Fratelli Tutti

Fratelli Tutti Papa Francisco




Resenhas - Fratelli Tutti


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Célio 29/07/2022

Eu vi a opressão do meu povo
Fugindo da lógica do mundo (Ex 2, 15), e de nosso próprio pecado (Ex 2, 14), atravessamos um grande deserto e encontramos um refúgio. Estamos seguros com Reuel, ele deu-nos Séfora, estamos a salvos e temos nossa pequena porção de liberdade.

Mas, como Moisés, somos - os que cremos numa transcendência - imigrantes numa terra estrangeira (Ex 2, 22). E, apesar de todo o nosso conforto, material e até mesmo espiritual, não nos esquecemos jamais dos nossos irmãos, os que ficaram no Egito, lembramo-nos das vítimas da opressão do Faraó, são nossos irmãos! Por acaso nossos olhos não chorariam por um irmão?

São também nossos irmãos os Egípcios, pois fomos outrora contados entre eles (Ex 2, 10 e Rm 11, 32) não queremos sua destruição, queremos que libertem os nossos irmãos. Mas ter de pedir ao Faraó, dialogar, para que mude, que abra mão de seu poder e de sua riqueza, que respeite os escravos, parece tarefa impossível, uma utopia.

Porém, sonhamos o sonho o Papa Francisco, que é também o sonho dAquele em quem confiamos, o qual nos que fala através do Santo Padre, como falou na sarça ardente.

Por isso dizemos: "vadam et revertar ad fratres meos in Ægyptum ut videam si adhuc vivunt" (Ex 4, 18).
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Dayvid Simplicio 10/03/2022

A carta sociológica do Papa
A sabedoria de milhões do papa Francisco toma forma nessa carta profundamente sociológica, em que ele ultrapassa os muros ideológicos da religião e fala para o mundo inteiro, para todas as pessoas de boa vontade!

Os sonhos dele são às vezes utópicos, ele mesmo o confirma. Mas é bom sonhar com ele, para que o mundo e as pessoas melhorem.
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Douglas Colácio 21/10/2021

FRANCISCO. Fratelli Tutti.
O documento sobre a amizade social do Papa Francisco inicia com a frase de São Francisco de Assis: ?todos irmãos?. Essa máxima destaca a necessidade de que todos nos reconheçamos como irmãos. Nesse sentido todos somos irmãos independente das barreiras geográficas ou da proximidade física, mas a irmandade brota da natureza humana, da imagem e semelhança que todos nós carregamos.

Essa encíclica busca resumir a doutrina do papa sobre o amor fraterno, buscando o sonho de uma fraternidade universal, uma única humanidade preocupada com a mesma carne humana presente em todas as pessoas. As barreiras a essa fraternidade universal encontramos o egoísmo, o individualismo, o consumismo próprio de uma globalização de uma economia neoliberal de livre mercado e comércio global. Essa suposta globalização valoriza o nacionalismo dos países mais desenvolvidos que tentam impor uma uniformização cultural que destrói as culturas dos países subdesenvolvidos.

A fraternidade universal por outro lado, parte da valorização cultural dos povos, do reconhecimento de uma economia mais humana que tenha no centro a dignidade da pessoa, a liberdade humana e religiosa dos povos, destacando o diálogo e a comunhão internacional por meio de iniciativas globais que valorizam o local, como parte integrante do universal.

A parábola base para o Papa é a passem do bom samaritano que abdicando de todas as prerrogativas culturais e cultuais, demora-se ao atender um irmão caído e fragilizado, reconhecendo no caído, independente de sua vida ou de quem fosse, uma dignidade que lhe deve ser valorizada.

Por isso, o caminho da caridade, da fraternidade, do amor e da justiça são indispensáveis para se construir uma sociedade mais humana, fomentando uma amizade social que ultrapasse todo subjetivismo e todo individualismo relativista, mas se criando uma cultura, a cultura do encontro.
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Miguel 28/08/2021

