A última filha

A última filha Fatima Daas
Fatima Daas




Resenhas -


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Ariela 02/03/2023

"Eu lamento que não me ensinaram a amar."
Esse livro é uma experiência poética e rápida. O jeito que ele trata temas como a sexualidade/ gênero dentro do islamismo, relacionamento com família e principalmente auto descoberta me encantou. É um livro rápido que merece mais conhecimento. A leitura é fluida demais, não tenho muito o que falar aqui, o livro fala por si só. A jornada de auto conhecimento da autora/personagem é narrada desde a infância não de maneira cronológica, sua jornada de relacionamento com a família e mulheres também.

A figura da mãe mais uma vez tal qual na sociedade sendo uma mulher que vive pelos outros e não pelos seus próprios sonhos e vontades me deixou um tanto quanto triste pelo tanto que é caricato.

Leitura fluida e boa para se fazer de um livro pro outro. Uma boa surpresa.

"Não quero explicar a minha paixão ? isso significaria considerá-la um erro ou uma desordem a ser justificada ? mas simplesmente a expor."
Gabrielly 06/03/2023minha estante
Suas resenhas são muito boas




Ludmila 07/06/2022

Leitura interessante e inovadora!!
Em uma narrativa contemporânea interessante que mistura poesia, autobiografia e ficção, a autora utiliza a escrita como forma de dar voz ao silenciamento de uma mulher franco-argelina muçulmana homossexual!

Livro do mês do Clube de Leitura feminista da editora Bazar do Tempo!!

"Sou a caçula, a última filha. Aquela para a qual não estamos preparados. Francesa de origem argelina. Muçulmana praticante. Uma suburbana que observa os comportamentos parisienses. Sou uma mentirosa, uma pecadora... Escrevo histórias para evitar viver as minhas".
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mimperatriz 09/06/2022

A ultima filha
Que livro potente!

Em ?A última filha?, Fatima Daas imprime autenticidade ao utilizar uma linguagem fragmentada e uma estrutura de texto muito particular que prende o leitor logo nas primeiras páginas.

Além disso, os temas discutidos são atuais, relevantes e necessários. Fátima é vulnerável e isso também conecta o leitor.

Ela conta um pouco da vida de Fatima Daas - sim, ela é a narradora e a protagonista da história -, francesa de família argelina e muçulmana que está descobrindo os sentimentos, o amor, a sexualidade e principalmente o seu lugar nisso tudo.

Num mundo que significamos o gênero e a religião das crianças antes mesmo do nascimento, é fundamental que as pessoas conversem sobre as diferenças. É importante lembrar que a identidade de gênero é uma criação social e por isso todas as formas de esclarecimentos sobre o tema - e de descobertas, inclusive na ficção - são importantes para que as pessoas se identifiquem, se entendam e se sintam representadas na sociedade (lembrando aqui que a Simone de Beauvoir afirma, nas minhas palavras, que ?a gente não nasce, a gente se torna? e Foucault, ao falar do corpo e do poder disciplinar, afirma que o longo processo histórico de normalização e normatização das condutas vão sistematicamente suprimindo as familiaridades naturais e ?disciplinando os corpos?).

O livro é potente, mas também é sensível e de extremo bom gosto.

Leiam A última filha.
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alineaimee 28/06/2022

Um romance não-binário
Fatima Daas é francesa, caçula de uma família argelina, muçulmana, asmática e queer.

Com uma prosa híbrida, composta por capítulos curtos, iniciados sempre com 'Eu me chamo Fatima', a jovem autora cria uma autoficção poética cujo centro é a própria identidade.

Uma identidade que se desenvolve a partir de incertezas - ser menina ou menino, francesa ou argelina -, de certezas - amar Alá e mulheres - e de fragilidades.

Cadenciado como um rap ou uma oração, cada pequeno relato de "A última filha" compõe o mosaico desse exercício de observação do mundo e de si mesma, em que tradição e modernidade se tensionam e se complementam.

