Jessie 17/02/2024
The crown of gilded bones
Chegamos ao terceiro livro dessa história que te surpreende a cada página que passa. Se o primeiro livro deixou um gancho que nos deixava enlouquecidos pelo próximo livro, o segundo deixou um ainda maior. Agora precisamos lidar com a chegada de Poppy à Atlântia e as consequências que vem com isso. Fomos deixados sem entender o que a rainha quis dizer e porque tudo aquilo aconteceu, na continuação vemos Poppy lutar pela vida e descobrir que o amigo da coroa era um traidor. Com sua amada longe, Casteel passa por cima de seus pais e da coroa para recuperá-la. Mal sabiam que aquele seria apenas o primeiro desafio encontrado pela Liessa e seu marido. O inevitável havia chegado e agora Penellaphe precisava decidir, se assumiria o que era seu por direito, o reino de Atlântia, ou se largava tudo e iria viver em outro lugar com Casteel. O futuro das duas coroas dependiam apenas dela, e a sua vontade de evitar guerras poderia levá-los a lugares inimagináveis.
Definitivamente esse foi o livro mais o que está acontecendo de todos, e olha que o segundo chegou bem perto disso. Depois que entendemos que a Poppy é algum tipo de ser diferente dos conhecidos, descendentes dos deuses fica muito complexo acompanhar todas as mudanças que vão se sucedendo. No começo achei isso meio chato e até mesmo cansativo, afinal foram tantos acontecimentos com tantas novas histórias que ficava realmente difícil de compreender. Foi então que entendi, era assim que ela se sentia. Poppy descobriu as coisas na mesma velocidade que a gente, há pouco tempo ela era apenas a donzela, a protegida, enviada pelos deuses. Tudo que estava acontecendo era demais para ela também. A terrível sensação que todos os personagens sabiam muito mais do que ela, que todos tinham respostas para as coisas, era quase ensurdecedor. Claro, ainda acho que muitas coisas foram exagero, cada livro com 800 páginas e nenhum acontecimento ou criatura se repete, é muita história nova e muita coisa pra descobrir, compreender e assimilar ao mesmo tempo.
Em um momento desisti do livro, não pela história em si, mas pelo ritmo lento que se arrastava em longos capítulos. Da metade pro final é como se a história andasse mais rápido já que há uma urgência com a emersão da guerra e a outra coroa se mostrando mais forte. A transformação da Poppy nos últimos capítulos mostrou quem ela será nos próximos e me deixou bastante animada. É como se ela perdesse as últimas conexões que a ligavam com a donzela que ela precisou ser e finalmente assumisse a pele de quem ela é. Algo bastante notável foi a forma que a relação dela com os personagens secundários foi mais de amizade e companheirismo, agora ela conhece a todos e pode aceitar ter vínculos mais longos e de carinho. A relação com Casteel ta finalmente bem estabelecida e nenhum dos dois tem dúvidas sobre os sentimentos, isso deixa espaço para Poppy circular por outras relações e aumentando sua conexão com os atlantes e lupinos.
Apesar do início mais lento, vale muito a pena continuar o livro e seguir nessa história. O crescimento dos personagens, a evolução do enredo, tudo culmina para outro gancho que te deixa sedento por mais. A história dos ascendidos e dos atlantes finalmente chega a beira da montanha, e agora depende apenas de Poppy garantir a vitória de seu reino.