Tico Menezes 09/10/2022
Miles é um Homem-Aranha, sendo assim, vai sofrer!
Inspirador, divertido, emocionante, enérgico e triste, exatamente como os arcos clássicos do Homem-Aranha.
Miles já começa esse arco numa situação delicada, sendo refém da obsessão de seu tio Aaron. E a resolução dessa trama é intensa e surpreendentemente madura. O roteiro de Bendis não se atém à idade de seu protagonista, mas ao que torna as histórias do Homem-Aranha tão viciantes e fáceis de se identificar. E a arte de Sara Pichelli é, talvez, a minha favorita para quadrinhos de super-heróis: ágil, realista e marcante.
Daí somos mergulhados numa situação de guerra civil nos EUA do Universo Ultimate e lá ficamos junto de Miles, vendo o garoto se provar digno de ser parte dos Supremos, do respeito do Capitão América e da responsabilidade do legado de Peter Parker. É um arco cheio de ação desenfreada, perfeito para quem quer ler quadrinhos e não pensar demais. Bacanudo!
Mas é quando Venom aparece na história que a emoção chega com os dois pés no peito do leitor. Brutal e assustadora, a passagem do simbionte pela história de Miles começa com um assassinato surpreendente. E o frenesi desemboca numa sequência aterrorizante, onde todos os personagens queridos estão em risco, a sensação de insegurança é palpável e tudo pode acontecer. Tanto é que o que acontece é inimaginável. E agora a vida de Miles mudou de uma forma que fará tudo ser diferente.
Pesado. Pesadíssimo para um quadrinho de super-herói com um protagonista de somente 13 anos. E justamente por isso, marcante!