Resenhas - A Cachorra

Elaine cris 15/04/2022

Chorei
Escrita é com uma linguagem popular, livro de poucas páginas e história com muito conteúdo.
Para compreender a história como um todo, não pode se agarrar aos personagens, entender as características de cada e as entrelinhas.
A narrativa gira entre um casal e a esposa que adotou uma cachorra, as entrelinhas são, pessoas simples, rudes e os seus problemas emocionais não tratados. Ótimo para quem gosta de psicologia.

Drica Feitosa 28/03/2021

Reflexivo
Um livro curto e com uma escrita fluída, no entanto impactante, cruel, um verdadeiro soco, não apenas no estômago.
Como a vida, as pessoas e as condições pode mudar tanto os sentimentos da pessoa?! Emoções díspares e profundas!

Fernanda 31/08/2022

Materno e brutal
Tão curto e impactante.
As relações - principalmente, as familiares - tratadas nesse livro foram tão bem construídas e brutalmente concluídas.
Recomendo ??

romulorocha 04/06/2023

A cachorra, de Pilar Quintana - 10/10

Editora: @intrinseca 2020
Gênero: romance
País: Colômbia
160 págs

A cachorra conta a história de Damaris, uma mulher de meia idade que vive em um povoado no litoral da Colômbia. Com uma vida cheia de perdas e um grande vazio por não ter conseguido ser mãe até então, Damaris segue uma rotina desesperançosa ao lado de seu companheiro Rogelio. Isso tudo muda quando a cachorra da vizinha pare muitos filhotes e precisa doá-los para que não morram. Damaris adota uma fêmea, ainda de forma despretenciosa, mas antes que ela perceba, muitos de seus traumas e expectativas vão sendo depositados na cachorrinha, um exemplo está no nome que ela lhe dá, Chirli, o nome que seria de sua filha. À medida que Chirli vai crescendo, as expectativas de Damaris vão também e junto delas muitas surpresas e decepções.

Eu gostei demais desse livro. Não foi só a escrita ou roteiro que me tocaram, mas os inúmeros momentos em que somos pegos de surpresa refletindo a relação de Damaris e chirli, pois de longe se trata apenas de uma relação tutora-pet. Ela pode ser pai/mãe-filhe, amige-amige, parceires amorosos, etc.

A cachorra é um livro sobre relacionamentos, expectativas e sobre como lidamos com isso. É um livro sobre mulheres também e sobre como essa “expectativa social” em torno da maternidade pode adoecer.

#acachorra #literaturacolombiana #pilarquintana #resenhasdoromulo

Nathália 08/06/2022

Ter ouvido um podcast a respeito mudou minha percepção...
Acho muito importante buscar por fontes que expandam o conhecimento acerca de determinados títulos, principalmente quando abordam questões tão complexas.
No caso de "a cachorra" em particular confesso que daria uma nota inferior se não tivesse compreendido todo o contexto por detrás da trama. Mas após ter ouvido uma conversa sobre onde se passa a história, a ambiguidade do título, questões raciais, sociais, inferiorização da mulher diante do não-maternar e outros pontos de extrema relevância, vi o quanto foi bem escrito principalmente se considerarmos em que momento a Pilar Quintana o escreveu (durante o puerpério).
Recomendo muito a leitura e mais ainda a imersão. Fica aqui também a dica do canal do podcast que ouvi:
"Põe Na Estante, por Gabriela Mayer"

https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9mZWVkcy5zaW1wbGVjYXN0LmNvbS8wZjltNWFNTw/episode/ZjEzMmQ3ZDUtNTE4MC00NzQwLWJiOTctNTAzODY3NDM3ZDFj?ep=14

Kess 07/10/2023

É a história de Damaris, uma mulher que não pode ter filhos. Desde criança, a vida de Damaris é marcada por perdas, tristeza e solidão, e sua trajetória é narrada por meio dos acontecimentos de sua vida adulta em seu relacionamento com uma cachorra que ela adota, Chirli.

A história me amarrou por completo e confesso que senti na pele o suspense do final do livro junto a essa melancolia que acompanha toda a narrativa. A escrita também é maravilhosa, a forma de ir e voltar nos pensamentos e ações, passado, presente e ânsia do futuro.

Aborda questão bem interessante sobre a vulnerabilidade e pobreza de povoados isolados na Colômbia, reconhecer as violências que Damaris sofreu ao longo da vida e ainda assim te faz sentir muita raiva dela.

PS: Ao final do livro, você se pergunta: quem é a cachorra? Quem foi mais animalesca? Quem realmente é irracional e age por instinto?

Bruna 21/11/2022

A Cachorra
Amo livros assim, que me fazem sentir todo tido de sentimento contraditório.
Essa autora escrever personagens femininos de uma forma que mexe muito comigo.
Leria qualquer coisa dela!

Lelelele 30/12/2020

Pior leitura de 2020
Ou esse livro é realmente muito ruim ou eu sou muito burra e não entendi nada da historia.

Com exceção da descrição das emoções, que realmente é muito marcante na escrita da Pilar, o enredo não é muito apaixonante. O final me fez odiar todo o restante que estava considerando "tolerável".

