Te Amo, Te Odeio, Sinto Tua Falta

Te Amo, Te Odeio, Sinto Tua Falta Elizabeth Scott




Resenhas - Te Amo, Te Odeio, Sinto Tua Falta


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Annie 10/10/2011

Simplesmente lindo!
TE AMO , TE ODEIO, SINTO TUA FALTA

Comprei esse livro na Bienal do livro sem conhecer qualquer outro trabalho da autora. Antes havia lido alguns parágrafos do ebook, para saber se o estilo iria me interessar. Pareceu àquela época interessante, porém eu não esperava que iria ler em 4 horas, divididas num intervalo de um pequeno cochilo. A arte do livro está linda! Gostei da tradução e a revisão do livro foi bem feita, tendo pouquíssimos erros a serem reparados. Achei a letra um pouco pequena, o que incomoda para quem faz leituras noturnas como eu.

A história é contada a partir de um diário ou um caderno (que é o que parecia aos outros), escrito por Amy que tem 16 anos e está para ter alta da clínica Pinewood. Você precisa entender que Amy não é louca, nem é uma viciada...mas ela perde o controle de sua própria vida quando sua melhor amiga morre num acidente de carro depois delas saírem de uma festa. Amy se sente tão culpada pela morte de Julia, que não consegue seguir adiante.

Como uma forma de terapia, começa escrever cartas para Julia...São conversas que ela teria com a amiga, contando tudo o que tem acontecido. Exceto que Julia está morta e aquelas cartas nunca passarão de um monólogo. A alta da clínica, a volta para casa com os pais (que nunca pareceram perceber sua presença até o dia do acidente), a volta ao colégio, a necessidade de conviver com outras pessoas...tudo é descrito em detalhes por ela. Tudo tem como ponto de referência o dia do acidente. Tudo escrito falando quantos dias ela se passaram sem Julia. Todo o processo de recuperação e readaptação de Amy é acompanhado por Laurie, sua terapeuta – não por opção de Amy, como fica claro.

Eu fiquei presa na história e nas dúvidas de Amy, que não eram estúpidas ou infantis: eram genuínas. Quando lemos aquelas palavras percebemos sua dor e desespero. O desconforto causado pelo ‘repentino’ interesse dos pais é algo muito intenso durante todo o livro, e foi colocado de forma muito real nos relatos de Amy. Ela diz “Queria acreditar que mamãe e papai estavam esperando e queriam mesmo me ver. Pensava que aquela parte minha, aquela que queria que eu, minha mãe e meu pai fôssemos uma família, não o que realmente éramos, ou seja, eles de um lado, eu do outro, havia desaparecido” e você entende o que isso causa ela nela.

A escola também não foi fácil, com todos aqueles olhares curiosos, conversas sussurradas depois que ela passava pelas pessoas e o mais difícil: o antigo armário de Julia. Julia sua melhor amiga, aquela que sempre estava ali para ela, que sempre estava disposta a se divertir, que sempre tinha uma resposta inteligente e uma forma incrível de viver a vida...e que estava morta.

Em alguns momentos Amy pára de se dirigir a Julia e escreve apenas como se quisesse colocar para fora o que estava pensando. Não que isso importasse, mas ela precisava contar, nem que fosse para as folhas de papel o que ela pensava, o que ela via e o que ela sabia que todos pensavam, mas ninguém tinha coragem de falar na cara dela.

Com o passar das páginas, as sessões com Laurie se tornam mais intensas, as respostas mais amarguradas e novos questionamentos aparecem. Quem Julia realmente era para Amy? Por que Julia tinha agido de tal forma? Por que ela amava um traste mentiroso que sempre traía ela? Por que ela morreu? Por quê? O amor e o ódio criam uma tênue linha enquanto Amy escreve seu diário. Ela se revolta e se ressente, arrependida do que havia falado, não ter falado, de ter feito ou deixado de fazer algo. Ela se perde e tenta se reencontrar tantas vezes que você não consegue deixar de sentir aquele transbordar de sentimentos que ela, suplicante, deixa transparecer.

