Beatriz 09/05/2024
Me deixou com vários "e se" na cabeça, mas eu que sou assim. O livro traz mais a ideia de que a vida é o que é. Como no jogo Pachinko, temos liberdade de fazer algumas jogadas, sim, mas boa parte do jogo é sorte ... ou azar.
O livro conta a história de Sunja, que começa antes mesmo de ela nascer. Tive a impressão de que a velocidade nos primeiros 3/4 do livro é diferente da do restante, entendemos quem Sunja é, vemos ela se desenvolver de bebê a mulher, mãe, avó. Parece que no último 1/4 do livro a velocidade aumenta, vamos acompanhando a vida de vários entes e entes desses entes. Fiquei pensando se nossa vida tem essa conformação também, se no início estamos focados em nós e no nosso pequeno círculo próximo e, com o passar dos anos, interagimos com tantos, estamos em tantos que, de certa forma, nossa vida vai se espalhando assim.
Também traz a perspectiva de morar numa terra que não é sua. Conta muito sobre a rejeição que os coreanos sofreram em terras japonesas. Conta os tempos da guerra e seus desdobramentos para essa família. Muito bom o livro.