Antonio.Herdy 13/02/2022
Juvenil e ao mesmo tempo brutal.
Nessa continuação direta do encadernado anterior, Miles se separa em uma situação em que acaba tendo que confrontar seu tio(Aaron Davis/Gatuno), que tentava se aproveitar dos dons do jovem Homem-Aranha. A luta entre os dois acaba em um desfecho extremamente duro, ainda mais sabendo que Miles tem apenas 13 anos e já tem que lidar com o peso do mundo das costas. A gravação do embate é divulgada e começa atrair a atenção.
Graças a isso, o novo herói acaba interagindo mais com outros personagens do Universo Ultimate desenvolvido pela Marvel.
Para os leigos, uma rápida contextualização: no começo dos anos 2000, percebendo que a cronologia de seu universo estava muito extensa e que isso afastava novos leitores, a Marvel Comics optou por criar um universo totalmente novo, chamado de Ultimate. No qual, os quadrinistas teriam a oportunidade de criar historias do zero para heróis já consagrados e fazendo as alterações que julgassem necessárias. Um exemplo clássico é o Nick Fury ser negro, o que foi adaptado para os cinemas.
Voltando a edição em si, nela Miles passa a ter mais contato com outros personagens dos Supremos( = Vingadores), devido ao seu desejo de seguir os passos do falecido Peter Parker e cumprir com suas responsabilidades. O que é apoiado pela família de Peter, mas que é recebido com receio pelo Capitão América, que tem partipação fundamental nessa história, pois é ele quem determina o destino do jovem dentro do grupo.
Conforme dito anteriormente, a gravação da luta entre Aranha e Gatuno passa a chamar atenção, mas não somente dos heróis desse universo, mas também dos jornalistas. Uma em particular descobre algo que ligue Aaron Davis ao Homem-Aranha, essa informação cai em mãos erradas gerando um novo embate.
Se já não bastava Miles carregando o peso do mundo nas costas, após esse final ele teria de ser mais forte do que Atlas para não ceder perante os sacrifícios da vida de um herói. Um peso muito grande para um menino de 13 anos. Algo que ninguém deveria passar, mas que infelizmente muitos meninos de 13 anos espalhados pelo Brasil passam.
Só não dei a nota máxima pois nessa edição temos mais artistas além da Sara Pichelli e alguns deles pecam nas construções de cena e expressões faciais em momentos cruciais.