Krupert: o Primeiro Necromante

Krupert: o Primeiro Necromante Adriano Silva




Resenhas - Krupert: o Primeiro Necromante


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Bruno1041 07/06/2020

APOSTANDO NA FANTASIA JUVENIL, ADRIANO SILVA COMPARTILHA A FORMAÇÃO DO NECROMANTE KRUPERT
KRUPERT - O PRIMEIRO NECROMANTE inicia-se com a apresentação do continente onde todo o enredo se passará. Ele se chama Biteron e logo de cara temos um vislumbre sobre como os humanos habitaram este continente mágico, e que mais para frente será detalhado pelo autor que não poupa em nós entregar todos os detalhes desta terra para que não aja furos que o leitor perceba. Isso foi uma característica que gostei mas que também me foi cansativa. Entendam, é bom sempre os enredos serem bem construídos, mas muitos detalhes cansam e podem afastar o leitor da leitura descompromissada; terá que ficar 100% focado para não se perder.

Acompanhamos Krupert desde sua infância com sua família trabalhando duro para não passar fome. Passamos pelo ponto onde ele e seu irmão Logap, ainda pequenos, são levados - por obrigação da localidade onde se estabeleceram - embora pelo Mestre Lord para serem treinados como os objetivos de tornarem-se mago e guerreiro, respectivamente. Na ilha Taolk, acompanhamos sua evolução e sacrífico durante os anos para poder receber o grau de Iniciado na magia que é quando finalmente se tornaria um mago, de fato.

Um detalhe que me chamou atenção foi Krupert não parecer sentir demasiada falta da família mesmo quando o seu irmão Logap é enviado para outra localidade, a Academia. Esse sentimento tão universal - ou pode apenas brasileiro - foi suprimido pelo autor que o justifica pelos afazeres diários e cansativos que Mestre Lord lhe proporciona.

Durante a viagem que enfim o fará se tornar um mago, Krupert e seu assistente Sonyn auxiliam uma mulher desesperada por ajuda pois seu filho caiu em uma caverna perto da estrada. E é neste local que a vida do aprendiz sofre revirada com ele entrando em coma, como este que mudará toda a sua jornada e o fará questionar tanto o seu governo e história do continente Biteron como a origem da magia.

Parabenizo Adriano Silva pelo zelo na criação da política que rege o continente. Mesmo ela parecendo em alguns momentos confusa, por conta de suas ramificações nas cadeias de comando das cidades e vilas, é claro que os Cinco Grandes Mestres são os governantes supremos de Biteron e que são vistos pelos habitantes quase como deuses. Fica o aviso de que a política é o pilar de toda obra visto que sem ela as missões de Krupert não aconteceriam e ele não teria contato com a história do continente e nem participaria das batalhas dos clãs.

Sobre os personagens secundários tive grande afeição pelo Sonyn que teve papel mais de figuração. Acredito que ele poderia ter sido melhor trabalhado afim de se tornar a mão direita do Krupert. Já Danáh - jovem do mundo subterrâneo e que nos apresenta mais sobre a história da humanidade - tem uma personalidade que infelizmente não simpatizei tanto visto que a mesma não larga Krupert independente de como age, toma decisões e passe tanto tempo longe. Entretanto, se pararmos e analisar a história da própria humanidade veremos Danáh é a representação do passado, pois era comum séculos atrás - e que ainda hoje tem grande influencia tradicional - que as mulheres esperassem pelos maridos o tempo que fosse de suas viagens. Me pego pensando que a lealdade vinha em primeiro e que isso se confundia ao que popularmente foi chamado de amor.

Krupert eu não consegui sentir intimidade. O santo não bateu. Ele é um herói que faz o que é necessário tendo certas passagens que parece que a confusão sempre o procura. Ele tinha a escolha de viver uma vida tranquila ao lado de Danáh em uma terra tranquila e sem guerras, mas pelo fato do dever vir como prioridade temos um herói que está a todo momento em constate perigo.

Nos últimos cinco parágrafos da história, quando parecia que tudo já havia sido entregue e podíamos dar a obra como volume único, temos uma informação que atiça a curiosidade para saber o que mais Krupert pode fazer em Biteron.

Li a obra na versão digital então não tenho propriedades para opinar sobre a edição física.

