spoiler visualizarLilian 24/09/2023
Repensar da preguiça
Esses dias ouvi a resenha de uma amiga sobre este livro e algo que me chamou a atenção foi que cada uma teve uma percepção diferente da leitura. Não é que interpretamos o livro diferente, mas foram os insights e as partes que chamaram a atenção de cada uma. Eu gostei bastante do approach: (i) como abrir nossas próprias mentes, (ii) como podemos encorajar as pessoas a pensar novamente e (iii) como podemos criar uma comunidade de lifelong learners. Inicialmente, o autor coloca um dos problemas (nossa preguiça cognitiva em repensar) e também o desconforto que isto traz (seja pelo ego, seja pela imprevisibilidade que nos colocamos). Além disso, ele traz novamente um elemento já conhecido, mais do que saber (ele remonta ao que remetemos ao pensamento socrático), poder é reconhecer o que não sabemos (convicção faz sentido em um mundo estável, mas em um mundo em que as mudanças são constantes, precisamos também de tempo para repensar). Segundo o autor nossas convicções podem nos emprisionar e a solução não é desacelerar nosso aprendizado, mas sim acelerar nossa capacidade de repensar, que nada mais é uma que uma skill. Aqui não se trata de achar que errar eh bom. Pelo contrário, nem sempre será agradável (que diga quem teve uma criação japonesa). Porém, a meta não é errar mais, mas sim reconhecer que erramos mais do que gostamos de admitir e quanto mais negamos, maior o buraco que nós colocamos. Bom, a parte isso, para quem gosta de leituras do mundo corporativo, vale dizer que o autor é grande referência em psicologia organizacional e tem um podcast bem legal que explora ?the science of making work not suck?. Enfim, leitura acessível que faz, de fato, repensar o que achamos que sabemos.