Guarda lunar

Guarda lunar Tom Gauld




Resenhas - Guarda lunar


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Gabriel A. 27/08/2022

"MORAR NA LUA. Onde estávamos com a cabeça? Parece uma bobagem agora."
"Guarda Lunar" poderia ser só mais uma história, entre tantas outras, que tem como cenário a Lua colonizada. Mas aqui não, nessa HQ nós temos uma visão bem diferente de como seria habitar a Lua.

O guarda lunar (sim, o personagem não tem nome) leva uma vida monótona e rotineira. Desde quando acorda, sua atividades são basicamente as mesmas. Ele cumpre com suas funções, que na falta de ocorrências de verdade, vão de procurar um cachorro perdido até levar um robô com defeito de volta ao museu, após o expediente compra um café e um donut e volta ao seu apartamento no "fim do dia".

Levando em conta todo o "pacote" que compõe essa HQ, que vai desde a paleta de cores até o enredo. Eu diria que Tom Gauld foi muito preciso, e fez com que tudo se encaixasse perfeitamente para criar um clima pacato e melancólico, mas ao mesmo tempo descontraído e divertido.

"Guarda lunar captura verdades essenciais sobre quem somos". Eu não acharia palavras melhores para definir a essência da HQ do que essa acima, que está presente na contracapa. "Guarda Lunar" nos faz refletir sobre alguns pontos importantes como por exemplo, a solidão e expectativas sobre o futuro.

Falando particularmente da minha experiência com "Guarda Lunar", em vários momentos da leitura me vi olhando ao passado com saudosismo e também me levou a outros questionamentos sobre a minha vida, mas que não convém citar aqui.

Embora muito conhecido, este foi o primeiro quadrinho que li do Tom Gauld e gostei muito da forma sútil e delicada com que ele abordou a vida no nosso satélite natural semelhante à vida na Terra, e como transformou um tema tão ambicioso em algo banal e supérfluo. Volto a dizer que foi uma experiência de leitura incrível e muito prazerosa e que me fez querer conhecer mais do trabalho de Gauld.
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Rafael.Montoito 30/03/2021

Um ensaio sobre a solidão
"Guarda lunar" poderia ser dita uma HQ minimalista, já que seu autor usa pouquíssimas cores e texto para contar a história de um guarda cujos problemas a resolver resumem-se a trivialidades (como o desaparecimento de um cachorro ou a pane de um robô). Seu serviço torna-se mais e mais dispensável à medida que, pouco a pouco, a população que habitava a Lua resolve voltar para o planeta Terra.
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Entediado, ele também pede transferência mas, recebendo uma negativa, vê-se obrigado a continuar vivendo ali, em meio ao quase nada: o ponto alto da sua rotina é ir a uma franquia de Donuts tomar um café.
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A narrativa propicia, no leitor, uma experiência de solidão, o que se dá facilmente pelo "silêncio" da ausência de texto ou pelas paisagens desertas que as ilustrações mostram; também, possibilita-lhe pensar em metáforas para a pequenez do homem frente à grandiosidade do espaço e, ao mesmo tempo, a totalidade do ser (enquanto humano) em choque com suas angústias e insatisfações existenciais.
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A história é relativamente curta (ótima para ser lida em uma hora ou pouco mais); porém, pela ausência de redenção, pode deixar o leitor, ao fim, um pouco sorumbático - embora, como um respiro de alívio, se perceba que o Guarda acaba achando algo que lhe dá alguma alegria, como sempre tentamos achar algo bom no meio do caos.
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Analuz 22/02/2022

Peraí, essa história é sobre mim?
"Guarda Lunar" se passa em uma realidade bastante imaginada por qualquer fã de ficção científica: e se o ser humano habitasse a lua? Pois é o que temos aqui, mas de uma maneira completamente diferente do que se espera!

Neste quadrinho, temos contato com uma civilização futurista (ou os restos dela) que, por algum motivo desconhecido, ampliou suas possibilidades de habitação e se mudou para a lua em determinado momento, mas que agora passa a retornar para a Terra aos poucos, provocando uma evasão. Mas como será a vida neste satélite em que prevalece a noite até durante o dia e cujo relógio é o maior guia para localização temporal?

A história me lembrou muito a animação "WALL.E" (Disney/Pixar) em seus minutos iniciais, pois é através da ausência de diálogos ou monólogos que conhecemos nosso protagonista. E afirmo com toda clareza que, em momento algum, as falas fazem falta! Muito pelo contrário, o silêncio é essencial para a ambientação e a apresentação do personagem.

A vida do guarda lunar é uma rotina. Nosso herói sequer tem nome, mas isso não faz com que simpatizemos menos com ele. Ele acorda quando o despertador toca, faz seus trabalhos (ou tenta, considerando a falta de atividade humana na lua e, consequentemente, o índice de violência zero), come seu donut e retorna ao seu apartamento. Assim, vemos o simpático policial cair em um marasmo de repetição nesse território tão desolado, se valendo a executar atividades banais como procurar o cachorro perdido de uma senhora ou devolver um autômato errante a um museu para ter algo a fazer em seu horário de trabalho.

De uma maneira simples, Gauld nos fala sobre tópicos bastantes pertinentes à nossa sociedade e até à nossa geração: solidão, quebra de expectativas em relação à vida profissional e os momentos depressivos que estes fatores podem trazer (os quais, embora trabalhados com uma sutileza magistral, nos levam a reflexões sobre a nossa própria vida). Com isso, é inegável que, mesmo com poucas cenas de diálogo, nós mesmos nos vemos representados no guarda lunar.

