Dan Brand e Outros Clássicos

Dan Brand e Outros Clássicos Frank Frazetta




Resenhas - Dan Brand e Outros Clássicos


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Túlio 12/04/2021

Datado, mas histórico
Não tem como pedir algo muito complexo e muito bem explorado quando se trata de um quadrinho que sequer era o principal da revista em que fora publicado há mais de 70 anos.

Dan Brand serve mais como acervo histórico hoje em dia. É muito interessante ver como eram os formatos de narrativa usados naquele momento, assim como a evolução de um dos gênios da nona arte.
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Franklyn.Jeferson 24/04/2021

É bem interessante poder ler os quadrinhos anos 50. A forma que as históricas são contadas são bem diferentes dos quadrinhos atuais. Um item bem diferente para qualquer coleção.
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o jornaleiro 30/07/2022

Será que vale?
Como material histórico, é de mão cheia! Mas a narrativa é arrastada, previsível e "clássica" visto que é um quadrinho antigo.
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Henry 03/11/2021

Ousadia é o que resolve
Assim como Dan Brand falava para Tipi em situações complexas que a ousadia resolve, a editora Pipoca e Nanquim teve um surto de ousadia e lançou o álbum "Dan Brand e outros clássicos", escrito e desenhado pelo icônico Frank Frazetta.

Um compilado de inúmeras histórias que reúne boa parte do trabalho de Frazetta como quadrinista, visto que o mesmo se consolidou como desenhista.

O que me chamou mais a atenção, e para muitos pode ser um ponto negativo, foi a simplicidade do roteiro. São bastante rasos e com conclusões clichês, mas isso me fez observar melhor a bela e clássica arte. São histórias divertidas e rápidas. Não foram feitas para serem refletidas.

No entanto, há um acúmulo de histórias descartáveis na parte final da HQ, com excessão da última que eu, particularmente, adorei.

Foi interessante ver a transformação do homem branco para índio branco e o respeito que conquistou. Além disso, adorei a parceria Dan Brand/Tipi. Me lembrou Batman e Robin.

Por fim, Dan Brand e outros clássicos é um item de colecionador apaixonado. E eu como tal, curti a leitura e recomendo.
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Luiz819 07/12/2021

Uma obra histórica de respeito
Ao ler esse quadrinho o leitor irá se deparar com algo datado, e esse é o ponto mais importante e interessante do quadrinho. De fato, as estórias presentes não são profundas. Tratam-se de enredos e aventuras simples. No entanto, na minha opinião, o grande valor da obra está no seu resgate histórico.
O ponto que mais me chamou a atenção foram as pequenas estórias de guerra que mostram o heróismo de determinados personagens reais. O quadrinho foi feito no início da Guerra Fria, mais especificamente durante a participação americana na Guerra da Coreia. Assim, em alguns momentos, ocorre uma espécie de "propaganda" para incentivar os americanos a pouparem (deixar o dinheiro na poupança) para que a guerra seja financiada.
Ademais, boa parte do quadrinho trata das aventuras de Dan Brand e Tipi durante a revolução americana. Dessa forma, o conceito de luta pela liberdade está sempre presente e reflete no momento atual que o quadrinho foi escrito. O heróismo, o conceito de luta por direitos e pela liberdade transcende a época da revolução e é levada ao presente da obra.
Além disso, a arte e o texto também são um ótimo referencial para realizar esse resgate histórico. Como leigo, não posso apontar muita coisa sobre traços e formas, mas é evidente que os desenhos se adequam a sua época. Já os quadros são mais carregados de texto e possuem uma linguagem mais formal.
Em resumo, meu maior elogio ao quadrinho é o fato dele não ter sido modificado. Não se trata de uma adaptação. Ele foi publicado exatamente como na época, sem o revisionismo histórico e a histéria das obras desse tipo publicadas atualmente em várias mídias. Excelente opção editoral! O nome disso é respeito!
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Cristiano.Cruz 24/07/2023

Primórdios de um Mestre
Os primórdios de um artista em parceira com "um" roteirista desconhecido. Este encadernado contém estórias boas, medianas e ruins. Se você aprecia a arte do Frazetta, das capas embasbacantes da Espada Selvagem de Conan, e só: passe longe. Mas se tem interesse em vislumbrar a arte incipiente de um profissional fora de série, esta é sua oportunidade.
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Lucas Muzel 06/12/2023