É um livro lindo e triste. Não que seja do início ao fim algo que vai lhe deprimir. Não vai. Você sentará para ler, pensará em quem você chama de melhor amigo/amiga e em tudo o que vocês já viveram juntos. E talvez você sinta uma leve tontura se perguntando o quão amigo/amiga você foi daquela pessoa, e o quanto vocês entenderam do que é realmente ter uma amizade. No fim de tudo, quando você ler o último parágrafo, o que você vai descobrir pode te surpreender. Ao menos para mim funcionou desse jeito...

"Lamento pelo que fiz, e você sabe disso, não sabe? Deve saber. Mas J, você...Você sabia, não é? Naquela noite, quando você não queria deixar Kevin na festa, sabia o que aquele garoto havia feito. Agora entendo o significado do que você disse no hospital, J. Por que não disse nada naquela noite? Por quê?"

"Eu nunca vou conseguir beber normalmente. Não quero isso para mim. Quando penso em bebida, é o alívio que estou buscando. Não preciso beber para enfrentar meu dia, para ignorar os problemas, ou porque sinto falta do álcool propriamente dito. Quero beber porque não quero ser quem eu sou. Meu problema, minha doença, sou eu mesma, e parei de beber porque Julia morreu e eu queria sentir exatamente quem eu sou. Queria lembrar o fiz."
Bianca 14/12/2011minha estante
Elizabeth Scott tem um outro livro chamado Menina Morta-viva que é excelente. O comprei na Bienal do livro também e, sem dúvidas, foi minha melhor aquisição na Bienal. Provavelmente irá gostar.


Larhinha 28/12/2011minha estante
... Depois de todo isso sou obrigada a ler este livro!


Lisi Oliveira 01/07/2012minha estante
concordo com Larhinha...depois de ler isso sou Obrigada a ler este livro!!




; Lili 04/12/2011

Amizades são importantes em nossas vidas. Com certeza, a amizade de Júlia foi muito importante para Amy, mas até que ponto a relação das duas foi algo positivo?

Quando comecei a ler o livro, fiquei realmente comovida com a morte de J. Achava que Amy poderia ter uma certa culpa na morte da amiga, mas à medida que fui lendo, percebi que J. era na verdade encrenca. Tudo bem que ela ajudou Amy a ser mais segura, ajudou na questão da solidão, porém a ajuda que ela ofereceu não foi bem vista aos meus olhos. Incentivar a amiga a beber para ser uma pessoa mais confiante, não foi o melhor meio. J. colocou Amy em problemas, grandes problemas.

Amy acreditava que a amizade das duas era perfeita, mas no decorrer do livro, ela e eu fomos descobrindo que não era tão perfeita assim, e Amy se culpar pela morte de Júlia, só me fazia querer esganar J., que me pareceu uma pessoa altamente egoísta.

Eu que pensei que a amizade das duas seria perfeita, quando li a sinopse, fui me decepcionando gradativamente com Júlia. Percebi que muitas vezes a gente quer acreditar em alguém, como fez Amy, ficamos tão desesperados para sermos aceitos q não vemos os defeitos do outro, principalmente quando esse outro faz com que nos sintamos melhores, mesmo q seja pelas piores vias.
Amy estava deslumbrada com Júlia, sua única amiga, a única q a fez se sentir aceita. Enxergar que aquela pessoa não era tão perfeita assim deve ter doído, deve doer muito, mas pelo menos ela conseguiu se libertar de uma culpa q carregava e percebeu q nós, acima de tudo, somos frutos das nossas escolhas - Júlia fez as delas e arcou com as consequências - e merecemos ser felizes.
Robélia 18/12/2011minha estante
Lili, perfeita a resenha que você fez do livro.


Felipe | Autor de "Gay de Família" 27/12/2011minha estante
Tecnicamente, você contou o final :-/




William Souza 10/08/2011

O que se passa pela cabeça de uma menina que acabou de perder a melhor amiga? E o pior é se a menina viu tudo acontecer e não pôde fazer nada!

