spoiler visualizarClay 10/02/2021
Namoro comfy, mas conflituoso.
Assim como o volume anterior, esse também tem uma discussão sobre trabalho, menor, mas ela existe. Dessa vez é através de Akune, tentando sair de sua mesmisse, mas sendo limitado demais por seu papél no trabalho, assim como o peso de seu público. Até que ponto o público é um grilhão pro autor?
Ainda sobre o Akune, é notável o quão cuidadoso ele é, principalmente em relação ao Go, vemos isso em vários momentos. Ele com certeza era um ótimo professor.
Em uns três quadrinhos, o mangá nos mostra o motivo de Akune ter o medo de engordar, coisa que não foi dada tanta atenção, mas é um detalhe que sempre está lá. É um detalhe a mais no personagem ele
ter um complexo.
Go é um cara muito inseguro, né? Não demora 30 páginas pra ele pressupor que o problema era com ele, o que me leva a outro ponto: tirando alguns momentos em que os dois mantêm segredos, a relação é tão honesta e gostosinha de acompanhar. Toda a nossa insegurança quanto aos conflitos parecem sumir nesses momentos comfy. Mas muito me incomoda o Go não ter uma discussão séria com Akune sobre ele ser visto como uma criança, isso, no mínimo, iria o deixar com algum complexo.
Um ponto legal que o mangá cutuca são os papéis no relacionamento. Go e Akune namoram, mas e aí? O mangá mostra algumas imposições que as pessoas, sem perceber, assumem pra si mesmas, como de fosse norma de qualquer relacionamento.
Os conflitos a volta de Atsushi talvez sejam o ponto mais alto desse volume. Causa tantos conflitos internos pro Go, porque como o própio Atsushi cita, Go pensa mais nos outros do que em si. E vendo que sua felicidade atrapalhava os outros, tenta mais uma vez se fechar.
Mesmo que ele não tenha afetado diretamente seu amigo, nem teria culpa se tivesse, ainda assim, ele pega isso pra si. E, ao mesmo tempo, ele percebe que tenta usar Akune pra se isentar de uma culpa, o que o leva a se fechar ainda mais.
Dito isso, acho que foi um bom fechamento pra história. Todos os conflitos citados foram resolvidos, e temos uma noção do que vai acontecer daqui pra frente.
Não é como se não tivesse mais o que contar, mas não há essa necessidade.