Não recomendo.

ianaag 11/06/2021

genialidade
A cachorra. A ilustração da capa. Já imaginava que a leitura seria dolorosa e me perguntei se realmente queria passar por ela. A cada página eu me sentia mais apreensiva e nem me lembro qual foi a última vez que fiquei TÃO assim com um livro. A autora tem uma escrita simples, mas forte e dá pra fazer uma boa análise dos ocorridos.

fev 08/07/2021

Não me conquistou
A relação maternal entre Damaris e a cachorra Chirli em nada me afetou. Acredito que a forma direta de narrar de Pilar Quintana fez com que não me conectasse com a história. No entanto, ao ler sobre seus personagens não tem como não ficar atento em como as vivências de personagens negros e periféricos da América Latina se assemelham. Seja na Colômbia ou no Brasil.

É uma narração concisa e direta. Talvez tenha sido interesse da autora mostrar que ali não cabia flexibilidade em uma vida tão simples. Não há tempo para a dureza da existência. As analogias à maternidade também não me conquistaram. Não acredito que o livro seja ruim, eu só não fui conquistado mesmo.

christianpresa 18/01/2021

Uma leitura breve e certeira. Quase folclórica. É assim que dá pra definir o romance de Pilar Quintana, que escreve "A Cachorra" aprofundando não em forma ou quantidade, mas em conteúdo e nuances.
O centro da história é Damaris, uma mulher que se depara com uma ninhada de filhotes de cachorro fadada ao abandono. Decide, então, adotar uma das cachorrinhas, após se encantar perdidamente. Dá a ela o nome de Chirli.
A adoção não é tão aleatória assim: crescida em uma sociedade que estipula a maternidade como uma meta comum a todas as mulheres, Damaris alimenta o desejo (e a pressão) de ser mãe. Porém, se vê cada vez mais distante de seu grande sonho - afinal, a casa dos quarenta se aproxima e essa é, de acordo com as crendices do povoado, "a idade em que as mulheres secam".
A chegada de Chirli dá vida ao instinto materno que pulsa, sem destino, dentro de Damaris. Mas desperta também sentimentos que, ao longo dos anos, adormeceram: o medo, a amargura, o abandono e principalmente o remorso.
Em pouco mais de 150 páginas, "A Cachorra" é uma reflexão pontual sobre o quanto as nossas memórias (e as nossas culpas) podem nos consumir ao longo de uma vida inteira. Talvez até para além disso.

Luíza 07/08/2023

A cachorra, de Pilar Quintana
Pilar Quintana é uma autora colombiana de romances e contos, que eu não conhecia, até ler o livro Os abismos, no saudoso clube de leitura da Intrínseca, no ano passado. De cara, já amei o estilo de escrita: a história profunda e brutal, com um toque suave de realismo mágico, que torna a leitura mais amena, mas não menos impactante... fiquei com vontade de ler mais!

Então, esse ano, no meu aniversário, ganhei A cachorra. E que livro! No mesmo estilo da autora, ao mesmo tempo brutal e suave, esse romance conta a história de Damaris, uma mulher que não pode ter filhos. Desde criança, a vida de Damaris é marcada por perdas, tristeza e solidão, e sua trajetória é narrada por meio dos acontecimentos de sua vida adulta em seu relacionamento com uma cachorra que ela adota, Chirli

O livro aborda temas como a violência, a solidão, a resiliência e a crueldade. Tudo isso misturado em uma história curta e cativante, repleta de significados, e retrato de uma ?violência sórdida prestes a explodir? (Le Monde)

Vale muito a pena a leitura e, se você ainda não conhece a autora, esse livro curtinho é uma ótima forma de conhecer a sua escrita!

Vini87 02/12/2022

Curto e pesado.
Achei incrível como a autora conseguiu apresentar e introduzir esse ambiente do livro tão bem em tão poucas páginas.

A dor, a solidão e o sofrimento de Damaris estão escancarados desde o comecinho do livro e até seu final, e que final foi esse?

Pesado e muito sofrido, mas curti bastante.

bimbicobimboca 05/10/2021

gente?
to é encabulado. eu achei que ia ser O LIVRO DO ANO mas foi O PIOR. btw fiz vídeo sobre, ta no insta

Gigio 09/06/2022

Triste, incômodo e doído.
Triste, incômodo e doído.
Em uma comunidade extremamente carente, Damaris vive (ou sobrevive) em uma vida de servidão cuidando das casas de praia de senhores brancos. Leva uma vida carregada de culpa, remorso e uma vontade imensa de ser mãe. Tenta de toda forma que está ao seu alcance, com ervas e até um chamã, mas a gravidez não vem. Em nenhum momento ela imagina que o problema pode estar em Rogélio, o marido.
Para suprir essa carência, ela adota uma cachorra, dá o nome que havia escolhido para sua filha, e cuida dela como se filha fosse. No entanto os filhos não vem ao mundo para atender aos anseios dos pais, e aí começam os problemas.
O final é pesado, chocante para alguns, mas acredito que é um final possível, mesmo que triste.