Stella.Nunes 01/04/2023
Canalhas podem se apaixonar
A muito tempo não lia um livro de romance que me envolvia assim. Faz um tempo que romance de época me deixou instigada a só parar de ler quando livro acabasse também, e este livro foi surpreendente, porque eu não esperava que seria tão bom como foi.
Faz uns anos que eu percebo que a grande maioria das mocinhas são as mesmas personagens com outros nomes, e as vezes senti isso também da Mary Ann, mas a maneira como as autoras retratam a personagem é interessante, porque dá pra ver o claro desenvolvimento e amadurecimento da protagonista.
Mary Ann é uma jovem apaixonada pelo melhor amigo do seu irmão. Destinada a casar-se com ele, elabora um plano que termina com a sua desonra. E pra piorar, num duelo pela sua honra, seu pai é ferido por aquele que ela sempre disse amar mas que apesar de todos os sinais é ilusão, negou-se em casar com ela.
Tendo que lidar com um pai enfermo é uma irmã em depressão, John, irmão de Mary Ann, concentre o seu outro melhor amigo a levar a menina em uma viagem. Desonrada, não teria problemas que estivesse sem dama de companhia, apesar dos falatórios sobre a sua desgraça. O problema é que este outro melhor amigo é Thomas, irmão gêmeo do cara por quem ela sempre foi apaixonada. E eles não se dão nem um pouco bem.
Para distrair a moça, Thomas a convence que a viagem será por uma vingança contra seu irmão, e que sob sua tutela ela será ensinada a ?como ser uma canalha?, tendo lições com ele próprio. O que Thomas não previa é que a curiosidade e interesse da menina seriam a sua ruína. Se vê perdido quando percebe que passou a desejar a irmã mais nova do seu melhor amigo, aquela que sempre foi apaixonada pelo seu gêmeo.
O romance é muito bem escrito. Fiquei feliz por ver o quanto as autoras estudaram e se dedicaram em criar uma história que traria pontos culturais, históricos, lendas e até mesmo explicações matemáticas e científicas no decorrer dos capítulos. Tudo isso de uma maneira didática e que era pelo pensamento dos próprios personagens, porque eles são personagens inteligentes (e não esnobes) e refletiam sobre coisas interessantes no livro. Jamais esperaria ler sobre probabilidade ou sobre uma lenda de cavalos árabes, e isso me deixou mais cativada com a leitura.
Vou terminar minha resenha por aqui porque já estou lendo a continuação.