Consciente de seu lugar errático na própria família e religião, Fatima é capaz de olhar generosamente para outros indivíduos desfavorecidos. Ela, no entanto, anseia por pertencimento, quer ser acolhida em seu grupo de origem. A jovem arredia que ouve Kendrick Lamar e lê Marguerite Duras sente conforto junto ao afeto tátil e tagarela das tias e avós argelinas. E é ao longo do processo de tentar compreender a natureza do amor de Alá que ela começa a desemaranhar o novelo dos próprios desejos.

Da forma ao conteúdo, "A última filha" é um bildungsroman de orientação não-binária, onde síntese e definição abrem espaço à criação de algo novo, sempre convulso.
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Renata Vaz 06/09/2022

A última filha
O livro foi indicação do livreiro da Via Sapiens depois que pedi sugestões de livros que falam sobre relacionamentos entre mães e filhas. Vamos conhecendo a personagem Fátima Daas, que é também a autora, através de pequenos capítulos que mais parecem páginas de um diário. Poético, sistemático, leitura rápida e agradável e que fala sobre um tema muito relevante e contemporâneo que é a questão de gênero/sexualidade e o quão difícil pode ser o ?revelar-se? para a família. Recomendo forte.
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Veri 10/09/2022

Boa surpresa
Eu não estava nada animada para ler A Última Filha, que foi o livro escolhido no meu clube da leitura. O assunto realmente não me interessava.

Mas foi uma grata surpresa! Fatima Daas tem o dom de uma escrita super engajante, interessante, e direta.
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Carol 09/10/2022

A Última filha
Fatima Daas traz uma escrita poética, rápida e, muitas vezes, parece que ela está falando contigo presencialmente.
A história me trouxe lembranças da minha relação com meus pais e de como a religião nos sufoca quanto a orientação sexual.
Belamente escrito?
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aline203 08/11/2022

mediano
é um livro escrito em formato misturado: meio prosa, meio poema. a autora fala sobre seu dia a dia de forma introspectiva e aos poucos vamos descobrindo quem é ela, como é sua família, seus desejos e sofrimentos.
não vi muito aprofundamento nos temas, todos são citados e te levam a algumas deduções.

é um livro interessante mas não gostei muito, eu classificaria na prateleira dos infanto-juvenil.
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nemlanency 26/11/2022

Esse livro me deixou nervosa
Ou talvez desesperada seja a palavra que melhor se enquadre. Não aguento mais buscar o desconhecido atrás de falta de identificação e não encontrar nada mais do que reconhecimento.
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PRIMF 04/01/2023

Conhecendo Fátima
Um relato sensível e autêntico do despertar de uma identidade.

Autobiografia com ficção, trata do mosaico de descobertas da juventude de Fátima e traz questões - ainda que não tão profundamente - como espiritualidade, relações familiares, preconceitos, orientação sexual, vocações e pertencimento. Leitura rápida.
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Fabi 08/01/2023

Li com alegria esse livro que fiquei na dúvida se é 100% autobiográfico, mas que tem a pegada de ficção/crônicas/diário.
Fatima conta sua saga em se descobrir, aceitar, ser aceita por ser diferente do que aprendeu como convencional. Aprendizado esse que veio da família e da religião.
A relação com os pais é prato cheio pra psicanálise, embora eu acredite que Fatima seja assim porque simplesmente é.
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Bookster Pedro Pacifico 11/01/2023

A Última Filha, de Fatima Daas
Um livro, acima de tudo, sobre a busca por uma identidade. “A última filha” é uma obra diferente de tudo que você que já leu, principalmente pela forma como a autora constrói sua narrativa. Mistura de autobiografia com ficção, em que o ritmo cadenciado das frases marcam os capítulos curtos. Como a sinopse indica, o ritmo de Fatima Daas ecoa “o rap ou o slam, ou ainda as rezas do alcorão”. Difícil de explicar para quem ainda não leu.

Além da escrita, os temas abordados pela autora são interessantíssimos. Fatima Daas é francesa, descendente de pais argelinos. Sua vida é marcada pelos conflitos. Como sentir a França como sua casa se seus pais não se identificam com o lugar e cultura? Como lidar com o choque cultural de ser criada em uma família muçulmana praticante em um país majoritariamente católico?

