Por um feminismo afro-latino-americano

Por um feminismo afro-latino-americano Lélia Gonzalez




Resenhas -


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camistozs 22/04/2024

A sociedade realmente evoluiu nos últimos 50 anos?
O livro é um compilado das manifestações escritas e orais de Lélia González nas décadas de 70/80, retratando a questão racial na sociedade brasileira.
Preciso dizer que MUITA coisa levantada no livro persiste nos dias atuais, 50 anos depois e em uma sociedade democrática: o mito da democracia racial; o fato de que - para o setor hegemônico - qualquer insurgência contra práticas racistas seria um "racismo às avessas"; a apropriação cultural, entre tantos outros relatos.
Me surpreendeu demais o fato de que a sociedade brasileira atual tem o mesmo discurso daquele propagado em um regime ditatorial.
O conceito de amefricanidade precisava ser fortemente difundido, para que se compreendesse que os latino-americanos possuem uma identidade própria, específica, e deixassem de tentar com todas as forças se identificarem com o padrão europeu/estadounidense dominante.
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Geisalanis 23/01/2024

De verdade não gostei o livro parece mal organizado com trechos repetidos o tempo todo. E fala mais de racismo e branquitude do que de feminismo
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Carol 21/10/2023

Lélia
Li esse livro quando ainda estava no ensino médio, sou completamente apaixonada no trabalho da Lélia. Obtive um crescimento tanto pessoal tanto de conhecimento ABSURDO.
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Beaakym 07/08/2023

Uma leitura necessária
Nessa coletânea são recuperados os escritos,entrevistas, discursos etc de uma das maiores figuras expressivas feministas amefricanas do nosso país: Lélia Gonzalez, que não se prende a sociologia e escritas complicadas voltadas pra uma minoria intelectual, mas sim o nosso "pretuguês", cotidiano da vida da massa popular, explorando diversas áreas de conhecimento e estudos voltados pra América Latina, especificamente para a realidade brasileira, coisa que não víamos sempre porque os discursos esbranquiçados tentavam esconder essa "parte feia" com o mito da democracia racial.
Aprendi demais com esse livro e digo que devemos destacar essa figura incrível que temos aqui, não ficar procurando algo "melhor" fora do nosso país como muita gente faz. Viva nossa amefricanidade.
LEIAM LÉLIA GONZALEZ.
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Messias 18/01/2023

O pensamento da Lélia Gonzalez é indiscutivelmente inspirador, para dizer o mínimo. Mas achei a organização do livro um pouco estranha. Entendo a relevância de reunir os escritos dessa grande autora mas, para uma leitura linear, isso torna o livro meio cansativo, já que em vários textos ela desenvolve um mesmo pensamento, recuperando trechos, às vezes longos, de outros textos. Quando você vai ler o livro todo, soa repetitivo.
O apêndice achei completamente solto. Além de não dialogar de maneira explícita com o conteúdo do livro como um todo, faz referência a um contexto específico e um conjunto de obras que precisam ser lidas para seu entendimento.
Enfim, cinco estrelas para os textos da Lélia, mas quatro para a organização do livro.
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Rodrigo 22/05/2022

A seleção!!!
Magistral essa seleção de ensaios da Lélia Gonzalez, com reflexões que nos fazem repensar nossas práticas antirracistas e como é importante que essa luta seja de todos e para todos.
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Antônio 01/05/2022

Imprescindível do começo ao fim, o conjunto de textos aqui reunidos denuncia um Brasil visto por poucos e sentido por muitos. Com um rigor científico primoroso, Lélia Gonzalez explica as raízes da exploração da mulher negra e das camadas empobrecidas do Brasil, fazendo um trabalho de desvendar as ideologias que escondem as faces do racismo brasileiro e demonstrando o quanto somos influenciados pela cultura dos povos sequestrados de África. Por isso, ela cria o termo ?amefricanidade? para explicar nossas origens que as instituições oficiais insistem em explicá-las pela ótica do Ocidente.

Ela nos apresenta as novas formas de enxergar o Brasil. É uma obrigação morar neste país e estudar a obra de Lélia Gonzalez.
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Fernanda Wolf 02/01/2022

Ser feminista é tomar consciência da sua condição de mulher
Nesse compilado de artigos, reflexões e entrevistas de Lélia Gonzalez, temos um apanhado de toda a sua visão de mundo baseada, principalmente, pela sua vivência como mulher negra no Brasil e pela sua atividade como militante negra em diversos cenários políticos, sociais e culturais.

O livro possui uma qualidade absurda de conhecimento e debates acerca da falsa sensação de democracia racial no Brasil e do papel das mulheres dentro de nossa sociedade. Instiga também questionarmos teorias consolidadas de diversos pesquisadores sociais do século XX.
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Rafael 19/08/2021

?Leiam Lélia Gonzalez?
Flavia Rios e Márcia Lima fizeram um primoroso trabalho ao reunirem, em uma única obra, diversos ensaios, intervenções e diálogos realizados por Lélia Gonzalez, uma das intelectuais negras mais expressivas do Brasil, no século XX.

Como professora, umas das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU) e integrante do Coletivo de Mulheres Negras Nzinga, Lélia enfrentou temas muito caros à população negra, sobretudo na década de 80, com contribuições que se fazem ainda fortemente sentir, hoje, nas esferas acadêmica e política.

Dos seus escritos se extraem denúncias ao racismo e seus desdobramentos concretos no país, nas formas de discriminação geográfica ou espacial; discriminação cultural; falta de dados quantitativos que permitam melhor informação a respeito da população negra; e discriminação ocupacional, dentre outras.

Os efeitos acima são ainda mais devastadores para as mulheres pretas e pobres. A tríplice discriminação (raça, classe e sexo) imposta a estas, também analisada por Lélia a partir da expressão popular "branca para casar, mulata para fornicar, negra para trabalhar", constitui uma das razões para cada vez mais se falar em feminismo afro-ladino-americano (a amefricanidade proporciona ao negro uma consciência efetiva de si enquanto descendente de africano, de seu histórico de adaptação e resistência, e promove um entendimento mais profundo dessa parte do mundo onde ela se manifesta: a América como um todo - Sul, Central, Norte e Insular).

Outro termo bastante difundido por Lélia, em suas obras, é o "pretuguês" (português africanizado). Sua constante prática entre nós, hoje, decorre da resistência passiva (mas ativa quanto à sua eficácia) exercida pela "mãe-preta", no passado colonial. Enquanto mãe, ela passou para toda criança brasileira as categorias das culturas africanas de que era representante. Internalizamos seus valores, inclusive a língua materna.

Os ensinamentos de Lélia jamais serão esquecidos. Não à toa disse Angela Davis (com a qual faço coro), em visita ao Brasil, certa vez: "Leiam Lélia Gonzalez!".
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