Ana de Corona

Ana de Corona Gisele Mirabai




Resenhas - Ana de Corona


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deniferreira 11/09/2023

Um livro pra gente relembrar aqueles primeiros dias de isolamento da pandemia e também refletir sobre relacio atentos em geral.
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Rita 23/01/2021

Ana de Corona
Ana de Corona foi uma surpresa que achei no Kindle Unlimited e me interessou demais.

Li devagar para o tipo de leitora que eu estava sendo, a desaceleração tem sido uma regra minha, e ainda assim a história passou rápido por mim.

Ana vive o início da pandemia de coronavirus do Brasil em 2020 como uma das primeiras infectadas e o livro possui tantas reflexões filosóficas, sociológicas e biológicas que eu não pude deixar de amar.

Um livro nacional, muito bem escrito, com otimas reflexões, sobre o período difícil que estamos vivendo e sobre muitos dos problemas anteriores que fazem ele ser pior, assim como dificultam a cura de nosso mundo de doenças bem piores que a COVID-19.

Eu amei ler.

A autora está de parabéns!

Vale muito a pena.
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Mi 14/01/2021

Romance que retrata a pandemia
Ana de Corona é um livro que eu gostaria que meu filho de três anos lesse daqui uns 15 anos. É um retrato do contexto pandêmico, escrito em aproximadamente 20 dias, ainda no início da pandemia no Brasil. Talvez desperte no meu filho a sensação que tive ao ler “A peste”, de Albert Camus: entendi, mas não vivi. E será esse o momento de mostrar a ele as fotos e vídeos em que ele aparece usando máscaras, as provas de que ele viveu sim. É um livro pra ele mostrar às futuras gerações, sempre, claro, exibindo os registros em que ele veste uma máscara toda babada.
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Ana, a protagonista, é uma jovem cientista ambientalista, que tem sua bolsa de pesquisa cortada, mas decide, ainda assim, continuar seus estudos a fim de encontrar a linha invisível que conecta cada árvore da Amazônia a um executivo da Av. Paulista; como numa relação de causa e efeito de atos irresponsáveis contra o meio ambiente.
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O pano de fundo da história não é o vírus em si, mas a rotina de Ana, o seu dia a dia antes e depois das medidas restritivas: vivendo um relacionamento que nada se parece com o início do namoro (e tem como?), cuidando da filha que já não vai mais à escola por conta da suspensão das aulas e nem pode mais ficar com a avó, pensando na sua pesquisa, e nos trabalhos “freelas” que perdeu também por conta da pandemia.
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O livro retrata bem aquele sentimento inicial da família todo junta em casa nas primeiras semanas e do bem-estar que isso trouxe: as refeições, mais tempo pra conviver com os filhos, etc. Por outro lado, mostrou também o inevitável desgaste pelo excesso de convivência e todos os impactos que a pandemia causou.
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Ana de Corona parece ser um título bem sugestivo à pandemia, mas se revela um jogo de palavras astuto, poético, inteligente e divertido.
Como bem descreveu @werneckisabela , “mais uma vez, Gisele Mirabai nos delicia com a sua escrita. A capacidade de misturar temas complexos como relações pessoais, impacto ambiental e até mesmo uma pandemia, numa leitura leve mas ao mesmo tempo profunda, é sua marca registrada. Mais um livro lindo e sensível que nos faz refletir sobre como nossas ações individuais podem afetar todos ao redor".

postado originalmente em @ascomplexas escrito por @mimaciell

site: https://www.instagram.com/p/CHgHTZxjxwU/?utm_source=ig_web_copy_link
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J.C. Marangoni 14/12/2020

Ana de Corona, de Gisele Mirabai foi minha 17° leitura deste ano. Para quem me acompanha sabe que desde que tudo isso começou eu ando meio travado com as leituras, mas hoje quis me desafiar. Assim como a autora que escreveu praticamente tudo de uma vez, também li tudo de uma vez. A princípio eu iria apenas ler o primeiro capítulo, mas foi impossível pausar uma leitura tão fluída apesar de carregar um tema tão denso.
...
A jovem ambientalista Ana tem sua bolsa de pesquisa cortada pelo governo. Com a rotina sobrecarregada pelo trabalho, maternidade, casa e o casamento atribulado, ela perde a concentração nos estudos. Até ser contaminada por um vírus pandêmico, que a leva de carona em uma viagem poético-científica por um planeta já há tempos contaminado.

