Mhery
09/02/2021a sinopse é bacana, já o desenvolvimento da história...essa foi a segunda vez que comprei uma dessas caixas/assinaturas para leitores, por conta de um post que vi no feed da intrínseca no instagram promovendo a caixa de janeiro de 2021, com um livro de distopia. fiquei ansiosa pela entrega, e assim que chegou e li a sinopse, achei fantástica a base da história, pois eu particularmente nunca tinha lido antes um livro de distopia fortemente relacionado à economia.
a revista de apoio que vem no kit meio que nos ajuda a entender mais o contexto do que virá no livro, sendo assim já iniciei a história conhecendo um pouquinho sobre a família mandible, que no livro nos é apresentada cada vez mais ao longo da história. nela, o magno grand man é um cara muito rico, e é um dos entes vivos mais antigos da família. todos na família meio que aguardam pelo bater das botas dele a fim de meterem as mãos na herança. porém ocorre meio que da noite pro dia um revés econômico mundial, onde os estados unidos é o país que mais sai perdendo, e acompanhamos (mais) a família mandible (do que o resto do país) entrar em apuros por conta dessa situação.
basicamente, o resumo da ópera é esse. minha percepção sobre o livro: quando eu li a história, achei que ela poderia crescer de muitas maneiras possíveis - afinal é uma distopia econômica (uma área que eu não conheço muito), então vamos lá, autora, me surpreenda! mas acabou que o livro não chegou nesse ápice para mim, e pior que isso - a história parece ambientada em uma aula da faculdade de economia do 5º período em que você chegou na metade, e você começa a perceber que mal finalizou o ensino médio... fiquei perdida em alguns conceitos que foram utilizados a fim de justificar o que vai se desenrolando na história, e fiquei pensando: será que havia necessidade de entrar nesses méritos? os possíveis leitores medianos (e eu me incluo aqui) que pegam esse livro acabam por criar meio que uma antipatia, um distanciamento, por conta disso. a história poderia ser mais leve e não entrar tanto nos méritos e conceitos econômicos, e pegar mais pesado mostrando como a população está sofrendo.
fora isso, do meio pro final há uma quebra na narrativa com um pulo para alguns anos no futuro, onde as situação da população mudou bastante. eu, particularmente, achei que foi uma forma muito abrupta de fazer isso. talvez a autora pudesse até dividir o livro em dois, pois ficou muito mais pesado ter que digerir novamente outra realidade.
acho que a autora teve umas ideias bacanas além da questão econômica e saiu jogando na história - como por exemplo, a questão da relação da família com os livros, tendo toda uma crítica em cima da outra crítica, fora outras críticas a outros temas que também são feitas - por exemplo a questão da americanos e latinos. ela basicamente tirou tudo o que tinha na sexta feira à noite e fez a janta, sabe? mas deixou MAIS PESADA AINDA... porquê, Lionel???
achei o encerramento da história piegas, foi uma forma não muito ruim (mas não chega ao nível de ser boa) que ela encontrou pra resolver algumas questões. não me convenceu.
é isto. basicamente a intrínseca prometeu e a autora não entregou. o que é uma pena, pois seria relevante ter livros de distopias atuais não tão YA como "Jogos Vorazes", "Divergente" e até mesmo "O Poder".