Resgate trabalhoso
Foi cansativo de ler. Dá para notar claramente o estilo da época, pois cada quadro está impregnado com ele. É possível definir como uma mistura de Pequeno Príncipe e Tarzan, só que no Velho Oeste. A influência do Hal Foster no Frank Frazetta nessa época ainda era forte. Na próxima vez que usarem termos como "resgate histórico", já sei o que esperar. O título da HQ também é exagerado, pois definir o resto do material como "Outros Clássicos" é forçar muito a barra. Tem relatos autênticos de uma página. Da guerra da Coréia (e bem pouco da segunda guerra mundial) e de pessoas que quase se afogaram( ou pereceram em um incêndio). As histórias do Colt tinham uma variedade mínima. Me lembra o tipo de história que era publicada nas primeiras edições de Action Comics, juntamente com Zatara e Superman. São poucas páginas. A solução tem de vir de maneira rápida. Igual na história de duas páginas com um mistério de assassinato.
Sobre Dan Brand, tem alguns conceitos que ainda hoje são importantes. Sobre a busca pela liberdade e convivência entre povos diversos. Tentavam dar uma nuance em um nível mínimo. O homem branco tinha uma parte que era aliada (basicamente o Washington) e uma parte que era hostil, mesquinha, egoísta, traiçoeira. Já os nativos eram basicamente aliados fiéis. Os que se tornavam adversários era por influência direta da aguardente dos homens brancos. Com uma conversa rápida do Brand geralmente voltavam ao estado imaculado de aliado.
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Ricardo.Rincon 12/08/2021

Importante
Por mais que as vezes as histórias tenham narrativas bem datadas, a arte é deslumbrante.
Desde comprei os livros do Conan tive vontade de conhecer mais os desenhos de Frank Frazetta.
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Lucas.Souza 06/08/2023

Esse quadrinho é um resgate histórico do pipoca e Nanquim, com uma série de histórias curtinhas publicadas ao longo dos anos 50. Os roteiros os roteiros em si não são nada muito grandioso, porém a arte e o valor histórico fazem a leitura valer a pena. É interessante reparar que eles publicaram inclusive algumas propagandas que saíram nas revistas da época, o que aumenta essa sensação de realmente estar lendo um gibi nos anos 50
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Paulo 26/12/2023

Essa é uma coletânea de histórias da década de 1950 com roteiros e arte de Frank Frazetta. Estamos mais acostumados a vermos o trabalho de Frazetta como capista ou ilustrador ou em algumas edições especiais como artista. Admito que foi minha primeira experiência de ler algo que ele escreveu o roteiro. Apenas duas histórias dessa coletânea não foram produzidas inteiramente por ele: A Última Cavalgada de Victorio e O Domingo de Sonny que ele teve Al Williamson ao seu lado. A maior parte da coletânea é dedicada ao seu personagem Dan Brand, o Índio Branco, que foi o seu trabalho contínuo mais longevo. As demais histórias são vignettes com personagens como o Victorio (o Apache), "Rastro" Colt e mais algumas histórias reais que ele quadrinizou contando narrativas de superação ou de solidariedade. De fato é uma experiência bastante diferente de simplesmente ver capas do Conan ou suas pin-ups que são maravilhosas. O que alerto ao leitor é que são histórias da década de 1950; ou seja, elas tem uma estética própria e até mesmo a forma de contar histórias. Por mais que, na minha visão, os roteiros do Frazetta sejam bem fracos, eles não o são por sua simplicidade, mas por problemas narrativos mesmo. Querem uma experiência semelhante? Leiam qualquer coisa do Hal Foster, principalmente se for as tiras do Príncipe Valente. Vocês poderão ver como as narrativas são nessa mesma vibe mais simples e direta, mas a diferença é a maneira como Foster conta suas histórias e sem falar no traço detalhista do artista. Não estou desfazendo dessa coletânea, afinal ela possui seus méritos. Fora que é um resgate histórico incrível.

A maioria das histórias são de faroeste porque era um gênero que estava em alta na década de 1950. Principalmente por influência do cinema e das séries de TV. Muitos autores tinham o seu personagem de faroeste para chamar de seu. Revistas do gênero se espalhavam por toda parte. Basta ver as capas reproduzidas no começo de algumas das histórias. Frazetta trouxe a ideia do Índio Branco, Dan Brand. Era um homem de origem burguesa que estava prestes a se casar quando um rival no amor acaba por matar sua noiva. Ele sai em busca do assassino e se embrenha na floresta, mas acaba caindo ferido após uma luta com um urso. Ele é resgatado por índios de uma comunidade local e passa a viver um tempo com eles, aprendendo seus hábitos e costumes e a como sobreviver na floresta. Depois ele parte em uma missão de vingança contra o homem que matou sua noiva e depois passa a ajudar os americanos que estavam lutando contra os ingleses para conquistar sua independência. Ou seja, essa é uma história que se passa nos anos da guerra de independência americana (ou como alguns gostam de chamar, Revolução Americana) entre 1776 e 1783. Curioso ele escolher esse período porque não podemos necessariamente chamar de Velho Oeste nesse momento já que era um espaço ainda não explorado. As histórias costumam se passar nas áreas selvagens das Treze Colônias. Dan Brand conta com a ajuda de um indígena jovem que o considera como um irmão, que se chama Tipi.