A escrita do Adriano é fluída fazendo a leitura transcorrer mesmo com seus momentos confusos. Entretanto, certas palavras utilizadas para descrever as ações dos personagens soaram demasiadamente comparativas me fazendo ter a sensação de uma mosca o tempo todo a interromper o fluxo da leitura.

Quanto ao público-alvo (juvenil) tenho ressalvas se foi boa escolha do autor, pois percebo que a concentração nessa faixa etária pode não ser lá das melhores, ainda mais nos tempos atuais com as redes sociais e canais de streamings ao dispor 24h. Seria interessante se no próximo livro da saga - que acredito que possa ter - o autor mudasse o tom e focasse para o público adulto.

Recomendo a obra para os leitores que gostaram das tramas políticas envolvidas em As Crônicas de Gelo e Fogo e a ideia de povo subterrâneo que a série televisão The 100 explorou, pois em KRUPERT - 0 PRIMEIRO NECROMANTE também temos esses ingredientes e eles são fantásticos!

site: http://www.refugioliterario.com.br/2020/05/apostando-na-fantasia-juvenil-adriano.html
Adriano Silva 11/06/2020minha estante
Oi amigão. Eu gostei também da sua crítica. Como eu já comentei antes essa foi minha primeira experiência na escrita publicável. Eu sei que às vezes exagerei muito, fui um pouco, ou muito repetitivo, mas é coisa de iniciante. Acho que me saí razoavelmente bem para um amador na primeira tentativa em escrever um livro. Eu tenho planos para o Krupert (livro), humildes, mas que tem me empolgado um pouco. Pretendo refiná-lo, diminuir esse primeiro livro, acrescentar mais dois livros, produzindo uma trilogia. O Krupert (personagem) é ambíguo mesmo, ele é quase um anti herói, mais para frente o verdadeiro caráter dele vai despontar. A sua crítica foi muito instrutiva, irá me ajudar nessa pretensa reconfiguração da trama. Ah, a edição física ficou muito boa! Obrigado.




Eduardo Mateus | @somaisumaleatorio 20/05/2020

O termo “necromante” vem de necromancia, que entende-se que é a suposta arte de se comunicar com o mundo espiritual para obter informações do futuro por meio da invocação dos mortos. Termo também conhecido por referir-se à magia feita com propósitos ruins ou para fazer mal a alguém. O tema já foi utilizado em diversas séries, jogos e é um assunto recorrente em alguns livros de fantasias e terror.

Nesse livros iremos acompanhar a trajetória de autoconhecimento do jovem mago Krupert para superar os próprios limites e proteger sua família, mesmo que para isso precise quebrar as regras de seu mundo e invocar uma magia jamais utilizada. Aventurando-se na misteriosa Terra de Biteron, após ser separado de seu irmão, Logap, para desenvolver habilidades especiais, Krupert enfrentará o desconhecido, clãs rivais, feras abomináveis e o peso de incríveis descobertas, dentre elas o amor e a verdadeira amizade.

A leitura desse livro foi muito tranquila. Embora mais uma vez possamos ver a saga do “herói” o que é típico de se ver em histórias do gênero, achamos características de um universo próprio e original onde vemos um protagonista que não é só bem nem muito menos mal, ele possui suas fraquezas e isso é totalmente visível. O que mais gostei nessa história foi por me lembrar muito cenário de jogos de RPG, onde encontramos os magos, que estão para proteção de um reino ou mesmo destruição, mas também temos a cavalaria de soldados treinados para ser os escudos vivos e ferramenta fundamental em uma guerra.Embora eu tenha tido dificuldade para pronunciar alguns nomes, como por exemplo o do protagonista achei os personagens muito carismáticos e afetuosos o que torna a leitura fluida e não cansativa.

Para amantes de histórias de fantasia, com personagens poderosos e muito criativos, pode ler sem medo de ser feliz esse livro. A leitura é rápida e muito fluida, além de ser um produto de autoria nacional. Vamos valorizar a nossa arte.

Para mais resenhas de outras obras, sigam minha pagina no instagram: @somaisumaleatorio

site: https://www.instagram.com/p/CAY1mnfDjFZ/
Adriano Silva 11/06/2020minha estante
Olá amigo. Obrigado pela crítica. Como minha primeira aventura na escrita, minha primeira publicação, acho que fui razoável, sem falsa modéstia. Obrigado.




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