lasthours 13/03/2022Garota do metrôUma coisa que eu sempre vou gostar sobre livros LGBTQIA+ é quando os autores trazem os personagens se encontrando, a exemplo da August, como ela sempre se sentiu deslocada, sem sentir que pertencia a um lugar, sem amigos, sem laços, querendo mas sem saber como ter isso, mas quando ela encontra esse apartamento?
Gosto de como a autora trouxe tantos encontros nesse livro, August, encontrar Mayla, Niko e Wes, e automaticamente o pessoal da Billy, e Jane, e a faculdade e as pessoas do Delilah, a comunidade, o tio, a mãe, todos os outros encontros secundários, como as pessoas fazem com que a gente se sinta no aqui e agora e isso quase sempre criar uma ligação com o lugar.
Além da estória trazer essa temática que eu amo, meio viagem no tempo meio perdido no tempo, essa coisa de lapso temporal, talvez por isso não gostei muito de como ela terminou essa parte.
O desenvolvimento do romance entre August e Jane, é perfeito, principalmente porque quase tudo tem um gostinho de primeira vez pra August, até a parte sexual achei na medida certa, gosto quando os autores trazem o sexo para os livros, por ser uma parte natural dos relacionamentos, muitos autores focam muito no emocional sem mencionar que a carnal está ali o tempo todo, o jeito como ela trouxe isso com a August, foi muito bom. (E o melhor, não esta sexualizado)
As questões da comunidade LGBTQIA+ são apresentadas quase sempre em como as coisas foram e como as coisas estão, como entendemos muito mais sobre gênero e sexualidade e a importância de respeitar quem as pessoas realmente querem ser, um século XX vs século XXI, ainda não são ideais, e apesar de ter coisas e pessoas qua não mudam, estamos evoluindo, que hoje estamos em um lugar melhor por causa de pessoas que lutaram pra isso no passado.