É assim que começa a história de Amy, uma garota que viu sua melhor amiga morrer, e agora é deprimida e presa em uma reabilitação. No decorrer do livro vamos ficando mais intrigados por saber mais sobre a morte de Jennifer e como foi que ela morreu, se alguém a matou o foi algum plano do destino.

O legal é que a cada final de capítulo, Amy escreve uma carta para Jennifer, relatando as coisas que aconteceram em seu dia, e xingando a amiga por ter partido tão precoce e deixando-a sozinha no mundo sem amigos.

Lá para o meio do livro, Amy volta à re-fazer algumas amizades de infância que ela havia deixado desde a chegada de Jennifer, pessoas que lhe fizera companhia por etapas importantes de sua vida. E dentre essas pessoas, ela conhece Patrick, um garoto quieto, mas muito arrogante que Amy passa a sentir muita raiva; ela descobre o porquê ele não se relaciona com outras pessoas e começa a descobrir sentimentos nunca antes sentidos por ninguém até o presente momento.

Só posso dizer que vale muito a pena ler esse livro. No começo até parece que Amy é homossexual (nada contra), pelo jeito de como ela fala de Jennifer, mas no passar das páginas vamos compreendendo que ela via sua melhor amiga como uma irmã, que partiu e a deixou sem mais nem menos. É um dos melhores livros que li esse ano.

5 Estrelinhas para esse livro!

http://viciodecultura.blogspot.com/2010/09/love-you-hate-you-miss-you-elizabeh.html
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Joice (Jojo) 23/09/2012

Sobre amizade, saudade e recomeços
"Te amo, Te odeio, Sinto tua falta" me surpreendeu positivamente pela complexidade da protagonista e pela história, que, apesar de simples, de simplista não tem nada!

O livro é, na verdade, o diário que Amy, uma adolescente de 16 anos, mantém para "conversar" com Julia, sua melhor amiga recém-morta num acidente de carro. Amy tenta superar a saudade que sente da melhor - e única - amiga, ao mesmo tempo que tem que conviver com a culpa pela morte da garota, o súbito interesse dos pais por ela (que até então só viam um ao outro), as idas à terapeuta e todo um universo de situações inteiramente novas para ela.

A escrita de Elizabeth Scott é delicada, intimista, e muito sincera. Ela consegue transmitir muito bem toda a dor de Amy, seu desejo de beber para esquecer essa dor, ao mesmo tempo que conseguimos perceber, pelas palavras muitas vezes amargas da protagonista, o desejo dos outros em ajudá-la, em fazê-la ver que há um mundo sem a presença de Julia.

E para aqueles que temem ler esse livro por medo da edição da Underworld, devo dizer que a editora fez um bom trabalho de revisão, sem graves erros à norma culta da língua.

Recomendo!
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Naty 26/12/2011

www.meninadabahia.com.br

Deus! Veja o que você fez comigo.
Veja em que me transformou.
Não sei por que você...
Patrick estava certo, J. Eu me odeio.
Mas odeio você também.
Pág. 150


Amy está saindo da reabilitação. Setenta e cinco dias se tratando do vício das bebidas, drogas, entre outras coisas. Por causa dela, sua melhor amiga morreu. Amy precisa ter responsabilidade. Amy é adolescente.

Te amo Te odeio Sinto tua falta, de Elizabeth Scott (Underworld, 180 páginas, R$ 39,90), é escrito em forma de diário. Um diário pelo qual Amy conversa com sua melhor amiga Julia, que morreu num acidente de carro, enquanto dirigia sob efeito de ácidos. Julia, também, era uma adolescente.

- Quando eu bebia eu me divertia. Eu sentia tudo divertido. Quando bebia, não pensava em meus pais assinando meu boletim cheio de notas máximas com um rápido “bom trabalho” antes de saírem juntos para mais um jantar romântico. Não se preocupava por ser a única pessoa que ria de uma piada que um perdedor fazia na sala de aula. Não me preocupava com nada, e eu e J assistíamos à televisão e ríamos de tudo.
Pág. 58


O diário retrata o regresso de Amy na sociedade, ter que voltar ao colégio, onde todos sabiam o que tinha lhe acontecido. O afastamento dos amigos. A rejeição dos pais dos amigos, que a achavam uma péssima influência.

