Aline 23/04/2023
De fato, uma farmácia.
Doses homeopáticas das ideias fundamentais que continuem o Objeyivismo, corrente filosófica criada por Ayn Rand, que realça o indivíduo, que o coloca no centro de qualquer discussão ética, moral, política...
Mas, ok... calma!
Está obra do Prof. Dennis Xavier é, sem dúvidas, um produto de seu tempo. Trata-se de adequação da filosofia ao tempo RM wue vivemos. Por isso, as menções as redes sociais, aos "cancelamentos" da Internet são frequentes. É, em minha opinião, o livro ideal para a imersão inicial neste mundo filosófico. Afinal, com linguagem fluida e atual, referência aos tempos em que vivemos, o autor inicia a obra apresentando o nascimento da filosofia grega.
Suas bases estão ali, juntamente com diversas referências (que instigam e encaminham o leitor à pesquisa); referências à Ilíada e Odisséia de Homero, à A República de Platão, aos mitos gregos...
Tendo situado o leitor àqueles tempo e local, o autor apresenta os elementos essenciais da filosofia grega que embasam o Objetivismo: liberdade, pragmatismo, racionalidade, incerteza do futuro. Tratam-se de fundamentos a partir de Aristóteles.
Apenas depois, o autor entra no Objetivismo e o apresenta: "pensar racionalmente é um ato de vontade". Destaca a apreensão da realidade como de fato é, sem qualquer misticismo ou desejo. Por consequência, a razão é o único guia para a ação do indivíduo.
Após apresentar de forma geral o Objetivismo, o autor apresenta a Ética Objetivista, ou seja, os padrões morais necessários à esta mente racional. E aqui nos deparamos um dos termos mais deturpados atualmente: o egoísmo, que não teria valor negativo, tratando-se simplesmente da preocupação do indivíduo com seus próprios interesses. Se a vida é o mãos alto padrão moral do homem, por que seria errado preocupar-se com si? Assim, Rand criou "A virtude do egoísmo".
E o autor segue apresentando aspectos do Objetivismo: o anticoletivismo, a burrice do racismo, o capitalismo e a felicidade (inclusive, em termos aristotélicos).
Em seu epílogo, o autor retoma os pontos comuns da filosofia de Ayn Rand com o que nos deixou Aristóteles. E, por fim, há transcrição de conversa com Lara Nesteruk, uma grande divulgadora da filosofia se Rand no Brasil. E, caso você ainda esteja em dúvida, sugiro que assista o vídeo desta conversa, disponível no YouTube.
Após ler A Farmácia de Ayn Rand creio que o leitor possuirá as bases necessárias para ler Ayn Rand e os Devaneios do Coletivismo, obra que traz uma série de artigos sobre a autora e sua filosofia. Apenas após este, sugeriria que o leitor passasse a ler as obras da autora.