Dri 27/08/2016
Kahlil Gibran foi um poeta, filósofo e pintor nascido em 1883, no Líbano. O Louco é um livro leve e curto, muito curto, mas com «substância». Gibran apresenta neste livro uma interessante alegoria sobre um jovem louco, que prefere estar sozinho dentro da sua realidade para poder ser ele mesmo. Assim, o jovem na sua individualidade moral e social exprime totalmente a sua liberdade. Como entoou, durante o séc. XX, Sartre «mesmo dentro do maior constrangimento existe um espaço, maior ou menor, para o exercício da liberdade individual, o que faz com que as pessoas possam se distinguir uma das outras, através das suas escolhas.»
Em capítulos breves, de uma, duas páginas, como os intitulados Ambição, O Coveiro, A Noite e o Louco, Meu Amigo, há ensinamentos profundos sobre o ser humano: solidão, beleza, desprezo, amizade, ganância. Temas envolvidos e escritos com poesia, por vezes com traços filosóficos. O «louco» irá comprovar à sociedade em que se insere que a individualidade é o pilar mais importante de um ser humano. São 88 páginas que captam a essência da escrita simples, mas densa de Kahlil Gibran.
Este livro pertence à Coleção Textos Extraordinários, da Padrões Culturais Editora. Quatro obras que se incluem nesta coleção são, por exemplo: Carta Sobre a Felicidade, de Epicuro; Do Vestir e do Comer, de Balzac; Uma Carta Para Garcia, de Elbert Hubbard; A Terra Que Um Homem Precisa, de Tolstoi.