Ana 31/03/2021
Em 2012, Malala Yousafzai sofreu um atentado a tiro do Talibã que quase tirou sua vida. A paquistanesa tinha apenas 15 anos quando isso aconteceu, mas sua imagem já era conhecida internacionalmente por defender o direito à educação para todas as crianças, especialmente as meninas. O Talibã não gostava do discurso de Malala porque acreditavam que ela pregava uma educação ocidentalizada, ou seja, para eles as meninas não deviam ir à escola.
Eu já conhecia a história de Malala, mas soube de muito mais detalhes ao ler Longe de Casa, livro em que contou sua jornada como refugiada. Após o ataque do Talibã, ela foi obrigada a deixar sua terra natal no Paquistão e passou a viver em Birmingham, na Inglaterra. Só conseguiu voltar ao vale do Swat em 2018, já com 20 anos de idade, e só de passagem com um grande esquema de segurança. Assim, ao ler Malala: Minha História em Defesa dos Direitos das Meninas conheci todas as situações que a fizeram chegar onde está hoje.
A jornada de Malala é importantíssima e, portanto, deve ser conhecida por pessoas de todas as idades: nos ensina valores, quebra preconceitos religiosos e culturais e nos inspira. Quando levou aquele tiro, Malala nem imaginaria que ganharia o Nobel da Paz aos 17 anos por seu ativismo pela educação, tornando-se assim a pessoa mais jovem a ser laureada com o prêmio, ou que estudaria na Universidade de Oxford, uma das melhores do mundo.
Malala: Minha História em Defesa dos Direitos das Meninas foi lançado em dezembro de 2020 e pretende atingir o público que está na transição da infância para a adolescência, aquela idade-limbo entre 10-13 anos, sabe? É cheio de ilustrações lindas de vários momentos importantes que aconteceram na vida da garota, mas também tem muito texto corrido. A narrativa também é muito simples, capta apenas o mais importante de cada período da vida de Malala, mas acredito que seja uma adaptação muito boa da versão original, intitulada Eu Sou Malala.
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