconsciente, estabelecendo as linhas do seu comportamento moral, social, educacional. Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar. Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que propõem o correto e o errado, o moral, o legal, o conveniente e o prejudicial... O ideal, para a existência humana, é a criatura procurar viver sem tristeza pelo passado e sem ansiedade negativa pelo futuro, num interminável e abençoado presente, vivendo cada instante, totalmente, não se pré-ocupando de maneira estéril com o que virá, e também não se pós-ocupando com o que de negativo sucedeu... Expressiva maioria de indivíduos somente acalenta ideias negativas, lucubra pessimismo, agasalha mal-estares. Como resultado, enfraquece-lhe as resistências morais, debilitam-se os valores espirituais e alimenta-se da própria insânia. Sem dúvida, aflições de natureza várias poderão ocorrer na vida do individuo, marcando-o consideravelmente. No entanto, dependendo da estrutura íntima da criatura, ela, ou não se permitirá influenciar pela ocorrência, ou, se por ela influenciada, saberá conduzir-se de modo a não permitir estados emocionais mais graves ou danosos... Sendo imatura psicologicamente, a criatura tornar-se-á egoísta e, em sendo egoísta, tornar-se-á uma pessoa exigente, ingrata e rebelde, sobretudo quando contrariada em suas paixões infantis. Agirá, pois, semelhante às crianças caprichosas. Com semelhante comportamento, as enfermidades psicológicas se instalarão por força de consequência. O imaturo psicológico é alguém que apresenta grande preocupação com a máscara da virtude, ocultando pela aparência envernizada, a realidade íntima. Comporta-se de maneira desequilibrada e excêntrica, sendo ainda instável. Dominado pela instabilidade, o imaturo apresenta um comportamento alternado, em que o júbilo e a tristeza, a confiança e a suspeita, o amor e a animosidade se confundem, e assim elabora estados de instabilidade, de desdita, que o conduzirão a enfermidades emocionais que são somatizadas, reaparecendo na área orgânica com caráter destruidor...
Se a sua mente estiver fixada nos valores transitórios, denotando excessivo apego, saiba que você pode ser uma candidata em potencial à depressão pelo sentimento de perda. Isto, por considerar que, fatalmente, será constrangida a tudo abandonar, se não durante a existência carnal, certamente quando se der a desencarnação... Quando o ser inverte sua escala de valores, atribuindo a vida material importância maior, é como se ela construísse uma cruz com a trave horizontal maior, de consequência, colocando em tamanho menor a trave perpendicular. Com isto, o ser sofrerá instabilidades porque a trave menor, a perpendicular, não dará equilíbrio suficiente à trave horizontal longa... O homemvazio não consegue amar, porque não aprendeu a viver esta faculdade, base do comportamento de ser livre. Adaptouse a ser amado ou disputado, sem preocupação de retribuir... Por não possuir, ainda, uma ideal estrutura psicológica, o ressentido, fragilizado em si mesmo, se permite influenciar pelo que lhe sucede de desagradável. Isto ocorre, porque a reação da criatura humana é de acordo com o seu nível de consciência, com o seu grau de estruturação, é consentânea ao estado emocional em que se encontra... A educação religiosa equivocada do passado ensinou a pessoa a ser exclusivamente rigorosa consigo mesma. E enquanto a consciência for excessivamente severa no julgamento de si mesma, fará um esforço no sentido de exigir rudes reparações em relação ao erro praticado, não se permitindo a alegria por achar-se indigna dela. Mesmo sofrendo, ser-lhe-ia possível a recuperação mais rápida se outra fosse a sua compreensão da vida e do erro... A tristeza longamente agasalhada, a mágoa conservada, a rebeldia sistemática, a irritação constante, o desespero irrefreado, dentre outros estados emocionais mórbidos, podem ser considerados suicídios indiretos/inconscientes, cujos efeitos, no alémtúmulo, serão danosos para o espírito... Fundamental, para a sua felicidade, que você tenha sempre na lembrança esta verdade irrefutável, qual seja, a de que as coisas não nos pertencem em definitivo. Assim entendendo, quanto possível evite o sentimento de posse ao deter este ou aquele bem, procurando não se escravizar a ele. Não condicione a sua felicidade à manutenção definitiva desse bem... É extremamente negativo e prejudicial a você:
1. Entregar-se às emoções;
2. Permitir que as emoções o governem. Isto conduz mais tarde à histeria e às doenças nervosas;
3. Repisar o incidente que deu origem à emoção;
4. Cultivar o ressentimento contra as pessoas que o aborreceram;
5. Pensar que o ressentimento é realmente devido àquela pessoa ou incidente...
Não se iluda: não é possível preservar a mágoa e ser feliz a um só tempo. Você necessitará escolher entre conservar o sentimento negativo e ser infeliz, ou expulsar de sua vida esses sentimentos mórbidos e reconquistar a alegria, a disposição para viver... Nesse esforço de perdoar o outro, trabalhe sua mente no sentido de fixar o lado melhor dele. Considere que o agressor é alguém tão infeliz ou perturbado em si mesmo que não necessita do seu ódio, da sua mágoa... O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto à falta dele. Assim, o complexo de culpa é igualmente danoso, porque não soluciona o mal praticado, sendo, ademais, responsável pelo agravamento dos seus maus resultados. O autoperdão compreende a posição mental correta a respeito do erro e a satisfação íntima ante a possibilidade de interromper o curso dos males causados, como arrancar-lhes as raízes encravadas em quem lhes padece a constrição... O deprimido é alguém que, ao longo do tempo, optou por pensar e fixar pensamentos, sentimentos e experiências negativos. Por isto, terminou abatido moralmente. Se no passado tivesse ele optado pelos aspectos positivos das situações e pessoas, hoje outro seria o seu estado emocional. Seria, então, uma pessoa realizada e feliz. Uma das técnicas para a cura da depressão consiste, pois, na substituição de um pensamento negativo por outro positivo... O depressivo, pelo que temos observado, é alguém que anda e vive descuidado de Deus, não se fixando n?Ele e deixando-se vencer pelas muitas pressões, de fora ou de dentro de si mesmo... O amor pode ser definido como um estado de espírito que se caracteriza por uma sensação de quietude interior e satisfação consigo próprio que transborda para uma atitude otimista e desarmada perante a vida e as outras pessoas. Amar aos outros e à vida é, pois, mera consequência do amor a si mesmo... O comportamento egoísta tem muito, mas muito mesmo, a ver com uma torturante sensação de insegurança e fragilidade interior. Somente aqueles interiormente fortes conseguem, de fato, ser gentis e desprendidos. O egoísmo relaciona-se diretamente com a imaturidade emocional, assemelhando-se ao comportamento da criancinha, que vê e sente o mundo girando a seu redor e existindo para e em função dela... O deprimido é alguém que, inexperiente e fragilizado em si mesmo, permitiu-se e vem se permitindo abater pelas dores. Ainda não possui estrutura suficiente para debelar a crise e permanecer alegre e em paz. Em sua miopia espiritual, de regra, o depressivo não se dá conta de que não é o único a sofrer. E quando percebe que outros também estão sofrendo, passa a pensar que ninguém sofre tanto quanto ele... Quando a dor chegar, procure mantêla em sua real dimensão, não a ampliando, desnecessariamente, com o seu desespero... O não afligir-se quando o sofrimento advém, significa que a criatura não deve adicionar sofrimento ao sofrimento. Se certas aflições são inevitáveis, outras são evitáveis. Evitável é todo sofrimento que adicionamos, por fragilidade íntima, ao sofrimento inevitável...?
comentários(0)comente



Viri 25/06/2022

Muito repetitivo
O livro explica minuciosamente sobre esta doença que cada dia mais vem fazendo vítimas. Nos oferece uma visão espiritual sobre ela. Esclarece as etapas e tratamentos... mas achei repetitivo.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR