Léo 14/01/2022
?He will always love him?
Bethan Roberts em ?My Policeman? conseguiu reproduzir de maneira tão crua e visceral as nuances da trágica realidade enfrentada por membros da comunidade LGBTQIA+ na década de 50/60 em Brighton, que por essa sensibilidade apenas o livro já é engrandecedor.
Na obra temos duas narrações e perspectivas a respeito de uma série de acontecimentos ao longo de anos nas vidas de três personagens centrais, Marion, Tom e Patrick. Marion, com sua vida ordinária e pacata de professora, desengonçada, clichê.. Tom, policial, interesse romântico de Marion desde o colégio, e que será vivido por Harry Styles na adaptação cinematográfica da obra, por último e sem dúvidas o melhor personagem, Patrick Hazlewood, curador do museu da cidade, excêntrico, cativante e um ?desviado sexual?.
Após alguns capítulos entendemos que a dinâmica entre os três ficará bastante complicada, e que péssimas decisões ocasionarão em terríveis consequências para os personagens. A escrita é envolvente, provoca a querer descobrir o quanto antes a ?merda? vai acontecer.
Spoiler: A Marion tinha direito de ficar puta com toda situação? Sim. Ela foi extremamente egoísta e inconsequente ao escrever e ENVIAR aquela fatídica carta? Sim. Sinto muito, porém não consegui sentir nada além de ÓDIO após ela ter se prestado a isso, além do fato de mesmo após ter visto que o Patrick havia sido preso ela sugerir que ?agora podemos começar novamente nosso casamento?, zero remorso, e se ?agora? ela está arrependida e cuidando do resto de vida do Patrick, bem feito, karma is a bitch. Sinceramente? straight people..