lecofaria 08/12/2020
Doce e Poderoso
(quase) borboleta, de Helder Caldeira
Lembro da minha surpresa ao ler Águas Turvas, o romance de estreia de Helder Caldeira. Eu me apaixonei pela história, pela narrativa, pelos personagens. Isso tudo sem esperar e sendo arrebatado por aquela obra.
Assim, foi com ansiedade que comecei a leitura de (quase) borboleta, o novo livro do autor (que tenho orgulho de dizer que nasceu na mesma cidade que eu e é da minha geração) e que a Editora Quatro Cantos gentilmente me enviou. E que deleite de livro, quanta delicadeza para se contar uma história de amor.
Um dos temas da história de Albert, um jovem criado em uma religião cristã de dogmas sensíveis, e Jared, um fotógrafo que é também uma celebridade, me é bastante conhecido. Talvez por isso eu tenha demorado para embarcar nas cores fortes e dramatúrgicas que Helder dá à narrativa. Mas foi impossível não me render. A poesia da escrita (e a trama envolvente e carregada no drama, que nos faz viajar) se sobrepõe ao preciosismo de minhas memórias.
(quase) borboleta, para mim, é uma ode às liberdades e ao amor. Ao direito de cada um ser quem é e como é, amando a si e ao próximo, mesmo que algumas (muitas) religiões insistam em dizer que o amor é pecado e preguem o ódio ao invés dos ensinamentos de Cristo.
Um livro lindo e doce. E com uma mensagem poderosa, como o bater de asas de uma borboleta.
Terminei a Leitura em: 08/12/2020
Cotação: 4,5 estrelas em 5