ElisaCazorla 27/08/2021
Amor? Prefiro culpa.
Mais interessante do que a obra em si foi ler algumas resenhas e qual não foi a minha surpresa quando TODAS as resenhas e críticas que li sobre este livro o apresentavam como uma história de amor. Diante disso, fui compelida a escrever algumas palavras porque a única coisa que não encontrei aqui foi o tal amor.
As pessoas deveriam começar suas resenhas e críticas definindo o conceito AMOR.
Fantasias e fetiches? Objetificar uma garota? Obsessão?
O narrador passa toda a sua vida (e sua eternidade) atribuindo a uma garota, que conheceu na escola quando tinha 17 anos e com quem passou alguns minutos dentro de um carro, todos os seus fracassos, suas escolhas ruins e todo o desenrolar de sua vida. Patético.
Acho que fazemos isso muitas vezes. É mais fácil achar que agimos porque fomos levados a isso ao invés de assumir nossa própria responsabilidade pelas decisões que tomamos.
Onde termina o trauma e começa a responsabilidade?
Gostei da obra como um todo.
Os personagens são desconfortáveis e terrivelmente apáticos e acomodados.
Os ambientes são sempre sombrios e também desconfortáveis.
Um pouco de mistério, uma pitada de violência e muitos fantasmas deixam esse livro muito interessante.
Gostei da surpresa do final. Não consegui prever.
Enfim, se esse livro é sobre amor então quero ficar o mais longe possível desse amor.