Mas os conflitos não param por aí. Fatima faz parte da comunidade LGBTQIA+ e nos conta sobre sua paixão por uma mulher, portanto, se vê como uma pecadora. Isso não a impede de viver o que ela realmente é, da forma que se identifica. Será possível ser muçulmana, religiosa, e divergir do padrão heterossexual?

A definição de Fatima pela própria autora deixa mais nítido o que encontraremos no livro: “Eu me chamo Fatima Daas. Sou a mazoziya, a caçula, a última filha. Aquela para a qual não estamos preparados. Francesa de origem argelina. Muçulmana praticante. Uma suburbana que observa os comportamentos parisienses. Sou uma mentirosa, uma pecadora. Adolescente, sou uma aluna instável. Adulta, sou hiperinadaptada. Escrevo histórias para evitar viver a minha.”

Um livro muito interessante, daqueles que a gente lê em poucos dias. Vale a experiência de partir para uma leitura diferente do que estamos acostumados a fazer, tratando de temas muito atuais.

Nota 8,5/10

site: https://www.instagram.com/p/CmXpnKtDNTb/
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Biblioteca Álvaro Guerra 18/05/2023

Um livro, acima de tudo, sobre a busca por uma identidade. “A última filha” é uma obra diferente de tudo que você que já leu, principalmente pela forma como a autora constrói sua narrativa. Mistura de autobiografia com ficção, em que o ritmo cadenciado das frases marcam os capítulos curtos. Como a sinopse indica, o ritmo de Fatima Daas ecoa “o rap ou o slam, ou ainda as rezas do alcorão”.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786586719970
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Helder 03/06/2023

A procura de uma identidade.
Mais um livro que engana.
Um livro curto, parece uma história e uma escrita simplista, mas quando volto atrás para pensar no que li vejo que não é bem assim.
O livro parece ser feito em cima de dúvidas. Sempre a procura de respostas. No texto e até na estrutura narrativa.
A única coisa certa é que Fatima Daas é a última filha. A mazoziya. A caçula.
Como ela nos diz, nascida por acidente e de cesariana na França Católica, mas filha de Argelinos Muçulmanos.
Já começa aí uma busca por identidade, pois não conhece a cultura Argelina, já que foi a única pessoa da família a nascer na França, mas também não se sente completamente francesa, pois seus pais insistem em viver em bairros habitados majoritariamente por imigrantes.
Também não se sente 100% muçulmana, pois seus pais não frequentavam tanto as mesquitas, mas o bairro onde escolheram viver era majoritariamente muçulmano e as vezes o pai decidia pregar a palavra usando o corão.
Mas suas maiores dúvidas dizem respeito a sua sexualidade, pois desde pequena sabe que não se interessa por meninos e ao crescer caiu no dilema: é possível ser uma lésbica muçulmana?
É triste ver o quanto ela busca ajuda na religião para deixar de ser uma pecadora, refletindo até em atitudes homofóbicas. E como contar isso para sua família?
Mas a cereja do bolo de todo este processo de autoconhecimento é a técnica narrativa encontrada pela autora. O texto poético e fluido, às vezes me lembrava um rap, outras vezes uma oração. E sempre a repetição ao início de um novo e curto capítulo, como se fosse o refrão de uma música: Eu me chamo Fatima Daas. Como se precisasse provar sua história para alguém.
Ler este livro foi como sentar em um bar com Fatima e deixar ela me contar sua vida, da maneira mais sincera possível.
Um belo livro.


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Lobita_______ 25/06/2023

Envolvente
Na verdade muito envolvente, uma autoficção que parece mais uma poesia, uma oração ou autoafirmação. Uma mina crescendo e se descobrindo em meio a sua religião, sexualidade, sua nacionalidade, problemas de saúde, conflitos familiares. Você se sente lendo uma coisa muito íntima. Chorei no final e eu leio é pra sofrer mesmo
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