O convívio com os pais. Amy não estava preparada para isso. Dias de terapia não a preparam para conviver com a dor da perda e rejeição.

De maneira simples e natural, Scott vai descascando, pouco a pouco, a vida de Amy. Ela tem de aprender a lidar com as conseqüências. Aprender que toda ação tem uma reação, então se fizer uma má ação ela retornará com mais força.

Mas nem tudo é triste. À medida que Amy vai amadurecendo nesse ano, conhece pessoas que acreditam nela e que lhe darão forças para continuar.

Li, da mesma autora, Menina Morta-Viva, e fiquei impressionada com a escrita da Scott. Ela consegue falar de temas pesados de maneira tão verdadeira que é impossível não se abalar com a história.Te amo Te odeio Sinto tua falta é tocante.

Apesar de ser uma história curta - 180 páginas -, Scott nos apresenta um relato vívido sobre a dor, a culpa e a tentativa de um novo recomeço. Além de tudo, é uma história sobre cura e aprendizagem. Leia! :D
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Camille 15/09/2012

http://revistainnovative.com/te-amo-te-odeio-sinto-sua-falta
Elizabeth Scott me surpreendeu mais uma vez com este livro maravilhoso. Resumidamente, até mesmo para não dar nenhum spoiler sem querer, Amy é uma menina alta e ruiva que há setenta e cinco dias perdeu sua melhor amiga, Julia, ou apenas J, como ela costuma chamá-la em suas cartas – ela as escreve mesmo sabendo que J nunca lerá.

A situação naturalmente não seria fácil, mas se torna insustentável para Amy quando não só ela vê a amiga morta ao seu lado, de olhos bem apertos, "olhando-a", mas também passa a se culpar por aquela morte. Ela poderia pensar em suicídio, todavia a culpa a faz se manter viva, por achar que é merecedora de tanto sofrimento.

Novamente Scott trata de forma criativa a personalidade das pessoas. Amy pode perfeitamente ser qualquer pessoa que tenha passado por uma situação traumatizante, suas características são não absurdas, ou fora do comum, na verdade, são realistas e possivelmente vividas por tantas outras pessoas que se culpam por algo que fizeram – o que não necessariamente significa que elas de fato sejam culpadas.

Entretanto há coisas que não importa o quanto as pessoas falem para a gente, assim como falavam para Amy, acreditaremos a partir do momento em que nos perdoamos, ou aceitamos que – talvez, quem sabe – as pessoas também tomam decisões e algo ocorrido pode ser, na verdade, culpa delas, considerando que se pode culpar alguém em casos acidentais.

Elizabeth explora os sentimentos de Amy, desde os iniciais, vindos de antes da morte de Julia, quanto o resultado deles e o os que vêm em seguida. A confusão que se cria em torno de algo que não se gosta, mas está acostumado, dando espaço para o que sempre se desejou, e que agora causa estranheza. Explora também o significado de família, ressalta a importância da criação e fala de causas e consequências de uma forma tão incrível que é impossível não se apaixonar pela leitura. Pelo livro, pelas suas personagens e pela história que ele conta.
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Lisse 24/06/2012

Tantos sentimentos juntos...
Se há um livro que é capaz de deixar meu coração e minha alma em vários pedacinhos, com certeza é esse livro.

Amy não conta mais os dias normalmente como nós, apenas os define como estando sem sua melhor amiga Julia.

Após o acidente que a tirou de sua vida, Amy tenta dias após dia viver com a saudade louca que sente de J., com a atenção que nunca tinha recebido antes de seus pais, tentar seguir com a terapeuta Laurie (e sua caneta compulsiva rs) e um mundo novo onde algumas coisas não serão mais as mesmas.