E é claro que isso nos leva a questionamentos que vão além da identificação, principalmente no infeliz momento pandêmico em que nos encontramos. Afinal, é possível viver só, isolado da civilização? Até onde o psicológico pode aguentar?

"Guarda Lunar" foi meu primeiro contato com o autor Tom Gauld, que traz em seus traços e em sua narrativa uma abordagem singela de temas complexos (aliás, a própria simplicidade das ilustrações chega a casar com a história de uma forma incrível!). Sendo um artista conhecido mundialmente, é mais famoso por suas tirinhas para revistas e pela publicação "Golias" (editora Todavia), que reconta a passagem bíblica de Davi e Golias sob o ponto de vista do "vilão". Decididamente, eu adorei a experiência de ler "Guarda Lunar" e afirmo que esta HQ foi uma porta de entrada deliciosa, fazendo com que eu pretenda ler "Golias" em breve!

site: https://youtube.com/c/AnaluzMarinho
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Henry 18/12/2022

Vivendo no mundo da Lua
Como seria viver na Lua? E se pudéssemos trabalhar lá? Há muita gente que acha um boa ideia.

Tom Gauld brinca com essa ideia, imaginando que a solidão e a melancolia seriam fatores negativos determinantes no processo de vivência.

A HQ não me cativou. Além do roteiro ser raso, os desenhos não me agradaram, apesar de saber que é o estilo de traço do autor.
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Vitor Y. 26/06/2021

HQ diferente
Sugestão de uma livreira, esse livro/HQ mostra um lado diferente do que estava acostumado. Seu tom sorumbático e seco é bem marcante e interessante. Bom para ler num sábado ou domingo à tarde :)
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Ronoc 28/04/2021

Melancólica e bela
Genial como sempre, aqui Tom Gauld constrói uma pequena parábola sobre a solidão humana. Com seu traço característico, limpo, econômico e certeiro, conta a história do policial que toma conta da base lunar. Vendo-se cada vez mais solitário, ele passa a questionar o propósito de sua permanência por ali. Uma pequena e bela história recheada de ironia e beleza.
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juliapassos14 06/10/2021

Em guarda lunar, conhecemos a distopia de um policial que vive na lua. Preso a burocracias e observando cada um de seus conterrâneos o abandonar, o livro tem um humor trágico.

Leitura rápida, desenhos bonitos e história que nos faz refletir.
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Bia 10/02/2021

Sobre a vida de um policial que trabalha na lua enquanto todo mundo está indo embora e ele não pode fazer nada, além de continuar em sua rotina. Uma hq triste e melancólica, mas também calma e pacífica, mostrando uma certa beleza na solidão. Super apropriado pra esses momentos de quarentena, em que às vezes eu também senti como se eu e minha família fôssemos os últimos habitantes da terra.

Além disso, não posso deixar de mencionar a ironia que é a ideia da lua deixar de ser um lugar interessante em detrimento da terra. Impensável essa ideia com todos esses planos e esperanças da lua um dia se tornar habitável.

A arte é linda, o humor é ótimo e a história é muito divertida, só gostaria que fosse mais longo
Fefe64 07/03/2021minha estante
Amei


Fefe64 07/03/2021minha estante
Linda


Bia 07/03/2021minha estante
Obrigada, seu lindo




bru.psps 05/06/2023

Simples e bom
Achei o livro muito bobinho e fácil de ler, mas ainda sim gostei, fazia tempo que nao lia um livro tão fácil e rápido, foi meio estranho
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Gláucia 24/07/2022

Guarda Lunar - Tom Gauld
Que HQ linda! Melacolicamente nos fala sobre a solidão. O protagonista é uma espécie de patrulheiro numa Lua colonizada mas gradativamente abandonada. À medida que os colonizadores voltam à Terra ele fica cada vez mais sozinho, ainda assim tendo que cumprir suas tarefas rotineiras. Consegue ser melancólica e divertida ao mesmo tempo e o tom azulado da colorização complemente essa sensação.
Não pude deixar de pensar na animação Wall-E.
Pretendo reler a fim de verificar se terei a mesma sensação que ela me trouxe na primeira leitura.
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VitAria 05/06/2023

Guardião lunar
Leitura simples e rápida, mas muito reconfortante... É muito interessante como, de forma indireta, o autor traz uma realidade nossa. Não irei comentar muito sobre a obra, se não acabo dando algum tipo de spoiler, e não quero que algumas pessoas deixem de ler meu comentário. Então, é isso, recomendo.
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Hum 06/09/2021

DESOLADO, mas compartilhado.
Uma lua decadente e ultrapassada, esse é o universo apresentado por Tom Gauld em "Guarda Lunar".
Tom Gauld é certamente a pessoa ideal para roteirizar e desenhar uma obra como essa, com esse tipo de cenário, tema e situação. Seu traço e cores trazem o clima de solidão proposto em pouco riscos para o leitor, tudo isso com uma delicadeza velada.

A obra não tem erro algum. A edição digital eu não tenho o que reclamar. Trabalho impecável da editora
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Raquel S. Ramos 29/04/2022

Um relato sobre a solidão
Imagina ser o melhor na sua profissão pela razão mais inusitada de todas: você é o único a fazer o que você faz em todo o planeta (no caso, no planeta não, na lua), porque você é uma das últimas pessoas a residir lá. Este quadrinho é um relato sobre a solidão do trabalhador em sua rotina repetitiva e monótona, na qual reencontrar um cachorro fujão já é uma grande aventura.
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