Célio 29/07/2022
Eu vi a opressão do meu povo
Fugindo da lógica do mundo (Ex 2, 15), e de nosso próprio pecado (Ex 2, 14), atravessamos um grande deserto e encontramos um refúgio. Estamos seguros com Reuel, ele deu-nos Séfora, estamos a salvos e temos nossa pequena porção de liberdade.
Mas, como Moisés, somos - os que cremos numa transcendência - imigrantes numa terra estrangeira (Ex 2, 22). E, apesar de todo o nosso conforto, material e até mesmo espiritual, não nos esquecemos jamais dos nossos irmãos, os que ficaram no Egito, lembramo-nos das vítimas da opressão do Faraó, são nossos irmãos! Por acaso nossos olhos não chorariam por um irmão?
São também nossos irmãos os Egípcios, pois fomos outrora contados entre eles (Ex 2, 10 e Rm 11, 32) não queremos sua destruição, queremos que libertem os nossos irmãos. Mas ter de pedir ao Faraó, dialogar, para que mude, que abra mão de seu poder e de sua riqueza, que respeite os escravos, parece tarefa impossível, uma utopia.
Porém, sonhamos o sonho o Papa Francisco, que é também o sonho dAquele em quem confiamos, o qual nos que fala através do Santo Padre, como falou na sarça ardente.
Por isso dizemos: "vadam et revertar ad fratres meos in Ægyptum ut videam si adhuc vivunt" (Ex 4, 18).