Amy terá que reaprender a dar cada passo, reescrever sua vida sem ela. Um laço quebrado que precisa ser guardado na lembrança, e dar espaço para criar novos. Começar do zero nunca é fácil, todos sabemos. E o modo como a protagonista lida com suas dúvidas e temores é única.

O que posso dizer de Julia? Ela é divertida, que torna os dias de sua amiga mais brilhante e legal; quando você entende isso, consegue perceber porque Amy fica tão mal. Mas o interessante, é que Julia era brilhante mas achei que Amy deixou muito a desejar como amiga. Tanto até que para mim, todo o livro foi uma desculpa pela falta de comedimento dela. Talvez seja aquilo de: 'quando eu tive tempo eu não fiz, mas agora vou te falar tudo'. Não sei... não acredito nisso de ser meio amiga. Ou você é amiga e compartilha tudo, ou você não é.

Elizabeth Scott escreve de um jeito tão profundo que doi. Nunca é fácil falar de perda mas quando alguém 'vai embora', queremos tê-lo de volta. Queremos dizer o que nunca tínhamos dito, cada coisinha, até as bobeiras mais insignificantes.

Esse livro é um exemplar único. É o tipo de livro para se apegar e reler infinitamente. E tenho certeza que você vai se apaixonar pelo solitário e autêntico Patrick.

Quote: "Mas nos últimos dois dias tenho sentido tanta suadade que é como se sentir saudade resumisse quem sou."
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Rafa 18/01/2013

Incrível
Resenha postada no blog http://sopa-de-historias.blogspot.com
Amy finalmente depois de quase 80 dias sai da Pinewood e volta para sua casa. Faz quase 80 dias que ela se culpa pela morte de Julia, sua melhor amiga. Quando Amy volta para casa ela mudou, ela ficou mais fria e não liga muito para quase neda. E para piorar todas as pessoas do colégio dela a chamam uma assassina, inclusive a mãe de Julia.


"Já chorei muito em Pinewood, e sempre foi por sua causa. Eu sei que pode parecer estranho,especialmente porque você sabe que antes eu não chorava por tudo, embora eu quisesse. Você também sabe, certo?Mas eu não podia. Eu sabia que se eu começasse, eu nunca pararia. Suponho que eu deveria estar feliz em sair daqui amanhã,eu acho que estou, mas o fato é que ,fico pensando sobre quem eu quero ver quando chegar em casa e...não encontrar ninguém lá. Você não estará lá."


O acidente ocorreu depois de uma festa. Julia e Amy era melhores amigas desde que tinham 12 anos e compartilhavam tudo, as duas bebiam, Julia fumava, elas faziam sexo, e ainda iam a muitas festas. Em uma dessas festas Julia viu seu namorado a traindo e ainda ela e Amy haviam bebido, Amy falou para Julia dirigir e de repente ocorreu o acidente. Pelo fato de Amy ter dito a Julia para dirigir ela se culpa pela morte de Julia, e se julga uma assassina. Os pais de Amy estão tentando fazer tudo que podem para ter sua filha de volta, mas todo mundo mudaria se visse sua melhor amiga morrer do seu lado, não?


"Eu também fingi que não sentia que meu coração estava se despedaçando."


O livro é bem culposo, os leitores conseguem sentir que Amy se culpa realmente pela morte de J e isso é nos passado em primeira pessoa então é como se nós tivéssemos no lugar de Amy. Eu acredito que quem leu esse livro se imaginou no lugar de Amy, como nós nos sentiríamos se nossa(o) melhor amiga(o) tivesse morrido, por incrível que pareça eu acho que iria fazer a mesma coisa que Amy.


"Eu não aguento isso, você ter ido. Me desculpe, J. Você não sabe como estou arrependida por aquilo que aconteceu. Por aquilo que eu fiz. Eu sei que são apenas palavras. Mas quero lhe dizer, eu juro.
Me desculpe.
Por favor, me perdoe por tudo."