Gisele Mirabai é escritora e roteirista. Seu romance MACHAMBA foi o vencedor do 1º Prêmio Kindle de Literatura e finalista do prêmio Jabuti.
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Vinicius 07/07/2020

Bom registro da quarentena
O livro se assemelha bastante a uma grande crônica. As ações, o diálogo, têm peso menor que as análises do comportamento humano.

Muito bem escrito, em alguns momentos poéticos e com uma bela conclusão, porém, achei o ritmo muito jornalístico, e senti falta de a história desacelerar um pouco e explorar os detalhes, a mente e atitudes dos personagens. Ainda assim boas reflexões.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 03/05/2020

O Fio Invisível Do Novelo De Lã
Ana de Corona é a primeira romance que tem como cenário o Brasil convulsionado pela atual pandemia, entretanto jamais as palavras vírus e Covid19 são mencionados no texto e há um bom motivo para isso. De acordo com a autora, essa é a forma que escolheu para escapar do bombardeio diário dessas dois termos.

Na realidade, é ?corona? que ganha destaque na narrativa. Ela não só aparece no título, também remete a um interessante trocadilho que será explicado ao longo da leitura, como ganha novos contornos mediante o emprego de seu significado mais poético: Corona também é o halo de luz ao redor do sol.

Tendo como protagonista uma ambientalista chamada Ana cuja vida vai de mal a pior por conta do desgaste do casamento e de problemas profissionais, o livro explica de forma didática a expansão do vírus e suas consequências a partir da ideia do Fio do Novelo de Lã:, isto é, ?uma linha invisível que, ao ser puxada, conecta diretamente cada árvore amazônica a um executivo da Avenida Paulista?, como provou a fumaça das queimadas na floresta que deixou a cidade na escuridão durante o meio da tarde em 19 de agosto de 2019.

Por conseguinte, num mundo sistêmico basta um provável morcego infectado, comprado num mercado chinês e servido como iguaria, para dar início a uma pandemia com capacidade de por em risco nossa sobrevivência e transformar o planeta. Em poucos dias, as águas dos canais de Veneza voltaram a ficar cristalinas e após décadas, é possível avistar o Himalaia de algumas cidades ao norte da Índia.

Finalmente ?Ana de Corona? pode ser enquadrado como um experimento literário. Fugindo do óbvio, a narrativa retrata a pandemia durante a pandemia, tecendo um cuidadoso registro de fatos, possibilidades e expectativas. Concomitantemente, da inspiração ao lançamento do e-book foram somente 19 dias, tempo que inclui duas revisões e editoração. Algo surpreendente para o resultado apresentado, recomendo.

Nota:
?No filme Contágio, o roteirista Scott Z. Burns previu que uma pandemia viria de morcegos expostos ao mundo dos homens por causa de árvores desmatadas. Que a doença contagiosa iria se alastrar de forma rápida por todo o planeta, cientistas correriam atrás da vacina, civis fariam isolamento social, haveria fechamento de fronteiras, saque em supermercados, quebra de farmácias e uma epidemia paralela de fake News. A única coisa que ele não previu foi presidentes contra as normas sanitárias de segurança pública. A presença de um vilão não foi concebida pelo artista, por considerar óbvio que, diante de uma situação dessas, o único inimigo possível é o vírus contra o qual a humanidade luta. Falas perigosas que colocam a população em risco e tornam cientistas, especialistas e profissionais de saúde alvos de dúvida não passaram por sua cabeça, afinal, um diretor de estúdio acharia inverossímil um presidente desumano em uma situação dessas. Mas a realidade sempre supera a ficção.? (Posição 986)
Mi 12/10/2020minha estante
Excelente resenha da obra. Parabéns!




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