Antonio.Augusto 01/02/2024Desvendando FarsasUm modesto funcionário público que, de maneira inusitada, alega conhecer a língua javanesa. Barreto utiliza a trama para explorar a hipocrisia e a superficialidade da sociedade da época.
A narrativa satiriza a busca por erudição sem conteúdo real, representada pelo protagonista que, ao alegar saber javanês, torna-se objeto de admiração e respeito sem que ninguém questione efetivamente seu conhecimento. O conto é uma crítica mordaz à valorização superficial da cultura estrangeira em detrimento do desconhecimento e desinteresse pela cultura nacional.
Ao final, Barreto revela a farsa de Carmo, destacando a fragilidade das bases sobre as quais a sociedade constrói suas admirações e julgamentos. Assim, "O Homem que Sabia Javanês" oferece uma reflexão cáustica sobre a superficialidade cultural e intelectual em um contexto social permeado pela aparência e pela falta de profundidade crítica.