Amy começa um tipo de diário, só que ao invés de escrever coisas só sobre ela ela faz cartas para Julia. Esse é o seu jeito de diário, escrever cartas para a melhor amiga morta. Eu achei um jeito criativo de se expressar. E o bom é que nas cartas ela escreve como se realmente estivesse falando com Julia, ela faz perguntas, fala com J, e ainda conta algumas das ações dela e da J. Então nós ficamos a par de Julia, como se ela fosse um personagem regular, nós acabamos a conhecendo mais e assim começamos a entender a amizade entre as duas.


"Eu nunca soube a sorte que tive até que fosse tarde demais"


No decorrer do livro Amy percebe que Julia não era tão perfeita quanto pensava, mas mesmo assim continuava lá com ela toda hora. A amizade de Amy e de Julia é como uma flor: nasce, cresce, fica linda, mas depois de um tempo morre. O livro é lindo e triste. Não existe um meio-termo para esse livro, algumas partes são lindas, dão vontade de rir, mas outras é impossível não chorar. Não sei se foi só eu que chorei um riiiiio, mas eu confesso que não conseguiria ler esse livro sem chorar.


"Porque é que quando eles olham para mim, eu quero gritar até que minha voz suma?
Eu quero força-los a abrir a boca, e fazê-los dizer a palavra assassina."


O livro não tem nem 200 páginas e não há muita história para esse tipo de livro, mas eu achei que a história ficou muito boa, mas eu também achei que faltou alguma coisinha, não sei o que, mas o livro não deixa de ser perfeito. A capa é simplesmente lindaa, não acham??


"Por fora sou alta, mas por dentro sou tão pequena. Tão fraca."



O livro realmente mexeu comigo por que eu sei o que é ficar longe da minha melhor amiga. Ela se mudou e eu não a veja a quase um ano, então eu sinto uma pequena parte do que Amy senti. A saudade.


"Onde quer que eu vá, eu sempre vou te ver. Você sempre estará comigo. E não há final feliz chegando, de jeito nenhum nessa história que começou numa noite que meu coração se consumiu e não vai acabar do jeito como eu gostaria que acabasse. Você realmente se foi, sem últimas palavras, e não importa quantas cartas eu escreva para você, você nunca vai responder. Você nunca vai dizer adeus."


Então quem não tiver medo de chorar e gostar de um drama e amizade leia esse livro. Comentem seus lindos *----------------*
PS: eu garanto que você vão chorar.
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Natália 06/09/2012

http://www.vireapagina.com
Amy vive sob sombra de Julia, sua melhor amiga, mas não reconhece isso. Ela considera Julia uma pessoa fenomenal, maravilhosa, quase perfeita. Considera essa amizade uma via de mão única, onde Julia nunca a decepcionou, mas Amy já o fez. Ela acredita, inclusive, ter matado a melhor amiga. E a história começa a partir daí.

Passamos uma boa parte do livro sem saber como aconteceu o acidente e sem saber porque Amy se sente tão culpada. Sabemos apenas que se trata de um acidente de carro. E se foi um acidente por que Amy acredita ser uma assassina? Pra mim, esse mistério só seria revelado no final do livro, mas sabemos da verdade lá pela metade, quando ela tem uma conversa com os pais sobre os detalhes do acidente. Aliás, os pais de Amy também são um ponto importante do livro.

Isso porque os caras são nojentos. Nunca vi um casal desse tipo na vida real. Um casal que, mesmo depois de tantos anos, ainda se ama profundamente. Os dois vivem de chamego, beijos e namoro pela casa, na frente de Amy, e não ligam muito pra filha. Não se importam em saber aonde ela vai nem o que vai fazer. Os dois nem sabem do lado alcoólatra dela! Esse foi um fato muito chocante. Por causa desse descaso, Amy não consegue aceitar todo o esforço feito pelo casal para fazê-la se sentir melhor. Eles passam a realmente prestar atenção nela. E tudo parece muito fingido, fake. Mas vocês sabem, adolescentes geralmente não enxergam nada além da própria razão. Têm raiva de tudo e embora Amy tenha motivos para ficar com raiva dos, acredito que ela estava cega pela tristeza da morte de Julia.

