Fábbio (@omeninoquele) 16/11/2023Amei!#OMeninoResenhando
"Antes dessa viagem, nenhum deles parou para pensar que uma amizade de verdade também inclui encarar os lados sombrios, as imperfeições, as depressões… literais e metafóricas."
Um grupo de amigos resolve furar a pandemia e organizam uma festinha num sítio afastado da cidade, para se distraírem do que o isolamento social os trouxe, os momentos de incerteza e o medo de não haver mais futuro. E assim, os nove vão para esse lugar, que a princípio seria só um encontro deles, mas a partir daí descobrem que alguns dos outros haviam convidado mais pessoas.
E no meio dessa festinha inconsequente, a gente se depara com um assassino mascarado ceifando a vida de cada um deles, e em uma narração em terceira pessoa, a gente vê um tópico, tipo uma lista, onde o protagonista desconhecido, mas gay, nos mostra porque ele é o único que vai sobreviver, contrariando o resultado comum nesses filmes de assassinato onde a garota boazinha é a que escapa.
Os nove tem reflexos claros do que a pandemia causou em suas vidas e enquanto tentam lidar com seus problemas pessoais, a gente vê o quão sádico nosso assassino é, não tendo um pingo de misericórdia em matá-los. Enquanto vamos conhecendo um pouco mais desses nove personagens, a gente tem a certeza de que o assassino está ali, mas qual deles é? Essa é uma surpresa que o autor soube muito bem esconder, mas que eu decifrei de cara, mas nem por isso deixou de me surpreender com o final muito bem bolado.
Primeira obra que eu leio do autor, e a experiência foi muito boa. Sua escrita é leve e objetiva, e o assunto que trouxe para sua narrativa casou muito com o enredo de terror, já que todos nós meio que nos sentimos assim quando tudo pareceu perder o rumo durante aqueles dois anos de incerteza e medo.
Termino recomendando muito essa história se gosta de narrativas de horror, rápidas e que façam ponte de algum modo com nossa realidade. E espero muito em breve ter mais experiências de leituras de obras do autor.
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