O nome acertado de Francisco, escolhido por Jorge Mario Bergoglio como seu nome pontifício, encontra no papa um eco limpo e verdadeiro daquele que usou tal nome em Assis, na Itália.
A "Fratelli Tutti" se mostrou um texto magnífico e dá mais intimidade à missão pastoral do papa Francisco. Ainda mais próximo do leitor, ele fala quase diretamente à quem lê, conferindo pessoalidade em níveis que não conheci nos documentos pontifícios.
Mais importante que isso, a mensagem da encíclica é simples: através dos conceitos cristãos de amor, misericórdia, perdão e fraternidade se pode construir uma sociedade renovada, melhor configurada àquela sonhada por Deus. No entanto, Francisco não pára aí; aborda os conceitos e deixa-os claros o máximo possível, junto de seu entendimento das estratégias e métodos, pontos de partida e objetivos e metas necessários para realizar um projeto tão visceral como o da Fratelli Tutti.
Acredito que o toque mais revelador desta carta é a maneira como o papa deixa claro não ser um sonhador idealista; em seu texto não apresenta um conceito distante e romantizado, mas uma análise da concretude do mundo e - para alguns pode surpreender - da concretude da Palavra de Deus.
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Rubens Andrei 11/05/2021

Fratelli Tutti
Sensacional!

Essa "Encíclica social" do Papa Francisco aponta claramente distorções de sentidos e conceitos, mas nos apresenta uma forma de agir com coração aberto!
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André Junior 02/02/2021

Fantástico e necessário
O Papa Francisco escreve de forma extremamente acessível e, ao mesmo tempo, profunda. É o desejo que brota do coração do papa e de toda a Igreja Católica, que se construa, a nível mundial, um caminho de paz e justiça, diálogo e perdão. Não se trata de mera demagogia ou fingimento, mas de uma busca comum de promover o bem integral e a dignidade das pessoas. Todos têm direitos a boas condições de vida, à liberdade e à felicidade, todavia é preciso superar a ganância e os interesses individualistas em uma busca por políticas realmente comprometidas com a pessoa humana, para além de limites territoriais, étnicos ou religiosos. Política em prol do mundo, de todas as pessoas, sem distinção ou discriminação, acolhendo, resgatando e curando o mundo ferido. Economia em prol de um desenvolvimento humano e sustentável para todo o globo, sem oportunismos e explorações arbitrárias.
Todos somos irmãos, é preciso reconhecer esse apelo, semeando o amor para colher a felicidade dos povos.
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Rafael.Nicastro 29/12/2020

Em um período de transição, Papa Francisco pede amizade social para buscar a paz
Não há como discordar de que estamos vivendo em um período histórico de transição para um cenário diferente do qual estávamos acostumados. Pensadores e líderes dão suas sugestões em relação ao futuro, e o Papa Francisco não deixa de se posicionar.

Assumindo que já temos um cenário desenhado para o início de uma guerra, ele parte de uma visão ligada à dialética hegeliana de que, em meio aos radicalismos (tese de um lado e antítese de outro), podemos trabalhar juntos para construir uma síntese com base em diálogo, respeito, liberdade e, sobretudo, amor.

Em relação à estrutura da Carta, é possível enxergar a famosa lógica dos bispos latino-americanos: ver, julgar e agir. O Papa inicia colocando problemas da realidade atual, dando seu posicionamento e sugerindo saídas para podermos resolvê-los.

Sobre o conteúdo, ele reflete a partir do indivíduo - que é capaz de amar de forma que seu amor transborde no outro, dando vida ao conceito de "amizade social" - e segue em uma crescente, até o ponto de dar sugestões de medidas concretas à comunidade internacional - pedindo maior integração entre os países para resolver problemas globais e reformas nos organismos internacionais.

Esta Carta Encíclica passa a integrar a doutrina social da Igreja Católica, porém, é destinada a todos os homens de boa vontade. É certo que eu a li porque sou católico e gostaria de ver sua aplicação no mundo. A questão que fica é: como fazer para que as pessoas coloquem esse sonho da "amizade social" em prática?
Célio 29/07/2022minha estante
Irmão, gostei de seu comentário. Apenas gostaria de registrar que não existe menção a Hegel na Encíclica. Se o leitor assim o quiser enxergar, em alguns termos ou colocações, o fará... Todavia, lembremos, por exemplo, que «as diferenças são criativas, criam tensão e, na resolução duma tensão, está o progresso da humanidade» (F.T. 203) contém a mesma lógica de um poema de São Tomás de Aquino, que passou a fazer parte da liturgia canônica, a considerar "feliz" a culpa de Adão e Eva, porque mereceu tão grande redentor, lembrando de uma tensão presente desde a criação do mundo (muito antes de Hegel, portanto) e da criatividade que a resolveu. Saudações fraternas!




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