Um ponto muito ruim do livro foi a sinopse. O trecho "ela começa a perceber que o passado não foi tão perfeito como ela pensava" deixa a entender a cegueira de Amy em relação a Julia. Nos faz acreditar que Julia talvez até fosse uma amiga falsa e Amy nunca tinha percebido. Pelo menos pensei assim quando li essa parte, mas é muito diferente disso. Amy está certa sobre a reciprocidade da amizade, ela só entende algumas atitudes de Julia e enxerga alguns defeitos passados despercebidos esses anos todos.

O livro todo gira em torno da recuperação de Amy. Não só do vício em álcool, mas na recuperação psicológica. Ela perdeu a melhor amiga, logo está abalada. Sente raiva de si mesma e acredita merecer toda a infelicidade pela qual está passando. Elizabeth Scott narra a importância do tratamento acompanhado - psicólogos, grupos de apoio etc -, mostra como às vezes ficamos cegos de amor não só sob uma ótica romântica, mas em todas as formas de amor.

Como já disse na resenha de Menina Morta-Viva, essa autora coloca bastante carga psicológica em suas tramas. Apesar disso, não achei a narrativa pesada, muito pelo contrário. A linguagem é simples, fluida e leve. Diferente do outro livro, esse não é tão emocionalmente pesado. Amy passou por coisas que vemos todos os dias, então o choque é menor.

A editora, como sempre, caprichou na diagramação e capa. Não tenho nada pra reclamar em relação à revisão, como venho fazendo sempre (chata), só faço um obs quanto ao uso excessivo de "que", mas nem tenho muita moral pra falar disso, como vocês podem perceber :P

Enfim, adorei Te Amo Te Odeio Sinto Tua Falta. Mais uma vez, julguei o livro pela quantidade de páginas e isso só me faz lembrar de uma coisa que percebi enquanto lia Menina Morta-Viva: Elizabeth tem o dom de encaixar uma história fantástica, cheia de significado, em um livro pequeno. Quem ama dramas psicológicos e discussões internas a la Katniss vai adorar =)
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Laisy 20/05/2012

"Te amo, Te odeio, Sinto tua falta" da Elizabeth Scott
Um livro tocante, que relata uma situação que poderia acontecer na vida de qualquer pessoa... A morte do seu melhor amigo e como você consegue lhe dar, ou não com isso.

No livro, nós temos Amy como protagonista. Onde é ela quem tenta lhe dar com a morte de sua melhor amiga, Júlia, e principalmente com a culpa, pois ela não consegue se perdoar por achar que a morte de Júlia foi por sua causa.

O que causou a sua morte, gera um enredo um tanto polêmico, pois, cada um que lê o livro julga de uma maneira diferente se a Amy realmente teve ou não culpa na morte de Júlia. Dá uma ênfase importante ao alcoolismo na adolescência e como a ausência dos pais pode influenciar na vida de alguém, principalmente na de um jovem. E isso tudo de uma maneira bem legal sem ficar massante.

Apesar do nome e lendo a sinopse, não imaginava que seria um livro triste, mas é! O livro todo você quer ressuscitar a Júlia pra que a Amy não sofra tanto com a morte da amiga. É um livro curto com uma leitura que flui de tal maneira que quando você se dá conta... Já terminou! Apesar de triste, é um livro instigante, que te faz refletir muito sobre vários assuntos importantes e perceber como não é tão fácil assim lhe dar com eles. Um ótimo livro!

Gostou da resenha? Ela também se encontra no blog Perdidas na Biblioteca. Fique a vontade para visitá-lo e conferir outras resenhas!!! (www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com)
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Jules 06/01/2012

“Te amo Te odeio Sinto tua falta” – Elizabeth Scott [www.up-brasil.com]
Esta foi a primeira obra que li de Elizabeth Scott e posso dizer que a autora é bastante intensa. O conteúdo dramático deste livro chega a ser palpável e me impressionou a densidade deste em apenas 179 páginas.