Outro bom aviso para se dar é que, por ser um trabalho contínuo e que tinha prazos de entrega para as histórias, esse não é um trabalho que se compare ao que estamos acostumados a ver do Frazetta. Alguns quadros são bem apressados, outros foram afetados pelo processo de restauração e ficaram estranhos. Enfim, o que quero dizer é que, para quem aprecia as pin-ups e as capas do Frazetta, essa HQ pode ser um banho de água fria. Até gostei do traço e me lembrou muito dos trabalhos do Foster (por isso o citei lá no começo) e Frazetta é muito bom em ilustrar expressões faciais. Mas, a ausência de detalhes, o excesso de quadros em branco com pessoas falando umas com as outras (algo conhecido em escrita criativa como Talking Heads) e alguns ângulos bem estranhos me fizeram coçar a cabeça um pouco. O Dan Brand me parece o protótipo do que viria a ser o visual do Conan pelo Frazetta algumas décadas mais tarde. O rosto anguloso, a expressão severa, o sorriso sardônico, tudo está ali. As cenas de ação são simples por demais. Nenhuma delas me empolgou muito, com Dan mais dando socões na cara dos bandidos do que qualquer outra coisa.

Narrativamente as histórias não são muito empolgantes. Talvez pelo estilo das revistas onde Frazetta publicava, as narrativas eram bem curtinhas e fechadas em si mesmas. São histórias de sete ou oito páginas com desfecho e sem conexão umas com as outras. Se formos pensar nesse formato de histórias com narrativa fechada e com conexões bem sutis entre suas edições podemos pensar no que Galep fazia com qualidade ímpar com Tex Willer. Ou seja, é totalmente possível escrever boas narrativas com esse tipo de limitações. Em vários momentos, Frazetta usava umas soluções mirabolantes para os problemas nos quais ele colocava o protagonista ou até empregava um deus ex machina complicado de engolir. Fiquei em dúvida em vários momentos de para onde o autor queria levar a narrativa da história. Ora Brand faz o papel de mediador nas relações entre indígenas e pioneiros, ora ele está lutando em alguma batalha da guerra de independência. As primeiras histórias são bem nessa linha de estar no meio de uma existência como pioneiro e sua associação com indígenas. Só que mais para a metade final das histórias, Frazetta abandona essa linha e transforma Brand em uma espécie de batedor ou guia para os americanos. Essa indecisão narrativa faz as histórias caírem muito em qualidade.

Preciso destacar também o lado propagandístico de algumas das páginas criadas por Frazetta. Alguns leitores nos dias de hoje vão achar bem esquisito estas vignettes, mas elas eram bem comuns nessa época. Havia uma necessidade do governo americano de estimular o processo de conscrição. Então, esse tipo de narrativa panfletária fazia parte das revistas de época. Muitas das vezes são histórias de veteranos de guerra que realizaram alguma ação heróica, um bombeiro que realizou um salvamento inesperado. Tem até quadrinhos ensinando como fazer primeiros socorros a vítimas de afogamento ou como lidar com situações de crise. É diferente, mas precisamos entender que se trata de uma outra época. Por exemplo, era comum as pessoas irem ao cinema para assistir às notícias da semana em produções conhecidas como cinejornais. Eles funcionavam como os trailers de filmes são hoje, mas eram bastante úteis para uma população que ainda começava a ter televisores. São histórias para servirem de inspiração para outros. Nesse sentido, elas funcionam direitinho.

Queria citat também a história de Leif, o Sortudo, a penúltima história dessa coletânea. Essa é uma pegada de Frazetta no estilo de histórias que Foster produzia em suas tiras. Não tenho certeza porque não é dito na apresentação da coletânea, mas essa narrativa parece ser em tiras. Porque existem traços de finais e continuidade em algumas delas. É a que achei melhor desenhada em relação às demais. E muito dela me lembrou Príncipe Valente. Desde os uniformes ao castelo e à própria motivação para a jornada. Claramente é uma grande aventura com a ideia de encontrar a Vinlândia para que os vikings pudessem colonizá-la e encontrar um lugar onde o sol bate forte e as uvas nascem em abundância. Há uma boa sequencialidade narrativa na história e é uma pena que ela seja tão curtinha. Gostaria de ver essa tira sendo mais longeva.

Essa é uma boa coletânea de histórias que apresentam um pouco do que foi a história dos quadrinhos na década de 1950. É possível estudar as características das narrativas, seu formato, os temas presentes e as preocupações dos autores na época. Gostei que o Pipoca e Nanquim manteve as "histórias reais" porque é um detalhe interessante sobre a produção quadrinística da época. Contudo, é um Frazetta bem diferente do que estamos acostumados a ver. Ele não é um bom roteirista e sua arte está longe dos seus trabalhos mais maduros com ilustrações. Suas inspirações são bastante aparentes e Frazetta vai criando sua identidade com o passar do tempo até chegarmos nas últimas histórias que começam a ter um pouco da pegada que estamos acostumados do artista (embora o enredo ainda continue não muito legal).

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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