Te amo Te odeio Sinto tua falta é uma obra narrada em primeira pessoa, pela personagem Amy, de dezesseis anos. A premissa do livro é sobre o sofrimento de Amy com a morte de sua melhor amiga, Julia. Para manter o interesse do leitor, a causa da morte de Julia vai se apresentando aos poucos e tudo que sabemos é que Amy se culpa pelo ocorrido. Posso dizer que tudo neste livro é retratado em pequenas doses, numa medida que satisfaça - embora que não completamente - o leitor. A autora foi incrivelmente sucinta em todo o desenvolvimento desta obra, o que pode levar algumas pessoas a se sentirem um tanto frustradas com o final.

Amy é uma personagem bastante intensa. E o fato dela ser a própria narradora nos leva diretamente para dentro de sua cabeça problemática. Apesar de ter apenas dezesseis anos, ela possui um forte problema com bebidas alcoólicas. Além disso, tem pais omissos. Seus pais estavam sempre tão felizes vivendo o amor entre casal que se esqueceram de que possuíam um papel importante na vida filha, deixando-a deslocada dentro da própria família. E para fechar com "chave de ouro", Amy era maltratada pelas "amigas" da escola, mas claro, isso muda com a entrada de Julia em sua vida.

Julia não é um modelo de amiga. Usuária de drogas e com forte personalidade, ela se tornou a pessoa mais próxima de Amy. E, para o clichê deste ponto, Amy acabou se tornando a sombra de Julia. Contudo, isso não foi o ponto que mais me chamou a atenção, e sim o fato de Julia ser repleta de defeitos - como todo ser humano - e tão doida e inconseqüente e mesmo assim, Amy a amava... exatamente como ela era. Mesmo sabendo o quanto a amiga era imperfeita, mesmo sabendo dos erros que está cometer, Amy a aceitava e sentia sua falta. Julia era o que a segurava na terra, era o seu "tudo".

O livro é triste, não vou mentir. É cheio de sofrimento e dramas, mas, o grande brilho desta obra é em como ela consegue ser real. Amy é tão perturbada, tão emocionalmente destruída que ver ela lidar com seus problemas transmite um mix de sentimentos: raiva, frustração, pena... Gostei do livro por ele me fazer sentir o que Amy sente. Elizabeth Scott é extremamente cuidadosa e utiliza colocações ótimas para que o leitor realmente adentre a realidade vivida por Amy.

O final não me satisfez tão completamente porque eu esperava mais esclarecimentos. Contudo, como eu disse no inicio, a autora não deixa furos, a estória segue sim uma linearidade. Mas, principalmente em seu final, ela foi direta. Sucinta. Mas de qualquer forma, foi um bom final. O livro nos passa uma boa mensagem sobre as escolhas que fazemos na vida e a forma como devemos lidar com elas.

Recomendo a todos os adoradores de dramas!
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Júlia Ribeiro 20/07/2022

Lado a lado
Amy é uma garota que cresceu com pais extremamente apaixonados, que compartilhavam diariamente o amor que nutriam um pelo outro e não se davam conta que embaixo do teto em que viviam, a filha observava desejando receber um pouco de atenção.

Depois de anos presa em uma vida solitária, sem família nem amigos, ela conheceu Julia e o álcool. Com Julia, Amy sentia que sempre teria alguém ali para apoiá-la. Ela não estava mais sozinha. Com ajuda da bebida, ela se sentia mais forte, mais corajosa. Era capaz de entrar em uma festa com a amiga sem sentir vontade de fugir o mais rápido possível. Ela se divertia.

Em uma noite, elas sofreram um acidente de carro e Julia não sobreviveu. Com isso, Amy teve que enfrentar o luto pela perda da amiga e a solidão novamente. Entretanto, os pais começaram a participar da vida da filha, e uma vez por semana ela encontrava com a terapeuta.

O livro é carregado de sofrimento, raiva e culpa. Porém, não conseguiu me transmitir muito sentimento. Mas, pensando na idade da protagonista, não esperei tanto. É uma leitura rápida e vale a pena, desde que vá sem grandes expectativas.
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